“Cenários da Regulação do Setor Energético no Brasil Atual e Futuro” B RASÍLIA, 20 DE AGOSTO DE 2015 1 9º Congresso Brasileiro de Regulação 17 e 20/08/2015.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Centro de Estudos e Debates Estratégicos Relator: Deputado Colbert Martins Minerais estratégicos e terras-raras: a importância de uma visão estratégica.
Advertisements

A Definição de um Novo Marco Regulador para a Indústria do Gás Natural no Brasil José Cesário Cecchi Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.
Brasil Polo Regional de Resseguros Abril Conceito do Brasil como Polo Regional de Resseguros A atração de prêmios de fora de sua jurisdição para.
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR SECRETARIA DE COMÉRCIO EXTERIOR Facilitação Comercial para Atração de Investimentos MANAUS,
Os desafios da regulação no Brasil: a visão da ARSBAN Urbano Medeiros Lima Diretor – Presidente Curso de Regulação: teoria e prática 10/07/08.
Energia Eólica no Brasil Elbia Melo Presidente Executiva 17/04/2013 Com a força dos ventos a gente vai mais longe...
FEM 2003Faculdade de Engenharia Mecânica1 Departamento de Energia Departamento de Energia - Desenvolve pesquisas nas áreas de termodinâmica, mecânica dos.
Ministério das Comunicações. Telecomunicações e Redes Inteligentes ComandoControleMonitoramento MediçãoAutomaçãoGeração distribuída Necessidade de fluxo.
Tecnologias em saúde:. 2 O que é tecnologia em saúde? Medicamentos, equipamentos e procedimentos técnicos, sistemas organizacionais, educacionais, de.
Dirceu Bras Aparecido Barbano Diretor Presidente ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária Dirceu Bras Aparecido Barbano Diretor Presidente ANVISA.
Arquitetando o Setor Elétrico do Futuro: Governança, Transparência e Qualidade Antonio Araújo da Silva Superintendente SFF/ANEEL Fabiano de Souza Especialista.
Senado Federal COMISSÃO DE SERVIC ̧ OS DE INFRAESTRUTURA Audiência Pública 15/04/2013 Energia e Desenvolvimento do Brasil Prof. Luiz A. Horta Nogueira.
A Dinâmica e Características do Modelo do Setor Elétrico Brasileiro Rubens Rosental GESEL-IE-UFRJ Cabo Verde – 8 de julho de 2009.
ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES A RESPONSABILIDADE SÓCIO-AMBIENTAL COMO UM BOM NEGÓCIO A globalização tornou a disputa por novos mercados e a competição.
VI SIMPÓSIO REGIONAL – Licitação, Contratos e Controle de Atos Administrativos Gestão Socioambiental na Administração Pública.
POLITICAS ACTIVAS DE EMPREGO “FORMAÇÃO E NOVAS TECNOLOGIAS” CABO VERDE: QUE PRESENTE, QUE FUTURO? Seminário - ”Formação e Novas Tecnologias”, Cabo Verde:
Comissão de Assuntos Econômicos – CAE Senado Federal Brasília, 18 de junho de 2013 O Mapa Estratégico da Indústria
1 Fórum “Os Desafios da Transmissão” Painel 2: Financiamento Brasília, 14 de abril de 2016.
Contexto Plano de Gestão Integrada de Pessoas do Sistema Eletrobrás Plano Unificado de Carreira e Remuneração Plano de Avaliação de Desempenho Plano de.
Gasolina, Diesel, Etanol, Biodiesel Modelo de Abastecimento HORÁRIOTEMASCONTEXTUALIZAÇÃO 14:00 às 15:30 ETANOL NA MATRIZ ENERGÉTICA - Aumento da participação.
O Papel do Gás Natural na Matriz Energética Brasileira – Regulamentação, Reservas e Transporte Superintendência de Comercialização e Movimentação de Petróleo,
World Café A consciência coletiva em crescimento, as relações de associação destas conversas e a importância da aprendizagem coletiva e do conhecimento.
PRE-SAL Oportunidades e Desafios Painel Combustíveis Líquidos e Gás Natural Senado Federal (6/5/2013) Professor Adilson de Oliveira Instituto de Economia/UFRJ.
Globalização e Mercado Financeiro Global Prof. Glauco Carvalho.
Mesas redondas sobre Políticas de Coerência Regulatória Relações Bilaterais Brasil – Estados Unidos e Políticas de Coerência Regulatória João Augusto Baptista.
IMPACTOS ECONÔMICOS DA COMPETITIVIDADE DO GÁS NATURAL Luciano Losekann Grupo de Economia da Energia Economia/UFF.
PROGRAMAÇÃO FISCAL E FINANCEIRA
6 de Maio de 2013 Ciclo de Debates: “Energia e Desenvolvimento do Brasil” Senado Federal Brasília Mauricio T. Tolmasquim Presidente BALANÇO DE OFERTA E.
Os Agentes de Mercado e o Sistema Interligado Nacional SIE – Sistemas de Energia Professora Camila Bastos Eletroeletrônica Módulo 8.
1 Forum: Os Desafios da Transmissão Brasília, 14 de Abril 2016.
Crescimento verde inclusivo: Dilemas de políticas Pedro da Motta Veiga Sandra Polonia Rios Junho 2013.
Comissão Mista Permanente Sobre Mudanças Climáticas
Comércio Exterior Prof. Joelma Kremer, Dra.  Apresentar os conceitos de oferta, demanda, processo de formação de preços e a noção de equilíbrio.  Compreender.
FUTURO DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA SISTEMA ELÉTRICO x CONSUMIDOR Julio Shigeaki Omori Novembro de 2015.
Comentários ao PL 5.807/2013 Novo Marco da Mineração Carlos Vilhena Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado Federal Investimento e gestão: desatando.
COMISSÃO DE SERVIÇOS DE INFRAESTRUTURA POLÍTICA FISCAL, MONETÁRIA E TRIBUTÁRIA, SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA INFRAESTRUTURA Brasília, 19.
CARVÃO MINERAL. Título do Slide A Busca da Eficiência Fernando Luiz Zancan Presidente da Associação Brasileira do Carvão Mineral - ABCM.
1 Política Energética, Planejamento e Regulação para os Sistemas Isolados Autores :Willamy Moreira Frota Prof. Dr. Sérgio Valdir Bajay Campinas, 20 de.
AUDIÊNCIA PÚBLICA Constituição Federal / Estadual Lei Complementar de Finanças Públicas / L 4320/64 LRF PPALDOLOA PPA - Define as políticas.
Transformando o Discurso em Prática: O Papel dos Bancos de Desenvolvimento na Efetividade da Agenda Ambiental Gabriel Rangel Visconti Superintendente da.
Aula 3: Teoria do Capital Humano.  Retomar aula anterior  Educação e economia  Valor econômico da educação  Custos da educação  Retornos da educação.
1 Luiz Augusto de Oliveira Candiota Novembro/2003 A viabilização do crescimento econômico e o papel do Mercado de Capitais.
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA Conjuntura Econômica Brasileira: Desafios, Perspectivas e Propostas Fernando.
GESTÃO DE PROJETOS. 1. Introdução ao Gerenciamento de Projetos 1.1. Definições de Projeto, Programa e Portfólio. Relações entre Gerenciamento de Projetos,
1 Energia Elétrica Alguns comentários Energia Elétrica Alguns comentários Reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e social 4 de agosto de 2004.
F ISCALIZAÇÃO DA Q UALIDADE DOS S ERVIÇOS DE D ISTRIBUIÇÃO DE G ÁS C ANALIZADO - I NSTRUMENTO DE P ERMANENTE A PRIMORAMENTO DA R EGULAÇÃO Vasco Agostinho.
Detalhamento da estrutura de um Plano de Negócios Parte 2
SEMINÁRIO – REFORMULAÇÃO DO ENSINO MÉDIO: MESA 2 - JORNADA ESCOLAR AMPLIADA E CONDIÇÕES DE OFERTA DO ENSINO MÉDIO Prof. Wisley J. Pereira Superintendente.
A construção socioambiental dos mercados internacionais de biocombustíveis Ricardo Abramovay Núcleo de Economia Socioambiental FEA/USP
Como usar CT&I para promover a inclusão social? Políticas Públicas – Transporte Urbano Ministério da Ciência e Tecnologia 3ª Conferência Nacional de Ciência,
1 Factores de Produção
A Recente Política Industrial Brasileira Mauricio Canêdo Pinheiro Pesquisador do IBRE/FGV Seminário Os Desafios da Inserção Internacional Brasileira no.
B RASIL 2035 Oficina Dimensão Econômica - Financiamento de Longo Prazo Definição das Sementes de Futuro.
3ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação Wolney Betiol Ministério da Ciência e Tecnologia Modelos de Inserção de CT&I no Desenvolvimento.
Ministro Relator José Múcio Monteiro Brasília, 20 de março de 2012.
Alessandro G. Teixeira Presidente Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial: Inovar para competir.
REFÉNS DA GEOGRAFIA DO PREÇO DESATRES NATURAIS E AMBIENTAIS.
1 O S D ESAFIOS DA T RANSMISSÃO P AINEL : R EGULAÇÃO DA T RANSMISSÃO 14/04/2016.
As empresas têm que estar conscientes que o desenvolvimento económico já não se pode fazer como no passado, à custa da degradação do capital natural.
APRESENTAÇÃO INSTITUCIONAL A competitividade do País passa por aqui.
O Plano Cruzado Amaury Gremaud Economia Brasileira Contemporânea
24/6/20161 Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Acordo para o Desenvolvimento Sustentável Compromisso do CDES e de 71 Organizações da Sociedade.
1 Eletrobrás A energia que movimenta o Brasil COMISSÃO DA AMAZONIA, INTEGRAÇÃO NACIONAL E NACIONAL E DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL.
Antes de fazer uma pesquisa de mercado... Precisamos fazer um plano de marketing, para saber quais mercados e consumidores pesquisar, caso contrário, estaremos.
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE MMA SECRETARIA EXECUTIVA MEIO AMBIENTE, INFRA-ESTRUTURA E DESENVOLVIMENTO Brasília, 10 de Outubro de 2007.
Instituições Políticas Brasileiras Prof. Octavio Amorim Neto EPGE/FGV-RJ.
ABUSO DE PODER ECONÔMICO DIREITO CONCORRENCIAL. Poder econômico = Acúmulo de riquezas. O poder econômico surge das atividades de prestação de serviço.
FÓRUM DESAFIOS À GESTÃO NA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL 21 a 22 de novembro de 2005 Palácio do Itamaraty Brasília - DF.
UNIVERSO Curso de Engenharia de Produção Disciplina:Fontes Alternativas de Energia Modelos Energéticos Professora: Ana Paula Diniz.
Fórum Infraestrutura e Desenvolvimento Presidente Executivo – ABDIB
Transcrição da apresentação:

“Cenários da Regulação do Setor Energético no Brasil Atual e Futuro” B RASÍLIA, 20 DE AGOSTO DE º Congresso Brasileiro de Regulação 17 e 20/08/2015

Regulação do setor energético passa por instabilidades com viés de rigor 1. Cenário Atual 2

Principais Motivos: Grave crise Econômica e Política Políticas públicas são desenhadas para o curto prazo em prejuízo dos modelos criados para o setor energético (elétrico, P&G, biocombustíveis) Decisões estratégicas e estruturantes adiadas sistematicamente (prorrogação das concessões, política para o GN, etc) Preços administrados ao longo dos últimos anos com sinais econômicos distorcidos – desconto na energia elétrica e defasagem nos preços de derivados de petróleo Fatores climáticos Operação Lava-Jato – fortalecimento das instituições; tendência ao rigor 1. Cenário Atual 3

Principais Consequências: Regulação sistematicamente alterada e com maior rigidez num momentos de grave crise – praticamente 100% das REN/ANEEL, publicadas em 2014, são de alterações de regulamentos e procedimentos Incertezas no curto e médio prazo para investimentos de longa maturação, ainda que possam criar oportunidades que devem ser avaliadas com cuidado Agências Reguladoras reféns de políticas de curto prazo e com autonomia ameaçada Falta de previsibilidade Judicialização do setor Abalo na competitividade do etanol e gás natural Aumento da crise do setor de GN – preços dos concorrentes e crise da Petrobrás que domina a oferta e malhas de gasodutos Endividamento das geradoras e distribuidoras de energia Aumento da inadimplência Leilões “desertos” de Geração e Transmissão Insatisfação elevada Perspectivas no curto prazo: diálogo, transparência e busca de acordo 1. Cenário Atual 4

“Choques no curto prazo, assim como os efeitos do próprio desenrolar do ciclo de ajuste, não devem ofuscar a necessidade de continuar as mudanças estruturais na economia, agora que o ciclo de commodities, que nos ajudou na última década, se esvaiu.” Joaquim Levy (MF), Uma Nova Etapa -Opinião – Folha de São Paulo, Cenário Atual 5

Regulação com tendência à estabilidade, mais equilíbrio e sustentabilidade 2. Cenário Futuro 6

Principais Motivos: Recuperação lenta e gradual da economia a partir de 2017/2018 Tendência à estabilidade do quadro político Necessidade de investimento em infraestrutura Prioridade mundial relativas às mudanças climáticas impulsionadas por EUA e China e a realização da Conferência Mundial do Clima em Cenário Futuro 7

Principais Consequências: Retorno gradual de investimentos públicos e privados Estabilidade regulatória Regulação mais voltada para a eficiência energética e produtividade do setor Fortalecimento das Agências Reguladoras Possível ajuste na política de exploração do Pré-Sal Incentivo à geração distribuída Smart Grid Avanço no etanol com a tecnologia de segunda geração (2G) e realismo de preço dos energéticos concorrentes Desenvolvimento da indústria de GN com a efetiva aplicação da Lei do Gás e sua regulamentação (transporte e comercialização) Recuperação econômico-financeira do setor elétrico 2. Cenário Futuro 8

“para repartir com o setor privado a responsabilidade pela ampliação do investimento em infraestrutura temos que ter uma estabilidade fiscal que reduza riscos macroeconômicos e surpresas regulatórias.” Joaquim Levy (MF), Uma Nova Etapa -Opinião – Folha de São Paulo, Cenário Futuro 9

Muito Obrigado! Abdo, Ellery & Associados - AEA CONSULTORIA Consultoria Empresarial em Energia e Regulação LTDA. SRTVS Q. 701, bl. O, nº 110, sls 868 a 871 Ed. Centro Multiempresarial, Entrada B CEP Brasília-DF-Brasil Fone: ; Fax: