Osteodensitometria, Biomecânica do Osso e Risco de Fractura Cadeira de Introdução à Engenharia Biomédica Mestrado Integrado em Engenharia Biomédica 2007/2008.

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Transcrição da apresentação:

Osteodensitometria, Biomecânica do Osso e Risco de Fractura Cadeira de Introdução à Engenharia Biomédica Mestrado Integrado em Engenharia Biomédica 2007/2008 Instituto Superior Técnico e Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa Realizado por: João Costa, Nº62850 Rui Miranda, Nº62843 Rui Pinto, Nº62842

Objectivo do trabalho: Analisar de forma crítica os diferentes métodos de previsão do risco de fractura. A massa óssea de um indivíduo depende do balanço entre: O pico de massa óssea (taxa de formação superior à de reabsorção) A posterior perda de massa óssea (taxa de reabsorção superior à de formação) O T-score é o número de desvios- padrão relativamente ao pico de massa óssea de um indivíduo saudável com idade compreendida entre anos. Este valor é individualizado pelo sexo. A densitometria mede a densidade mineral óssea (DMO) de um indivíduo. - Uma DMO entre -1 e -2.5 desvios padrão (DP) corresponde a um diagnóstico de osteopenia - Uma DMO abaixo dos -2.5 DP corresponde a osteoporose Exemplos de factores de risco: Idade, Sexo, Nº de quedas prévias, Nº de fracturas de baixa energia, Consumo de álcool e tabaco, Actividade física, Alimentação … Estes factores são conjugados em vários algoritmos, que prevêem o risco de fractura de um indivíduo. Para o diagnóstico, é utilizada a densitometria óssea Introdução Osteodensitometria, Biomecânica do Osso e Risco de Fractura 2/5 Formação e Reabsorção Óssea Dá-se em três fases: Produção da matriz óssea Mineralização da matriz óssea Remodelação óssea Osteoclastos – Reabsorção de osso Osteoblastos – Formação de novo osso Massa óssea reduzida Aumento do Risco de Fractura Osteoporose é uma doença do tecido ósseo Osteoporose A média de incidência, durante a vida, de fracturas osteoporóticas é de 40-50% nas mulheres e 13-22% nos homens As fracturas osteoporóticas são fracturas de baixa energia. O Z-score é o número de desvios- padrão relativamente à DMO de um grupo de indivíduos com a mesma idade e sexo do paciente. A densitometria, usada para a determinação da DMO, não é suficiente para identificar os indivíduos que se encontram em risco de fractura, dado que a correlação entre a DMO e o comportamento biomecânico do osso é de apenas 0.4; Portanto, para além da DMO, são necessários outros factores complementares para calcular o risco de fractura.

Desvantagens Não inclui o sexo e a idade do indivíduo Necessita da medição de T-Score em dois locais diferentes Requer a realização de alguns cálculos Vantagens Tem em conta todos os factores referidos pela maioria dos estudos sobre esta doença, de modo a prever o risco de fractura “Fracture Risk (FRISK) Score: Geelong Osteoporosis Study” “Current understanding of osteoporosis according to the position of the World Health Organization” Exemplos de factores considerados: - Idade; - Z-Score da anca ou fémur; - Hábitos de consumo de álcool ou tabaco. Desvantagens Ausência de alguns factores influentes nesta doença (ex.: pouca actividade física e má alimentação) Este algoritmos necessita de vários factores, o que o pode tornar dificil de usar Palavras chave das pesquisas no motor Pubmed: 2007/10/25 - “Osteoporosis and fracture risk” resultados 2007/10/29 - “Fracture Risk and Assessment tool” resultados Foram seleccionados os artigos relativos a algoritmos de previsão do risco de fractura, publicados durante o último ano - Todos estes factores são colocados numa fórmula matemática obtendo-se uma percentagem como resultado Os restantes factores, que não dependem da DMO, acabaram por produzir aumentos significativos no que concerne ao risco de fractura.  Idade;  A densidade mineral óssea (DMO) - T-score;  Fracturas anteriores;  Quedas nos últimos 12 meses. Apesar de inicialmente se equacionarem diversos factores de risco, apenas os seguintes foram integrados: - A OMS aconselha o uso dos factores genericamente mais aceites para este tipo de cálculos Entre indivíduos de ambos os sexos com um T-Score igual ou inferior a -2,5 e com mais de 70 anos, o risco de fractura da anca no caso do homem foi igual ou superior ao da mulher; Vantagem As situações de elevado risco são facilmente identificadas Vantagens Individualiza para os dois sexos o risco absoluto de fractura da anca Os parâmetros são fidedignos e obtidos facilmente Revela precisão na identificação dos indivíduos que se encontram em maior risco de fractura “Development of a nomogram for individualizing hip fracture risk in men and women” Desvantagens Este nomograma não foi validado numa população independente A correcta utilização do nomograma está dependente da precisão com que são traçadas as linhas verticais Desenvolvido por: Department of Clinical and Biomedical Sciences of the University of Melbourne Foi desenvolvido um nomograma que individualiza, através de escalas contínuas, o risco de fractura da anca num prazo de 5 e 10 anos para ambos os sexos; Osteodensitometria, Biomecânica do Osso e Risco de Fractura 3/5 Resultados e Discussão

Osteodensitometria, Biomecânica do Osso e Risco de Fractura 4/5 Conclusões A correlação entre a DMO e o comportamento biomecânico do osso é pequena, pelo que a definição de osteoporose deve ser revista, de modo a incluir outros factores de risco. Dos estudos encontrados, analisámos 3 e concluímos que o nomograma é o melhor algoritmo para a previsão do risco de fractura Tendo em conta a evolução destes métodos, é de prever que mais estudos venham a surgir, incluindo mais factores, e tendo uma previsão de risco de fractura mais fiável. Esta evolução deverá também passar por uma adaptação destes métodos às necessidades dos médicos.

Osteodensitometria, Biomecânica do Osso e Risco de Fractura 5/5 Realizado por: João Costa, Nº62850 Rui Miranda, Nº62843 Rui Pinto, Nº62842 Período de Discussão… …Questões?