Aspectos Fisiológicos da Ingestão de Água no Organismo Humano e sua Influência no Rendimento Atlético Samuel Dias Cardoso (Aluno do PIC) Sandro Conceição.

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Transcrição da apresentação:

Aspectos Fisiológicos da Ingestão de Água no Organismo Humano e sua Influência no Rendimento Atlético Samuel Dias Cardoso (Aluno do PIC) Sandro Conceição de Souza (Aluno do PPGCAF e Co-orientador) Prof. Dr. Pedro Paulo Soares (Orientador) UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA / Niterói / RJ Resumo: É consenso entre os profissionais que atuam na área de prescrição de exercícios, que um bom equilíbrio hídrico é fundamental para a manutenção dos exercícios físicos. Visto que uma hidratação ineficiente interfere negativamente na performance da atividade física, sendo que os efeitos negativos se acentuam quanto maior for o grau de desidratação e quanto maior for o tempo de atividade. Essa temática também é de interesse de esportistas e de vários profissionais interessados no comportamento fisiológico do homem quando em atividades de elevada intensidade. Porém, mesmo compreendendo a importância do tema, algumas perguntas continuam deixando espaços para reflexões e merecem ser investigadas com mais atenção. Uma dessas questões refere-se ao momento que se deve ingerir líquidos de uma forma em geral, para se obter a manutenção ou até o ganho do rendimento atlético e consequentemente, encontrar uma quantidade mínima ideal para o bom funcionamento do organismo humano. Diante ao exposto, temos como objetivo verificar a importância da ingestão de água para o organismo humano, seus benefícios para a saúde e as recomendações para consumo antes, durante e após a pratica de exercícios de alto rendimento. Utilizaremos como metodologia de pesquisa a análise de fontes bibliográficas no período de 1971 a 2010, em diversas bases de dados (Scielo, Bireme, MedLine) e livros textos editorados, para demonstrar e esclarecer os argumentos desenvolvidos e aqui apresentados. Após a revisão das fontes bibliográficas, obteve-se uma maior compreensão sobre o papel da água no organismo humano. Palavras chaves: líquidos, desidratação, hidratação e atividade física. Recomendações da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte:  Devemos ingerir líquidos antes, durante e após o exercício.  Para garantir que o indivíduo inicie o exercício bem hidratado, recomenda- se que ele beba cerca de 250 a 500ml de água duas horas antes do exercício.  Durante o exercício recomenda-se iniciar a ingestão já nos primeiros 15 minutos e continuar bebendo a cada 15 a 20 minutos.  O volume a ser ingerido varia conforme as taxas de sudorese, geralmente entre 500 e 2.000ml/hora.  Se a atividade durar mais de uma hora, ou se for intensa do tipo intermitente mesmo com menos de uma hora, devemos repor carboidrato na quantidade de 30 a 60g·h-1 e sódio na quantidade de 0,5 a 0,7g·l-1.  A bebida deve estar em temperatura em torno de 15 a 22oC e apresentar um sabor de acordo com a preferência do indivíduo, favorecendo a palatabilidade.  Após o exercício, deve-se continuar ingerindo líquidos para compensar as perdas adicionais de água pela diurese e sudorese.  Deve-se aproveitar para ingerir carboidratos, em média de 50g de glicose, nas primeiras duas horas após o exercício para que se promova a ressíntese do glicogênio muscular e o rápido armazenamento de glicogênio muscular e hepático.  Mesmo que boa hidratação durante o exercício prolongado no calor favoreça as respostas termorregulatórias e de performance ao exercício, não podemos garantir que, em situações de extremo estresse térmico, ela seja suficiente para evitar fadiga ou choque térmico. Tabela 1. Alterações provocadas pela desidratação Suplemento – Rev Bras Med Esporte – Vol. 15, Nº 2 – Mar/Abr, 2009 Conclusão: Após a análise dos materiais referenciais, podemos concluir que uma hidratação apropriada durante a atividade física de caráter recreativo ou competitivo pode garantir que o rendimento físico esperado seja atingido e que problemas de saúde sejam evitados. Os procedimentos para assegurá-la requerem conhecimento de fatores que influenciam quando e o quanto beber de água. As recomendações dependem do tipo de atividade e de fatores individuais, como condicionamento físico, idade, modalidade praticada, estresse ambiental, entre outros. Pode-se verificar também que a água é de fundamental importância para o organismo humano e para a continuidade dos exercícios físicos, e que em alguns casos é necessário a adição de substratos energéticos ao líquido ingerido, principalmente glicose. A quantidades de sais minerais também é crucial para a manutenção do exercícios. Portanto, adição de Cálcio e Potássio aos líquidos, pode ser uma interessante estratégia para minimizar os efeitos deletérios da desidratação, podendo também melhorar o desempenho. Vale ressaltar que apesar do assunto ser amplamente pesquisado, algumas lacunas permanecem em aberto e merecem ser revistas. Assim, recomendamos que novos estudos de revisão e/ou originais possam atender a essas lacunas e que a compreensão detalhada de toda a regulação hídrica possa ser esclarecida. Referências:  COSTILLL, David L. & WILMORE, Jack H. Fisiologia do Esporte e do Exercício. 1.ed. São Paulo: Manole,  FOSS, Merle L.; KETEYIAN, Steven J. Fox´s physiological basis for exercise and sport. 6.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p. 472,  GUYTON, Arthur C.; HALL, John E. Tratado de Fisiologia Médica. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Kogan,  HERNANDEZ, Arnaldo J.; NAHAS, Ricardo M. Modificaçãoes dietéticas, reposição hídrica, suplementos alimentares e drogas: comprovação de ação ergogênica e potenciais riscos para a saúde. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. vol. 15, nº 2, p.01-12, Discussão: Segundo Sawka & Pandolf (1990), uma desidratação relativamente pequena, como da ordem de 1 a 2% do peso corporal, já é suficiente para alterar o desempenho em exercícios de resistência (FOSS et al., 2000). Segundo Sawka & Pandolf (1990) a desidratação interfere negativamente na performance da atividade física, sendo que os efeitos negativos se acentuam quanto maior for o grau de desidratação e quanto maior for o tempo de atividade. Na tabela 1 abaixo, podemos verificar essas modificações.  MACHADO-MOREIRA, Cristiano A.; VIMEIRO-GOMES, Ana C.; SILAME-GARCIA, E.; RODRIGUES, Luiz O. C. Hidratação durante o exercício: a sede é suficiente? Revista Brasileira de Medicina do Esporte. v.12, n. 6, p ,  MCARDLE, WILIAM D.; KATCH, FRANCK L.; KATCH, VITOR L. Fisiologia do Exercício - Energia, nutrição e desempenho humano. 6º ed. Rio de janeiro: Guanabara Koogan,  SAWKA, M.N & PANDOLF, K.B. Effects of body water loss on physiological function and exercise performance. In: C.V. GISOLFI and D.R. LAMB (eds) Perspectives in Exercise Science and Sports Medicine, Vol. 3, Fluid Homeostasis During Exercise. Carmel: Benchmark Press, p. 1-30, Pode-se verificar também que a água é de fundamental importância para o organismo humano e para a continuidade dos exercícios físicos, e que em alguns casos é necessário a adição de substratos energéticos ao líquido ingerido, principalmente glicose. A quantidades de sais minerais também é crucial para a manutenção do exercícios. Portanto, adição de Cálcio e Potássio aos líquidos, pode ser uma interessante estratégia para minimizar os efeitos deletérios da desidratação, podendo também melhorar o desempenho.