EXAMINANDO O FENÔMENO DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER E RECURSOS TECNOLÓGICOS PARA SUA PROTEÇÃO Sônia Maria Dall’Igna - Mestranda Programa de Pós-Graduação.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Secretaria da Segurança Pública Secretaria da Segurança Pública.
Advertisements

AÇÃO SOCIAL. A ENTIDADE Quem Somos Somos pessoas de todos os credos, raças, cores e classes sociais unidas com a única intenção de fazermos o bem. Procuramos.
O Estatuto do Idoso como ferramenta de combate à violação dos Direitos Humanos Roseli de Sousa Costa Supervisora da Centra Judicial do Idoso - TJDFT.
Dra. Maria Creuza Brito de Figueiredo (Procuradora de Justiça, Coordenadora da Comissão dos Direitos da Mulher) Dra. Gicele Mara Cavalcante d'Avila Fontes.
VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES POLICIAIS NO BRASIL Secretaria de Políticas para as Mulheres/PR.
Violência Domestica e Familiar contra a Mulher: uma realidade a ser enfrentada Elivete Cecília de Andrade - Curso de Serviço Social Campus Sul – Tubarão.
PROCESSO DE COMUNICAÇÃO. Ocupa-se basicamente de um empreendimento psicológico, assim descritos: Ocupa-se basicamente de um empreendimento psicológico,
Maio/2012 Perfil dos Participantes Compilação das Respostas dos Questionários Paula Barreto BNDES.
QUEBRANDO O SILÊNCIO Quebrando o Silêncio é um projeto educativo e de prevenção contra o abuso e a violência doméstica, promovido anualmente pela Igreja.
Os Alicerces A Declaração Universal dos Direitos Humanos(1948) anunciaram uma nova era de empenhamento internacional na promoção e na proteção dos direitos.
PREFEITURA DE SÃO PAULO ASSISTÊNCIA SOCIAL. POLÍTICAS PÚBLICAS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL NA CIDADE DE SÃO PAULO NO ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA.
Instituição do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica Profa. Dra. Catarina de Almeida Santos – Faculdade de Educação/UnB Campanha Nacional Pelo.
O PAPEL DA MÍDIA NO ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES Lynara Ojeda PAIR CAPACITAÇÃO DA REDE LOCAL Ladário, 10 de maio de.
CONCEITOS IMPORTANTES
Projeto «Formação em Literacia Digital» D IREITOS E D EVERES NA INTERNET Agrupamento de Escolas de Porto de Mós Biblioteca Escolar / Centro de Recursos.
Estatuto do Idoso como ferramenta de combate a violação de direitos
Violência doméstica e familiar contra a mulher 2015 SENADO FEDERAL Secretaria de Transparência Coordenação de Controle Social Serviço de Pesquisa DataSenado.
PRU TEMAS PARA REDAÇÃO Da mesma forma que fazemos todo ano, separamos 20 assuntos que são sérios candidatos a serem escolhidos como tema.
Instituições Sociais Instituição é toda forma ou estrutura social estabelecida, constituída, sedimentada na sociedade e com caráter normativo - ou seja,
Promoção da Cultura de Paz Departamento de Políticas, Programas e Projetos.
Brasília, 27 de agosto de 2012 Política Nacional dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes e o Plano Decenal – Audiência Pública - Publicidade.
PATRIMÔNIO DOCUMENTAL, CIDADANIA E O INSTITUTO DO INQUÉRITO CIVIL PATRIMÔNIO DOCUMENTAL, CIDADANIA E O INSTITUTO DO INQUÉRITO CIVIL X Encontro Paulista.
A POLÍTICA DE DIREITOS HUMANOS E O EXERCÍCIO DA CIDADANIA.
SANTOS, Cláudia Mônica dos. & NORONHA, Karine
REINVENTANDO OS LAÇOS FAMILIARES
METODOLOGIA DO DIAGNÓSTICO RÁPIDO PARTICIPATIVO - DRP
S E D S Secretaria de Estado da Família e Desenvolvimento Social.
 Talvez um dos maiores mitos a respeito de novas idéias de negócios é que ela devam ser únicas.  O fato de uma idéia ser ou não única não importa.
Joelma do Vale Especialista em Família Líder Ministério da Mulher Bahia e Sergipe.
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO HOMEM
Neste dia, apelamos: A reformas legislativas e políticas para garantir a eliminação do trabalho infantil no trabalho doméstico e a criação de condições.
Estado nacional e poder político. O que é poder? Na aula anterior, nossas reflexões sobre política, povo e nação esbarraram inúmeras vezes nos conceitos.
Brasil sem homofobia Programa de combate à violência e à discriminação contra GLBT e de promoção da cidadania homossexual Giovanna Zimmermann Tamara Nassar.
