ARTRITE SÉPTICA Danielle Pimentel Kícila Sena Lara Diniz Marcela Lima

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Transcrição da apresentação:

ARTRITE SÉPTICA Danielle Pimentel Kícila Sena Lara Diniz Marcela Lima Mariana Waik Olívia Maia Roberta Fernandes Stefany Gimenes

DEFINIÇÃO É uma infecção articular causada por bactéria patogênica com disseminação via hematogênica ou em decorrência de uma osteomielite metafisária. Leva a destruição da cartilagem, necroses epifisárias e luxações.

PATOGÊNESE Penetração da bactéria por via hematogênica pela existência previa de um foco séptico a distância; Contaminação por contigüidade; Contaminação direta.

MICROORGANISMOS Dependente da faixa etária. Staphylococcus aureus: é o mais comum em todas as faixas etárias; Streptococcus do grupo B e outros microorganismos gram positivos: infecções ósseas em neonatos; Haemophylus influenzae do tipo B: afeta crianças entre os seis meses e cinco anos; Neisseria gonorrhoeae: mais comum em adolescentes, mas ocorre entre 18 e 40 anos.

PRINCIPAIS TIPOS Artrite séptica gonocócica: Trata-se de uma infecção dos tecidos articulares, conseqüente a bacteremia pela Neisseria gonorrhoeae. Surge, em geral, num período de 10 a 20 dias após uma infecção gonocócica aguda (artrite, cervicite, vulvaginite, conjuntivite ou proctite). Mais comum em mulheres. Artrite séptica não-gonocócica: Causada pelos demais microrganismos.

Mecanismos de Destruição Articular Enzimas produzidas pelas bactérias são condrolíticas. Perda da matriz cartilaginosa  Perda do colágeno  Erosões na superfície articular  Desprendimento de pequenos grumos ou fragmentos livres para o interior da articulação  Aumento de volume líquido  Aumento da pressão intra-articular e distensão da cápsula = isquemia da membrana sinovial ou luxação. Articulações mais suscetíveis a necrose: escapuloumeral e coxofemoral.

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Osteomielite Hemartrose Celulite Artrite Reumatóide Trauma Tumor Artrite Tuberculosa Doença de Perthes

APRESENTAÇÃO CLÍNICA Dor intensa, progressiva, ocasionada pela distensão capsular na qual se encontram terminações nervosas sensitivas para dor e pressão. Impotência funcional. Posições de defesa: Posições intermediárias entre flexão e extensão e entre rotações externas e internas, dependendo da articulação.

APRESENTAÇÃO CLÍNICA Aumento do volume da articulação resultante da proliferação bacteriana e de líquido sinovial. Derrame Articular: Flutuação. Calor local: hiperemia.

DIAGNÓSTICO Apresentação clínica Exames Complementares Hemograma: Leucocitose com desvio à esquerda. VHS: valores acima de 20 mm nas fases iniciais, atinge 60 mm ou mais após o 3º e 4° dia. Radiografia Simples: Espessamento de cápsula sinovial, infiltração e edema de partes moles e região periarticular, aumento do espaço articular. Pode evoluir com subluxação ou luxação.

DIAGNÓSTICO Fotos de Radiografia – Linha de Shenton

DIAGNÓSTICO USG: Presença de líquido intra-articular. Cintilografia: Áreas quentes (reação inflamatória). Cultura e Antibiograma: Aspiração do líquido intra-articular por punção.

TRATAMENTO Objetivos: Controle da sepse e esterilização da articulação; Eliminação da fibrina, tecido desvitalizado e produtos bacterianos; Suporte da articulação para alívio da dor e prevenção de deformidades por espasmos musculares; Restauração da função e configuração anatômica da articulação.

TRATAMENTO Conservador: Antibioticoterapia Cirúrgico: Drenagem por artroscopia Drenagem por artrotomia Fisioterapia

TRATAMENTO Antibioticoterapia empírica Cefalosporina de 3ª e 4ª geração Deve ser administrada por 10 a 14 dias IV seguida de 2 a 3 semanas VO se associada à drenagem cirúrgica; Deve ser administrada por 3 semanas IV seguida de 3 a 9 semanas VO se associada à osteomielite; Quando o agente for isolado o antibiótico deve ser trocado pra outro mais adequado. Anfotericina B por 6 semanas se for isolado algum fungo. Cefalosporina de 2ª geração para crianças.

TRATAMENTO Cirúrgico Quando o paciente não responder ao tratamento conservador ou quando for obtido pus na aspiração diagnóstica inicial. Em se tratando de articulação do quadril, torna-se uma emergência devido a vulnerabilidade do suprimento sanguíneo da cabeça do fêmur

TRATAMENTO Drenagem por artroscopia Indicada para grandes articulações como joelho, tornozelo, cotovelo e ombro. Podem ser inseridos tubos para drenagem contínua A drenagem por artroscopia é melhor realizada sob anestesia geral

TRATAMENTO Drenagem por artrotomia aberta Deve ser efetuada quando o líquido está espesso (leucometria maior que 100000) e quando a matéria particulada é fibrina precipitada. Após alguns dias de infecção, a fibrina que se forma não consegue mais ser retirada por aspiração. Todo quadril infectado deve ser drenado por artrotomia aberta já que é uma articulação profunda e a drenagem é dificultada pois ocorrer injúrias à cabeça do fêmur.

BIBLIOGRAFIA HEBERT, Sizinio et al. Ortopedia e traumatologia: princípios e prática. 2. ed. Porto Alegre: ARTMED, 1998. 830 p. il. Ortopedia; Traumatologia   WEINSTEIN, Stuart L.; BUCKWALTER, Joseph A. (Ed.). Ortopedia de Turek: princípios e sua aplicação. Tradução Fernando Gomes do Nascimento. São Paulo: Manole, 2000. 708 p. il ROCKWOOD JÚNIOR, Charles A; GREEN, David P; BUCHOLZ, Robert W. (Ed.). Fraturas em adultos. Tradução Osvandre Lech. São Paulo: Manole, 1993-1994. 2 v., il. RACHID, Acir; VERZTMAN, Luiz. Reumatologia pediátrica. Rio de Janeiro: Schering, 1977. 542 p. il. Reumatologia; Pediatria http://www.cerir.org.br/revistas/marco2003/agonococica.htm