PRINCIPAIS QUESTÕES SOBRE A ELABORAÇÃO DA ACB E DO CÁLCULO DO DÉFICE DE FINANCIAMENTO Análise custo-benefício PRINCIPAIS QUESTÕES SOBRE A ELABORAÇÃO DA.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
FUNÇÃO CONTROLE É a função que compara as ações planejadas com os resultados obtidos. A partir dessa análise é possível dar início a eventuais correções.
Advertisements

1 empresas locais orientação global. 2 Sumário 1)Democratizar Formas Alternativas de Financiamento 2)Uma resposta sim! 3)Como dizer sim? 4)Exemplos.
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE MINISTÉRIO DA ECONOMIA E FINANÇAS METODOLOGIA DE ELABORAÇÃO DO CENÁRIO FISCAL DE MÉDIO PRAZO Maputo, Maio de 2015.
ENGENHARIA ECONÔMICA  Prof.- Alexandre Cerff de Ornelas  Facear- Faculdade Educacional de Araucária.
Central de Aquisições e Contratações Públicas: O uso dos padrões e-Ping na estruturação do planejamento das contratações Brasília, 18 de junho de 2013.
Aula Teórica nº 7 Sumário: 4. Consumo Privado, Poupança das Famílias e Investimento 4.1. Consumo privado, poupança das famílias e riqueza Bibliografia:
Disciplina JOGOS DE EMPRESAS Simulação Empresarial
Capítulo III Contas Nacionais: Problemas de Mensuração.
Workshop Dirigido às Autoridades de Gestão/Organismos Intermédios dos PO FEDER e Fundo de Coesão 19 abril 2013 Lisboa A NÁLISES CUSTO - BENEFÍCIO.
1 Audiência Pública ISS Câmara dos Deputados Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio. 03 de Dezembro 2013.
A Cadeia de Valor da PGFN IV Encontro de Gestão da Advocacia-Geral da União 10 e
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO Os Cuidados na Comprovação dos Requisitos de Sustentabilidade Rafael Setúbal Arantes EPPGG/Diretor-Adjunto DELOG/SLTI/MP.
As funções do IFDR no QREN As exigências do Compliance Assessment Conversas ao almoço de 9 de Julho Joana do Ó.
Contabilidade Analítica VS Contabilidade Geral
LEGISLAÇÃO E EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA. Modelo Orçamentário Modelo Orçamentário é o conjunto de procedimentos padronizados que devem ser seguidos pelos entes.
PROGRAMAÇÃO FISCAL E FINANCEIRA
Estrutura de Projetos de Pesquisa Disciplina: Técnicas de Pesquisa em Economia.
Levantamento de dados Podem ser utilizados três procedimentos para obterem-se os dados: Pesquisa documental Pesquisa bibliográfica Contatos diretos.
Plano Financeiro Profa. Bruna Panzarini. Investimento total Nessa etapa, você irá determinar o total de recursos a ser investido para que a empresa comece.
DEMONSTRATIVOS PROJETADOS
CDE 04_ Estudo de Viabilidade de Projetos – Prof. Wanderley Carneiro 1 Critérios para escolha do melhor projeto? Como escolher o melhor projeto? Em alguma.
Aula Teórica nº 2 Sumário: 2. Medição da Actividade Económica e das Variáveis Económicas 2.1. Medição do produto e do desemprego Medição do produto.
GESTÃO DE CUSTOS Prof. Me. Sebasteão Zeno Da Silva Administrador de Empresas;  Pós graduado em Gestão Empresarial (FGV)  Mestre em Engenharia de Produção.
CRITÉRIO ENACTUS REVISADO: CONDUZINDO UMA AVALIAÇÃO DAS NECESSIDADES.
O RÇAMENTO E F UNDO. Orçamento Municipal Meio de realização do ECA; Instrumento de construção da Cidadania e da Democracia participativa; Forma de Democratização.
SISTEMAS DE ORÇAMENTOS Alcione Machado Kamila Martins Keila Miranda Roselaine Eler Venini Saar.
Dever de licitar : Licitar é a regra. A Contratação direta é a exceção (art. 2º Lei 8.666/93 e art. 37, XXI CF/88).
AGREGADOS MACROECONOMICOS
1 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - Importância Administradores internos da empresa: 1.Desempenho retrospectivo e prospectivo das várias decisões.
1/13 Jogos de Empresas Prof. Fauzi Timaco Jorge UNIP Jogos de Empresas Prof. Fauzi Timaco Jorge UNIP.
Gestão Financeira Prof. Augusto Santana. Análise de Investimentos A Decisão de Investir As decisões de investimento envolvem a elaboração, avaliação e.
Gestão Estratégica de Custos
Segundo as informações do SITE DO SEBRAE  - as MPEs representam 98% das 4,1 milhões de empresas formais na indústria, comércio e serviços - respondem.
