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Primeiras reflexões: a escolarização de surdos

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Apresentação em tema: "Primeiras reflexões: a escolarização de surdos"— Transcrição da apresentação:

1 O uso de jogos eletrônicos no processo de ensino e aprendizagem de surdos

2 Primeiras reflexões: a escolarização de surdos
Após a inclusão e a implementação de leis que legitimam a língua de sinais, observamos que, não só os métodos escolares não estão adequados aos alunos surdos, mas também os materiais utilizados não atendem as necessidades dessas pessoas. Os materiais são, em sua maioria, voltados para os alunos ouvintes e, por isso mesmo, tem uma preocupação diferente sobre o ensino do português, que para ouvintes se dá como uma língua materna e, para surdos, como uma segunda língua (PL2). Além disso, os alunos ouvintes desenvolvem seu aprendizado através da linearidade da linguagem oral e escrita, já os alunos surdos compreendem o mundo, entre outras coisas, através das imagens que não são estruturadas de forma linear. Português como Segunda Língua

3 Primeiras reflexões: o letramento digital
As inovações tecnológicas estão cada vez mais presentes no cotidiano das pessoas  profusão de imagens, escritas, sons, que, em conjunto, circulam discursos e significados por meio de jornais e revistas, outdoors e propagandas, telas dos cinemas e televisores, computadores, celulares, tablets, entre outros meios de comunicação. As tecnologias se modificaram, bem como algumas práticas decorrentes do uso destas tecnologias. Os trabalhos do New London Group (1996), de Knobel e Lankshear (2002), Cope e Kalantzis (2006), Lankshear e Knobel (2007), Rojo (2009, 2010), Lemke (2010), entre outros, de alguma forma, ocupam-se com as novas práticas letradas decorrentes das mudanças tecnológicas dos últimos anos e também com o que se configura uma prática de letramento escolar adequada às mudanças observadas.

4 Primeiras reflexões: o letramento digital e a escolarização
Nas salas de aula: Encaramos a possibilidade real de construção de significados através da utilização de diferentes meios e linguagens, usando as ferramentas tecnológicas. Compreendemos os benefícios que são gerados com a convergência destes suportes digitais porque eles propiciam a veiculação de textos, imagens (fixas e móveis) e sons de uma maneira que nenhuma tecnologia possibilitou até o momento.

5 Objetivo Delinear que aspectos teórico-didáticos seriam importantes para a produção de materiais de ensino e aprendizagem adequados para crianças surdas, tendo como perspectiva o arcabouço teórico da Linguística Aplicada, que considera este grupo linguístico como minoritário, cuja língua L1 (LIBRAS) não coincide com a língua de alfabetização: o português oral ou escrito (L2).

6 Fases da pesquisa Mapeamento e análise de materiais para surdos
Adaptação de jogos eletrônicos para surdos Testagem dos jogos adaptados

7 Mapeamento e análise de materiais para surdos
O grupo de pesquisa reuniu surdos e ouvintes docentes e discentes (de G e PG do IEL, IA e CEPRE/FCM da UNICAMP). Quais as representações que professores surdos e ouvintes têm sobre materiais específicos para alunos surdos?

8 Análise dos materiais 15 vídeos com material LIBRAS/Português
9 CD-ROMs de contos literários 2 livros didáticos para surdos 26 sites de internet relacionados à surdez

9 Vídeos Os vídeos analisados são oriundos de um curso de LIBRAS a distância oferecido por uma instituição pública em parceria com o MEC. A produção do material é do Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES) e os vídeos estavam disponíveis na web e também enviados em CD-ROM para os cursistas e profissionais participantes.

10 Vídeos Os vídeos

11 Vídeos Interpretação/tradução (áudio, legenda, sinais): todos os vídeos continham legenda, sinais e áudio. Textos autênticos para ensino de LE/L2: 8 vídeos apresentavam preocupação com texto autêntico. Presença de “variedade linguística”: sinais do RJ. Opções de multimídia: não havia opção retirar legenda ou áudio.

12 CD-ROMs Analisou-se a Coleção Clássicos Literatura em LIBRAS/Português. Tal coleção é gratuita, patrocinada pela IBM e inicialmente apoiada pela FAPERJ, da editora Arara Azul em parceria com a SEE/MEC.

13 CD-ROMs Título Conteúdo 1 A história de Aladim e a lâmpada maravilhosa
história em LIBRAS e Português com jogos 2 A Cartomante - Conto de Machado de Assis história em LIBRAS e Português 3 O relógio de Ouro 4 Alice no país das maravilhas - Luris Carrol 5 O caso da vara - Machado de Assis 6 Iracema - José de Alencar 7 A missa do galo - Machado de Assis 8 O Alienista - Machado de Assis história em LIBRAS e Português e telas para colorir 9 O Velho da horta - Gil Vicente

14 CD-ROMs Propostas de atividades pedagógicas para serem impressas
Glossários Jogos: jogo da memória, caça palavras, colorir, etc. Opção de multimídia: tela dividida entre LIBRAS e português (pequeno espaço para o narrador). Interpretação LIBRAS/Português: único narrador/intérprete, textos longos, qualidade da imagem, vocabulário em LIBRAS, etc.

15 Livros didáticos Em levantamento dos livros utilizados para o ensino de português para surdos dentro de um grupo bilíngue de apoio a criança surda, encontramos dois livros: “Meus primeiros Sinais” do professor ouvinte Paulo Favalli (2000) “Projeto Pitanguá - Português 2a. Série” (2005) publicado pela Editora Moderna.

16 Livros didáticos

17 Livros didáticos Ausência de explicitação da abordagem de ensino de língua seguida. Análise das 4 habilidades (PE, CE, PS, CS): maior valorização a CE. Ausência de textos autênticos. Carência em trabalhar aspectos culturais. Aspectos Gráficos Editoriais: projeto gráfico, sumário, personagens. Ausência de recursos midiáticos e endereço/site. Atividades, orientações ao professor, autonomia, etc.

18 Palavras soltas

19 O que lembra?

20 Sites Os 26 sites de internet analisados pelo grupo continham:
reportagens sobre a surdez ou entrevistas com surdos (de artigos a jornal online para surdo) dicionários de LIBRAS/português e dicionário em LIBRAS com explicações sobre conceitos de disciplinas escolares por meio da língua de sinais venda ou distribuição gratuita de materiais didáticos para surdos, intérpretes ou professores da área vídeos em LIBRAS objetos de aprendizagem para atividades de aprendizagem de conteúdos escolares e da LIBRAS

21 Sites Título Site Observação http://www.acessobrasil.org.br/libras/
1 Dicionário LIBRAS 2 Libras Net www. librasnet.com.br  Alterado recentemente para 3 Jornal Visual 4 Curso de LIBRAS a distância: 5 LIBRAS Legal 6 Revista Crescer Artigo de revista 7 Surdos Sol Surdos Online surdosol.com.br 8 Portal de LIBRAS 9  Signes 10  Biblioteca Virtual Miguel de Cervantes Site espanhol. Aulas de literatura em língua de sinais. 11 LSB Vídeos Venda de materiais didáticos para surdos 12 Secretaria da Ed. Especial Site do MEC 13 AVAPE

22 Sites 14 Guia de Direitos www.guiadedireitos.org 15
15 Instituto Paradigma 16 Karaoke para surdos 17 Acesso Brasil Dicionário de LIBRAS 18 Confederação Brasileira de Surdos 29  Derdic 20 Instituto Santa Teresinha  Escola Bilíngue para surdos 21 Rede Saci 22 Revista Sentidos 23 Entre amigos 24 Feneis 25 INES 26 NEPES Dicionário em LIBRAS com explicação em sinais de geografia, história e ciências

23 Sites Diversos sites para surdos não disponibilizavam seu conteúdo em LIBRAS. Ausência de propostas de atividades diversificadas e inovadoras. Propostas interessantes: NEPES, Biblioteca Virtual Miguel de Cervantes e Acesso Brasil.

24 Análise de materiais O oferecimento de materiais em LIBRAS não é suficiente
Segundo Maher (2010) ouvir as representações das minorias está relacionado a um compromisso político de dar voz àqueles que geralmente têm sido silenciados. Carlos: É muito chato, sempre esse mesmo homem. Ele é o Aladim, o pai e o Gênio? (Sobre o CD-ROM) Esse reducionismo constante das especificidades da surdez à língua de sinais já foi discutido por Santana e Bergamo (2005) quando criticam que dentro de certo imaginário, a cultura e a(s) identidade(s) surda(s) são constituída unicamente com base na aquisição da língua de sinais.

25 “Que som se repete em todas elas?” (op.cit., p.55)
Análise de materiais O oferecimento de materiais em LIBRAS não é suficiente Ao analisar o referido livro didático do projeto Pitanguá notamos que a valorização em pauta foi exclusivamente com tradução para língua de sinais e não com as particularidades da surdez: “Leia estas palavras em voz alta e, depois responda.” (EDITORA MODERNA, p.55). “Que som se repete em todas elas?” (op.cit., p.55) “Quem não ouve sofre de que problema?” (op.cit., p. 121).

26 2. Adaptação de jogos eletrônicos
Os jogos passaram pela avaliação dos profissionais ouvintes e de três adultos surdos que analisaram e identificaram as dificuldades com a interface e além das mudanças necessárias aos jogos. Iniciamos com o processo de tradução dos textos e das falas do português para Libras e seguimos até a adaptação dos elementos de comunicação utilizados (desenhos, cores, sons), melhorando a qualidade da interface para utilização por sujeitos surdos.

27 Inserir jogos aqui??????

28 Adaptação de jogos eletrônicos
No processo de adaptação e tradução dos jogos percebemos aspectos interessantes sobre o uso da língua de sinais em si e de sua estrutura.Verificamos que alguns surdos, muitas vezes, se utilizam da estrutura morfológica e sintática do português ao fazer uso da língua de sinais.

29 3. Testagem dos jogos eletrônicos
Analisar a jogabilidade das interfaces. Avaliar a validade das adaptações e da tradução realizada.

30 Testagem dos jogos eletrônicos
10 crianças surdas com idades entre 8 e 12 anos, que frequentavam o Ensino Fundamental. 2 jovens surdas, de 18 anos, do Ensino Médio. Estas crianças/jovens apresentavam graus de surdez diferentes (de surdez moderada até profunda), usos variados da língua de sinais e do português oral, assim como graus variados de familiaridade com o português escrito e com a tecnologia (alguns tinham computador em casa e faziam uso deste com frequência, enquanto outros tinham contato com a tecnologia apenas na escola, por exemplo).

31 Testagem dos jogos eletrônicos
Utilização dos textos em português bem como dos vídeos em LIBRAS variou entre os participantes. Variação do desempenho: influência do português, da LIBRAS e do conhecimento/uso prévio da tecnologia. Crianças/jovens que tinham maior contato com o computador: a necessidade de se pautar exclusivamente nos textos (português/LIBRAS) para avançar no jogo diminuía, possibilitando que avançassem nas diferentes fases do jogo, mesmo que para isso utilizassem de estratégias de tentativa e erro.

32 Carta elaborada por jovem surda após jogar “O sonho de Juca”.

33 Carta elaborada por jovem surda após jogar “O sonho de Juca”.

34 Considerações finais Ao longo desse percurso, observamos que medidas políticas de reconhecimento linguístico-cultural da surdez demonstram não ser suficientes para os surdos que ainda não conquistaram o espaço que sua comunidade almeja. Isso porque, em concordância com Maher (2007, p.257) “[...] o empoderamento de grupos minoritários é, parece-me, decorrência de três cursos de ação: (1) de sua politização; (2) do estabelecimento de legislações a eles favoráveis; e (3) da educação do seu entorno para o respeito à diferença.”

35 Considerações finais No âmbito da escolarização de surdos, acreditamos que o empoderamento deste aluno perpassa o seu domínio do português. Assim como Rajagopalan (2005, p.154) percebe que a aprendizagem de uma língua estrangeira pode empoderar o seu aprendiz “auxiliando-o a dominar a língua estrangeira, em vez de se deixar ser dominado por ela”, acreditamos que aos surdos também é necessário iniciativas no âmbito de políticas linguísticas e de identidade que contribuam para o seu processo de escolarização que darão a eles suporte para que reivindiquem seus interesses e sua inserção na cultura da escola.

36 Considerações finais Ressaltamos que, por meio do uso de tecnologia nas salas de aula, os aspectos de ludicidade, mas principalmente os de acesso à informação, construção de conceitos – em português e em língua de sinais – e de construção de conhecimento podem se tornar reais.

37 Considerações finais A participação nestas novas práticas letradas deve ser entendida como parte de uma possibilidade de construção e reconstrução colaborativa de significados, bastante viável para os surdos, se pensarmos, por exemplo, que sua forma de comunicação é prioritariamente visuo-gestual e que se valeria do uso de tecnologias que viabilizem a produção, o tratamento e a circulação de imagens estáticas ou em movimento. Entendemos que isto deve ter implicações diretas para os estudos e pesquisas de produção de materiais para surdos e formação de professores.


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