Higiene das instalações, equipamentos e utensílios (condições gerais)

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Utilização de substâncias químicas:
Advertisements

Limpeza.
Padrões Mínimos de Segurança
Professora e enfermeira : Carla Gomes
Condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho
Segurança Alimentar Profª: Bruna Gratão.
DISCIPLINA: HIGIENE DO TRABALHO
Padrões Mínimos de Segurança
Visando a obtenção de alimentos seguros Boas Práticas de Higiene no manuseio de Alimentos O Vigilante Sanitário
A Higiene e Segurança no Trabalho
Educação Ambiental: a reciclagem e recuperação de materiais
Objectivos Gerais Apresentar os principais elementos a ter em consideração num processo de limpeza; Apresentar os principais critérios a ter em consideração.
BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO
HIGIENIZAÇÃO O processo de limpeza visa remoção de 90% dos resíduos solúveis em água. O uso conjunto com detergente em contato direto com as sujidades.
CUIDADOS NA MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS
A Gestão de Higiene Tim Hogg ESB-UCP 2002
EQUIPAMENTOS DE PROTECÇÃO COLECTIVA
Boas Práticas de Processamento e Armazenagem
Tecnologia de limpeza e de sanitização da fábrica e de seus equipamentos Água - - elemento mais importante para o funcionamento da indústria de alimentos;
Resíduos Hospitalares
Água e Saúde Profª Lilian Larroca.
Princípios de Desenho Higiénico de Instalações As instalações deverão ser projectadas de modo a: Permitir o desenvolvimento de todas as operações.
O ambiente é de todos – vamos usar bem a energia
Estagiárias: Ana Gabriela Andréa Mônica
MANUAL DE BOAS PRÁTICAS
OPERAÇÕES DE SEGURANÇA ALIMENTAR
Higienização das instalações, equipamentos, móveis e utensílios
Ana Maria Freitas Ferreira Tânia Maria de S. Agostinho
NR 24 Enfª Jamilie Sena.
Capacitação de Manipuladores de Alimentos
MANUAL DE BOAS PRÁTICAS
CUIDADO E IMPORTÂNCIA DO UNIFORME DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE – NR 32
Operação do EVS.
Z7 Zona 12 Armazém secos Zona 10 Lavagem louça Zona 9
PLANTAS MEDICINAIS DA AMAZÔNIA
Formação: Higiene e Segurança Alimentar
BOAS PRÁTICAS DE HIGIENE NA COZINHA
HIGIENIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS
Sempre manter os produtos sob temperatura adequada.
A Gestão de Higiene Tim Hogg ESB-UCP 2002 A gestão da higiene Autocontrolo incluindo HACCP Boas Práticas de Higiene Boas Práticas de Fabrico Gestão.
Superintendência de Vigilância Sanitária e Ambiental Gerência de Fiscalização Coordenação de Fiscalização de Alimentos PROCEDIMENTOS DE VIGILÃNCIA SANITÁRIA.
ROTEIRO PARA INSPEÇÃO EM DROGARIAS
Manual de Práticas Saudáveis
Boas Práticas de Manipulação de Alimentos
Fundamentos do Manual de Boas Práticas
Restaurante Os Benfiquistas. Introdução Higiene é um conjunto de várias normas de procedimentos para protecção física e mental do ser humano. Preservando.
Elaboração - Mesa Boas Práticas POPs.
Medidas de Prevenção e Controlo em Meio Escolar
1de14 Tratamentos Domésticos de Água 17 e 24 de Abril de 2007.
Observância da RDC A edificação, as instalações, os equipamentos, os móveis e os utensílios devem ser livres de vetores e pragas.
DETALHES DE CONSTRUÇÃO:
VIGILANCIA SANITÁRIA EM EAS/EIS
Tecnologia Farmacêutica e de Cosméticos
Segurança e Higiene Na Cozinha
A BARATA Um caso sério de Saúde Pública.
transporte e armazenamento
transporte e armazenagem de produtos perigosos
PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRONIZADOS POP’s
MANIPULADOR DE ALIMENTOS
CENTRAL DE DISTRIBUIÇÃO
HACCP Hazard Analysis and Critical Control Análise de Perigos e Controlo de Pontos Criticos O Sistema HACCP foi desenvolvido nos anos 60 pelos laboratórios.
Em conformidade com a Resolução RDC n º 216/04
Regras de ouro da “OMS” Preparação inócua de alimentos
Plano de Higienização Higiene Pessoal
PROTECÇÃO COLECTIVA E PROTECÇÃO INDIVIDUAL PREVENÇÃO DE RISCOS PROFISSIONAIS.
Tópico 9: Normas básicas de segurança no laboratório de química
PLANO DE CONTINGÊNCIA PARA A PANDEMIA DE GRIPE ESCOLA SECUNDÁRIA DE VILELA – PAREDES Coordenação do plano Avaliação das condições das instalações.
CURSO SOBRE HIGIENE PESSOAL
Transcrição da apresentação:

