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ICTERÍCIA OBSTRUTIVA
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Metabolismo dos pigmentos biliares:
Introdução Metabolismo dos pigmentos biliares: Hemoglobina → Biliverdina → Bilirrubina Indireta (BI) ou não-conjugada → BI + Albumina → Hepatócitos → Bilirrubina Direta (BD) ou conjugada → Canalículos biliares → Duodeno
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Icterícia Obstrutiva - Conceito
Classificada como icterícia de excreção; Resultante de um obstáculo ao livre fluxo de bile entre o sítio produtor (hepatócito) e o duodeno; Causa aumento de BD.
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Patogenia - Obstrução biliar;
- Aumento da pressão intraductal e intracanalicular no parênquima hepático; - Dilatação a montante da via biliar; (*) - Canalículos tortuosos e edemaciados, com distorção das microvilosidades; - Acúmulo e reabsorção dos pigmentos biliares; (*)Obstrução lenta e progressiva, associada a colangite crônica e fibrose tecidual, geralmente não têm expressão radiológica de dilatação a montante da via biliar;
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- Reação inflamatória infiltrativa (colangiolite);
- Lesão dos REL e RER e transbordamento das enzimas citoplasmáticas no plasma = Aumento dos níveis séricos de enzimas hepáticas; - Fibrose periductal → Metaplasia e atrofia da mucosa biliar; - Pode ocorrer infecção associada (Colangite Aguda Ascendente).
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Etiologia
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Obstruções benignas
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1 - Coledocolitíase Causa mais comum de Icterícia obstrutiva!
Quadro clínico: -Icterícia flutuante; -Cólica biliar; -Acolia fecal; -Colúria; -Febre quando associado a colangite Exames laboratoriais: Aumento de BD, FA e GGT Exames de imagem: -US abdominal; -US endoscópico; -TC; -CPRE; -Colangioressonância
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2 - Pancreatite Crônica Inflamação do pâncreas com fibrose e perda do tecido funcional exócrino e/ou endócrino com dor abdominal típica (dor em andar sup. irradiando para o dorso). Principais causas: -Alcoolismo (60% a 80%) -Fibrose Cística -Pancreatite hereditária
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Diagnóstico: -Anamnese e exame físico: Dor abdominal moderada a grave;
Perda ponderal; Esteatorréia; Intolerância a glicose. -Exames complementares: Mensuração de Amilase e Lipase (aumentadas); Proteina C reativa, IL-6, TNF-α (aumentados); Calcificações pancreáticas em radiografias ou TC; RNM.
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3 – Colangite Esclerosante Primária
-Doença idiopática que cursa com inflamação, fibrose e estenose progressivas da árvore biliar intra e extra-hepática; -75% dos casos relacionados a RCU; -Mais comum em homens (2:1) entre 30 e 50 anos; -Progride para cirrose, hipertensão portal e insuficiência hepática; -Pode evoluir para Colangiocarcinoma; -Não há tratamento eficaz; -Uma das principais indicações de transplante hepático nos EUA.
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CPRE: Sinal em Contas de Rosário
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4 – Estenose cicatricial das vias biliares
Geralmente secundária a trauma cirúrgico A falha ou demora no seu tratamento cursam com crises recorrentes de colangite podendo levar a cirrose biliar secundária. QC: Dor abdominal, icterícia e colangite Recordando... -Tríade de Charcot: Icterícia + Dor abdominal + Febre com calafrios -Pêntade de Reynolds: Tríade de Charcot + hipotensão + diminuição do nível de consciência.
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Obstruções Malignas
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1 - Colangiocarcinoma - Raro tipo de neoplasia maligna das vias biliares; - Pode estender-se desde o parênquima hepático até as vias biliares mais distais; - Associado a mau prognóstico e altos índices de mortalidade; - Mais comum em homens (3:2) maiores de 60 anos;
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Classificação de Bismuth
Tipo I: tumor abaixo da confluência com livre fluxo entre os canais esquerdo e direito; Tipo II: tumor obstruindo a confluência, não havendo acometimento superior dos ramos principais; Tipo IIIa: tumor obstruindo a confluência e o ramo principal direita; Tipo IIIb: tumor obstruindo a confluência e o ramo principal esquerdo; Tipo IV: acometimento de ambos os ramos principais e os secundários.
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- QC: Icterícia progressiva + dor abdominal difusa + perda ponderal
- Exames de imagem: US, TC e ColangioRNM - Tratamento cirúrgico: Ressecção da via biliar associada a hepatectomia (por vezes extensa) e anastomose biliodigestiva;
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2 – Tumores de Cabeça de Pâncreas
- 80% dos CA de pâncreas; - Mais frequentes em homens (2:1) maiores de 50 anos; Apresentação clínica: - Icterícia obstrutiva precoce; - Anorexia; - Dor abdominal; - Perda ponderal; - Massa palpável.
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Diagnóstico: -Exames laboratoriais: Bioquímica, CA19.9 e CEA
-Exames de Imagem: CPRE, TC, US endoscópica com PAAF, PET Scan.
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Diagnóstico Sinais e sintomas clínicos – colúria, acolia fecal, prurido cutâneo intenso Início súbito ou insidioso, febre (colangite), uso de drogas com metabolização hepática, perda de peso associada Hipertensão portal, doença alcóolica avançada, deficiência gonadal, alterações imunológicas
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Diagnóstico laboratorial
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Diagnóstico laboratorial
A ALT se eleva mais precocemente na presença de lesão hepática, enquanto a AST eleva-se após a ALT, em agressões mais intensas A FA eleva-se antes de ocorrer icterícia e portanto antes da bilirrubina, sendo útil no diagnóstico precoce Gama GT eleva-se em paralelo com a FA
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Diagnóstico laboratorial
A albumina sérica avalia a função de síntese protéica (atentar para a vida média de 20 dias da albumina) Avaliar o tempo de protrombina, pois fibrinogênio, protrombina e fatores V, VII, IX e X são produzidos no fígado
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Diagnóstico laboratorial
Na agressão hepática fulminante, inicialmente as aminotransferases elevam-se em um nível importante, enquanto que a FA e a Gama GT tem elevação moderada Nessa situação, o mau prognóstico se dá com a elevação ascendente da bilirrubina e a curva descendente das aminotransferases, com predomínio da AST sobre a ALT
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Diagnóstico laboratorial
Testes sorológicos para hepatites Atentar para o fato de hepatites medicamentosas e auto imunes terem o seu diagnóstico na exclusão Apenas 10% das hepatites A, 15% das B e 25% das C, são ictéricas Na doença hepática alcóolica, a predominio da AST sobre a ALT, mas a Gama GT é importante marcador biológico a ser usado
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Diagnóstico laboratorial
Medicamentos relacionados a hepatopatia – paracetamol, aspirina, metildopa, amiodarona, e outros O uso desses medicamentos deve ser acompanhada da dosagem de ALT e FA periodicamente
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Diagnóstico laboratorial
Nas icterícias pós hepáticas, a bilirrubina total se encontra elevada, sem aumento da bilirrubina indireta A VHS está elevado, e estando baixo, provavelmente a icterícia é não obstrutiva
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Exames de imagem - USG Primeiro método de imagem na investigação de doentes ictéricos Cálculos, pólipos, tumores e precipitados de colesterol são achados freqüentes em portadores de icterícia obstrutiva Via biliar e sistema porta – estruturas tubulares com ecogenicidade e conteúdo diferentes Costuma-se, como regra geral, associar-se um milímetro a cada década de vida acima dos sessenta anos de idade na mensuração da via biliar Uso da USG endoscópica, da USG intra-operatória
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Exames de imagem - USG
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Exames de imagem - TC A tomografia computadorizada tem sensibilidade aproximada de 75% na detecção de cálculos na via biliar principal, em contraste com os 20% apresentados pela USG “Sinal do alvo” Dilatações bizarras da via biliar, saculações e estenoses concêntricas corroboram o diagnóstico tomográfico da doença de Caroli
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Exames de imagem - TC Síndrome de Mirizzi – a TC é muito útil nesses casos Colangite esclerosante primária (CEP) - associar a pesquisa de marcadores tumorais Síndrome policística autossômica dominante de rim e fígado (SPADRF), síndrome policística autossômica recessiva de rim e fígado (SPARRF), doença de Caroli e síndrome de Caroli Colangiocarcinoma - Disparidades entre a dilatação apresentada pelos ductos direito e esquerdo são bastante comuns
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Exames de imagem - TC
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Exames de imagem - RNM A RNM apresenta vantagens na avaliação hepática em relação a outros métodos de imagem No estudo do sistema biliar, a RNM tem apresentado resultados ainda desanimadores
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EXAMES DE IMAGEM - COMPARAÇÃO
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Exames de imagem - colangiografia
É o mais completo e detalhado método de demonstração anatômica da via biliar Colangiografia transparietoepática (CTP) Colangiopancreatografia endoscópica retrógrada (CPRE)
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Exames de imagem - colangiografia
Colangiografia transparietoepática (CTP) – punção intra hepática, guiada por USG ou TC, sob monitorização fluoroscópica CTP – colangiocarcinoma - massas peri-hilares, com variável índice de invasão da via biliar extra-hepática; Raras vezes os colangiocarcinomas assumem uma forma difusa infiltrativa, mimificando o aspecto colangiográfico típico da colangite esclerosante
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Exames de imagem - colangiografia
CTP – tumor da vesícula - desvio medial do colédoco no nível da desembocadura cística; distorção do ducto de drenagem do segmento hepático V CTP - síndromes ictéricas pós-colecistectomia Muito importante!!! Na CTP os ducto devem estar dilatados
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Exames de imagem - colangiografia
Colangiografia transparieto-hepática. Nota-se dilatação da via biliar intra-hepática com obstrução ao nível da junção da vesícula com o colédoco
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Exames de imagem - colangiografia
Colangiopancreatografia endoscópica retrógrada (CPRE) - A avaliação biliar do doente ictérico é provavelmente a principal indicação da CPRE, geralmente, após a realização de testes não invasivos (US/TC) Método terapêutico através de pailotomia, extração de cálculos e colocação de próteses Avaliação de icterícia obstrutiva após cirurgias biliares
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Exames de imagem - colangiografia
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Exames de imagem - colangiografia
CPRE – Carcinomas do ducto biliar, a partir da averigüação de lesão estenótica, associada a citologia esfoliativa e biópsias CPRE - método diagnóstico é de grande versatilidade, com inúmeras aplicações – doenças pancreáticas, parasitárias e outras Estenose das vias biliares intra hepáticas
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Exames de imagem – outros métodos
Cintigraf ia hepatobiliar (Tc 99 m -HIDA ou DISIDA) Colangiografia por ressonância nuclear magnética - poderá ser o método de primeira escolha na investigação da icterícia obstrutiva em adultos, em razão de sua confiabilidade, inocuidade e não depender do operador, e sim da tecnologia Colangiorressonância Magnética demonstrando colédoco dilatado, com imagem sugestiva de cálculo
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Exames de imagem
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Tratamento
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Cuidados pré-operatórios:
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Diagnosticada no pré-operatório:
Coledocolitíase: “Cerca de 6-10% dos pacientes com cálculo da vesícula biliar também possuem cálculo no ducto. Inversamente, dos pacientes com cálculo no ducto, 95% também possuem cálculo na vesícula biliar” Diagnosticada no pré-operatório: CPER com papilotomia (esfincterotomia endoscópica) seguido por colecistectomia laparoscópica Colecistectomia com exploração laparoscópica da via biliar principal
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Diagnosticada no intraoperatório:
Colecistectomia + Colangiografia + Exploração das vias biliares Funções da colangiografia: visualização das vias biliares (evitar iatrogenia), identificar o número e localização dos cálculos Na cirurgia laparoscópica existem 2 técnicas: Remoção dos cálculos via cístico por um basket (cesta de Dormia) ou cateter tipo Fogarty Colédocotomia + Dreno de Kehr (dreno em T) Cirurgia aberta + Palpação do colédoco + Colédocotomia + Dreno de Kehr
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Diagnosticada no pós-operatório:
Colangiografia pós-operatória pelo dreno de Kehr (cálculos residuais) 10 a 14 dias pós cirurgia Papilotomia endoscópica via CPRE Encontro de cálculos em até 2 anos após a cirurgia Derivação biliodigestiva: Indicações: cálculos intra-hepáticos, dilatação > 2cm das vias biliares, múltiplos cálculos (> 5), estenose do esfíncter de Oddi, coledocolitíase primária, cirurgias prévias por cálculos no canal comum Colédocoduodenostomia ou colédocojejunostomia em Y de Roux
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E se ocorrer Colangite? Tríade de Charcot: Colangite aguda
Pêntade de Reynold: Colangite supurativa (descompressão emergencial) Colangite Aguda não complicada: Esfriar o processo infeccioso (antibioticoterapia) Desobstrução eletiva (cirúrgica ou endoscópica) Colangite Tóxica: ATB empírica + desobstrução emergencial Obs: Mortalidade de 25% mesmo com tto adequado.
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Tumores periampulares:
CA de cabeça do pâncreas Colangiocarcinoma CA da 2ª porção do duodeno CA da ampola de Vater
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CA da cabeça do pâncreas:
Pouco diferenciados, invasivos e agressivos Até IIB: ressecável ; T4 ou M1 é irresecável
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Pancreatoduodenectomia (Whipple): vesícula biliar, colédoco,
todo o duodeno, estômago distal e piloro, cabeça do pâncreas, porção proximal do jejuno e linfáticos regionais. Whipple estendida: pancreatectomia total ou regional, ressecção da veia porta e vasos mesentéricos superiores, linfadenectomia retroperitonial. Whipple c/preservação do piloro: preserva estômago, piloro e pequena porção do duodeno. Paliativo: Colocação de endopróteses ou stents via CPER Derivação biliodigestiva: colédocojejunostomia em Y de Roux Associar c/ tto neoadjuvante e adjuvante
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Colangiocarcinoma: Peri-hilar (1/3 superior): mais comum
Tumor de Klatskin: confluência dos ductos hepáticos Invasão precoce, sendo apenas 15 a 20% ressecáveis Intra-hepáticos: hepatectomia D ou E Distais: Whipple Peri-hilares: cirurgia radical com ou sem hepatectomia + hepaticojejunostomia em Y de Roux Irressecável: invasão de estruturas do hilo hepático, envolvimento grave dos ductos biliares, metástases linfonodais e à distância Endopróteses, drenagem biliar externa, derivações biliodigestivas
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Carcinoma da Ampola de Vater:
Icterícia flutuante (necrose) Cirurgia de Whipple Colangite Esclerosante: Tratamento clínico não altera o curso da doença Imunossupressores e corticóides não são efetivos Derivações biliodigestivas: ductos extra-hepáticos CPER c/ endopróteses ou stents: ducto único e colangites Hepatectomia parcial: intra-hepático Tratamento definitivo: TX hepático (altas taxas de sucesso) Obs: Colangiocarcinoma > 2cm contraindica o transplante
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Obrigado!!!
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Referências Bibliográficas:
FRANCHI-TEIXEIRA AR et al. Icterícia obstrutiva: conceito, classificação, etiologia e fisiopatologia. Medicina, Ribeirão Preto, 30: , abr./jun LEITÃO RMC. Patologia da icterícia obstrutiva. Medicina, Ribeirão Preto, 30: , abr./jun FRANCHI-TEIXEIRA AR et al. Icterícia obstrutiva: diagnóstico laboratorial e de imagem. Medicina, Ribeirão Preto, 30: , abr./jun COELHO JCU & FREITAS AT. Tratamento cirúrgico das icterícias obstrutivas. Medicina, Ribeirão Preto, 30: , abr./jun TOWNSEND. Sabiston: Tratado de Cirurgia; 17ª edição, Elsevier.
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