Piaget (1896 – 1980) Vygotsky (+-1896 – 1934) Psicologia da Educação.

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Transcrição da apresentação:

Piaget (1896 – 1980) Vygotsky ( – 1934) Psicologia da Educação

A Epistemologia genética defende que o indivíduo passa por várias etapas de desenvolvimento ao longo da sua vida. Para Piaget, a aprendizagem é um processo que começa no nascimento e acaba na morte.

A aprendizagem dá-se através do equilíbrio entre a assimilação e a acomodação, resultando em adaptação. Para Piaget, o homem é o ser mais adaptável do mundo.

Este esquema revela que nenhum conhecimento nos chega do exterior sem que sofra alguma alteração pela nossa parte. Ou seja, tudo o que aprendemos é influenciado por aquilo que já tínhamos aprendido.

Piaget conhece as pesquisas de Vygotsky depois da sua morte; Originalmente um biólogo, com a especialização em moluscos do Lago Genebra, fez seus estudos de psicologia do desenvolvimento. Inicialmente observando como seus filhos cresciam e entrevistando milhares de outras crianças.

Piaget e Vygotsky explicam a relação entre aprendizagem e desenvolvimento baseados em princípios interacionistas. Ambos diferem na medida em que Piaget tende a supervalorizar as funções do sujeito na construção do conhecimento ao enfocar a dimensão maturacional.

Vygotsky destaca as relações de construção do mesmo conhecimento quando supervaloriza o papel da interação e da aprendizagem.

Em função disso, destaca-se o fato de, recorrentemente, ser atribuído à Piaget o termo de construtivista e à Vygotsky ser reservado a denominação de socioconstrutivista Relações entre aprendizagem e desenvolvimento em Piaget e em Vygotsky

Para Vygotsky...comprovação empírica, frequentemente verificada e indiscutível, que a aprendizagem deve ser coerente com o nível de desenvolvimento da criança”. Para este autor não seria necessário realizar grandes demonstrações para comprovar que em determinadas idades não se pode aprender determinados conhecimentos.

“[...] podemos tomar tranquilamente como ponto de partida o fato fundamental e incontestável de que existe uma relação entre determinado nível de desenvolvimento e a capacidade potencial de aprendizagem” Essa passagem, bastante explícita, demonstra que Vygotsky, em absoluto, não deixava de perceber os comprometimentos maturacionais para evolução do desenvolvimento.

Piaget e Vygotsky, cada um a sua maneira, são necessariamente compatíveis quando se lida com a realidade, especificamente em práticas de intervenção, como é o caso da escola, por exemplo (SHAYER, 1997). Na prática, como geralmente se tende a não facilmente aceitar, ser pró-Vygotsky não implica, necessariamente, em ser anti- piagetiano (CASTORINA, 1995; SHAYER, 1997).

Aprendizagem e desenvolvimento, portanto, relacionar-se-iam de maneira circular. É possível concluir, assim, que se desenvolve mais quem melhor aprende e quanto mais se aprende mais facilitado torna-se o processo de desenvolvimento.

Ambos também julgam importante o papel das experiências e interações sociais, mas em Vygotsky esses elementos são mais assinalados. Dessa forma, a questão não é a desconsideração da maturação ou da experiência, mas sim o enfoque maior sobre um ou outro aspecto que pode proporcionar uma aparente contradição entre seus posicionamentos no que tange à relação entre aprendizagem e desenvolvimento.

Enquanto Piaget está preocupado com os mecanismos responsáveis por fazer com que o indivíduo evolua de um estado de menor conhecimento para um de maior conhecimento. Vygotsky buscava saber como as funções psicológicas naturais ou primárias constituíam-se em funções psicológicas superiores a partir da utilização das ferramentas culturais adquiridas pela aprendizagem.