Higiene das instalações, equipamentos e utensílios (condições gerais)

Higiene das instalações, equipamentos e utensílios Objectivo Em função da natureza das operações e dos riscos que existem nos edifícios, equipamentos e instalações, deverão projectar-se e construir-se estas de maneira que assegurem que: As instalações devem possuir materiais apropriados para o contacto com os alimentos; Impedir contaminações cruzadas; Permitir uma higienização eficaz; Circuito de marcha em frente; Condições ambientais e de salubridade adequadas ao desempenho das tarefas;

Higiene das instalações, equipamentos e utensílios Reduzam ao mínimo a contaminação provocada pelo ar; As superfícies e os materiais que contactem com os alimentos devem ser não tóxicos, duradouros e de fácil limpeza; Quando necessário, dispor de meios de controlo da temperatura e humidade; Instalar sistemas eficazes de controlo de pragas.

Higiene das instalações, equipamentos e utensílios Justificação: É necessário prestar atenção às especificações de higiene e de projecto de forma a criar condições adequadas que permitam fazer face aos perigos de forma eficaz.

Pavimentos Duros; Impermeáveis; Sem juntas; Antiderrapantes; Fácil limpeza; Incombustíveis; Com inclinação para as condutas de escoamento; Com ralos de escoamento;

Ralos de escoamento Em número suficiente; Em bom estado de higiene; Colocados junto a zonas de acumulação de águas; Dotados de sifões; Protegidos por grelhas de malha reduzida; Rede de esgotos adequada e devidamente protegida; Os sistemas de drenagem de águas residuais não devem passar por cima de zonas de produção, amenos que estejam devidamente controlados.

Paredes e muros Duros; Lisos até a altura adequada a operações de limpeza; Fácil limpeza; Incombustíveis; União com o pavimento arredondado; Com protecções nas esquinas.

Tectos Lisos; Isentos de bolor; De fácil limpeza; Sem humidade; Sem teias de aranha; Incombustíveis; Lâmpadas com armaduras estanques; Ventilação adequada.

Janelas Permanecer fechadas durante o período de laboração; Com redes mosquiteiras em estruturas removíveis; Vidros sempre limpos; Estruturas dos mesmos em bom estado de higiene e conservação.

Portas Lisas; Não absorventes; Manípulos tipo bengala e limpos; Com mola de retorno; Permanecerem fechadas; Com vigia nas portas das zonas de serviço.

Higienização das instalações (CONDIÇÕES) RECEPÇÃO DAS MATÉRIAS-PRIMAS de fácil higienização; arejada; não aceder directamente à zona do lixo; encontrar-se próximo do armazém.

ARMAZÉM Produtos secos -permitir uma adequada limpeza e desinfecção; -prateleiras afastadas das paredes; -estrados com 20cm de altura; -temperatura, humidade e luminosidade adequada; -arejados; -inexistência de abrigos para roedores.

Zona de preparação e confecção Ser limpa no fim do período de laboração e após as refeições; Limpeza dos locais após mudança de tarefa; Cubas e superfícies de trabalho higienizadas após mudança de tarefa; Evitar acumulação de águas e gorduras junto do fogão, fritadeira e fornos.

Zona de preparação e confecção Equipamentos de preparação e confecção limpos após cada utilização; Possuir lavatórios exclusivos para mãos com torneira de comando não manual, devidamente equipados; Equipamentos adequados para exaustão e ventilação; Possuir luminosidade adequada.

Instalações sanitárias e vestiários Limpeza diária e sempre que necessário; Afastado das zonas de preparação e confecção; Ventilada; Possuir local para cacifos, afastados dos sanitários; Possuir antecâmara.

