3ª Oficina de Responsabilidade Socioambiental para IFDs Construção de PRSA e SARAS Brasília 2 de junho de 2015 Gustavo Pimentel |

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Desenvolvimento Local & Territórios
Advertisements

Planejamento Estratégico metodologia
Estudando com ProfªSimony
BENCHMARKING.
Ciclo de vida e organização do projeto
PARCERIAS: COM QUEM FAZEMOS?
S. A S. A Indústria e Comércio Ltda. Indústria Metalúrgica
Gerência de Riscos em Companhias de Seguro
PLANO DE BACIA HIDROGRÁFICA
JA Juventude em Ação: construindo a Agenda 21 na Escola
GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS
Parte 2 – Marcos Regulatórios Prof. Luís Fernando Garcia
Novas Perspectivas de Apoio e de Avaliação de Políticas para MPEs em Arranjos Produtivos Locais Seminário RedeSist-SEBRAE Rio de Janeiro, 4 de julho de.
A Responsabilidade Corporativa Natura
GESTÃO PARTICIPATIVA Nova tendência mundial de gestão empresarial embasada na valorização do conhecimento, circulação de informação e participação coletiva.
Planejamento Estratégico do PGQP
GESTÃO MODERNA DE RECURSOS HUMANOS NOS ÓRGÃOS PÚBLICOS
I Reunião - Preparatória Coordenadoria da Mulher
Gestão por resultados orientada por princípios de Direitos Humanos
EXEMPLO DE FLUXO PARA O DESENVOLVIMENTO DE ANÁLISE CRÍTICA DO SGQ
Como Fortalecera Governança para o Crescimento?  Utilizar a agenda de aprimoramento do Sistema de Gestão Regulatória para melhorar o ambiente de negócios.
PLENÁRIA FINAL.
Auditoria da Qualidade
Projeto: Capacitação em GP
TECNOLOGIAS DE GESTÃO DO CUIDADO EM SAÚDE
Ministério da Fazenda Secretaria de Acompanhamento Econômico 1 Programa de Fortalecimento da Capacidade Institucional para a Gestão em Regulação Objetivo:
Desenvolvimento Comunitário
Análise de problemas Capacidade de pensamento crítico
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE
PLANOS DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
CURSO TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO
Introdução à Gestão da Qualidade (Aula 8 – ISO 9004 & Auditoria da Qualidade) Professor Gustavo F Ribeiro PEÃO São Roque junho.
PLANO DE CONTINGÊNCIA DE PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL - PLANCON Civil
LICENCIAMENTO AMBIENTAL
Prof. Ms.Juliano Ricardo Marques
ISO NBR Eduardo Silvestri Ribeiro
É gerar valor compartilhado para colaboradores, clientes, acionistas e sociedade garantindo a perenidade do negócio Performance Sustentável Visão do banco.
Diagnóstico e Recomendações para uma Proposta de Desenvolvimento Local Sustentável para Jirau, Rondônia São Paulo, 05 de junho 2009.
Gilberto de Menezes Schittini (Biólogo, M.Sc.) Núcleo de Gestão Ambiental NUGAM / COADI / DIRAF.
SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL
COMPLIANCE 30/03/2010.
Política Nacional do Meio Ambiente
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL
COMPETITIVIDADE ENTENDIMENTO GERAL DIMENSÃO DA EFICIÊNCIA OPERACIONAL Derivada da excelência empresarial no desempenho de atividades econômica ou financeiramente.
OFICINA DE DIVULGAÇÃO DO GHS A implantação do GHS na Indústria Química
Problema 1 / Grupo 01 Espécies Ameaçadas. Que problema ambiental é foco deste trabalho? Qual foi a estratégia do trabalho para contribuir com sua solução?
INSTITUI A POLÍTICA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
MISSÃO O que é? É a expressão da razão da existência da empresa.
Porto Alegre, 05 de junho de 2012 Acompanhamento de políticas públicas para melhoria de desempenho e de resultados IX SERGOP Seminário Rio-Grandense sobre.
Atuação dos agentes de Controle Social
POLITICAS DE SEGURANÇA
Avaliação da Viabilidade Econômico-Financeira em Projetos - 3ª aula 22/04/15.
Rede de Recursos Humanos FIOCRUZ VPDIGT – DIREH - Março 2008.
Elementos de um Programa Eficaz em Segurança e Saúde no Trabalho
VIGILÂNCIA EM SAÚDE.
GESTÃO AMBIENTAL PÚBLICA
PLANEJAMENTO PÚBLICO EM ADAPTAÇÃO: INTEGRAÇÃO DO TEMA ADAPTAÇÃO À MUDANÇA DO CLIMA EM POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL NO BRASIL.
Conteúdo programático
PRODUTOS PNUD PARA PARCERIA COM O CONACI Iniciativas Anticorrupção.
Sistema Informatizado para Apoio a Plano de Ação de Emergência
VI Seminário Serasa de Crédito nas Empresas
4.4 Implementação e Operação
OFICINA SOBRE A ISO – DIRETRIZES PARA RESPONSABILIDADE SOCIAL 17 e 18 de maio – 2012 Brasília.
Planejamento e Gestão: Implantação dos Planos Municipais de Saneamento Básico Luiz Antônio Castro dos Santos.
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO Decreto nº 6.114/2007 Orientações sobre a Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso – GECC.
Resolução CMN nº4.327 Guia Orientador para Implementação de Políticas de Responsabilidade Socioambiental 21 de Outubro de de Outubro de 2014 Recife.
Saneamento Básico um Direito de Todos 46ª Assembleia Nacional da Assemae.
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE - MMA SECRETARIA DE RECURSOS HÍDRICOS E AMBIENTE URBANO – SRHU Plano Nacional de Recursos Hídricos Brasília, 10 de junho.
Política de Responsabilidade Socioambiental no SFN Resolução n o 4.327, de 25 de abril de 2014 Departamento de Regulação do Sistema Financeiro Denor Banco.
Gestão Ambiental Prof. Me. Jaime Frajuca Engenharia de produção
Transcrição da apresentação:

3ª Oficina de Responsabilidade Socioambiental para IFDs Construção de PRSA e SARAS Brasília 2 de junho de 2015 Gustavo Pimentel | Frederico Seifert |

Agenda 2 9h30min Recepção dos Participantes 10h Abertura 10h10m Revisão das políticas de responsabilidade socioambiental (PRSA) e planos de ação (PDA) das IFD Dinâmica: as IFDs serão convidadas a apresentar, de maneira sucinta (10min), as versões atuais de suas PRSA, além de responder algumas questões relacionadas ao desenvolvimento de suas políticas e planos de ação 12h30m Almoço (1h30 min) 14h Modelos de SARAS  Benefícios do SARAS e demandas da regulação  Relação de questões ambientais e sociais com o risco de crédito  Modelos genéricos de integração de questões ambientais e sociais ao risco de crédito (filtros, pontuação e rating)  Passo-a-passo de construção de um SARAS  Exemplos práticos de SARAS em IFs brasileiras 17h Encerramento

Apresentação da PRSA 3 1 Dinâmica Cada agência deve apresentar, de maneira sucinta (10 minutos), as versões atuais de sua PRSA da seguinte maneira: 1.Teste de sensibilidade 2.Diretrizes, com foco no SARAS 3.Estrutura de governança 4.Plano de Ação Em relação ao desenvolvimento da PRSA, compartilhar: 1.Quais foram os fatores mais importantes para a definição da abordagem utilizada? 2.Quais devem ser os maiores desafios para a implementação das ações citadas? 3.O que já foi iniciado? Perguntas-chave

Teste de Sensibilidade (pg. 12 do Guia) 4 1 Dinâmica: [INSERIR Nome da Agência] Relevância Grau de risco socioambiental das atividades e operações da instituição Proporcionalidade Grau de exposição aos riscos socioambientais, de acordo com natureza e complexidade das operações Baixa sensib. Média sensib. Baixa sensib. Média sensib. Alta sensib. Média sensib. Alta sensib.  Que aspectos das dimensões de relevância/proporcionalidade apoiam essa classificação da IFD? Evidências Posicione o círculo ao lado no local da matriz correspondente à sensibilidade de sua IFD

Modelo de apresentação da PRSA 5 1 Dinâmica: [INSERIR Nome da Agência] Complete de maneira sucinta. Não esqueça de abordar os temas abaixo.  Definição das questões principais de interface entre o negócio  Mapeamento dos impactos socioambientais de serviços e produtos financeiros PrincípiosDiretrizes/instrumentos Complete de maneira sucinta. Procure abordar os temas abaixo.  Diretrizes de relacionamento com clientes e usuários: critérios socioambientais de elegibilidade, aprovação e gerenciamento dos produtos e dos impactos de cada operação  Diretrizes para operações internas e com fornecedores  Construção de mecanismos de gerenciamento de riscos socioambientais

Modelo de apresentação da Governança e Rel. Stakeholders 6 1 Dinâmica: [INSERIR Nome da Agência] Complete de maneira sucinta. Não esqueça de abordar os temas abaixo.  Aproveitamento da estrutura já existente OU  Criação de novas áreas e/ou designação de encarregados pela responsabilidade socioambiental OU  Criação de comitês em níveis superiores Governança Complete de maneira sucinta. Não esqueça de abordar os temas abaixo.  Definição das condições para viabilizar a participação das partes interessadas nas operações da IFD  Engajamento das partes interessadas na construção da PRSA Relações com stakeholders

Modelo de apresentação PDA 7 1 Dinâmica: [INSERIR Nome da Agência] Atividades Prazo (por trimestre) Ano 1Ano 2Ano 3Ano 4Ano Atividade 1 Atividade 2 Atividade 3 Atividade 4 Revisão 1

8 1 Dinâmica Exemplo de PRSA Princípios  Respeito e proteção aos direitos humanos por meio da promoção da diversidade, inclusão financeira e do combate ao trabalho infantil e análogo ao escravo, ao proveito criminoso da prostituição e à exploração sexual de menores  Postura ética e transparente, adotando práticas justas de operação e disponibilizando informações tempestivas, acessíveis e adequadas às especificidades dos Interessados  Gerenciamento do risco socioambiental identificado como um componente das diversas modalidades de risco a que estamos expostos  Desenvolvimento contínuo do relacionamento com suas Partes Interessadas  Uso racional dos recursos naturais, conservação da biodiversidade e mitigação das mudanças climáticas Diretrizes e engajamento com partes interessadas  Buscar oportunidades de negócios e gerir riscos socioambientais considerando tendências de mercado, regulamentações, demanda de clientes e da sociedade  Entender as necessidades das pessoas para oferecer conhecimento e soluções financeiras adequadas, contribuindo para que indivíduos e empresas tenham uma relação saudável com o dinheiro.  Construir relações de confiança para melhorar negócios e gerar valor compartilhado

Exemplo de PRSA 9 Princípios  Promover o desenvolvimento numa concepção econômica, social e ambiental  Respeito aos direitos humanos e repúdio a qualquer prática de discriminação e violação desses direitos  Ética e transparência como pilares do relacionamento com todos os públicos  Atuação alinhada à normas brasileiras e observância de normas internacionais Diretrizes e engajamento com partes interessadas  Fortalecimento de políticas públicas associadas a sustentabilidade e responsabilidade social e ambiental  Desenvolvimento permanente de instrumentos que incorporem critérios socioambientais  Fortalecer o trato socioambiental no processo de planejamento, gestão e operação  Induzir as melhores praticas socioambientais em seus stakeholders  Comunicação corporativa que reflita a relevância das ações socioambientais para o BNDES  Aprimorar o conhecimento e disseminar a cultura da sustentabilidade  Desenvolver parcerias com outras organizações, fortalecer o diálogo entre partes interessadas e participação cidadã na gestão pública  Política de valorização e desenvolvimento pessoal e profissional dos empregados  Considerar os mais modernos requisitos de sustentabilidade em suas instalações 1 Introdução

Sistema de administração de riscos ambientais e sociais (SARAS) 10 2 SARAS: introdução Resolução CMN nº 4.327/14 Art. 6º O gerenciamento do risco socioambiental das instituições [...] deve considerar: I - sistemas, rotinas e procedimentos que possibilitem identificar, classificar, avaliar, monitorar, mitigar e controlar o risco socioambiental presente nas atividades e nas operações da instituição; II - registro de dados referentes às perdas efetivas em função de danos socioambientais, pelo período mínimo de cinco anos, incluindo valores, tipo, localização e setor econômico objeto da operação; III - avaliação prévia dos potenciais impactos socioambientais negativos de novas modalidades de produtos e serviços, inclusive em relação ao risco de reputação; e IV - procedimentos para adequação do gerenciamento do risco socioambiental às mudanças legais, regulamentares e de mercado Identificar Classificar Avaliar Monitorar Mitigar Registrar

Questões socioambientais e riscos 11 2 SARAS: introdução Capital Serviços Impactos Ambientais e Sociais Saúde e Segurança de empregados Redução de Market Share Penalidades e Multas Perda de Valor de Mercado Paralização de Operações Perda de Ativos Redução nos Lucros Danos à Reputação

Processo de crédito Benefício do SARAS 12 2 SARAS: introdução Instituição financeira Riscos Capital Redução da exposição a riscos Aumento do acesso a capital Estabelece regras mais efetivas para acesso ao crédito Um SARAS bem elaborado não requer grandes esforços adicionais

Processo de crédito x processo SARAS 13 2 SARAS: introdução

Integrando o SARAS à política de crédito 14 2 SARAS: introdução Exemplo 1: Modelo go/no-go SA Lista de exclusão SA (setor/prática) Listado? FIM Critérios da Política de crédito Classificação de risco Avaliação de risco Condicionantes Contratação Sim Não Monitoramento

Integrando o SARAS à política de crédito 15 Exemplo 2: classificação de risco socioambiental setorial Classificação de risco SA de maneira segregada, baseada no setor de atuação do tomador e natureza da operação 2 SARAS: introdução Setor da empresa Natureza da operação Definição de medidas mitigatórias e condicionantes  Questões SA do setor de atuação  Tipo de operação  Volume  Prazo  Garantias O risco SA determina medidas mitigatórias e condicionantes adicionais

Integrando o SARAS à política de crédito 16 2 SARAS: introdução Exemplo 3: rating socioambiental Rating SA baseado nos riscos SA do setor/empresa e sua capacidade de gerenciamento. O rating SA é usado em paralelo ao rating de crédito e determina condicionantes Análise da empresaScoreDefinição do rating Gerenciamento  Questões SA do setor de atuação  Questões SA idiossincráticas à empresa  Qualidade de gerenciamento dos riscos Gerenciamento x riscos  Tipo de operação  Volume  Prazo  Garantias O rating SA se soma ao rating de crédito, que determina condicionantes e medidas mitigatórias

Matriz Risco Setorial vs. Gerenciamento 17 Risco Setorial Qualidade do Gerenciamento Médio Risco Baixo Risco Alto Risco Médio Risco Baixo Risco Alto Risco Médio Risco 2 SARAS: introdução

Integrando o SARAS à política de crédito 18 Exemplo 4: rating SA integrado ao rating de crédito (afeta provisões) O processo de definição do rating é feito em conjunto (crédito e SA). Esse modelo, mais sofisticado, facilita a identificação de riscos transversais, mas também afeta, além de condicionantes, a definição de provisões 2 SARAS: introdução Análise SA Classificação preliminar de risco Condicionantes Contratação Monitoramento Análise crédito + Avaliação de risco / Rating

Integrando o SARAS à política de crédito 19 2 SARAS: introdução Exemplo 5: go/no-go +rating SA integrado Lista de exclusão SA (setor/prática) Listado? FIM Análise SA Classificação preliminar de risco Condicionantes Contratação Monitoramento Sim Não Análise crédito + Avaliação de risco / Rating

Processo de crédito x processo SARAS 20 2 SARAS: introdução Engajamento do cliente Lista de exclusão Categorização preliminar de risco setor/operação (A, B ou C) Classificação setorial Avaliação socioambiental Revisão da categorização de risco Definição de medidas de mitigação Negociação de medidas de mitigação Definição das condições de desembolso Incorporação de condicionantes socioambientais Avaliação das medidas de mitigação Redefinição das medidas de mitigação

Instrumentos do SARAS por sensibilidade 21 3 SARAS: construção

Passo 2 Passo 1 Visão geral do SARAS 22 3 SARAS: construção Lista de exclusão SA (setor/prática) Listado? FIM Sim Não Classificaçãop reliminar de risco* (setor/tipo de operação) Análise SA*** (gestão, performance, histórico) Alto risco? Médio risco? Baixo risco? Via rápida**? Não Sim Contratação Monitoramento Passo 3 Passo 4 * Categorização/Score ** Tipos de operação de baixíssimo risco *** A profundidade da análise do passo 2 é determinada pelo nível de risco da operação

Passo 1: Triagem 23 3 SARAS: construção Lista de exclusão  Relação de setores e/ou práticas não financiadas pela instituição financeira  Essas condicionantes evitam esforços desnecessários de avaliação, eliminando diretamente algumas operações  As listas podem ser baseadas em modelos já consagrados, como o do BID e IFC, ou serem desenvolvidas pelas próprias instituições O BID não financia  Atividades ilegais de acordo com as regulações nacionais ou convenções e acordos internacionais  Armas e munições  Tabaco  Jogos de azar  Produtos de origem animal ou vegetal que tenham como matéria- prima alguma espécie incluída na CITES  Materiais radioativos  Amianto  Projetos e operações florestais que não estejam alinhadas com a Política de Compliance Ambiental do BID  Bifenilos Policlorados (PCB)  Produtos farmacêuticos em descontinuidade ou banidos Pesticidas em descontinuidade ou banidos  Produtos que afetem a camada de ozônio e estejam em fase de descontinuidade  Pesca de arrasto com redes maiores que 2,5 km de comprimento  Comércio internacional de resíduos, exceto reciclagem  Poluentes orgânicos persistentes (POP)  Projetos que desrespeitem princípios e direitos do trabalho

Passo 1: Triagem 24 3 SARAS: construção Sistema de categorização de risco  Avaliação preliminar dos riscos inerentes a qualquer operação com atribuição de um nível de risco (alto, médio ou baixo)  O risco define a intensidade da etapa de avaliação e a necessidade de condicionantes para desembolso  O processo pode ter diferentes abordagens, que variam da consideração puramente setorial até o tipo de operação e, inclusive, as garantias Setor e região de atuação Operação, volume e prazo A C B

Passo 1: Triagem 25 3 SARAS: construção Abordagens de categorização/avaliação  A avaliação preliminar de risco e sua categorização pode considerar apenas o setor da operação  Abordagens mais amplas consideram também o tipo de operação, volume, prazo e garantias  Esses diferentes componentes podem ser utilizados para gerar um score e definir o nível da avaliação na etapa seguinte  É importante frisar que questões da próxima etapa, como o histórico da empresa, podem revisar o risco da operação Alto riscoMédio riscoBaixo risco  Agricultura  Petróleo e gás  Mineração  Construção civil  Indústria de Transformação  Alimentos e Bebidas  Transporte  Logística  Manufaturas em geral  Varejo  Automóveis  Bens de capital  Telecomunicações  Educação  Comércio  Serviços Alta exposiçãoMédia exposiçãoBaixa exposição  Project finance  Financiamentos PJ  Participações  Garantias imobiliárias  Exportação  Fianças  Capital de Giro  Leasing  Desconto Recebíveis  Microfinanças  Financiamentos PF  Consórcio  Câmbio  Adiantamento a depositantes + + Garantias

Passo 1: Triagem 26 3 SARAS: construção Exemplo de abordagem de classificação de risco (score) Critério Característica (exemplos) Pontuação (1 – 3) Peso (0 – 100) Valor x Peso Setor de atuaçãoBaixo Risco140 Volume<50 mil120 Prazo<12 meses120 GarantiaAplicação Financ.120 TOTAL100 Referências Alto risco (3) Médio risco (2) Baixo risco (1)

Passo 2: Avaliação 27 Políticas temáticas/setoriais  Para as instituições de maior sensibilidade, é recomendado possuir políticas setoriais e/ou temáticos para setores/atividades mais controversas ou comuns da carteira  É importante ter roteiros de avaliação mais específicos, como formulários e checklists, que vão facilitar a identificação dos riscos e a determinação de condicionantes na etapa posterior  Visitas técnicas são fundamentais nessa etapa Formulários de avaliação  A avaliação consiste na análise dos riscos e impactos socioambientais associados às atividades do possível cliente  São levantadas questões como performance socioambiental, histórico, conformidade com as regulações ambientais e trabalhistas e práticas de gestão  Para IFs com menor sensibilidade, é importante um processo de identificação de riscos gerais, focados no compliance socioambiental SARAS: construção 3

Passo 2: Avaliação 28 SARAS: construção Exemplo de questionário socioambiental geral  As referências para compliance podem ser regulações como CONAMA nº237, NRs (Ministério do Trabalho), etc. 3

Passo 2: Avaliação 29 SARAS: construção Exemplo de questionário socioambiental geral 3

Passo 2: Avaliação 30 SARAS: construção Exemplo de matriz de risco setorial para determinação de temas nos quest. setoriais) 3

Passo 2: Avaliação 31 SARAS: construção Exemplo de questionário socioambiental setorial (mineração)  As referências para compliance podem ser melhores práticas internacionais, diretrizes setoriais e padrões de qualidade 3

Passo 2: Avaliação 32 3 SARAS: construção Exemplo de questionário socioambiental setorial (mineração)

Passo 2: Avaliação 33 3 SARAS: construção Exemplo de abordagem de rating SA segregado Avaliação preliminar de risco SA (setor/tipo de operação) Análise SA (gestão, performance, histórico) Score Rating SA Avaliação preliminar de risco fin. (setor/tipo de operação) Análise fin. (info cadastral, situação econ./fin.) Score Rating Rating final Prós  Maior facilidade de implementação  Mais apto a se encaixar na política de crédito e estrutura de governança atuais  Pode ser utilizado como primeiro passo, para aprendizado, visando uma integração futura Contras  Possibilidade de esforços dobrados e dupla contagem de riscos  Dificuldades na tangibilização de riscos transversais e monitoramento +

Passo 2: Avaliação 34 3 SARAS: construção Exemplo de abordagem de rating integrado Avaliação preliminar de risco (setor/tipo de operação) Análise SA (gestão, performance, histórico) Score Médio risco? Baixo risco? Alto risco? Rating Análise financeira Não + Prós  Maior efetividade na identificação e gestão dos riscos  Facilita a identificação de riscos transversais: econômicos e SA  Evita a realização de esforços duplicados  As melhores práticas em gestão de riscos SA são através da integração Contras  Demanda mais treinamento e disseminação de conhecimento interno sobre o tema  Pode exigir mudanças maiores na política de crédito e provisões

Passo 3: Contratação 35 3 SARAS: construção Condicionantes  Após identificar e avaliar os riscos nas operações, é necessário estabelecer condicionantes contratuais que incentivem os clientes a gerencia-los  As condicionantes podem variar de acordo com a categorização de risco  Operações de maior risco podem exigir plano de mitigação dos impactos  Operações menos arriscadas podem demandar apenas as licenças Metas e penalização  Um modo de estabelecer metas é demandando melhores práticas setoriais dos tomadores de crédito, que podem ser incluídas na política geral de crédito ou políticas setoriais  Metas quantitativas e indicadores podem ser demandadas por IFs de maior sensibilidade  Os mecanismos de penalização podem incluir suspensão de desembolso, vencimento antecipado e proibição de novas operações

Outras ações mitigatórias  Todas as outras questões que melhorem as condições para empregados, comunidade e meio ambiente  Foco em ações de baixo custo e rápida implementação  Bônus de adimplência para tomadores com ações no prazo Passo 3: Contratação 36 3 SARAS: construção Determinando condicionantes e planos de mitigação Ações mitigatórias críticas  Questões setoriais críticas  Questões críticas identificadas na análise SA  Ações de baixo custo e rápida implementação que melhorem significativamente a avaliação do crédito Condições obrigatórias  Licenças e permissões  Cessão de atividades que possam levar à lista de exclusão (trabalho escravo, uso de pesticidas)

Passo 3: Contratação 37 3 SARAS: construção Determinando condicionantes e planos de mitigação Questão Ação mitigação Tipo de ação Prazo Respons. Licenças amb./soc. Trabalhadores Comunidades Clientes Água Ar Solo Resíduos

Passo 3: Contratação 38 3 SARAS: construção Exemplo de condicionantes - CEF  A CEF só concederá crédito para a empresa instalada no Bioma Amazônia mediante garantias de que as atividades financiadas não contribuem para o desmatamento ilegal  A CEF só concederá crédito para a atividade ou o empreendimento potencialmente ou efetivamente poluidor mediante a apresentação de licenças ambientais  A CEF só concederá crédito para a atividade ou o empreendimento que utilize recursos naturais mediante a apresentação de licenças ambientais  A CEF só concederá crédito para o projeto de saneamento/infraestrutura mediante a apresentação das medidas mitigadoras/compensatórias levantadas durante a etapa de avaliação

Passo 4: Monitoramento 39 3 SARAS: construção Base de dados de Perdas  Independente da sensibilidade da IF, cada instituição deve realizar o acompanhamento periódico das questões socioambientais identificadas na operação  De acordo com a regulação, toda IF deve manter um banco de dados referente às perdas decorrentes das questões socioambientais pelo período mínimo de 5 anos após identificação Recomendação FEBRABAN (SARB 014/2014)  Valor estimado da perda proveniente de causa socioambiental,  Natureza da ação civil ou processo administrativo,  Local da tramitação e  Objeto da lide, ou seja, a razão do litígio Evoluções Possíveis  Correlação: perda em crédito x rating crédito inicial x rating socioambiental  Causalidade: identificação do fator socioambiental que causou a perda de crédito

Definição de responsabilidades na construção e aplicação do SARAS 40 3 SARAS: construção IFs de baixa sensibilidade  Para todas as instituições é necessário que haja, no mínimo, um diretor responsável pela supervisão do SARAS  Este diretor pode também participar de outras instâncias de governança, como os Comitês de Sustentabilidade ou Crédito ou a própria Diretoria Executiva  O “coordenador” socioambiental, que desenvolve e supervisiona o SARAS, deve reportar a este diretor  Este último pode pertencer a um departamento específico para riscos socioambientais ou à gerência geral de riscos

Definição de responsabilidades na construção e aplicação do SARAS 41 3 SARAS: construção IFs de média/alta sensibilidade  Para instituições maiores, é indicada a designação de um profissional especializado nas questões socioambientais voltado para o apoio e manutenção das operações  Esse “coordenador” de riscos socioambientais terá como dever supervisionar a aplicação do sistema nas operações da IF e apoiar análises em casos complexos ou de alto risco, além de garantir a capacitação dos profissionais não especializados das áreas comercial e de crédito  É possível que haja um coordenador em cada uma das diferentes áreas da IF, reportando para o gerente geral de risco ou ao Comitê de Crédito.

42 3 SARAS: construção Lista de exclusão SA (práticas e setores) Listado? FIM Sim Não Avaliação prelim. risco (setor, operação, geografia) Análise de conformidade (legislação e licenças) Score alto risco? Score médio risco? Score baixo risco? Via rápida? Sim Política setorial (setores de alto risco) Análise financeira (info cadastral, situação eco./fin.) Políticas temáticas (direitos hum., meio amb., biodiv.) Não + + Condicionantes Contratação Monitoramento Avaliação de risco / Rating Avaliação prelim. Fin. (setor, operação, geografia) + Sim Score fin. Exemplo de SARAS

3 SARAS: construção 43 Lista de exclusão SA (práticas e setores) Listado? FIM Sim Não Coberto pelos Princípios do Equador? Análise de conformidade (legislação e licenças) Análise financeira (info cadastral, situação eco./fin.) Padrões Setoriais (Silvicultura, azeite de dendê, energia) + + Condicionantes Contratação Monitoramento Avaliação de risco / Rating Avaliação prelim. Fin. (setor, operação, geografia) + Score fin. Atende aos padrões de desempenho IFC? Não Sim Classificação de Risco Alto Risco? Revisão Externa Análise Diretor Crédito Médio Risco? Baixo Risco? Análise riscos S.A. Não Sim Exemplo de SARAS

3 SARAS: construção 44 Lista de exclusão SA (práticas e setores) Listado? FIM Sim Não Análise de práticas de gestão ambiental (para crédito >18MM) Score alto risco? Score médio risco? Score baixo risco? Sim Avaliação pelo Comitê de Sustentabilidade Análise financeira (info cadastral, situação eco./fin.) Não + Condicionantes Contratação Monitoramento Avaliação de risco / Rating Avaliação prelim. Fin. (setor, operação, geografia) + Score fin. Questionário de atuação da empresa e impactos. Classificação dos riscos S.A. (atualizado a cada 2 anos) Sim Exemplo de SARAS

3 SARAS: construção 45 Lista de exclusão SA (práticas e setores) Listado? FIM Sim Não Análise de conformidade (legislação e licenças) Setores de maior risco? Crédito até10MM? Análise financeira (info cadastral, situação eco./fin.) + Condicionantes Contratação Monitoramento Avaliação prelim. Fin. (setor, operação, geografia) + Score fin. Crédito > 10MM? Não Sim Não Sim Avaliação de risco / Rating Enquadrame nto nos princípios do equador Atende aos padrões do IFC? Sim Não Exemplo de SARAS

Resolução do CMN 46 A resolução 4.327, de 25 de abril de 2014, publicada pelo Bacen, estabeleceu parâmetros e diretrizes para que instituições financeiras estabeleçam uma Política de Responsabilidade Socioambiental (PRSA) A PRSA normatiza ações de natureza socioambiental das instituições em seus negócios e na relação com partes interessadas, além de estabelecer critérios para gerenciamento do risco socioambiental O riscos socioambientais são entendidos como as possíveis perdas das IF decorrentes de danos sociais e ambientais. Este risco deve estar incorporado entre as diversas modalidades de risco a qual a IF está exposta 5 Anexo I: Resolução

Resolução do CMN 47 Para estabelecimento da PRSA, deverão ser observados os princípios da relevância (grau de exposição ao risco socioambiental) e da proporcionalidade (compatibilidade da PRSA com a complexidade das operações da IF) As IF devem manter estrutura de governança compatível com seu porte e complexidade para garantir a implantação e efetividade das ações estabelecidas na PRSA, além de melhorias As instituições devem constituir planos de ação para implantação da PRSA. Tal plano deve definir ações de adequação para implementação do plano, além de rotinas para acompanhamento, aprovados pela diretoria As instituições obrigadas a implementar o Processo de Avaliação da Adequação do Capital têm até fevereiro/2015 para iniciar as ações. As demais, até julho/ Anexo I: Resolução

 Nível de riscos socioambientais dos setores da carteira  Nível de segurança jurídica da região de atuação  Nível de fragilidade dos biomas locais  Pressões da sociedade civil organizada e órgãos de controle  Exposição aos riscos socioambientais de produtos e serviços  Valor das operações  Prazo das operações Matriz relevância X proporcionalidade 48 5 Anexo II: Diagnóstico de sensibilidade Relevância Grau de risco socioambiental das atividades e operações da instituição Proporcionalidade Grau de exposição aos riscos socioambientais, de acordo com natureza e complexidade das operações Baixa sensib. Média sensib. Baixa sensib. Média sensib. Alta sensib. Média sensib. Alta sensib. Princípio da relevância Princípio da proporcionalidade

Relevância 49 5 Anexo II: Diagnóstico de sensibilidade Questionário do princípio proporcionalidade 1.Um ou mais setores de alto risco representa >10% da carteira de crédito da sua IF? 2.Um ou mais setores de médio risco representa >10% da carteira de crédito da sua IF? 3.Nível de segurança institucional da região de atuação (baixo, médio ou alto)? 4.Nível de fragilidade do ecossistema regional (baixo, médio ou alto)? 5.Foi alvo de boicotes, campanha ou processos do MP recentemente? 6.Enfrentou greves recentemente? Alto riscoMédio riscoBaixo risco  Agricultura  Petróleo e gás  Mineração  Construção civil  Indústria de Transformação  Alimentos e Bebidas  Transporte  Logística  Manufaturas em geral  Varejo de grande porte  Automóveis  Bens de capital  Telecomunicações  Educação  Comércio  Serviços

Proporcionalidade 50 5 Anexo II: Diagnóstico de sensibilidade Questionário do princípio relevância 1.Um ou mais produto ou serviço de alta exposição representa >10% da carteira de crédito da sua IF? 2.Um ou mais produto ou serviço de média exposição representa >10% da carteira de crédito da sua IF? 3.Operações acima de R$10 milhões representam mais de 1/3 de sua carteira ativa? 4.Operações acima de R$1 milhão representam mais de 1/3 de sua carteira ativa? 5.Operações acima de R$100 mil representam mais de 1/3 de sua carteira ativa? 6.Qual o prazo médio de suas operações (0-12 meses, meses, 36+ meses)? Alta exposiçãoMédia exposiçãoBaixa exposição  Project finance  Financiamentos PJ  Participações  Garantias imobiliárias  Exportação  Fianças  Capital de Giro  Arrendamento  Desconto Recebíveis  Microfinanças  Financiamentos PF  Consórcio  Câmbio  AD

Modelo de PDA (parte I) 51 6 Anexo III: Plano de ação Atividades Prazo (por trimestre) Ano 1Ano 2Ano 3Ano 4Ano Estabelecimento de estrutura de governança Criação de gerências, comitês ou atribuição de responsabilidades a Funções existentes Capacitação/treinamento Engajamento e Transparência Consulta a partes interessadas para definição de prioridades Definir processos de engajamento prioritários e responsáveis Desenvolver padrão de relatório de sustentabilidade Treinamento geral dos colaboradores envolvidos e impactados pela PRSA

Modelo de PDA (parte II) 52 Atividades Prazo (por trimestre) Ano 1Ano 2Ano 3Ano 4Ano Desenvolvimento do SARAS Elaboração da lista de exclusão e sistema de classificação setorial Elaboração de questionários de avaliação socioambiental e políticas setoriais Desenvolvimento do banco de dados de perdas socioambientais Estruturação de condicionantes contratuais socioambientais e penalizações Implementação do SARAS Definição de responsabilidade de aplicação e manutenção do SARAS Treinamento dos técnicos e implementação piloto em setor / região da carteira Implementação em toda carteira Avaliação de resultados e definição da periodicidade de revisão Revisão da PRSA 6 Anexo III: Plano de ação