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O Paradigma dos Novos Movimentos Sociais

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Apresentação em tema: "O Paradigma dos Novos Movimentos Sociais"— Transcrição da apresentação:

1 O Paradigma dos Novos Movimentos Sociais
Apresentação do Capítulo IV Teoria dos Movimentos Sociais Maria da Glória Gohn Ciana Mara Vidor Márcio F.Maurício

2 Características Gerais
O paradigma tradicional marxista (déc.60), esquemas utilitaristas, teoria lógica racional X Propostas com ênfase na cultura, ideologia, solidariedade, lutas sociais cotidianas, processo de identidade ( Touraine, Offe, Melucci, Laclau, Mouffe, outros) (p.121)

3 Características básicas dos NMS:
Modelo teórico baseado na cultura rompe com visão funcionalista (normas e valores predeterminados) e com o marxismo tradicional (cultura=ideologia – consciência de classe) Categoria cultura é apropriada e transformada (influência pós-estruturalista e pós-modernista) (p.122)

4 2. “Negação do marxismo como campo teórico capaz de dar conta da explicação da ação dos indivíduos e (...)da ação coletiva da sociedade contemporânea” (p.122) NMS simpatia neomarxismo (consciência, ideologia, lutas sociais, solidariedade na ação coletiva) Marxismo clássico prioriza as determinações macro (nível das estruturas) e análise econômica em detrimento de outros campos como o político e a cultura, “matando o que existe de inovador: o retorno e a recriação do ator”. (p.122)

5 3. “elimina o sujeito histórico redutor da humanidade (
3. “elimina o sujeito histórico redutor da humanidade (...) formado pela ‘consciência autêntica’ de uma vanguarda partidária” (p.122) Novo sujeito é coletivo e difuso, não hierarquizado “a nova abordagem elimina a centralidade de um sujeito específico, predeterminado, e vê os participantes das ações coletivas como atores sociais”. (p.123) Questiona ator social privilegiado: CO

6 4. Centralidade e redefinição da política
Deixa de ser o nível das determinações e “passa a ser uma dimensão da vida social” (p.123) – práticas sociais (Laclau e Mouffe) Pensar o poder na sociedade civil, não apenas no Estado (Foucault) Política no âmbito das relações microssociais e culturais X paradigma norte-americano – política no nível macro das instituições da sociedade e do aparelho do estado. (p.123)

7 5. Atores são analisados sob a ótica de suas ações coletivas e pela identidade coletiva criada.
Ações coletivas (Melucci) – atores capazes de se autodefinir. Processo de interação, negociação. Identidade coletiva criada por grupos e não por estruturas sociais. (p.123) Categoria identidade (estudos Turner e Klapp 1969) – sob ótica individual (interacionistas simbólicos – Goffman) “NMS a identidade é parte constitutiva da formação dos movimentos, eles crescem em função da defesa dessa identidade [que ] se refere à definição dos membros, fronteiras e ações do grupo” (p.124) Identidade orientada X estratégia orientada (Jean Cohen).

8 Categoria “novo” discutível (Melucci); O que têm de novo:
O paradigma dos NMS se definem a partir da identidade coletiva (Foweraker); (p.124) Categoria “novo” discutível (Melucci); O que têm de novo: não têm base classista (MO e MC) o interesse é difuso; Atores tem consciência para criar identidades e relações de poder (Cohen). Preocupação em assegurar direitos sociais e menos sob política de cooperação entre as agencias estatais e sindicatos (p.125). Uso mídia – pressão (Mouffe) novas formas subordinação ao capitalismo tardio: banalização da vida social (comunicação de massa). Analisa posições discursivas dos NMS que criam identidades sociais e políticas. (p.125); NMS negam MR(mobilização de recursos) – ações coletivas não restritas à cálculos estratégicos, racionais.

9 Mudança de demandas econômicas para as culturais alterou organização dos NMS:
Descentralizados, sem hierarquias internas, abertos, espontâneos, fluidos. (p.126) Atuam em rede de troca de informações e cooperações; Conflito (internos e externos) entre MS – processo construção identidade (Melucci) – “a preocupação com a identidade coletiva decorre do crescente aumento da fragmentação e pluralidade da realidade social”(Taylor e Wittier, p.126).

