Mestrado em Administração - Disciplina Gestão Estratégica da Inovação - Prof. Dr. Roberto Bernardes 1 GESTÃO ESTRATÉGICA DA INOVAÇÃO PROFº DR. ROBERTO.

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Mestrado em Administração - Disciplina Gestão Estratégica da Inovação - Prof. Dr. Roberto Bernardes 1 GESTÃO ESTRATÉGICA DA INOVAÇÃO PROFº DR. ROBERTO BERNARDES ECONOMIA DE REDES E INOVAÇÃO, 2006 SHIMA, Walter T. Depto de Economia, Universidade Federal do Paraná Integrantes do Grupo: Anselmo Buttner, Alexandre Belico, Nilton Moreira, Osmar Saito, Roberto Camanho e Thomaz Camanho,

Mestrado em Administração - Disciplina Gestão Estratégica da Inovação - Prof. Dr. Roberto Bernardes SHIMA, Walter T. Depto de Economia, Universidade Federal do Paraná Graduado em Economia pela Universidade Federal do Paraná (1985) Mestrado em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (1991) Doutorado em Economia da Industria e da Tecnologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1999). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do Paraná. Tem experiência na área de Economia, com ênfase em Mudança Tecnológica, atuando principalmente nos seguintes temas: competição, inovação, privatização, regulação, convergência tecnológica e tecnologia da informação. Perfil do Autor:

Mestrado em Administração - Disciplina Gestão Estratégica da Inovação - Prof. Dr. Roberto Bernardes 3 1.OBJETIVO Conceituar a Economia de Redes de Firmas e sua importância para o processo de Inovação, contextualizando-a historicamente nas diversas teorias e correntes Econômicas, bem como apresentando a sua caracterização e tipologia. 2. DEFINIÇÃO (Conforme Freeman, 1991) Rede de Firma é um conjunto fechado de conexões seletivas e explícitas, com parceiros preferenciais num espaço de complementaridade de ativos e relacionamentos de mercados, tendo como maior objetivo a redução da incerteza. Incluem-se também nesta definição os relacionamentos informais ou de natureza tácita das redes.

Mestrado em Administração - Disciplina Gestão Estratégica da Inovação - Prof. Dr. Roberto Bernardes 3. CORRENTES ECONÔMICAS 3.1 VISÃO NEO-CLÁSSICA Formação das redes decorre da racionalidade dos agentes ao perceberem as externalidades positivas decorrentes. Relevância é o impacto das escolhas individuais realizadas em um mercado, sobre a função-utilidade de outros agentes. 3.2 VISÃO NEO-INSTITUCIONALISTA Formação de redes para redução de custos de transação; Dilema de mercado (do or buy) : produzir internamente ou comprar no mercado Redes de firmas são formas híbridas de governança, ou seja, são compostas por firmas Integradas, ao mesmo tempo em que tem intensas relações com o mercado em geral. No âmbito de mercado com intensas relações de compra e venda isoladas. No âmbito intra-rede, intenso fluxo de informações técnicas, mercadológicas, estratégicas e de mercadorias.

Mestrado em Administração - Disciplina Gestão Estratégica da Inovação - Prof. Dr. Roberto Bernardes 3.3 VISÃO EVOLUCIONÁRIA Redes de firmas tem objetivo primordial conjugar de forma dinâmica as diversas competências, de forma a melhorar a capacidade inovativa e competitiva da rede como um todo. Competências estreitamente ligadas à aquisição de tecnologia; Aquisição e transferência de tecnologia e conhecimento através de processo de aprendizado e da cultura organizacional. Conhecimento apropriado por agentes difícil de se ser transferido para outros agentes Redes de firmas podem acelerar este tempo de aprendizado.

Mestrado em Administração - Disciplina Gestão Estratégica da Inovação - Prof. Dr. Roberto Bernardes 4. REDES DE FIRMAS FORMADAS NO PADRÃO FORDISTA Redes de firmas são fenômenos históricos e surgem no início do século XX Padrão Fordista de produção nos EUA tornava-se paradigmático; Surgem como mecanismos de competição ao modelo Fordista (economia de escala) Redes de pequenas firmas com fortes fatores culturais e de parentesco; Alto grau de informalidade no trânsito e fluxo de informação da rede; Redes estáticas com objetivo fundamental de viabilizar a baixa escala de produção; Redes não tem caráter inovativo mas a busca de competitividade com baixas economias de escala e de escopo

