Conceituação Cognitiva

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UNIP Profª Lina Sue UNIP Profª Lina Sue PSICOTERAPIA COGNITIVA BECK, J. S. Terapia Cognitiva: teoria e prática. Porto Alegre: Artmed,1997. Profª Lina Sue.
Transcrição da apresentação:

Conceituação Cognitiva

Modelo cognitivo Hipótese de que as emoções e comportamentos das pessoas são influenciados por sua percepção dos eventos. - O modo como as pessoas se sentem está associado ao modo como elas interpretam e pensam sobre uma situação (Beck, 1997, p.29).

Crença Central - São entendimentos que são tão fundamentais e profundos que as pessoas frequentemente não os articulam sequer para si mesmas. - Essas idéias são consideradas pela pessoa como verdades absolutas, exatamente o modo como as coisas “são”. Essas crenças são mantidas mesmo que imprecisas e disfuncionais, pois o sujeito focaliza seletivamente informações que as confirmam e desconsideram informações contrárias. - “As crenças centrais são o nível mais fundamental de crença; elas são globais, rígidas e supergeneralizadas” (p. 31).

Crenças Intermediárias - As crenças centrais influenciam o desenvolvimento de uma classe intermediária de crenças chamadas de crenças intermediárias, que são frequentemente não-articuladas. Essas crenças relacionam-se muitas vezes a: Regras (“Eu devo”, “Eu preciso”, “Eu tenho”) e suposições (“Se... então”)

Pensamentos Automáticos - Pensamentos avaliativos rápidos, não são decorrentes de deliberação ou raciocínio, parecem surgir automaticamente. - Muitas vezes, sem os criticar, aceita-se esses pensamentos como verdadeiros. - “Você pode estar pouco ciente desses pensamentos; você tende muito mais a estar ciente da emoção que se segue” (p.30).

Pensamentos Automáticos - São “palavras ou imagens reais que passam pela cabeça da pessoa, são específicos à situação e podem ser considerados o nível mais superficial de cognição” (Beck, 1997, p.31). - São cognições mais próximas à percepção consciente. - “Em termos cognitivos, quando pensamentos disfuncionais são sujeitos à reflexão racional, nossas emoções em geral mudam” (Beck, 1997, p. 30).

Surgimento das Crenças As pessoas tentam dar sentido a suas experiências, suas interações levam a certos entendimentos ou aprendizagens, suas crenças. Esquemas ou crenças são “padrões orientadores da percepção e interpretação da experiência” (Abreu, 2004, p.279).

Crenças na terapia Inicialmente a ênfase é nos pensamentos automáticos. O terapeuta ensina o paciente a identificar, avaliar e modificar seus pensamentos, a fim de produzir alívio dos sintomas. Então as crenças que estão por trás dos pensamentos disfuncionais tornam-se o foco. - Depois disso a crença central será o foco, a modificação profunda dessas crenças evitam recaídas futuras.

Modelo Cognitivo exemplificado Crenças Centrais “Eu sou incompetente” ↓ Crenças Intermediárias “Se eu não entendo algo perfeitamente, então eu sou burro” Situação → Pensamentos Automáticos → Emoção Ler o livro → “Isso é difícil demais” → Tristeza “Eu jamais entenderia isso” Comportamento Fechar o livro Fisiologia Peso no abdômen

Conceituação Cognitiva “Conceituar um paciente em termos cognitivos é crucial para determinar a trajetória mais eficiente e efetiva de tratamento. Isso também auxilia a desenvolver a empatia, um ingrediente essencial para estabelecer um bom relacionamento de trabalho com o paciente” (Beck, 1997, p. 38).

Características da Conceituação Cognitiva A Conceituação Cognitiva começa a ser formulada desde o primeiro contato com o cliente e vai sendo refinada até a última sessão. Levantamento de hipóteses sobre o cliente com base nos dados apresentados. Hipóteses são confirmadas ou desconfirmadas (é fluida). - Verificação da conceituação com o paciente em pontos estratégicos para assegurar-se de que ela é precisa, bem como para ajudar o paciente a entender a si próprio e suas dificuldades” (Beck, 1997, p.39).

Perguntas que o terapeuta deve fazer a si mesmo Como esse paciente veio parar aqui? Que vulnerabilidades e eventos de vida (traumas, experiências, interações) foram importantes? Como o paciente enfrentou sua vulnerabilidade? - Quais são seus pensamentos automáticos e de que crenças eles brotaram?

Importância da Conceituação “É essencial para o terapeuta aprender a conceituar as dificuldades do paciente em termos cognitivos, a fim de determinar como proceder na terapia – quando trabalhar sobre uma meta específica, pensamento automático, crença ou comportamento; que técnicas escolher e como melhorar o relacionamento terapêutico” (Beck, 1997, p.33)

A formulação da conceituação Cognitiva inicia-se a partir de algumas perguntas, tais como: 1ª Etapa Qual é o diagnóstico do paciente? Quais são seus problemas atuais, como esses problemas se desenvolveram e como eles são mantidos? - Que pensamentos e crenças disfuncionais estão associados aos problemas; quais reações (emocionais, fisiológicas e comportamentais) estão associadas ao seu pensamento? (p. 28).

2ª Etapa Formulação de Hipóteses sobre como o sujeito desenvolveu essa desordem psicológica: Que aprendizagens e experiências antigas (e talvez predisposições genéticas) contribuem para seus problemas hoje? Quais são suas crenças subjacentes (incluindo atitudes, expectativas e regras) e pensamentos? Como ele enfrentou suas crenças disfuncionais? Que mecanismos cognitivos, afetivos e comportamentais, positivos e negativos, ele desenvolveu para enfrentar suas crenças disfuncionais? Como ele via (e vê) ele mesmo, os outros, seu mundo pessoal, seu futuro? - Que estressores contribuíram para seus problemas psicológicos ou interferiram em sua habilidade para resolver esses problemas? (Beck, 1997, p. 28)