Gênero e Sexualidade e direitos humanos infanto-juvenis Antonio Sardinha Jornalista, especialista em Direitos Humanos e Mestre em Comunicação.
“CONFERÊNCIA ESTADUAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE” 2012 Dalva Apª da Silva Sunada.
Agosto de Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF) Consiste no trabalho social com famílias, de caráter continuado, com.
PLANO DE PREVENÇÃO E EMERGÊNCIA
GERÊNCIA DE ACESSIBILIDADE E INCLUSÇÃO DIGITAL. À Gerência de Acessibilidade e Inclusão Digital, subordinada Diretoria de Governança Eletrônica compete:
FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ M.G ORGANIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE O.A.S.S2011.
GESTÃO DO PAIF.
O Observatório de Favelas atua como uma rede sócio-pedagógica, com uma perspectiva técnico-política, integrada por pesquisadores e militantes vinculados.
Filosofia/sociologia.  Como definir?  Para começar a pensar...  2/14/a-familia-e-a-base-da-sociedade/
SERVIÇO DE CONVIVÊNCIA CRIANÇAS E ADOLESCENTES
BEM – VINDOS AO CUCA. O que é o Cuca? O Curso Unificado Campus de Araraquara( CUCA) surge em 1994, como Programa de Extensão Universitária, para atender.
O Plano de Fortalecimento da Atenção Primária à Saúde/ AB – Região Metropolitana Grande Florianópolis Fpolis,
CONSUMO SEGURO: NOVO DETERMINANTE DA SAÚDE Coordenação Geral de Doenças e Agravos Não Transmissíveis Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos Não.
Histórico Vítimas de Escalpelamento no Amapá.
A Rede de Proteção e Promoção Social Brasileira como Estratégia de Promoção do Desenvolvimento e de Enfrentamento da Crise Patrus Ananias de Sousa Ministro.
Curso de Extensão e Aperfeiçoamento em Gestão Cultural Empreendedorismo Cultural e Criativo.
ROTEIRO PARA ANÁLISE INSTITUCIONAL
PANORAMA DA SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA CONTRA A PESSOA IDOSA NO ESTADO DE MATO GROSSO. EQUIPE: Tânia Maria do Rosario Ediane Ferreira Guimarães Eliacir Pedrosa.
Segurança pública e Violência
CC 2002, Art. 1 o.Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. o "Direito subjetivo” – “ter um direito” Questões: o Que significa ter um.
Instituições Sociais define regrasexerce formas de controle social Instituição é toda forma ou estrutura social estabelecida, constituída, sedimentada.
Ministério das Comunicações Secretaria de Inclusão Digital.
Ações da AMAR-DF. Histórico institucional: A Associação de Mães e Amigos da Criança e do Adolescente em Risco – AMAR/DF, surgiu da necessidade de fazer.
B RASIL 2035 Tendências - Dimensão Social - Segurança Pública.
13 ANOS DE HISTÓRIAS DE VIDAS RESTAURADAS. 13 ANOS DE HISTÓRIAS DE VIDAS RESTAURADAS CONFERÊNCIA 22 a 24 / setembro.
CONTROLE DOS AMBIENTES E CONDIÇÕES DE TRABALHO COM RISCOS RELACIONADOS À SAÚDE DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS LINO ALEXANDRE MÉDICO DO CEREST-HORIZONTE-CE.
Maria Izabel de Freitas Filhote defesadotrabalhador.blogspo...trabalhadores.jpg412 x k - jpg ANAMNESE OCUPACIONAL.
ENAP/Brasília junho/2010. Antes de 1930 – Fase contábil - Preocupação com a saúde física 1930 a 1950 – Fase Legal - Instituição da CLT - Estudo das relações.
EMPRESAS, ESCRITÓRIOS E PROFISSIONAIS DA CONTABILIDADE DO VALE DO ARARANGUÁ: ESTUDO SOBRE O PERFIL E TECNOLOGIAS UTILIZADAS NOS MUNICÍPIOS DE PASSO DE.
Ações de Educação Alimentar e Nutricional Educação e Intervenção Nutricional – Profa. Léo.
OS IDEAIS DA LUTA EMANCIPACIONISTA
 Mapeamento de seus cenários internos e externos, identificando requisitos essenciais a serem atendidos;  Tradução de requisitos em informações a serem.
EMPRESAS, ESCRITÓRIOS E PROFISSIONAIS DA CONTABILIDADE DO VALE DO ARARANGUÁ: ESTUDO SOBRE O PERFIL E TECNOLOGIAS UTILIZADAS NOS MUNICÍPIOS DE SOMBRIO,
OFICINA DA REDE DE OBSERVA Ç ÃO 18 de agosto de 2006 OBSERVATÓRIO DA EQÜIDADE Campo de observação na fase piloto O campo de observação é indicado pelo.
Templates O.Ribeiro BOMBEIRO MILITAR BRASILEIRO CLIQUE PARA SEGUIR.
Aline Soares Gomes da Costa Kerolyn Dias Dornellas Luzia Nunes dos Santos ASSÉDIO MORAL DO TRABALHO Atividade Interdisciplinar I - FUNCEC Administração.
30/6/20161 O CONSELHO TUTELAR NA DEFESA DOS DIREITOS DAS CRIANÇAS E DOS ADOLESCENTES.
Transcrição da apresentação:

EXAMINANDO O FENÔMENO DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER E RECURSOS TECNOLÓGICOS PARA SUA PROTEÇÃO Sônia Maria Dall’Igna - Mestranda Programa de Pós-Graduação em Tecnologias da Informação e Comunicação

Violência Doméstica Qualquer mulher pode ser vítima da violência doméstica. Não importa se ela é rica, pobre, branca ou negra; se vive no campo ou na cidade, se é moderna ou antiquada; católica, evangélica, atéia ou umbandista. A única diferença é que as mulheres mais ricas conseguem esconder melhor sua situação e têm mais recursos para tentar escapar da violência.

A Invisibilidade da Violência Doméstica Cultura Religiosa Cultura Científica = Conhecimento Científico  Filosofia Aristóteles: “ A mulher é um homem imperfeito” Historicidade da mulher enquanto propriedade privada  O ciúmes e a mulher como propriedade privada  Os homens não são naturalmente violentos, aprendem a ser! Cultura Popular “Em problema de marido e mulher, ninguém mete a colher” “Roupa suja se lava em casa”

A Luta das Mulheres Os estereótipos A luta pela igualdade de direito As conquistas O Direito ao voto (Constituição Federal de 1934) Criação das Delegacias de Polícia de Defesa da Mulher (Lei 5.467/86) Brasil: 407 DDM RS: 22 DEAM’s Lei Maria da Penha (Lei /06) Visibilidade do problema da violência doméstica

Conceito de Violência Violência é um termo que deriva do latim violentia significando vis, força e vigor, e em sentido amplo, é qualquer comportamento ou conjunto de comportamentos que visem causar dano a outra pessoa, ser vivo ou objeto. Nega-se autonomia, integridade física ou psicológica e mesmo a vida do outro. É o uso excessivo da força, além do necessário ou esperado.

Definições de Violência Violência contra a Mulher: é qualquer conduta – ação ou omissão – de discriminação, agressão ou coerção, ocasionada pelo simples fato de vítima ser mulher e que cause dano, morte, constrangimento, limitação, sofrimento físico, sexual, moral, psicológico, social, político ou econômico ou perda patrimonial. Essa violência pode acontecer tanto em espaços públicos como privados. Violência de Gênero: violência sofrida pelo fato de ser mulher, sem distinção de raça, classe social, religião, idade ou qualquer outra condição, produto de um sistema social que subordina o sexo feminino. Violência Doméstica – Art. 5º: quando ocorre em casa, no ambiente doméstico, ou em uma relação de familiaridade, afetividade ou coabitação. Violência Familiar – Art. 5º: violência que ocorre dentro da família, ou seja, nas relações entre os membros da comunidade familiar, formada por vínculos de parentesco natural ou civil, por afinidade ou afetividade.