10 Oito características básicas dos NMS (Johnston, Larña, Gusfield)
Base social transcende a estrutura de classes; Pluralidade de idéias e valores com orientações pragmáticas X concepção marxista de ideologia (CO como elemento unificador); Novas dimensões de identidade; Relação entre indivíduo e coletivo é obscurecida; Presente aspectos pessoais da vida humana; Estratégias de mobilização (não-violência, desobediência civil) são diferentes das utilizadas pela classe trabalhadora; Aumento NMS devido descrença nos canais convencionais de participação nas democracias ocidentais; Organização difusa, segmentada X partidos de massa tradicionais (centralização e burocratização). (p.126)

11 Teoria dos NMS trabalha com categorias empíricas e novas formas de manifestação – rompimento com paradigma clássico marxista. Mas categorias para explicar não são claras pois “não partem das novidades em si mesmas mas de seus resultados” (p.128) MS existirão a partir de códigos herdados do passado? Como eles se recriam? Quais categorias utilizadas para se concluir NMS? (p.128) “A teoria dos NMS está incompleta porque os conceitos que a sustentam não estão suficientemente explicitados. O que temos é um diagnóstico das manifestações coletivas contemporâneas que geraram movimentos sociais e a demarcação de suas diferenças em relação ao passado.” (p.129)

12 movimento-representação
Gusfield movimento-forma X Estruturas associativas MS tradicionais: MO movimento-representação Significado cultural NMS (Melucci)

13 Przeworski Crítica ao marxismo: teoria da história não contempla a ação dos indivíduos; Indivíduos explicados pelas estratégias intencionalmente escolhidas; (análise psicológica): Comportamento intencional X Comportamento internacionalização de normas

14 Pizzorno Pesquisa sobre participação social;
Adepto teses da MR – individualismo metodológico (indivíduo age conforme seus interesses); Desloca análise da lógica racional do sistema (marxista) para lógica da racionalidade dos indivíduos (NMS) – construção identidade Formação identidade pressupõe demandas inegociáveis por meio interação entre grupos X Movimentos clássicos, tradicionais – partidos e sindicatos – demandas negociáveis. (p.131)

15 Alberoni Pensa os MS a partir duas categorias: agregados e grupo
Agregados: baseado em comportamentos parecidos mas não há formação de laços para construção de uma identidade; Grupo: comportamentos parecidos originam novas coletividades – há identidade. (Weber) para pensar questão de ruptura entre sistemas de solidariedade e criação de novas solidariedades.

16 Matrizes Teóricas dos NMS
Teoria dos NMS inserida numa parte do paradigma europeu tida como novo e não como um todo: “não se trata de algo realmente novo, mas de uma reconstrução de orientações teóricas já existentes” (p.132) Influência teorias clássicas weberiana, durkhemiana, parsoniana contemporanea. Também os frankfurtianos, socialistas utópicos e dos anarquistas. Revitalização da teoria da ação social (Weber/Durkheim) + frankfurtianos (Adorno e Habermas) = fundamentos epistemológicos do novo paradigma.

17 Teoria com base nos discursos dos agentes (Habermas e Foucault)
Discurso sobre ação X estruturas -> reação ao estrutural-funcionalismo (Parsons – teoria sistêmica) retomada de Marx e Weber = teoria histórico-estrutural; Microssociologia – interacionismo simbólico e etnometodologia. Debate: teoria das redes sociais – articula macro e micro.

18 Dimensão micro: ação social
Atores agem por motivos internos, não-racionalismo Foco no indivíduo – discurso da liberdade X Discurso ordem (estrutura/sociedade) “negar poder das estruturas macro, (...) procura reavivar as forças (...) dentro do indivíduo” (p.134)

19 Guattari Eixo básico análise: cultura e processos de singularidade
Prima pela subjetividade e papel dos agentes sociais; A análise micro resgata o cotidiano, o fazer;(p.135) Categoria autonomia: não isolamento mas processo interação na construção alianças e redes sociais/culturais. “a defesa da autonomia se faz no plano da sociedade civil contrapondo-se ao poder do Estado, dos governos”(p.135) Analise movimentos alternativos, contracultura – MS não buscam consenso mas intervenção analítica MS não devem se diluir no interior dos aparelhos do Estado.

