DIA EUROPEU DO ANTIBIÓTICO 2014 Apresentação do PAPA Programa de Apoio à Prescrição Antibiótica 18 de Novembro 2014.

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Transcrição da apresentação:

DIA EUROPEU DO ANTIBIÓTICO 2014 Apresentação do PAPA Programa de Apoio à Prescrição Antibiótica 18 de Novembro 2014

2

3 Cada vez menos armas… Boucher H et al, Clinical Infectious Diseases 2013;56(12):1685– Primeira estirpe resistente à penicilina 2010 > 70% das bactérias “hospitalares” são resistentes a ≥1 antibiótico recomendado

4 ???

5 Uma era pós-antibióticos?

6 INTERVENÇÕES DE CONTROLO DE MMR HICPAC-CDC Medidas administrativas Educação / Informação / Stewardship Uso criterioso de antimicrobianos Vigilância Epidemiológica Precauções Básicas e de Contacto Higiene ambiental Descolonização

7 VE - COMPONENTE ESSENCIAL DA PREVENÇÃO Detetar os Microrganismos MR Monitorizar tendências epidemiológicas Medir a efectividade das intervenções

8 Tendência linear internamento (Incidência de microrganismos multirresistentes) Prevalência de MRSA internamento

9 ESTRATÉGIAS DE VE DE MMR VE de MMR com base nos resultados do laboratório, em amostras colhidas para diagnóstico de infeção (“amostras clínicas”) Deteção de colonização assintomática (Vigilância Ativa) Sintonizada com VE do consumo de antimicrobianos

10 VE COM BASE EM “AMOSTRAS CLÍNICAS” Forma mais simples Associada a estudos moleculares Deteta a emergência de novos MMR Permite estudar a prevalência de resistência nos “microrganismos clínicos” Monitoriza alterações nos padrões de resistência: transmissão; orientações terapêuticas

11

12 INCS - TAXA DE MRSA

13 Enterobacteriaceas resistentes a carbapenemes ECDC PPS

14

15 Prevalência de uso de antimicrobianos (% de doentes a receber pelo menos um antimicrobiano) nos hospitais europeus, por país ECDC PPS 2011–2012

16 Consumo global de antibióticos na Europa

Consumo comparado (1º semestres de 2013 e 2014) de meropenem em DDD por 1000 dias de internamento Consumo comparado ( ) de quinolonas † em DDD por 1000 dias de internamento

“It is not the strongest of species that survives, nor the most intelligent. It is the one that is the most adaptable to change” Charles Darwin

19 Dados Hospital Braga 1º semestre 2013 e 2014

20 INQUÉRITO DE PREVALÊNCIA INFEÇÃO NO HB 2012 Uso de AntimicrobianosNacionalHB % doentes a fazer antimicrobianos45,4 %39,4% Doentes com Indicação terapêutica para: Inf. Hospitalar Inf. Comunidade Outras IACS 30,7% 31,9% 63,3% 4,6% 28,0% 31,7% 50,9% 3,3% Doentes com Profilaxia cirúrgica: Uma dose 24 horas Mais de um dia 21,2% 18,5% 17,2% 64,2% 24,9% 25,0% 20,3% 53,1% Profilaxia médica13,6%19,2% Antimicrobianos mais utilizados: Amoxicilina + Ácido Clavulânico Cefazolina Fluoroquinolonas Piperacilina + Tazobactam Cefalosporinas de 3ª e 4ª geração 12,1% 8,7% 10,1% 9,5% 14,3% 12,8% 9,7% 9,3%

BUNDLE HOSPITALAR DO PPCIRA DGS Higiene das mãos √ Uso adequado de luvas √ Higiene ambiental (superfícies frequentemente manuseadas) Política “anti-MRSA” Profilaxia antibiótica cirúrgica por não mais de 24 horas √ Limitação de terapêutica antibiótica a 7 dias (com exceções) √ Redução da prescrição de quinolonas e carbapenemes √ Programa de Apoio à Prescrição Antibiótica dentro das primeiras 96 horas √

