Programas de Controle do Peso Corporal

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Transcrição da apresentação:

Programas de Controle do Peso Corporal Atividade Física e Nutrição Dartagnan Pinto Guedes Universidade Estadual de Londrina, Paraná

Programas de Controle do Peso Corporal Se as informações recebidas estão de acordo com os nossos paradigmas, passam a ser interessantes. No entanto, se as informações recebidas não estão de acordo com os nossos paradigmas, deixam de ser interessantes.

Programas de Controle do Peso Corporal Utilização de procedimentos idênticos repetidas vezes, sem sucesso, na expectativa de alcançar resultados diferentes. Apresentação de programas restritivos, com graves repercussões para a saúde, com objetivo de reduzir o peso corporal a qualquer custo.

Programas de Controle do Peso Corporal Como é que podemos reduzir o peso corporal de pessoas com sobrepeso e/ou obesas ??? Como é que podemos fazer com que as pessoas com sobrepeso e/ou obesas possam tornar-se mais saudáveis ???

Programas de Controle do Peso Corporal O desafio é: (a) levar as pessoas com sobrepeso e/ou obesas a serem saudáveis sem restrições ou privações; (b) modificar idéia distorcida de que o excesso de peso corporal possa ser revertido a curto prazo e sem que ocorram mudanças de comportamento.

Fatores Comportamentais Associados ao Sobrepeso e a Obesidade Hábitos alimentares Prática de atividades físicas

Sobrepeso X Obesidade

Sobrepeso Obesidade Aumento excessivo do peso corporal em conseqüência de modificações em apenas um de seus constituintes (gordura, músculo, osso e água) ou em seu conjunto. Obesidade Aumento na quantidade generalizada ou localizada de gordura em relação ao peso corporal, associado a elevados riscos para a saúde.

Índice de Massa Corporal - kg/m2 - Peso Corporal (kg) IMC = Estatura (m2)

Limites Desejáveis do Índice de Massa Corporal Bray (1987) Índice de Massa Corporal (kg/m2) Grupo Etário (Anos) Mulheres Homens 19 – 24 25 – 34 35 – 44 45 – 54 55 – 64 > 65 19 – 24 20 – 25 21 – 26 22 – 27 23 – 28 24 – 29 19 – 24 20 – 25

Prevalência do Sobrepeso na População Adulta Brasileira INAN, 1991

Gordura Músculo Peso Corporal Resíduo Osso

Fracionamento do Peso Corporal = Componente de Gordura + Componente Isento de Gordura Gordura Essencial Gordura Não-Essencial Massa Livre de Gordura Massa Magra

IMC X Risco Relativo de Morte Bray, 1992

Riscos para a Saúde Associados ao Sobrepeso e à Obesidade Fatores de Risco Predisponentes às Doenças Cardiovasculares  Pressão Arterial  LDL-C  VLDL-C  HDL-C  Triglicerídios  Diabetes

Riscos para a Saúde Associados ao Sobrepeso e à Obesidade Câncer Alterações da função pulmonar Ósteo-artrites e outras alterações ortopédicas Lesões inflamatórias, fibrose Refluxo gastroesofágico Doenças da vesícula biliar Alterações nos níveis de ácido úrico Disfunções menstruais

Riscos para a Saúde Associados ao Sobrepeso e à Obesidade Fatores Complicadores Sexo Idade Padrão de distribuição da gordura

Distribuição Anatômica da Gordura Corporal Padrão Periférico Padrão Centrípeto

Classificação dos Riscos do Sobrepeso na Presença dos Fatores Complicadores

Mecanismos Aterogênicos Associados à Obesidade Centrípeta Obesidade Abdominal Resistência Insulínica Deficiência na Produção da Lipoproteína Lipase Aumento dos Triglicerídios Redução do HDL - C Processo Aterogênico Acelerado Aumento da Reabsorção do Sódio Hipertensão Intolerância à Glicose Diabetes

Equilíbrio Energético e Controle do Peso Corporal

Equação do Equilíbrio Energético Equilíbrio Energético Positivo Suprimento > Demanda Equilíbrio Energético Negativo Suprimento < Demanda Equilíbrio Energético Isoenergético Suprimento = Demanda

Equilíbrio Energético Suprimento Energético  Ingestão dos nutrientes energéticos - Gorduras - Carboidratos - Proteínas - Álcool Demanda Energética  Necessidades orgânicas em repouso e solicitações energéticas no trabalho muscular voluntário

Componentes da Demanda Energética Termogênese Facultativa < 10% Efeito Térmico dos Alimentos 10% Metabolismo Voluntário 15 - 30% Metabolismo Basal Metabolismo de Repouso 60 - 75%

Lei de Conservação de Energia “A energia não se cria, nem se destrói, porém pode trocar de forma.”

Nutrientes Para a Produção de Energia COMBUSTÃO Carboidratos Gorduras Proteínas Glicose e Outros Açúcares Simples Ácidos Graxos Aminoácidos Energia para o Trabalho Biológico Calor Água Gás Carbono Uréia Oxigênio

Síntese dos Nutrientes Energéticos Alimentação Triglicerídios Alimentação Glicídios Utilização direta na combustão celular Digestão Digestão Glicerol Ácidos Graxos Glicose Reserva sob a forma de glicogênio muscular e hepático Neolipogênese Lipogênese Triglicerídios Triglicerídios Lipólise Reservas no tecido adiposo e nos músculos Glicerol Ácidos Graxos Fígado Glicose Combustão Celular

Ingestão dos Nutrientes em Relação aos Depósitos Preexistentes Proporção de Ingestão em relação aos depósitos energéticos preexistentes Ingestão de Nutrientes Proteínas (375 Kcal) Gordura (625 Kcal) Carboidratos (1500 Kcal)

Fatores Intervenientes na Proporção de Utilização dos Nutrientes Energéticos Tipo de trabalho biológico Nível de condicionamento físico Características da dieta consumida

Oxidação dos AGL em Diferentes Intensidades de Esforço Físico Romijin et alii, 1993 Repouso Baixa Intensidade 25% VO max 2 Moderada Intensidade 65% VO max 2 Elevada Intensidade > 85% VO max 2 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 m mol /Kg / min

Recursos Utilizados nos Programas de Controle do Peso Corporal - Orientações dietéticas - Prática de atividades físicas - Intervenções farmacológicas - Métodos Cirúrgicos

Vantagens dos Exercícios Físicos no Controle do Peso Corporal Custo energético na realização dos esforços físicos Preservação da massa isenta de gordura Aumento da taxa metabólica de repouso Efeitos anorexigênicos Manutenção de melhor estado psicológico Minimização dos efeitos cíclicos do sobrepeso Melhora da condição física Perfil favorável de distribuição da gordura Estado de saúde

Princípios Norteadores dos Programas de Controle do Peso Corporal ACSM, 1995 Ingestão calórica não inferior a 1200 kcal/dia Equilíbrio energético à custa da interação dieta-exercício físico não superior a 500-1000 kcal/dia Intensidade, duração e tipo de exercícios físicos com demanda energética entre 300-500 kcal/sessão Alimentos de boa aceitação Utilizar técnicas de modificação de conduta alimentar e de prática de exercícios físicos.

Prescrição e Orientação de Exercícios Aeróbicos Direcionados ao Controle do Peso Corporal Freqüência Intensidade Duração Tipo De 3 a 5 sessões/semana, em dias alternados quando possível 40% a 65% da freqüência cardíaca de reserva com base na idade e na freqüência cardíaca de repouso. Esforços de intensidade mais baixa também podem produzir benefícios em indivíduos de menor condicionamento físico De 30 a 60 minutos/sessão de maneira contínua Preferencialmente caminhada, corrida, ciclismo e natação, ou seja, exercícios físicos que envolvem grandes grupos musculares

Programa de Controle do Peso Corporal em Jovens Orientações Dietéticas Atividades Físicas

Períodos Críticos no Desenvolvimento da Adiposidade Pré-natal e perinatal Pré-escolar Puberdade

Riscos para Saúde Associados ao Excesso de Peso Corporal em Jovens Conseqüências Imediatas Efeitos Retardados Pressão arterial Lipídios/lipoproteínas plasmáticas Resistência insulínica e intolerância à glicose Problemas respiratórios e ortopédicos Hipertensão Hipercolesterolemia Hiperinsulinemia Ósteo-artrites Câncer