TIPOS DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER VIOLÊNCIA FÍSICA: quando o agressor bate na mulher, deixando marcas, hematomas, cortes, arranhões, manchas, fraturas ou ainda a impede de sair de casa. VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA: quando insinua a existência de amantes, ofende a mulher ou seus familiares com freqüência, desrespeita o seu trabalho, critica sua atuação como mãe, fala mal do seu corpo, como também não deixa se maquiar, cortar o cabelo e usar a roupa que gosta.

TIPOS DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER VIOLÊNCIA SEXUAL: quando força relações sexuais com a parceira, obrigando-a a praticar atos sexuais que não lhe agradam, critica seu desempenho sexual e pratica sexo com sadismo. VIOLÊNCIA PATRIMONIAL: quando o agressor quebra utensílios pessoais, rasga suas roupas, destrói ou esconde seus documentos pessoais, profissionais ou mesmo fotos e objeto de valor sentimental. VIOLÊNCIA MORAL: entendida como qualquer conduta que configure calúnia, injúria ou difamação

Ciclos da Violência I. Tensão Essa fase se caracteriza por agressões verbais, crise de ciúmes, destruição de objetos e ameaças. A mulher procura acalmar o agressor, evitando discussões, assim a mulher vai tornando-se mais submissa e amedrontada. Em diversos momentos a mulher sente culpa e se acha responsável pela situação de violência em que vive, quando não procura relacionar a atitude violenta do parceiro com o cansaço, uso de drogas e álcool. II. Explosão Essa fase é marcada por agressões verbais e físicas graves e constantes, provocando ansiedade e medo crescente. Essa etapa é mais aguda e costuma ser mais rápida que a primeira etapa. III. Lua de Mel Depois da violência física, o agressor costuma se mostrar arrependido, sentindo culpa e remorso. O agressor jura nunca mais agir de forma violenta e se mostra muito apaixonado, fazendo a mulher acreditar que aquilo não vai mais acontecer.

Mitos sobre a violência doméstica A violência só acontece entre famílias de baixa renda e pouca instrução; As mulheres provocam ou gostam da violência; Os agressores não conseguem controlar suas emoções; A violência doméstica vem de problemas com o álcool, drogas ou doenças mentais; Para acabar com a violência basta proteger as vítimas e punir os agressores;

Delegacias Especializadas “... é um fato inegável que para boa parte da população brasileira – principalmente a mais carente – a polícia é a face mais exposta, ou melhor, tangível da institucionalidade pública. É a essa instituição que se recorre em razão de problemas de naturezas diversas, quando se procura conhecer a lei e encontrar um respaldo legal para a resolução de conflitos.” Debert, Guita G.; Gregori, Maria Filomena, “As Delegacias Especiais de Polícia e o Projeto Gênero e Cidadania”, in Correa, Mariza (org), Gênero e Cidadania, p.10

Delegacias de Atendimento à Mulher – DEAM’s Em 2006 foi elaborada a Normatização Nacional para funcionamento das Delegacias da Mulher “As DEAMs são unidades especializadas da Polícia Civil para atendimento especializado à mulher em situação de violência de gênero.” “As atividades das DEAMs têm caráter preventivo e repressivo, devendo realizar ações de prevenção, apuração, investigação e enquadramento legal, as quais devem ser pautadas no respeito aos direitos humanos e nos princípios do Estado Democrático de Direito.”

DEAM’s “As mulheres devem ser as beneficiárias diretas das DEAMs, tendo em vista a especialização dos serviços de segurança pública prestados por esses equipamentos da Polícia Civil.. Os policiais envolvidos no atendimento a essas mulheres devem ter escuta atenta, profissional e observadora, de forma a propiciar o rompimento do silêncio, do isolamento destas mulheres e, em especial, dos atos de violência, aos quais estão submetidas.” NORMA TÉCNICA DE PADRONIZAÇÃO DELEGACIAS ESPECIALIZADAS DE ATENDIMENTO À MULHER – DEAMS SECRETARIA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA MINISTÉRIO DA JUSTIÇA SECRETARIA ESPECIAL DE POLÍTICAS PARA AS MULHERES PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA Brasília -2006

Violência é questão de saúde pública Resolução da Organização Mundial de Saúde e da Organização Pan-americana da Saúde de 29 de junho de 1993: Considera a violência como uma questão de saúde pública e recomenda aos governos que estabeleçam política e planos nacionais de prevenção controle da violência”. Resolução da 49.a Assembléia Mundial de Saúde de maio de 1996: Declara a violência uma prioridade de Saúde Pública.

Dados da violência no Brasil A cada uma hora e meia uma mulher é vítima de feminicídio no Brasil. Violência contra a mulher: feminicídios no Brasil - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) – 2013; 54% da população conhece uma mulher que já foi agredida pelo parceiro! Violência contra a mulher: Pesquisa Data Popular e Instituto Patrícia Galvão; Em 68,8% dos atendimentos a mulheres vítimas de violência, a agressão aconteceu na residência da vítima.

Secretaria da Segurança Pública Secretaria da Segurança Pública

Observatório da Violência contra as Mulheres da SSP/RS Departamento de Gestão e Estratégia Operacional Divisão de Estatística 2015

Série Histórica Femicídio Redução de 18,4% nos femicídios nesta série histórica

Dados do Fato Femicídio 1º semestre de 2015

Dados do Fato Femicídio 1º semestre de 2015 Turno

Dados do Fato Local (%) Femicídio 1º semestre de 2015

Dados da Vítima Femicídio 1º semestre de 2015

Distribuição da população feminina do RS Dados da Vítima Femicídio 1º semestre de 2015

Dados da Vítima relacionamento atual: companheiro, marido, noivo, namorado, relação extra conjugal relacionamento anterior: ex-companheiro, ex-marido relacionamento familiar: mãe, padrasto, filho, primo Femicídio 1º semestre de 2015

Dados da Vítima Femicídio 1º semestre de 2015 Morte com Medidas Protetivas de Urgência solicitadas

Dados do Agressor cor/raça autores (%) Femicídio 1º semestre de 2015 Distribuição da população masculina do RS

Dados do Agressor Femicídio 1º semestre de 2015

Dados do Agressor

Femicídio 1º semestre de 2015

Aplicativos de prevenção à violência existentes Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) apontam que uma em cada três mulheres no mundo é vítima de violência. As tecnologias digitais, como meios de acesso à informação, podem ajudar essas vítimas a se protegerem. 6 aplicativos e sites que contribuem para o combate à violência contra a mulher:

APLICATIVO DA ANISTIA INTERNACIONAL APLICATIVO TRANSFORMA O SMARTPHONE EM UM BOTÃO DO PÂNICO Pensando na segurança de ativistas e jornalistas que frequentemente se encontram em situações de vulnerabilidade, a Anistia Internacional criou um aplicativo que funciona como um alarme discreto. Ele também serve para cidadãos comuns que se vejam em uma situação de perigo ou violência.

Botão do Pânico - SOS COMO FUNCIONA? A grande vantagem é que basta ter o aplicativo instalado, ele não precisa ser ativado. Basta que o usuário aperte rapidamente o botão de liga-desliga para que um alerta seja disparado para três contatos selecionados, tornando o pedido de ajuda bastante discreto. OBJETIVOS Este aplicativo da Anistia Internacional nasceu com o objetivo de garantir a segurança de ativistas e jornalistas, mas também serve para outros indivíduos em situação de vulnerabilidade denunciarem sua localização e pedir ajuda.

QUEM PODE USAR? QUEM PODE PARTICIPAR? Qualquer pessoa que possua um celular com sistema operacional Android. COMO POSSO ME ENGAJAR? Baixando o aplicativo no Google Play e/ou compartilhando com amigos e familiares que possam se interessar pela iniciativa. IDEALIZADOR Anistia Internacional

Clique 180

Agentto O aplicativo Agentto é um sistema de alarme conectado a uma rede de confiança formada por 12 pessoas selecionadas pela usuária. O aplicativo permite informar quando algo de errado está acontecendo. Há espaço para a criação de comunidades reunindo grupos específicos. Está disponível para Android e IOS.

Lei Maria da Penha

Circle of 6 Com o slogan “um aplicativo que previne a violência antes que aconteça,” o Circle of 6 permite escolher seis pessoas em seu círculo de amigos. Se você estiver perdida e precisa de uma carona ou não sabe onde está, você toca no ícone do aplicativo e ele envia um texto para o seu círculo com a sua localização GPS. Caso você esteja em um encontro desconfortável: o aplicativo pode enviar uma mensagem para o seu círculo e alertá-las para ligar para você, te salvando da roubada. Este aplicativo está disponível para dispositivos da Apple.

Chega de fiu-fiu O mapa Chega de fiu-fiu é uma plataforma colaborativa que permite mapear os pontos de risco para mulheres de todo o Brasil. Lá é possível compartilhar anonimamente pontos onde se sofreu violência. O aplicativo conta com as seguintes categorias: assédio verbal, assédio físico, ameaça, intimidação (stalking), atentado ao pudor, estupro, violência doméstica e exploração sexual.

Chega de fiu-fiu

SOS Mulher Para denunciar a violência doméstica, o Estado da Paraíba desenvolveu o aplicativo SOS Mulher, para que mulheres em situação de risco tenham um mecanismo de denúncia. Quando acionado, o aplicativo manda um sinal para o Centro Integrado de Operações Policiais (Ciop), que envia uma viatura para verificar a situação. No estado, o aplicativo 'S.O.S Mulher' se soma aos atendimentos psicossocial, acompanhamento jurídico e casa abrigo.

SOS Mulher (2) O segundo aplicativo de nome SOS Mulher (Espírito Santo) tem o objetivo de facilitar o acesso á informação sobre os mecanismos de defesa contra a violência contra a mulher. A ferramenta tem um geolocalizador, que permite detectar onde a usuária se encontra e mostra os serviços de apoio disponíveis ao redor. O aplicativo também conta com instruções para encaminhar a mulher aos órgãos de apoio, onde ela poderá fazer denúncias de violências por ela sofridas.

PLP 2.0 O aplicativo PLP 2.0 tem o objetivo de facilitar o socorro a mulheres de todo o Brasil. A ferramenta está conectada a uma rede de cinco contatos da usuária e a entidades públicas e privadas. O projeto é a extensão do programa Promotoras Legais Populares, que já funciona no Rio Grande do Sul, em parceria com o Tribunal de Justiça do Estado. A ferramenta foi desenvolvida pelas ONGs brasileiras Instituto Géledes e THEMIS Gênero, Justiça e Direitos Humanos.

Como diminuir as mortes por violência doméstica PLP Plataforma de auxílio ao enfrentamento a violência doméstica; Instrumento de acesso fácil à rede de serviços e à informação sobre violência doméstica; Disponível a todas as mulheres, possibilitando àquelas que possuem medida protetiva expedida pela justiça um rápido atendimento em caso de necessidade.

Como funcionará: O aplicativo estará disponível no Google Play para download: A usuária poderá cadastrar cinco pessoas para serem avisadas, além da autoridade policial, em casos de emergência; Em tentativas de agressões, o alerta do aplicativo deverá ser acionado; A partir da ativação, o PLP 2.0 funciona em quatro frentes: 1 - Aciona a autoridade policial sobre o fato; 2 - Envia um SMS às outras cinco pessoas cadastradas no aplicativo; 3 - Fornece, tanto à rede policial quanto à social, a geolocalização da vítima; 4 - Aciona os dispositivos de vídeo e áudio para gravar o ocorrido. O aplicativo também terá informações sobre a Lei Maria da Penha.

Operacionalidade: Tecnologia Social (Promotoras Legais Populares - PLPs) + Tecnologia Digital (aplicativo) = Rede de proteção mais forte e eficiente; Quem são as PLPs? Lideranças comunitárias femininas capacitadas em noções dos Direitos básicos de cidadania e dos direitos humanos das mulheres.

“A violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota.” Jean-Paul Sartre “A violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota.” Jean-Paul Sartre Del. Sônia Maria Dall’Igna Mestranda em Tecnologias da Informação e Comunicação Programa de Pós-Graduação em Tecnologias da Informação e Comunicação