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Luiz Sanches Neto Leandro Pedro de Oliveira Luciano Nascimento Corsino

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Apresentação em tema: "Luiz Sanches Neto Leandro Pedro de Oliveira Luciano Nascimento Corsino"— Transcrição da apresentação:

1 Luiz Sanches Neto Leandro Pedro de Oliveira Luciano Nascimento Corsino
SOUSA, E. S.; ALTMANN, H. MENINOS E MENINAS: EXPECTATIVAS CORPORAIS E IMPLICAÇÕES NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR. CADERNOS CEDES, ANO XIX, Nº 48, 1999 Luiz Sanches Neto Leandro Pedro de Oliveira Luciano Nascimento Corsino

2 Resumo Gênero como construção social;
Gênero como categoria relacional; A importância das aulas mistas; Esporte como conteúdo generificado e generificador; As meninas não são totalmente dominadas, elas oferecem resistência aos meninos; Intervenção docente.

3 Gênero, Cultura Escolar, Educação Física, Esporte
O propósito deste texto – que discute as relações de gênero na cultura escolar – é contribuir para a fundamentação de uma ação pedagógica que permita às mulheres e aos homens, conjunta e indiscriminadamente, conhecimento e vivências lúdicas do corpo que pensa, sente, age, constrói e consome cultura. (p. 53)

4 A construção social das diferenças sexuais
Conceito de gênero a partir da definição de SCOTT (1995, p. 89): é um elemento constitutivo das relações sociais fundadas sobre as diferenças percebidas entre os sexos, que “fornece um meio de decodificar o significado e de compreender as complexas conexões entre várias formas de interação humana (p ); Diferenças biológicas X Construção social: as diferenças biológicas influenciam na construção cultural do corpo, muitas vezes determinando os modos de agir, de movimentar, as divisões baseadas no sexo etc.

5 Gênero como categoria relacional: se relaciona com outras categorias (idade, raça, etnia, classe social, altura, peso corporal, habilidades motoras etc. (p. 55); Gênero, idade, força e habilidade formam um “emaranhado de exclusões” vivido por meninos e meninas na escola (Altmann 1998); Não se pode concluir que as meninas sempre são excluídas durante as aulas por questões de gênero, muitas vezes são excluídas por serem consideradas mais fracas e menos habilidosas do que os meninos, é possível perceber que até mesmo alguns meninos são excluídos por estas razões (p. 56).

6 A separação entre meninos e meninas desconsidera a articulação de gênero com outras categorias durante as aulas; impossibilita a relação entre meninos e meninas; a existência de conflitos; A Educação Física é um componente curricular em que se evidencia as resistências ao trabalho integrado, principalmente, devido a sua história totalmente vinculada a preceitos biológicos e positivistas; Apesar da chegada das escolas mistas, ainda se manteve a simbologia força e razão para os homens e de fragilidade e emoção para as mulheres, tranferindo-se estas ideias para a Educação Física (p. 57).

7 Esporte: conteúdo generificado e generificador
A partir de 1930, introdução do esporte moderno na Educação Física escolar e a divisão entre homem e mulher pelas atividades esportivas com base nas características “naturais”. Exemplo: Futebol, Basquetebol e Judô para homens Ginástica rítmica e Voleibol para mulheres (p )

8 Ao passar do anos, esta visão começa a se alterar, às mulheres passa a ser permitida a prática do Futebol e aos homens a prática do Voleibol ; Motivos que levaram a participação das mulheres nos esportes “masculinos”: Autorização do Conselho Nacional de Desportos (Brasil 1979, Brasil 1983) Estudos científicos que contraporam a ideia de que as mulheres são mais propensas às lesões esportivas do que os homens (Azevedo 1988). (p. 58)

9 Apesar de as mulheres e os homens praticarem os mesmos esportes, ainda é possível dizer que ainda não deixaram de ser generificados; Quanto às atletas, ainda são vistas apenas pela beleza e qualidades femininas, ressaltando-se que apesar de serem atletas, ainda são mulheres; O esporte ainda é visto como uma instituição formadora de sujeitos “machos”, a partir da cobrança de virilidade, coragem, vontade de ganhar etc.

10 Em pesquisa realizada em Belo Horizonte, Altmann (1998) constatou que os meninos utilizam a maior parte do espaço da quadra durante as aulas de Educação Física, fato este que está associado a uma masculinidade forte, violenta e vitoriosa (p. 59).

11 As meninas não são vítimas da dominação dos meninos, pois oferecem resistência durante o recreio;
No exemplo da autora, a resistência das meninas foi tão grande que elas passaram a dominar os espaços havendo uma espécie de contra- resistência dos meninos ; Para os meninos, jogar com as meninas pode ser uma ameaça na medida em que jogar pior do que elas poderia ser um vexame; Para as meninas, jogar melhor do que eles poderia ser um momento de consagração.