22

23 PAPA Despacho 15423/2013 Programa de Apoio à Prescrição Antibiótica –Supervisão do uso de antimicrobianos – revisão e validação das prescrições de carbapenemes e fluoroquinolonas, nas primeiras 96 horas de terapêutica –Promoção da sua utilização adequada

24 PAPA no HB Programa de Apoio à Prescrição Antibiótica sete vertentes

25 As sete vertentes do PAPA 1.Prestar apoio na antibioterapia 2.Elaborar orientações genéricas e prestar apoio na elaboração e atualização de normas, orientações e protocolos 3.Garantir o retorno da informação epidemiológica da infeção e dos padrões de consumo e de resistência de antimicrobianos 4.Rever e validar o consumo de carbapenemes 5.Formação 6.Treino prático em prescrição e apoio à prescrição (IFEs) 7.Investigação

26 As sete vertentes do PAPA 1.Prestar apoio na antibioterapia 2.Elaborar orientações genéricas e prestar apoio na elaboração e atualização de normas, orientações e protocolos 3.Garantir o retorno da informação epidemiológica da infeção e dos padrões de consumo e de resistência de antimicrobianos 4.Rever e validar o consumo de carbapenemes 5.Formação 6.Treino prático em prescrição e apoio à prescrição (IFEs) 7.Investigação

27 1- Prestar apoio na antibioterapia

Consumo comparado (1º semestres de 2013 e 2014) de meropenem em DDD por 1000 dias de internamento Consumo comparado ( ) de quinolonas † em DDD por 1000 dias de internamento 3 – Retorno de informação DASHBOARD SOBRE USO DE ANTIBIÓTICOS

29 ANTIBIÓTICOS PARA BACILOS DE GRAM NEGATIVO Escherichia coli Klebsiella pneumoniae Enterobacter spp Proteus mirabilis Pseudomonas aeruginosa Acinetobacter baumannii Total de estirpes Ampicilina 40,3 55,5 Amox.-Ac. Clavulânico 79,552,4 86,5 CF 1ª Geração 45,744,4 79,9 CF 2ª Geração 87,255,829,892,4 Ceftriaxone 91,960,463,097,3 Ceftazidima 91,559,563,696,770,030,6 Piperaciclina- Tazobactam 95,368,566,199,864,733,3 Meropenem 10099,599,610073,936,8 Gentamicina 90,566,592,58367,054,2 Tobramicina 89,160,589,085,085,759,7 Amicacina 85,387,5 Ciprofloxacina 78,256,894,773,858,933,3 Cotrimoxazol 72,654,089,563,3 49,9 Nitrofurantoína 93,731,628,3 Presença de ESBL 7,033,46,61,6 Presença de AmpC 1,34,133,90,8 Presença de Carbapenemases 0 0,50,4 00,92 ANTIBIÓTICOS PARA COCOS DE GRAM POSITIVO Staphylococcus aureus Enterococcus faecalis Enterococcus faecium Streptococcus pneumoniae Total de estirpes Penicilina/Ampicilina 1499,37100 Amoxicilina Amox.-Ac. Clavulânico Meticilina 54,9 Ceftriaxone 100 Gentamicina 97,9 Sinergismo Gentamicina Sinergismo Estreptomicina Eritromicina 56,6 68,7 Clindamicina 58,0 83,2 Levofloxacina 54,171,47,6100 Cotrimoxazol 99,0 88,6 Vancomicina 10099,983,4100 Linezolide 100 Nitrofurantoína 97,597,29 Menos de 50% de estirpes sensíveis Entre 50 a 85% de estirpes sensíveis Mais de 85% de estirpes sensíveis Não testado Resistência natural SENSIBILIDADE ANTIBIÓTICA 2013 Resistênc ia

30 4- Rever e validar o consumo de carbapenemes

31 Contactos

32 Knowing is not enough; we must apply Willing is not enough; we must do Knowing is not enough; we must apply Willing is not enough; we must do Goethe