Instalações sanitárias e vestiários (continuação) Possuir lavatórios com água fria e quente; Torneiras de comando não manual; Reservatório com sabonete líquido com características desinfectantes e sistema de secagem higiénico das mãos; Recipiente para lixo com tampa de comando não manual e saco interior.

Higienização dos equipamentos Equipamento de frio rede de frio adequada às necessidades; encontram-se afastados de fontes de calor; sem gelo; grelhas de ventiladores limpas; - prateleiras e estrados de material adequado, em bom estado de conservação e limpas; possuir termómetros; portas e manípulos limpos.

Outros equipamentos Fogão Banho Maria Fritadeiras Exaustores e filtros Descascadoras Máquina de corte Picadoras Batedeiras Estufas

Especial atenção Facas / utensílios de corte Em material adequado; Para diferentes tipos de alimentos; Desinfectados após o seu uso para produtos crus e confeccionados; Colocados ao abrigo de poeiras e humidade.

Placas de corte Não porosas; Para diferentes produtos e preparações; Desinfectadas após cada utilização (ver método usado); Que não danifiquem o gume dos instrumentos de corte; Arrumadas ao abrigo das poeiras e sujidade.

Conchas, colheres, garfos e demais utensílios Em aço inox; Limpos; Desinfectados imediatamente quando usados em alimentos crus; Colocados em locais ao abrigo de poeiras e sujidade.

Recipientes para resíduos Recipientes em material adequado e de fácil limpeza; Recipientes com tampa de comando não manual e saco no interior; Recipientes colocados em locais estratégicos; Higienização dos recipientes fora dos locais de preparação/confecção e armazenamento; Uso de produtos de higiene adequados para limpeza dos mesmos; Contentores apropriados para óleos degradados.

Resíduos Separação selectiva de resíduos; Colocados em locais que impeçam o acesso de pragas; Recolha de óleos degradados por empresa certificada; Uso de embalagens reutilizáveis (águas, bebidas, etc.); Embalagens reutilizáveis obrigatoriamente desde Jan. 1999; Em alternativa, para continuar a usar produtos de tara perdida não reutilizáveis, é necessária a inscrição no subsistema Verdorece (dec. Lei nº366-a/97 de 20 Dez e a Portaria nº29-B/98 de 15 de Jan.

LIMPEZA E DESINFECÇÃO

LIMPEZA E DESINFECÇÃO Objectivos: Estabelecer sistemas eficazes para: -assegurar e manter uma limpeza adequada e apropriada; -controlar as pragas; -manuseamento de resíduos; -vigiar a eficácia dos procedimentos de manutenção e saneamento.

LIMPEZA E DESINFECÇÃO Justificação: Estabelecer um controlo eficaz constante dos perigos alimentares, das pragas, e outros agentes que tenham possibilidade de contaminar os alimentos.

LIMPEZA E DESINFECÇÃO  “Um dia de trabalho só deverá estar terminado desde que o conjunto das operações de limpeza e desinfecção seja efectuado”

LIMPEZA E DESINFECÇÃO Definir um responsável; Não misturar produtos ácidos com produtos alcalinos, nem com soluções de lixívia, pois liberta vapores de cloro; Usar vestuário de protecção apropriado inclusive óculos.

LIMPEZA E DESINFECÇÃO Conhecimento das técnicas de manipulação dos produtos a usar; Armazenados em locais isolados dos alimentos, ventilado, e com rótulos nas embalagens; Seguir escrupulosamente as indicações do produto.

LIMPEZA E DESINFECÇÃO Definições: -Limpeza: consiste em eliminar de uma determinada superfície toda a sujidade visível (ou invisível) que aí se possa encontrar; -Desinfecção: consiste em eliminar ou destruir, momentaneamente, os microrganismos indesejáveis.

LIMPEZA E DESINFECÇÃO Devem ser afixadas nos diversos locais as instruções relativas à limpeza e desinfecção dos locais, bem como a nomeação de um responsável pela verificação e cumprimento das mesmas.

LIMPEZA E DESINFECÇÃO Limpar o quê? Sanitários; Recipientes do Lixo; A loiça do restaurante; As superfícies de contacto com os alimentos: mesas, bancadas, utensílios de cozinha; Chão; As câmaras e arcas frigoríficas onde se guardam alimentos; Campânulas e filtros de exaustão.