12 Hoje, as mulheres já vão para os campos de futebol não apenas como espectadoras;
Aos homens, ainda não é permitida a prática da Ginástica Rítmica Desportiva (GRD), sendo um conteúdo de ensino da Educação Física que permite a generificação do esporte.

13 Intervenção Docente O docente tem um importante papel durante as aulas no que se refere ao incentivo à prática conjunta entre meninas e meninos; “A postura docente é uma referência que define como meninos e meninas agem e se relacionam entre si” (Altmann, 1998, p. 101)

14 Adaptação de regras do jogo para evitar a exclusão das meninas desconsidera a relação da categoria gênero com outras categorias, quebra a dinâmica do jogo e culpabiliza as meninas, pois foi para legitimar a participação delas que as regras foram adaptadas. Exemplo: Determinar que um gol só possa ser efetuado após todas as meninas terem tocado a bola, ou autorizar apenas as meninas a marcá-los (p. 63).

15 As relações desiguais de gênero não estão presentes apenas nas aulas de Educação Física, estão presentes em nossa sociedade e são divulgadas pela televisão, quadrinhos, conversa de amigos etc.; Questões estas que limitam o poder de intervenção da escola, porém, a escola também produz cultura e pode criar propostas político- pedagógicas que considerem a cultura escolar e os aspectos de origem externa à escolaridade; Acredita-se que a escola é um espaço que pode contribuir para a extinção das relações hierarquizadas entre mulher e homem.

16 Visando a inclusão do grupo feminino nas aulas de Educação Física cujo conteúdo é o futebol, a professora resolveu adaptar as regras, porém, mesmo com essas alterações, ocorreram outros conflitos e a exclusão de alguns alunos e alunas continuou acontecendo. Segundo estudos de Eustáquia Salvadora de Sousa e Helena Altman (1999), a permanência da exclusão das práticas em aulas de Educação Física desse tipo é decorrente (A) do próprio grupo feminino que não se sente interesse em praticar essa modalidade esportiva, mesmo as alterações de regras. (B) da ausência de vontade do grupo masculino em participar das atividades adaptadas. (C) do preconceito das meninas em jogar com o grupo masculino. (D) do professor entender a exclusão como sendo unicamente de gênero, pois há meninos que são tão excluídos quanto as meninas. (E) do preconceito do grupo masculino em jogar com o grupo feminino, pois as adaptações das regras desvalorizam sua atuação. D

17 Pensando nas questões de gênero envolvidas nas aulas de Educação Física escolar, pode-se afirmar que o estudo e a prática da dança se justificam porque (A) a dança é um dos poucos conteúdos da cultura corporal de movimentos que pode ser caracterizado como tipicamente feminino, assim como os jogos coletivos são considerados como tipicamente masculinos. (B) permitem que as meninas desenvolvam mais sua feminilidade. (C) permitem que os meninos identifiquem, durante as coreografias, que existem papéis que são desempenhados apenas pelo sexo masculino. (D) oferecem a oportunidade para expressões corporais de pensamentos e sentimentos que são vivenciados, indiferentemente, por pessoas do sexo masculino ou feminino. (E) oferecem a oportunidade para que o professor oriente meninos e meninas para a adoção de comportamentos tipicamente masculinos ou tipicamente femininos. D

18 A separação entre meninos e meninas nas aulas de educação física desconsidera o gênero como categoria social e, portanto, relacional, uma vez que essa opção se articula com outros valores como, por exemplo, força, destreza, idade, habilidade. Tal atitude, por parte do professor, acaba por legitimar inúmeros casos de exclusão durante as aulas. Uma situação comum de “determinar que um gol só possa ser efetuado após todas as meninas terem tocado à bola, ou autorizar apenas as meninas a marcá-los...” exemplifica uma situação evidente de estratégia de ensino que solicita (A) modificação do jogo, representando uma adaptação em função da “desqualificação” feminina de se jogar, o que caracteriza uma quebra da dinâmica do jogo que, em última análise, foi provocada pela suposta fragilidade do domínio técnico das meninas. (B) maior democratização na participação da atividade considerando aquilo que cada gênero pode naturalmente oferecer, oportunizando à participação obrigatória das meninas durante a situação de jogo.. (C) adaptação às regras do jogo considerando a articulação do gênero em relação a outras categorias. (D) flexibilidade do professor que tenta criar um espaço de inclusão considerando as diferenças de habilidades entre meninos e meninas, uma vez que culturalmente as mulheres não jogam futebol. (E) fortalecimento da educação justa, equitativa e fundamentada no pressuposto biológico das consequências das diferenças anatômicas entre os sexos. C


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