Geraldo Rolim Rodrigues Junior

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Prof. Fernando Ramos -Msc
Advertisements

OXIGENIOTERAPIA E ENTUBAÇÃO TRAQUEAL
Cristiane Andrade Kuroda
Doutorandas: Ingrid Tavares Lívia Spinelli
RCP e C.
Trauma na gestante.
SUPORTE BÁSICO DE VIDA PRINCIPAIS MUDANÇAS GUIDELINES 2005
Suporte Básico de Vida Desfibrilador Externo Automático (DEA)
Anestesia Geral em obstetrícia - quando indicar e como realizar? Alinne Elália de Assis Fagury.
Comportamento do Consumidor Prof Rosana Augusto1.
{ SÍFILIS AÇÕES DE PREVENÇÃO E VIGILÂNCIA EM POPULAÇÕES CHAVE.
INDICADORES DE SAÚDE António Ferreira.
Unimed ABC - Nº de vidas: MEDICINA PREVENTIVA 1.Promoção e Prevenção de Saúde: (equipe multidisciplinar) Gestantes Ginástica Adaptada Obesidade.
Condução Cardíaca e Disritmias. Sistema Cárdionector.
USO DE MEDICAMENTOS NA GRAVIDEZ
ESTUDO TRANSVERSAL.
DEPARTAMENTO DE NEUROFISIOLOGIA DA FAMERP 26/26/2016 Prof Moacir Alves Borges
CASOS CLÍNICOS LARINGE. Nome: L.F.A Sexo: F Idade: 3m Menor trazida pela mãe ao ambulatório de Pediatria com queixa de ruído respiratório, o qual foi.
Angelo A V de Paola Professor Titular e Chefe do Setor de Arritmias e Eletrofisiologia da EPM/UNIFESP Presidente da SBC UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO.
Avaliação do conhecimento sobre o diagnóstico e condutas em parada cardiorrespiratória entre os estudantes do curso de Medicina do sexto ao décimo segundo.
Anestesia hipotensiva Hipotensão deliberada
Investigação em enfermagem de saúde Infantil e Pediátrica em Portugal Batalha LMC, PhD, RN Madrid, Maio de 2014 Investigaciones en el Marco de la Infancia.
RECURSO PRÓPRIO A experiência do Hospital e Maternidade São Joaquim 04 e 05 de agosto de 2010.
Rotura Prematura de membranas ______________________
Introdução CARRARA-ANGELIS, MOURÃO, FÚRIA, 1999 A deglutição é definida como processo que resulta no transporte do alimento da boca ao estômago. PreparatóriaOralFaríngeaEsofágica.
QUINQUENIO CEPMM – Pr Vânia Muniz. Morte Materna Conceito: É a morte de uma mulher durante a gravidez, durante o parto e após o nascimento da.
Florianópolis, novembro de 2013
CONCEITOS BÁSICOS DE EPIDEMIOLOGIA. Etimologicamente – epi = sobre; demo = população; logos = tratado – estudo do que afeta a população. Conceito original.
X Encontro de Ex-residentes 22 de Setembro de 2001.
Geraldo Rolim Rodrigues Junior
EMERGÊNCIA NAS EPILEPSIAS Departamento de Ciência Neurológicas da FAMERP CENTRO DE NEUROFISIOLOGIA DO HOSPITAL DE BASE Av Brigadeiro Faria Lima, 5416 –
DOENÇAS DA TIREOIDE e O PACIENTE IDOSO
Jordão José Ademar Juliana Coutinho Juliana Yoko
OS SISTEMAS DE ATENÇÃO À SAÚDE
Fixação de cateteres venosos periféricos em crianças: estudo comparativo Ana Cristina Guerra, MSc, RN; Luís Batalha, PhD, RN; Luísa Costa, RN; Dulce Almeida,
3. SELEÇÃO DE PRESTADOR DE SERVIÇOS LOGÍSTICOS 3
COCAÍNA E DERIVADOS – UM PROBLEMA MUNDIAL WILSON KIOSHI MATSUMOTO PSIQUIATRA DO CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL ÁLCOOL E DROGAS.
RCP- NOVAS DIRETRIZES AHA/2015
Lucas Reis e Tiago Paixão. benefícios auxilia na melhora da força muscular, da flexibilidade, fortalecimento dos ossos e das articulações.
O DESFIBRILADOR A desfibrilação é um procedimento terapêutico que visa corrigir arritmias cardíacas. A aplicação de uma grande corrente num tempo muito.
Autores: Fernando Cal Garcia Filho; Natália de Azevedo Modesto; Rui Godoy Maciel; Lucas Cortizo Garcia; Fabio Matos; Fernanda Cortizo Garcia.. TRATAMENTO.
E E.C.P.P.A Ensaios Clínicos Condução e Análise Estatística Álvaro Nagib Atallah.
Política de Regulação Cursos de Medicina Brasília, 5 de fevereiro de Avanços.
Demências Potencialmente Reversíveis ou Evitáveis (PREV) Residente: Camila Campitelli Fernandes Preceptora: Jussane Cabral Mendonça.
PLACENTA.
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE GESTANTES ATENDIDAS NOS ESF DO MUNICÍPIO DE SÃO LUDGERO NO ANO DE Ciência da Saúde, Nutrição, Tubarão. Introdução.
EPIDEMIOLOGIA DAS FRATURAS TRATADAS NO CENTRO CIRÚRGICO DO HOSPITAL MARTAGÃO GESTEIRA AUTORES: Fernando Cal Garcia Filho; Fabio Matos; Lucas Cortizo Garcia;
GESTÃO DE PROJETOS. 1. Introdução ao Gerenciamento de Projetos 1.1. Definições de Projeto, Programa e Portfólio. Relações entre Gerenciamento de Projetos,
Hábitos Saudáveis Para a saúde do organismo!!
Pré-natal. 1ª consulta  Identificação  Gestação atual DUM DPP Sinais e sintomas Vícios Medicações Ocupação atual.
“Cavalheiros, isto não é uma fraude” “Cavalheiros, isto não é uma fraude” J.C. WARREN,
Ausência de pulso carotídeo por 10 seg = PCR Inicie Reanimação cardiopulmonar (RCP) Solicite equipe Ofereça oxigênio por bolsa-valva-máscara Monitor/desfibrilador.
PROMOÇÃO DO ALEITAMENTO MATERNO
PREFEITURA MUNICIPAL DE PIRATUBA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA Controle da Hipertensão Arterial com grupos de intervenção educacional.
ESTABELECIMENTO DA IDADE DENTÁRIA PELO MÉTODO DE DEMIRJIAN EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES INFECTADOS PELO HIV. PEROTTA, M.*; GLEISER, R. Disciplina de Odontopediatria.
PREDNISONA Luany Mesquita – I1 Junho/2009. Classe: glicocorticóide síntético Composição: 5 ou 20mg de prednisona, lactose, amido de milho, polividona.
Maira de Souza Flôr: bolsista do PUIC; acadêmica do Curso de Psicologia, Campus Norte, Pedra Branca. Anita Bacellar: orientadora do PUIC; docente do Curso.
O SIGNIFICADO DA BRINQUEDOTECA HOSPITALAR
Indicadores de Saúde Conceito
Paulo do Nascimento Jr.  Niehans e Langenbuch (1880): MCI  Koeing (1883), Maass (1892): MCE  Zoll (1956): desfibrilação externa  Safar (1958): controle.
RN de M.C.S.S; Mãe, 21 anos, TS O+ GII P0 CI A0, Fez 8 consultas de pré-natal, DUM 17/05/05, Data da internação- 06/03/06.
Transplante renal. História foi o primeiro tx inter vivos, sem sucesso – Mãe doou rim para o filho, inicialmente melhora dos sint. urêmicos,
MEDIDAS E INDICADORES EM SAÚDE COLETIVA
Câncer DE Próstata Saúde do homem.
UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA DISCIPLINA DE DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS DIFTERIA.
 Atrial & ventricular : Duração da contração superior ao m. esquelético  Fibras especializadas: Contração fraca   fibrilas contráteis Ritimicidade.
2015 FIGO CONSENSUS GUIDELINES ON INTRAPARTUM FETAL MONITORING
Transcrição da apresentação:

Geraldo Rolim Rodrigues Junior Parada Cardíaca na Gestante Geraldo Rolim Rodrigues Junior

Incidência de Parada Cardíaca 0,2/1.000/ano (entre 32 e 36 anos) 9/1.000/ano (entre 77 e 82 anos) estimativa geral: 0,1 – 0,2 % ano 1 evento em cada 30.000 partos

Distribuição das Paradas Cardíacas na S.O segundo o Fator Causal % de ocorrência

INCIDÊNCIA DE ÓBITO SEGUNDO O FATOR CAUSAL Nº de óbitos por 10.000 anestesias Tikkanen & Hovi-Viander, 1995

DISTRIBUIÇÃO DAS PARADAS CARDÍACAS SEGUNDO O TIPO DE ANESTESIA % de ocorrência DISTRIBUIÇÃO DAS PARADAS CARDÍACAS SEGUNDO O TIPO DE ANESTESIA 10

Parada Cardíaca na Gestante Causas “Anestésicas” 6ª causa até 1997 nos EUA Dificuldade de Ventilação/IOT (1:280  1:2230) Aspiração Toxicidade do AL Bloqueio “Alto” condições clínicas ruins Tsen, 2005 (Int J Obstet Anesth) Hawkins, 2003 (Clin Obstet Gynecol) Hawkins et al, 1997 (Anesthesiology)

Causas de Parada Cardíaca na Gestante Doenças Cardíacas Congênitas e adquiridas Trauma Embolia pulmonar por líquido amniótico Hemorragia periparto Hipovolemia Arritmias, ICC e IAM Iatrogenias Abuso de drogas Guidelines 2000 for cardiopulmonary resuscitation and emergency cardiovascular care – Cardiac Arrest associated with Pregnancy. Resuscitation, 2000; 46: 293-295.

PARADAS CARDÍACAS DEVIDAS À ANESTESIA: Nº de PC por 10.000 anestesias PARADAS CARDÍACAS DEVIDAS À ANESTESIA: INCIDÊNCIA ANUAL Olsson & Hallén, 1988 67 84 anos

MORTALIDADE MATERNA SEGUNDO O FATOR CAUSAL % de óbitos em 822.591 partos Panchal, Arria, Labshsetwar, 2001 (Obstet Anesth)

Thomas & Cooper, 2002 (Br J Anaesth) Why Mothers Die? 1997-1999 (UK) Thomas & Cooper, 2002 (Br J Anaesth)

Thomas & Cooper, 2002 (Br J Anaesth) Why Mothers Die? 1997-1999 (UK) Ocitocina + bloqueio alto +  PA +  FC = efetividade reduzida de reanimação Ocitocina tem ações cardiovasculares complexas em receptores centrais e periféricas Doses elevadas e em “bolus”  Maior risco Thomas & Cooper, 2002 (Br J Anaesth)

Cooper & McLure, 2005 (Br J Anaesth) Why Mothers Die? 2000-2002 (RU) Cooper & McLure, 2005 (Br J Anaesth) Tentativa de Epidural contínua Cateter subaracnóideo acidental 7 h de analgesia  Cesárea   PA e  FC epinefrina + colóide  ocitocina 10 UI  PCR imediata Reanimação sem sucesso  óbito

Reanimação Cardiorrespiratória na Gestante

International Liaison Committee on Resuscitation (ILCOR) Reanimação Cardiorrespiratória: "Guidelines 2000" International Liaison Committee on Resuscitation (ILCOR) American Heart Association Australian Resuscitation Council European Resuscitation Council Heart and Stroke Foundation of Canada New Zealand Resuscitation Council Resuscitation Council Of Latin America Resuscitation Council of Southern Africa

Epinefrina vs Vasopressina em Reanimação Vasopressina para RCP  experiência clínica limitada PCR pré-hospitalar em 2 grupos e 2 injeções: 40 UI de VSP ou 1mg de EPI seguidas de EPI s/n Observar sobrevida até admissão e/ou alta hospitalar 1186 pacientes 589 VSP 597 EPI 373 receberam EPI adicional 359 receberam Comparação de drogas + Tratamento adicional N Engl Med - Wenzel et al, 2004

Epinefrina vs Vasopressina em Reanimação Não houve diferença na admissão hospitalar Fibrilação Ventricular Atividade Elétrica sem Pulso Diferença significativa na admissão e na alta hospitalar Pacientes em Assistolia (p=0,02 e 0,04) 732 com tratamento adicional de epinefrina Maior sobrevida no grupo de VSP (p=0.002) em ambos critérios “VSP seguida de EPI pode ser + efetiva que somente EPI na PCR refratária” N Engl Med - Wenzel et al, 2004

Reanimação Cardiopulmonar na Gestante Reanimação específica  diferenças fisiológicas  manobras adaptadas à Gestante  tratamento dirigido à 2 pacientes  rara & única: ética & emocional Responsabilidade 1ª  salvaguardar à vida da parturiente: “Melhor tratamento materno será, também, melhor tratamento para o feto” Portanto, o objetivo será: restaurar a vida materna e salvaguardar o produto conceptual

Reanimação Cardiopulmonar na Gestante Avanços da medicina:  doenças variadas e graves, hoje;  idade fértil e gravidez Decisões Éticas: 1879-1986  269 cesarianas pós-mortem 70% de sobrevida relacionadas: Antes de 5 min Entre 6 & 15 min  sobrevida menor Após 15 min  raramente Katz et al, 1986 (Obstet Gynecol)

Reanimação Cardiopulmonar na Gestante Últimos 25 anos Alterações interferem claramente no sucesso Compressão aorto-cava  inexorável  esvaziar??? Rees & Willis, 1988 (Anaethesia): Compressão 20-30% do DC Força de compressão  inclinação lateral Inclinação de 30º é ideal

Reanimação Cardiopulmonar na Gestante Esquema de atuação < 24 semanas  sobrevida materna Entre 24 e 32 semanas  viabilidade do concepto >32 semanas  considerar cesariana de emergência Surfactantes e sobrevida

Reanimação Cardiopulmonar na Gestante Manobras Convencionais... farmacológicas... desfibrilador Deslocar manualmente ou ... Calço humano e calço de Cardiff Rees & Willis, 1988 (Anaethesia) ; Goodwin & Pearce, 1992 (Anaethesia)

Reanimação Cardiopulmonar na Gestante Manobras Esvaziamento uterino  considerar parto cesáreo Lee & Mezzardri, 1990 Após 4 minutos & Evidente deteriorização fetal > 32 semanas Entre 24 e 32  MCI  2 min  cesárea

Objetivo é tirar o feto em até 4 ou 5 minutos Recomendações - ACLS 2000 Objetivo é tirar o feto em até 4 ou 5 minutos A chave para reanimar a criança é reanimar a mãe ABCD primário C  30º-45º ou calços ABCD secundário D  diagnóstico e decisões “ Você perderá ambos se não restaurar o débito da mãe” Guidelines 2000 for cardiopulmonary resuscitation and emergency cardiovascular care – Cardiac Arrest associated with Pregnancy. Resuscitation, 2000; 46: 293-295.

mas desconfio de muita coisa.” “ Eu quase que nada sei, mas desconfio de muita coisa.” Guimarães Rosa