3. SELEÇÃO DE PRESTADOR DE SERVIÇOS LOGÍSTICOS 3
Capitalista Socialista Misto
Investimentos.
Empreendedorismo e Plano de Negócios. Profa. Bruna Panzarini.
AUDIÊNCIA PÚBLICA Constituição Federal / Estadual Lei Complementar de Finanças Públicas / L 4320/64 LRF PPALDOLOA PPA - Define as políticas.
ATIVO IMOBILIZADO De acordo com a Lei 6.404/76 na Seção III do artigo 179 inciso IV, este encontra-se no Balanço Patrimonial, Grupo de Contas do Ativo,
Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança Sami Hassuani Presidente AUDIÊNCIA PÚBLICA CRE- Comissão de Relações Exteriores.
Contabilidade Aplicada as Instituições Financeiras José Leandro Ciofi Aula 16.
FINANÇAS BÁSICA GLAUCO J. CARVALHO. Oportunidade de negócio ou simples idéia? Qual a diferença? Pode-se dizer que, se tem alguém querendo comprar o que.
LOGÍSTICA Ilda Ruivo Licenciatura em Sociologia do Trabalho 2008.
AVALIAÇÃO IMOBILIÁRIA II Elaborado por: Manuel Miranda da Mota em Set./2010 O RISCO E OS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO Evolução da Gestão do Risco - Métodos Risco.
1 Energia Elétrica Alguns comentários Energia Elétrica Alguns comentários Reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e social 4 de agosto de 2004.
ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
Detalhamento da estrutura de um Plano de Negócios Parte 2
(Aspectos técnicos e econômicos)
Necessidade de planejamento Empreendedores tendem a negligenciar o estágio de planejamento de um novo negócio O plano de negócio é fundamental pois descreve.
QREN Avaliação dos Sistemas de Incentivos. Sistemas de Incentivos QREN Principais Conclusões da Avaliação  Melhorias face a anteriores experiências de.
As vantagens de ser funcionário e empreendedor
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DEL REI AUDIÊNCIA PÚBLICA AVALIAÇÃO E CUMPRIMENTO DE METAS 1º QUADRIMESTRE 2013.
Detalhamento da Norma de Sistema de Gestão Ambiental: NBR ISO 14001:2004 Prefácio Introdução 1 Objetivo e campo de aplicação 2 Referências normativas 3.
André Amorim. DFC Três Grupos: 1 – Atividades Operacionais; 2 – Atividades de Investimento; 3 – Atividades de Financiamento;
- Orçamento de Produção
Como usar CT&I para promover a inclusão social? Políticas Públicas – Transporte Urbano Ministério da Ciência e Tecnologia 3ª Conferência Nacional de Ciência,
Contabilidade e Análise de Balanços Silvia Pereira de Castro Casa Nova Daniel Ramos Nogueira
O controle da sua empresa num clic A Guru sistemas está sempre preocupada em oferecer a seus clientes soluções que efetivamente agreguem valor. Pensando.
Inovação e Competitividade Laura Maragna Setor de Ciência, Tecnologia e Inovação Comissão Europeia.
Seminar on Transfer Pricing Application Availability of Information Portugal Presentation by Luís Pedro Ramos (Tax Inspection on Large Companies Department)
AVALIAÇÃO IMOBILIÁRIA II Elaborado por: Manuel Miranda da Mota em Set./2010 O RISCO E OS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO Evolução da Gestão do Risco - Métodos Risco.
 Mapeamento de seus cenários internos e externos, identificando requisitos essenciais a serem atendidos;  Tradução de requisitos em informações a serem.
Exemplo de Plano de Negócios. Nome da Empresa/Ideia Plano de Negócios.
UNIP – Universidade Paulista Prof. Wesley Vieira Borges Jogo de Empresas Todos os direitos reservados Fase de Preparação.
Componentes da cadeia de valor proposta por Michael Porter
Plano de Negócios TGA2 PLANO DE NEGÓCIOS Um negócio bem planejado terá mais chances de sucesso que aquele sem planejamento, na mesma igualdade de condições.
PROF. ROGER MÜLLER apres1 DAGEE GESTÃO DE CUSTOS II.
Economia 2009 Prof. Fabiana. Conceito Origem – grego. Economia, ciência social que estuda os processos de produção, distribuição, comercialização e consumo.
As Questões-Chave da Avaliação Avaliação para quê? Avaliação para quem? Quando deve ocorrer a avaliação? Quais os critérios de avaliação? Quem deve ser.
ORÇAMENTO BASE ZERO.
Transcrição da apresentação:

PRINCIPAIS QUESTÕES SOBRE A ELABORAÇÃO DA ACB E DO CÁLCULO DO DÉFICE DE FINANCIAMENTO Análise custo-benefício PRINCIPAIS QUESTÕES SOBRE A ELABORAÇÃO DA ACB E DO CÁLCULO DO DÉFICE DE FINANCIAMENTO Workshop dirigido às AG dos PO FEDER e FC QREN Lisboa – 19/04/2013 – Mário Rodrigues / Comissão Europeia 1

Temas a tratar: ► Porque é necessária uma ACB? ► Quando é necessária uma ACB? ► Análise financeira ► Análise económica ► Avaliação pela Comissão ► ACB: questões habituais ► ACB: erros comuns. ► A ACB não resolve todas as questões. 2

Porque é necessária uma ACB? As decisões de investimento estão no centro de qualquer estratégia de desenvolvimento pois podem ter um impacto positivo na competitividade, no crescimento, no emprego. É importante fazer boas decisões de investimento! A análise custo-benefício compara custos previstos e os benefícios de um projeto ao longo de um determinado período de tempo para determinar se o projeto vale a pena ser executado. Sempre que uma decisão de investimento deva ser tomada por decisores/gestores de políticas devem ser comparadas opções e devem ser analisados os custos em relação aos benefícios! 3

4 Não vale a pena investir em todos os projetos! Nem todas as opções têm o mesmo impacto! Alguns projectos têm um papel mais importante do que outros para alcançar os objectivos de desenvolvimento propostos. Demonstrar que a implementação de um projeto pode contribuir para o crescimento e prosperidade. Porque é necessária uma ACB?

5 Porque é necessária uma ACB? análise económica vs análise financeira Enquanto na análise económica, queremos conhecer e medir os custos e proveitos e os benefícios para a sociedade... na análise financeira olhamos para os custos e as receitas do promotor do projecto.

6 Assegurar uma utilização eficaz do orçamento da União! Três questões cruciais podem ser respondidas com a ACB: - O projeto é desejável, na forma em que é apresentado? - A contribuição pública é essencial para o projeto ser financeiramente viável? - Existe um risco de financiamento excessivo? Porque é necessária uma ACB?

7 Quando é necessária uma ACB? A ACB oferece uma metodologia sólida para identificar, quantificar e comparar projetos, medindo custos e benefícios de uma forma sistemática. A ACB é uma ferramenta analítica para a tomada de decisão: ao nível do promotor e decisores políticos a nível regional, nacional e da UE, para poderem tomar melhores decisões. No âmbito da Política de Coesão da UE, a ACB deve ser efectuada para os "Grandes Projectos", isto é, projetos com um custo total acima de 50 M€ em todos os domínios prioritários (FEDER, FC).

8 Quando é necessária uma ACB? (2) Obrigatória: Projectos cujo custo total (c/ IVA) seja > 50 M€ - Grandes Projectos; Não é requerido efectuar uma ACB completa para projectos < 50 M€, mas a Comissão também o recomenda; No mínimo deve ser efectuada uma análise financeira (e do défice de financiamento) para projectos < 50 M€; Projectos < 1 M€: não é necessário efectuar ACB (não são considerados no âmbito do Art.º 55°); Projectos cujas receitas não são projectos geradores de receitas: análise económica deve ser efectuada para verificar interesse económico de executar projecto.

9 Avaliação de Grandes Projetos pela Comissão A análise dos elementos relativos a um grande projecto baseia-se no Art.º 40° do Regulamento Geral, que requer nomeadamente: - Identificação da entidade responsável pela execução; - Natureza do investimento, descrição do projeto, volume financeiro e localização; - Calendário e fases de execução do projeto; - Resultados dos estudos de viabilidade; - Análise de custo-benefício (ACB), incluindo avaliação de riscos; - Análise do impacto ambiental; - Justificação para a participação pública; -Plano de financiamento.

Avaliação de projecto (GP): Questões que deverão ser respondidas: - Os objetivos do projecto estão claramente definidos? - É projeto é tecnicamente adequado? -Justifica-se o co-financiamento do projeto? -A contribuição pública pedida é justificada? -O projeto é coerente com as outras políticas da União – ambiente, transportes, etc? -O projeto constitui uma unidade auto-suficiente claramente identificada de análise? ("meia ponte não é uma ponte") 10

11 Viabilidade e análise das opções: A análise de viabilidade deve assegurar o seguinte: o contexto local é favorável ao projeto (ex: não há restrições físicas, sociais ou institucionais); a procura de serviços no futuro será adequada (previsões de longo prazo); a tecnologia apropriada está disponível; a taxa de utilização da infraestrutura (ou fábrica) não vai revelar uma capacidade excessiva não utilizada; recursos humanos (incl. de gestão) estarão disponíveis.

12 Viabilidade e análise das opções (2): O próximo passo consiste em identificar o leque de opções que podem garantir a realização dos objetivos; A abordagem básica de qualquer análise de investimento visa comparar as situações com e sem o projeto; Para selecionar a melhor opção é útil definir um cenário de referência. Corresponde a uma previsão do futuro sem o projeto, ou seja, o cenário "business as usual" (BAU); Uma vez identificados o cenário BAU e várias alternativas " do something ", uma ACB simplificada deve ser efetuada para cada opção de modo a escolher a melhor.

13 ACB: Análise financeira e económica FNPV = VALF (valor actual líquido financeiro) ENPV = VALE (valor actual líquido económico) VALF investimento público A rentabilidade financeira do investimento pode ser avaliada calculando-se o valor actual líquido financeiro e a taxa de rentabilidade financeira do investimento

14 ACB: Análise financeira Deve basear-se na abordagem de fluxos financeiros descontados; A Comissão propôs um valor de referência para a taxa de desconto financeiro de 5%. Um sistema de tabelas de contabilidade devem mostrar os " cash inflows & outflows " relativos a: Custos totais de investimento; Custos e receitas totais operacionais; Retorno financeiro sobre os custos de investimento: VALF (C) ( valor atual líquido financeiro do investimento) e TRF/C ( taxa de rentabilidade financeira do investimento ) - sem a contribuição dos Fundos; Fontes de financiamento; sustentabilidade financeira; Retorno financeiro sobre o capital (próprio): VALF (K) e FRR (K) – com fundos.

15 ACB: estrutura da análise financeira VALF (C) VALF (K)

16 ACB: Custos e receitas operacionais Os custos operacionais incluem todos os dados relativos aos desembolsos previstos para a aquisição de bens e serviços, que não são de investimento, sendo utilizados dentro de cada período contabilístico: os custos directos de produção; despesas administrativas e gerais; vendas e despesas de distribuição. Os projetos podem gerar as suas próprias receitas provenientes da venda de bens e serviços; ex: água, obras públicas ou rodovias. Estas receitas serão determinadas pelas previsões das quantidades de serviços prestados/ bens vendidos e pelos seus preços/tarifas. Os elementos seguintes NÃO são normalmente incluídos no cálculo de receitas futuras: - transferências ou subsídios; -IVA ou outros impostos indirectos cobrados pela empresa ao consumidor, pois estes são normalmente transferidos à administração fiscal; -amortizações.

17 Análise financeira: retorno financeiro sobre o investimento Os indicadores necessários para testar o desempenho financeiro do projeto são: VALF /C: valor atual líquido financeiro do investimento TRF /C: taxa de rentabilidade financeira do investimento

18 Análise financeira: exemplos de rentabilidade prevista Esta tabela fornece exemplos de TRF /C (taxa de rentabilidade financeira do investimento) de uma amostra de projectos de investimento promovidos pela UE em períodos de programação anteriores:

19 Um projeto é financeiramente sustentável quando não incorrer no risco de ficar sem dinheiro no futuro. A questão crucial aqui é o timing de verificação de recursos de caixa e pagamentos; Os promotores devem mostrar de que forma, ao longo do horizonte temporal do projeto, os financiamentos (receitas e qualquer tipo de transferência de fundos) correspondem a despesas, anualmente; Sustentabilidade ocorre se o valor líquido de cash-flow gerado acumulado é positivo para todos os anos considerados. Retorno financeiro sobre o capital: O objetivo deste cálculo é de olhar para o desempenho do projeto na perspectiva das entidades públicas (e/ou privadas) nos Estados-Membros; Mesmo que a TRF/C seja muito baixa, mesmo negativa, para o investimento público (sobretudo determinados sectores, ex: água), a taxa de retorno financeiro sobre o capital próprio (TRF/K), deve ser positiva em geral. Análise financeira: sustentabilidade financeira

20 Ex: cálculo do défice de financiamento

21 ACB: análise económica A ACB exige uma investigação do impacto líquido de um projeto no bem-estar económico. Isso é feito em cinco passos: Preços observados ou tarifas públicas são convertidos em preços-sombra ; Externalidades são tidas em conta e recebem um valor monetário; Os efeitos indirectos são incluídos, se justificado (quando não forem já tidos em conta nos preços-sombra); Custos e receitas são descontados com uma verdadeira taxa de desconto social ; Cálculo dos indicadores de desempenho económico: Valor actual líquido económico (VALE), a taxa de rentabilidade económica (TRE) e o rácio custo-benefício (B/C).

22 ACB: análise económica Externalidades : Quando os efeitos não-mercantis não ocorrem nas transações entre o produtor/fornecedor e os utilizadores/beneficiários diretos dos serviços do projeto, mas recaem em terceiros não recompensados ​​, estes impactos são definidos como externalidades. Uma externalidade é qualquer custo ou proveito que advém do projeto para terceiros, sem compensação monetária. Devido à sua natureza, as externalidades são por vezes bem tidas em conta aquando da utilização de factores de conversão, necessitando ser avaliadas separadamente, por exemplo, através de estimativas da predisposição a pagar ou a aceitar os efeitos externos.

23 ACB: análise económica Exemplos de externalidades : Proveitos: Redução de risco de acidentes numa área urbana congestionada, efeito da relocalização de uma fábrica; Vacinação contra o vírus da gripe: aqueles que não se vacinam têm o benefício de uma redução da prevalência do vírus na comunidade. Custos: Poluição da água por indústrias que deitam venenos à água, prejudicando plantas, animais e seres humanos; Quando proprietários de carros utilizam livremente estradas, impõem custos de congestionamento a todos os outros e emissões de gases nocivas para pedestres.