20 Fenomenologia Categoria básica: cotidiano e cultura
Abordagem subjetivista dos fenômenos; Valoriza a consciência dos indivíduos – “a realidade social deve ultrapassar a descrição e se fundamentar numa interpretação das experiências subjetivas dos indivíduos que constroem suas ações”(Schutz) (p.137) Intencionalidade; Importância experiencia de vida (hábito); Expoentes: Goffman – análise interacionista (déc.60) Garfinkel – práticas sociais – etnometodologia Winttgeinstein – lingüística.

21 Escola de Frankfurt (Habermas)
Análise interpretativa da vida cotidiana (p.137); Conceito “mundo da vida”: Tradições – implícitas na cultura; Estruturas – cultura, sociedade e personalidade; Se diferencia de sistema econômico e Estado; É subsistema da sociedade civil – atuam instituições – normas MS dois papéis: elementos dinâmicos no processo aprendizado e formação da identidade social e fator dinâmico na criação e expansão dos espaços públicos da sociedade civil Importância dos movimentos está na institucionalização de direitos (p.139) NMS estão “localizados na esfera sociocultural, e a ênfase de suas atividades está em temas como motivações, moralidade e legitimação.”(p.140). Alerta que movimentos contemporâneos “poderão se desenvolver em direções adversas aos caminhos da liberdade, porque não têm projetos universalistas mas operam a partir de demandas específicas.”(p.141).

22 Principais correntes teóricas européias dos NMS
1. Corrente Francesa: Touraine prioridade: análise sociocultural 2. Corrente Italiana: Melucci prioridade: análise psicossocial 3. Corrente Alemã: Offe prioridade: análise política

23 Touraine Anos 1960 – 2 abordagens:
Teoria das condutas e comportamentos sociais – retoma um dos pressupostos básicos do funcionalismo: “toda ação é uma resposta a um estímulo social” (p. 142). Movimento social: uma ação de um grupo, um ator coletivo com 3 dimensões combinadas: classe, nação e modernização (p. 143).

24 Teoria dualista da modernização – movimento social é ao mesmo tempo: movimento de classe, anticapitalista e de integração e modernização nacional. “Nas sociedades dependentes, o único agente capaz de aglutinar as forças presentes nos movimentos populares é o Estado” (p. 144) Destaca 3 elementos: o ator, seu adversário e o que está em jogo no conflito; e 3 princípios de interpretação: identidade, oposição e totalidade.”Os movimentos sociais são sempre a expressão de um conflito de classes”. (p.145)

25 Anos 1970 – Teoria da Ação Social
Distanciamento da abordagem marxista ortodoxa; Questão da reflexividade da análise social; Os movimentos sociais são fruto de uma vontade coletiva; são parte do sistemas de forças sociais, disputando a direção de um campo cultural; são as forças centrais da sociedade. Suas lutas são de reposição da ordem. (p.145)

26 Anos 1980 – Teoria dos conflitos
Centralidade nas questões metodológicas (método da intervenção sociológica). Conceito central: relações sociais. Propõe uma análise centrada no desempenho dos atores sociais (p. 146). “Os movimentos sociais derivam fundamentalmente dos conflitos ao redor do controle dos modelos Culturais” e “Um movimento social é ao mesmo tempo um conflito social e um projeto cultural” (forças culturais indispensáveis, p. 147).

27 Elementos constitutivos reformulados: ator social, seu adversário, campo de disputa e campo de conflito. “Os movimentos sociais são ações coletivas que se desenvolvem sob a forma de lutas ao redor do potencial institucional de um modelo cultural, num dado tipo de sociedade” (p. 149) A sociedade civil é um espaço de disputas, lutas e processos políticos. Citando Cohen, Arato: “O caminho que uma sociedade utiliza para institucionalizar suas orientações culturais envolve conflitos e relações sociais de dominação” (p. 150)

28 Teoria sobre os movimentos
Anos 1990 – revisão da Teoria sobre os movimentos Reflexão sobre a sociedade em geral e os rumos da humanidade. Movimento social: uma representação geral da vida social. Globalização: perda da importância do processo de produção, transformação do mundo do consumo como o grande espaço de socialização das relações sociais, importância das comunicações – mudanças que levam ao crescimento do individualismo. (p. 151) Os NMS falam mais de uma autogestão que de um sentido de história, e mais de democracia interna que de tomada de poder” (p. 152)

29 Novas tarefas: descrever e analisar os modelos culturais, as relações e os movimentos sociais que lhe dão forma. Importância do político na análise das ações dos movimentos. Movimento social deve ser revisto desde a perspectiva do impacto da globalização na territorialidade e na soberania das nações, da crise e do declínio das instituições, das tensões individuais e dos grupos sociais (p. 152). Importa “desempenhar um papel decisivo na transformação do sistema político” (p. 153)

30 Melucci Paradigma da identidade coletiva – estabelece conexão entre movimentos sociais e necessidades individuais na sociedade contemporânea. Teoria da ação coletiva – ponto de partida para o sistema de ações coletivas: “distinção analítica entre solidariedade e agregação, conflito e consenso, quebra dos limites e compatibilidade, competição e aceitação das regras do jogo” (p. 154) . “Movimento social é uma construção analítica e não um objeto empírico ou um fenômeno observável” e “Movimentos são sistemas de ações, redes complexas entre os diferentes níveis e significados da ação social” (p. 155)

31 Dois tipos de conflitos: baseados na ação organizacional e na ação política.
Os NMS possuem líderes com experiência anterior e utilizam redes de comunicações já existentes. “Movimentos são um sinal; eles são meramente o resultado de uma crise. Assinalam uma profunda transformação na lógica e no processo que guiam as sociedades complexas. Como os profetas, eles falam antes: anunciam o que está tomando forma mesmo antes de sua direção e conteúdo tornarem-se claros. Os movimentos contemporâneos são os profetas do presente” (p. 157)

32 “A identidade coletiva é uma definição interativa e compartilhada, produzida por certo número de indivíduos em relação à orientação de suas ações e ao campo de oportunidades” (p. 158) “É o processo de construção de um sistema de ação, interativo e compartilhado produzido por muitos indivíduos” (p. 159). NMS são capazes de gerar a ação autônoma; são fenômenos simultaneamente discursivos e políticos.

33 Ideologia: “nível analítico decisivo para se entender os movimentos sociais” (p. 160)
Novas linguagens e novos símbolos: “criados para definir os atores sociais em conflito” (p. 161) “Movimento refere-se a um tipo de ação que questiona a organização da política” (p. 162) “Os atores estão sempre envolvidos em redes” “Um movimento nunca é um processo espontâneo, criado a partir apenas de necessidades ou da vontade de indivíduos isolados” (p. 163) Lideranças: “promovem a busca dos objetivos, desenvolvem estratégias e táticas para acão e formulam uma ideologia...são elementos-chave para construir e manter a identidade coletiva de um grupo, para gerar inovações assim como para articular o movimento em suas conexões e redes” (p. 163)

34 Offe Abordagem mais significativa, “porque combina as perspectivas macro e micro na análise do social” (p. 170). Utiliza-se da concepção marxista clássica de ideologia como processo de consciência deformada e que contém motivações ocultas. Tece articulações entre o campo político e o sociocultural. O modo de atuar politicamente dos NMS aparece como uma resposta racional a um conjunto específico de problemas. (p. 165)

35 “O campo de ação dos NMS se faz num espaço de política não-institucional” (p. 166)
“Os atores sociais atuam em nome da coletividade e os valores básicos são autonomia pessoal e identidade, em oposição a formas de controle contralizadas” (p. 167) Os movimentos sociais são elementos novos dentro de uma nova ordem que estaria se criando – não são nem pós-modernos nem pré-modernos. “Trata-se de um novo paradigma político de crítica “moderna” à modernização em marcha” (p. 168)

36 Vê uma tendência à democratização das instituições em geral e uma certa dose de desinstitucionalização generalizada – categorias de estalibidade e equilíbrio da ordem social. NMS: “caráter subjetivo e psicocognitivo” (p. 169) Futuro dos movimentos: dificuldades de sua continuidade (pragmatismo, pluralismo e a experimentação de diferentes ideologias, sem programas políticos definidos) – (p.170)


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