Propriedades psicométricas da versão Portuguesa do Adolescent Pediatric Pain Tool (APPT/PT) Coimbra, Junho 2013 PTDC/CS-SOC/113519/2009 Luís Batalha, Ananda Fernandes, Ana Perdigão, Armando Oliveira, Eufemia Jacob, Lucila Castanheira, Sara Seabra, Manuel Brito
Introdução A dor é por defenição e natureza subjectiva e multidimensional; As escalas de intensidade de dor são insuficientes 1 O Adolescent Pediatric Pain Tool avalia a intensidade, localização e qualidade da dor 1. Ljungman, L. et al., Pain in paediatric oncology: interviews with children, adolescents and their parents. Acta Paediatrica.Vol. 88, p
Introdução Criada com base no McGill Pain Questionnaire; APPT Localização da dor: diagrama com 43 locais Intensidade da dor: Word Graphic Rating Scale Qualidade da dor: 67 descritores organizados em 4 dimensões ( Sensorial, Avaliativo, Afetivo, Temporal );
Introdução Aplicada em crianças hospitalizadas com idades entre os 8 e os 17 anos com doença oncológica 1, anemia falciforme 2 e pós-operatório 3 ; O APPT foi adaptado para a cultura portuguesa; A tradução e validação cultural e semântica foram realizadas num outro estudo prévio. 1. Van Cleve, L. et al., The Pain Experience of Children With Leukemia During the First Year After Diagnosis. Nursing Research. Vol. 53, n.1, p Jacob, E.;Hesselgrave, J. e Hockenberry, M. (2007) - Variation in Pain, Sleep, and Activity During Hospitalization in Children With Cancer. Journal of Pediatric Oncology Nursing. Vol.24, n. 4, p Gillies, M.;Smith, l.eparry-jones, W. (2001) - Postoperative pain: a comparison of adolescent inpatient and day patient experiences. International Journal of Nursing Studies. Vol. 38, p
Introdução
Objetivo Avaliar as propriedades psicométricas da versão Portuguesa do APPT (APPT/PT) em crianças com cancro entre os 8 e os 17 anos: validade de conteúdo, validade construto Validade convergente, fiabilidade
Metodologia Tipo de estudo: metodológico Local: Duas unidades pediátricas oncológicas; Total participantes: 100 Idade[8-17], 12,5±2,9 anos Sexo50 feminino; Diagnóstico46 Leucemia Linfoblástica Aguda 54 outros tumores Tipo de tumor75 tumor líquido; Tempo de diagnóstico[0-120] 27,0 ± 28,8 meses
Metodologia Procedimento Foi pedido que preenchessem o APPT de acordo com a dor do momento ou último episódio de dor; Análise estatística Validade convergente - correlação de Spearman; Validade de construto - análise de correspondência múltipla ( optimal scaling method).
LOCALIZAÇÃO DA DOR Nº localizações de dor [1-18] Média = 2,9 ±2,7 Área: (0,1-49,9) Média = 4,0 ± 6,9 mm 2 Locais: abdómen, cabeça e pernas Resultados
INTENSIDADE DA DOR 26% 47% 33% dor ligeirador moderadador severa Intensidade média = 5,3 ±2,4 Resultados
Resultados - Validade contéudo Todos os descritores são conhecidos por mais de 75% das crianças e escolhidos por pelo menos uma criança; Dimensões dos descritores selecionados % Sensorial 92 Avaliativo 91 Temporal 82 Afetivo 75
Resultados - Validade contéudo Os 10 descritores mais escolhidos% Desconfortável65 Horrível50 Vai e volta41 Aborrecida39 Magoa39 Faz chorar38 Má37 Pressão32 Às vezes27 Dorida25 Nº de descritores [1-27] ; Média = 9,9 ± 6,2
Resultados Validade construto e fiabilidade Sensorial Afectiva Avaliativa Temporal Total=24 Sensorial Afectiva Avaliativa Temporal Total=16 Sensorial Afectiva Avaliativa Temporal Total=13 Sensorial Afectiva Temporal Total=12 D1D2D3D4 Cronbach’s Alpha = 0.78 % de variância = 33,6% α = 0,86α = 0,77α = 0,72α = 0,68
Resultados - Validade convergente APPT/PTPontuação Total - Nº locais de dor0,21* - Área de dor (mm 2 )0,28* - Intensidade0,35* * Correlação Spearman p<0,05 Correlação (r s ) entre os componentes da escala e pontuação total
A versão Portuguesa do APPT mostra propriedades psicométricas interessantes: Todos os descritores são conhecidos por mais de 75%; Boa validade convergente entre os seus componentes; Boa fiabilidade; A análise de construto não é consistente com o modelo teórico e apresenta baixa variância explicada; Conclusões
O APPT/PT poderá um instrumento importante para avaliar a localização, intensidade e qualidade da dor em crianças com cancro, mas necessita de mais estudos; Importante utilizar na prática clínica uma versão reduzida com os descritores mais utilizados por estas crianças. Conclusões