LIMPEZA E DESINFECÇÃO Operações de limpeza a)Eliminar todos os restos de detritos; b)Lavar eficazmente e cuidadosamente com detergente adequado; c)Enxaguar com água limpa; d)Aplicar a solução desinfectante escolhida; e)Enxaguar novamente com água fria; f)Deixar secar.

LIMPEZA E DESINFECÇÃO Lavagem da loiça: - Lavagem à máquina: Faz-se em três tempos: Lavagem (55ºC – 60ºC) Enxaguar (80ºC – 85ºC) Secagem - Lavagem à mão: O lavatório da zona de lavagens deve ser equipado com duas cubas.

LIMPEZA E DESINFECÇÃO Como a zona de lavagens é um sector onde podem ter origem contaminações, nesta deve ser estabelecido dois circuitos: Circuito da “loiça suja” Circuito da “loiça lavada”

DETERGENTES E DESINFECTANTES Substâncias que se utilizam para eliminar a sujidade ; Os detergentes e desinfectantes exigem uma manipulação muito cuidadosa; Devem ser tidas em conta as instruções do fabricante.

DETERGENTES E DESINFECTANTES Substâncias usadas para reduzir o número de microorganismos a um nível razoável que não prejudique a saúde. A escolha de um desinfectante depende: Dos microrganismos a eliminar; Do tipo de alimentos que se prepara; Do tipo de materiais de contacto com os alimentos; Do método de limpeza utilizado, etc.

DETERGENTES E DESINFECTANTES Métodos de desinfecção: -Desinfecção por métodos físicos:  Água quente;  Vapor. -Desinfecção por métodos químicos:  Produtos à base de cloro, são dos mais eficazes;  Produtos à base de iodo;  Compostos de amónio quaternário;  Agentes anfotéricos.

DETERGENTES E DESINFECTANTES Factores que afectam a eficácia dos desinfectantes: Temperatura da solução; Tempo; Concentração; Sujidade;

DESINFESTAÇÃO Controlo de pragas As pragas constituem uma ameaça séria para a inocuidade dos alimentos. Podem produzir-se infestações de pragas quando existe condições ambientais adequadas e acesso a alimentos. Devem adoptar-se boas práticas de higiene de forma a evitar o desenvolvimento de um meio adequado ao aparecimento de pragas. Podem-se reduzir ao mínimo estas condições mediante um bom saneamento, a inspecção dos materiais introduzidos e matérias primas e uma acção de vigilância.

DESINFESTAÇÃO Medidas para impedir o acesso de pragas -é necessário manter as instalações em bom estado de higiene e conservação; -colocar protecções nas janelas, portas e nas caleiras dos esgotos; -não permitir a entrada de animais e plantas; -não permitir a entrada de cartonagens para as zonas de conservação e preparação de alimentos

DESINFESTAÇÃO Colocar as mercadorias em embalagens fechadas, não encostadas às paredes e assentes sobre estrados; Remover periodicamente os lixos e manter as zonas de depósitos dos mesmos higienizadas; Uso de produtos adequados e empregues por pessoal credenciado; Arrumar os produtos em local fechado e isolado dos alimentos e dos materiais que entrem em contacto com eles.

DESINFESTAÇÃO  Vigilância e detecção  Erradicação Devem examinar-se periodicamente as instalações e as zonas circundantes afim de detectar possíveis infestações.  Erradicação As infestações por pragas devem combater-se imediatamente e sem prejuízo da inocuidade e aptidão dos alimentos. O tratamento com produtos químicos, físicos ou biológicos devem realizar-se de maneira a que não represente uma ameaça para os alimentos.

DESINFESTAÇÃO Pontos adicionais a considerar elaboração de plano escrito;  o nome do técnico e empresa que aplica o sistema de desinfestação;  a lista dos produtos químicos usados, sua concentração, o local de aplicação, o método usado e a frequência de aplicação;  um mapa de aplicação dos iscos;  o tipo e frequência de inspecção para verificação da eficácia do sistema.

DESINFESTAÇÃO Pontos adicionais a considerar Conhecimento do local dos iscos; Plano de desinfestação; Produtos compatíveis com a industria alimentar; Possuir fichas técnicas acerca dos produtos usados; Proteger alimentos, materiais e utensílios.