Mestrado em Administração - Disciplina Gestão Estratégica da Inovação - Prof. Dr. Roberto Bernardes 4.1 Caso da Itália Indústria têxtil do Distrito do Prato (produção no sistema Motte); (aumento da competitividade em face da produção em massa) Confederação de firmas pertencentes a vários membros de uma família; Sistema de aprendizado contínuo (membro familiar / associação com técnico experiente / formação de uma nova firma) Laços familiares com extrema flexibilidade; Depressão de 30: Arrendamento de máquinas / subcontratação (< custos fixos) Em 1950 surge a figura do Impannatore - coordenação das habilidades das firmas / federações autônomas - Organizava compras de MP, coordenação da produção, entrega ao mercado - Prática da inovação – novos materiais/processos, - Adaptabilidade por learning by interacting e de learning by using (aproveitamento do alto conhecimento dos operadores de máquinas) – intenso fluxo de informações/conhecimentos)

Mestrado em Administração - Disciplina Gestão Estratégica da Inovação - Prof. Dr. Roberto Bernardes 4.2 Caso Japão Exemplo relevante: indústria de máquinas ferramentas de comando numérico Similar ao sistema italiano / surgem como mecanismo de proteção a prod. Massificada (poucos recursos / divisão de custos) Não verticalização / subcontratação de produção de componentes; Especialização na produção de uma variedade restrita de máquinas; Agrupamento em torno de uma firma maior (corpo técnico mais qualificado) Flexibilidade / mudança de linha de produto (treinamento tecnológico) Início nos anos 70 (crise econômica) como alternativa a produção em massa Necessidade de se adaptar a demanda instável; Organização em redes de mini-fábricas;

Mestrado em Administração - Disciplina Gestão Estratégica da Inovação - Prof. Dr. Roberto Bernardes 5. GLOBALIZAÇÃO, TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E FORMAÇÃO DE REDES Formação de redes ligado ao progresso técnico; Ampliar a integração e o relacionamento dinâmico entre os diversos integrantes, Perspectiva de busca e aperfeiçoamento acelerado de tecnologias e de formas de apropriação, através do compartilhamento de recursos e conhecimentos da rede; Autonomia de Inovação a partir da rede (apropriação de ativos para inovação); Rápido desenvolvimento e difusão das Tecnologias de Informação e Comunicação; Global: Redes se formam num ambiente econômico mundial de liberalização e de desregulamentação geral dos mercados; Contrato passa a ser fundamental: especificidade dos ativos, alto valor agregado e riscos elevados, interesses comuns não eliminam eventuais ações não-cooperativas por parte dos agentes;

Mestrado em Administração - Disciplina Gestão Estratégica da Inovação - Prof. Dr. Roberto Bernardes Oferta de tecnologia: disponíveis para todos; oferta relativa elevada; Rápido desenvolvimento e difusão das tecnologias de informação e comunicação; O diferencial passa a ser a capacidade de encontrar soluções criativas, como novos processos, diferenciação de produtos e novos arranjos organizacionais/institucionais; Conceito de Redes Dinâmicas: intensa troca de conhecimentos e busca de inovações

Mestrado em Administração - Disciplina Gestão Estratégica da Inovação - Prof. Dr. Roberto Bernardes 6. TIPOLOGIAS DE REDES DE FIRMAS 6.1 Redes de Subcontratação (Caso Toyota) Surge na indústria automobilística nos anos 50 no Japão; Produção em massa jamais funcionaria no Japão; Mecanismos de colaboração com fornecedores (reduzir custos e > qualidade); Escolha Fornecedores / organização em níveis funcionais (graus de respons.); Fornecedores 1 nível – Participação integral em desenvolvimento de produtos; Fornecedores 1 nível – Constituição de novas redes com fornecedores 2º nível; (menos qualificados / especialistas em determinadas peças); Relação de interdependência com os fornecedores (baseado no fluxo de informações e de produtos) Acordos acionários cruzados: fidelidade a integração na rede Sistema Just in time: - Elevada integração e coordenação entre a Toyota e seus fornecedores; - Não seria possível com independência entre os agentes

Mestrado em Administração - Disciplina Gestão Estratégica da Inovação - Prof. Dr. Roberto Bernardes 6.2 Alianças Estratégicas Acordos de cooperação entre 2 ou mais agentes, dispersos do ponto de vista espacial Práticas cooperativas não hierarquizadas de intercâmbio de informações e de reciprocidade de ações; Consideradas estratégicas e tecnológicas; (interesses específicos dos envolvidos e podem envolver firmas rivais) Atividade inovadora é elemento primordial; Obrigatoriedade mútua de forma contratual; Características: Se unem para cumprir um conjunto de metas combinadas mas permanecem independentes antes e depois da aliança; Compartilham dos benefícios da aliança e controlam o desempenho das tarefas especificadas; Contribuem continuamente em uma ou mais áreas estratégicas da aliança.