LEUCEMIAS CRÔNICAS
Leucemias linfóides crônicas (LLC) Introdução Geralmente de evolução lenta e flutuante Podem ser confundidas com os linfomas CLASSIFICAÇÃO: Leucemia linfocítica crônica – LLC Leucemia prolinfocítica – LPL Leucemia plasmocítica Leucemia de linfócitos grandes e granulares Leucemia prolinfocítica de células T – LPL-T
Estadiamento - LLC 0: linfocitose I: linfocitose+linfadenopatia II:linfocitose+linfadenopatia+hepatoesplenomegalia III:linfocitose+linfadenopatia+hepatoesplenomegalia+anemia IV:linfocitose+linfadenomegalia+hepatoespleno+anemia+trombocitopenia
Sinais e Sintomas - LLC Comum em idosos; Predomínio no sexo masculino; Aumento dos linfonodos cervicais, axilares e inguinais. Geralmente isolados e não-dolorosos. Pode ocorrer o aumento das tonsilas; Anemia; Trombocitopenia; Hepatomegalia e esplenomegalia (estágios mais avançados); Imunossupressão
Diagnóstico - LLC Os principais achados laboratoriais são: Linfocitose, com cerca de 70% de pequenos linfócitos; Anemia normocítica e normocrômica; Trombocitopenia; Mielograma com cerca de 95% de linfócitos; Hipogamaglobulinemia
Imunofenotipagem - LLC CD19 + SIg + CD5+ CD23+ CD79b + Expressão de apenas uma cadeia leve: kappa ou lambda
Citogenética - LLC 13q14, trissomia 12, 11q23, p53 Expressão de ZAP-70: mau prognóstico
Tratamento - LLC Curas são raras; Quimioterapia somente em alguns casos; Radioterapia
Leucemia linfóide crônica (medula óssea) Leucemia de células pilosas – Tricoleucemia (sangue periférico)
Leucemia mielóide crônica (LMC) Introdução É uma doença mieloproliferativa de células-tronco hematopoéticas que mantém sua capacidade de diferenciação e amadurecimento da linhagem mielóide, resultando em grande acúmulo de granulócitos no sangue periférico. Pode ocorrer em qualquer idade. Está diretamente relacionada com a desordem clonal decorrente da t(9;22) (q34;q11). Esta translocação dá origem ao cromossomo Philadelphia (Ph1). Ocorre a formação do gene quimérico BCR-ABL, resultante da transferência de parte do proto-oncogene c-ABL para o gene BCR no cromossomo 22. Parte do cromossomo 22 é transferida para o cromossomo 9.
Leucemia mielóide crônica (LMC) Introdução gene BCR-ABL (breakpoint cluster region-Abelson murine leukemia): codifica a proteína de 210 kDa com atividade de tirosinoquinase excessiva. A anomalia é detectável pela técnica de hibridização fluorescente in situ (FISH) ou reação em cadeia de polimerase (PCR). A anomalia pode ser encontrada também em células de origem linfóide. A LMC pode sofrer agudização para leucemia aguda, onde as células são Ph1+.
Oncogenes Nowell e cols. demostraram que a translocação 9:22 forma um gene (bcr-abl) que produz uma proteína (tirosino-quinase) que contribui para a sobrevida de células neoplásicas na Leucemia Mielóide Crônica (LMC). O cromossomo resultante desta translocação é conhecido como cromossomo Philadelphia (Ph1).
Técnica FISH
Sinais e sintomas - LMC Ambos os sexos; Geralmente acima dos 40 anos; Hipermetabolismo: perda de peso, anorexia, sudorese noturna; Esplenomegalia (dor e indigestão); Equimoses, menorragia, hemorragias
Diagnóstico - LMC Os principais achados laboratoriais são: Leucocitose acima de 50.000 leucócitos/ mm3 podendo chegar ou exceder 500.000 leucócitos / mm3; Basofilia; Anemia normocítica e normocrômica; Contagem de plaquetas variável; Neutrófilos com fosfatase alcalina baixa.
Tratamento - LMC Inibidores de tirosinoquinase: Imatinibe (Glivec®). Utilizado na fase crônica com excelente resposta.
Transformação blástica - LMC Com a presença de mais de 20% de blastos na medula óssea; O paciente geralmente apresenta anemia acelerada, trombocitopenia e presença de blastos na corrente sanguínea e medula óssea. Esta também pode apresentar fibrose; Nesta fase podem aparecer novas anomalias cromossômicas; Em muitos casos a transformação é linfoblástica; O prognóstico é ruim.
1:mieloblasto 2:promielócito 3:mielócito 4:metamielócito 5:neutrófilo bastonete 6:neutrófilo segmentado (sangue periférico) LMC Neutrófilos segmentados e bastonetes fosfatase alcalina negativa (sangue periférico) LMC
Agudização de leucemia mielóide crônica em leucemia linfóide aguda 1: mieloblasto 3: mielócito 10: linfoblasto (sangue periférico)
Obrigada! Universidade Nove de Julho