24 ACB: análise económica Performance económica do projeto é avaliada através dos seguintes indicadores: Valor atual líquido económico (VALE): a diferença entre o total de descontos de proveitos e custos sociais; Taxa Interna de rentabilidade económicade (TRE): a taxa que produz um valor zero para o VALE; Rácio B / C, ou seja, a relação entre os proveitos e os custos económicos descontados.

25 ACB: Questões habituais (1) Análise foi efectuada de acordo com o guia ACB da Comissão? Os cálculos estão correctos, seguem os pressupostos, dados e metodologia adequados? A abordagem incremental é devidamente aplicada com base em cenários razoáveis ​​ ? O cálculo dos cash-flows foi efetuado de acordo com uma abordagem incremental? É baseada em custos de investimento e operacionais fiáveis e sólidos, os custos de reposição foram considerados? A escolha da taxa de desconto seguiu a recomendação da Comissão? A escolha do horizonte temporal foi efetuada de acordo com a recomendação da Comissão? Se não, por quê?

26 ACB: Questões habituais (2) Existe análise de mercado e procura adequada, utilizando metodologia de previsão adequada, incluindo cenários macro- económicos, população coberta, etc? Análise financeira é consistente com a análise sócio-económica? Os impactos económicos diretos e indiretos foram devidamente avaliados? A ACB é acompanhada de uma análise de risco correta (incluem-se medidas de redução do risco, imprevistos?) O défice de financiamento é corretamente calculado?

27 ACB: Questões habituais (3) Valor de referência: custo total do projecto Período de referência : normalmente: 30 anos (ou 25) – preferível exceder do que reduzir! deve incluir período de investimento; no caso de projectos em mais do que uma fase, tudo deve ser incluído no mesmo período de análise; Valor residual : deve ser incluído Análise de risco e de sensibilidade: - deve ser sempre efectuada!

28 ACB: erros comuns (1) Pressupostos inconsistentes - alguns dados são expressos em preços constantes, outros em preços nominais; Não inclusão do valor residual ou inclusão de valor residual não actualizado como receita; Exclusão dos custos operacionais (calculando receita em vez da receita líquida); Pressupostos pouco claros e não justificados no cálculo dos custos operacionais e de manutenção; A inclusão de custos de substituição significativos nos custos operacionais; Custos não elegíveis não devem ser considerados (ex: compra de terrenos >10% total),

29 ACB: erros comuns (2) Inclusão do IVA, quando recuperável; Inclusão de "imprevistos", custos de depreciação e/ou de financiamento no cálculo do défice de financiamento; Pressupostos de procura irrealistas ou demasiado simplistas (ex: procura crescente com preços crescentes, evolução demográfica injustificada); Redução de custos não é tomada em consideração; Análise abrange apenas um operador ou beneficiário; Tarifas aplicadas inconsistentes com as regras nacionais, ou não realistas; Não aplicação do principio "poluidor-pagador".

30 A ACB não resolve todas as questões Problemas mais frequentes: Falta de maturidade do projeto > atraso na execução; Preparação do projeto insuficiente levando a atrasos e custos adicionais imprevistos; Infracção das directivas comunitárias relativas a contratação pública nas fases de concurso, contratação e execução; Infracção da legislação ambiental; Questões relativas a auxílios de estado.

31 Documentos de orientação: Nota COCOF 07/0074/09 : Guidance Note on Art. 55 of Council Regulation (EC) N° 1083/2006: Revenue-generating Projects Nota COCOF 08/0012/03 : Guidance Note on Art. 55(6) of Council Regulation (EC) N° 1083/2006 DG REGIO working document n°4 : Documento de Orientação sobre a metodologia para a realização de Análise Custo-Benefício DG REGIO CBA guide : Guia para Análises Custo-Benefício de projetos de Investimento, DG Política Regional, Julho 2008

32 Obrigado! Para mais informações : InfoRegio: ec.europa.eu/inforegio Unidade geogáfica DG REGIO: