TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO TCE

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
TRAUMA CRÂNIO-ENCEFÁLICO
Advertisements

Trauma Craniencefálico. Descrever a anatomia e fisiologia básicas intracranianas Descrever a anatomia e fisiologia básicas intracranianas Avaliar um paciente.
Prof. Fernando Ramos Gonçalves
TRAUMATISMOS.
TRAUMATISMO CRÂNIOENCEFÁLICO- TCE
Traumatismo Craniano M.Sc. Prof.ª Viviane Marques
Professora: Moniki Barbosa
Profª Maria de Fátima, adaptado por Profª Enfº Débora Rinaldi Nogueira
Traumatismo Cranioencefálico TCE
C ASO 03 Caroline nº18 Felipe nº Germano nº. Radiologia EFHS, 32 ANOS, SOLTEIRO, NATURAL E PROCEDENTE DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO, CAMINHONEIRO, CATÓLICO,
TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO
TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO
Carla Bruxel Télio Fróis Marcelo Cardozo
Curso Avançado de Trauma
Traumas Neurológicos Unochapecó/2015.
SINDROMES DOLOROSAS REGIONAIS COMPLEXAS Adriana Vilela; Ana Paula Albergaria; Danilo Abreu; Fábio Teles; Fernanda Bevilaqua; Gabriela Romito; Gisele de.
Escola Profissionalizante São Vicente
Profª Esp. Lisa Carvalho Pós em Enfermagem em UTI Faculdade Anhanguera.
Lesões decorrentes da ação de um agente traumático
TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO
Docente: Kátia Cristine de Carvalho
Dengue Alunos: Victor, Luara e Renan Alves Professora: Thaís Série:5 ano B Data:13/08/2014.
2 2 Cinemática do Trauma Cinemática do Trauma Copyright © 2003, Elsevier Science (USA). All rights reserved. Suporte Pré-Hospitalar de Vida no Trauma Prehospital.
Informação importante! Repassem!. PASSE em um BANHEIRO antes de viajar, andar de carro, motocicleta, onibus, etc.
Câncer Ósseo Equipe: Emanuela Freire Gomes Emanuel de Veras Santos
OTITE EXTERNA NECROTIZANTE (MALIGNA ) Fábio Mota Gonzalez Médico Radiologista do Multimagem e do IHEF.
PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DA DENGUE. PRIMEIRA MANISFESTAÇÃO - Febre alta de início abrupto; - Associada à cefaléia, adinamia, mialgias, artralgias,
SLIDE HEMATO
Urgência e Emergência Trauma.
Cefaleias Secundárias
Choque (Hipovolémia) Lucilia Coimbra.
Profª Vanessa Mesquita Ramos
Princípios de Ouro do Atendimento Pré-Hospitalar ao Traumatizado
DESMAIO.
Norberto Giacomini Filho
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL
ARBOVIROSES: Estratificação de Risco e Fluxo Assistencial
Fábio Mota Gonzalez Médico Radiologista - Multimagem e IHEF
Distúrbios da Medula Espinhal Profa Laura
RISCO QUÍMICO Cádmio.
Atendimento inicial de emergência Prof: Chizzo SAMU.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM A PACIENTES COM ALTERAÇÕES HIPERTENSIVAS
Radiações ionizantes Raios X,  (eletromagnéticos)
Doenças Cerebrovasculares
Acidente Vascular Cerebral
DR. FLÁVIO MISTRETTA RAGHI DE ALMEIDA - TiSBU
Projeto de Extensão Universitário Primeiros Socorros FRATURAS, LUXAÇÕES E ENTORSES.
Trauma de Tórax - Conceitos Básicos
Alunos: Bruna, Emily Bianca Ribas e Guilherme Scherer Professora: Vanessa Backes Nascimento Diel.
PRIMEIROS SOCORROS. O QUE É? Como o nome diz, primeiros socorros são os primeiros procedimentos simples com o intuito de preservar vidas em situações.
TRAUMA TORÁCICO Dr. Paulo Visela Bacelar Arêas
Colégio Brasileiro de Cirurgiões
ED: Hipertensão intracraniana
1 Introdução CURSO DE SOCORRISTA
ANESTESIA Dra. Lilian Cristina Marigonda Wurschig
DISCIPLINA DE CIRURGIA VASCULAR DA UNIMES
Doenças do foro neurológico
Profa Renata Guzzo Souza Belinelo
Trauma Craniencefálico
Abordagem do Paciente Politraumatizado
HIC Dr. José Bonifácio Carreira Alvin
EMERGÊNCIAS E URGÊNCIAS UROLÓGICAS. 1ª parte Trauma de Uretra Trauma Vesical Hematúria.
Demétrio Xavier Neto João Marcelo dos Santos Torres Elianderson Costa da Silva Ramon da Silva Elias Thiago Martins Nunes.
TRAUMA VASCULAR PÉLVICO Dr. Carlos E.Varela Jardim Cirurgia Vascular Cirurgia Endovascular Sem conflito de interesses Conforme ANVISA e CFM.
ABORDAGEM DA VÍTIMA DE TRAUMA
CRR UNB 2012.
Transcrição da apresentação:

TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO TCE TRAUMA E CUIDADOS DE ENFERMAGEM

TCE Principal causa de morte em jovens Causas mais freqüentes: Acidentes automobilísticos Quedas Agressões 1 TCE a cada 15 segundos 1 óbito a cada 5 minutos 1 seqüela a cada 5 minutos.

Epidemiologia USA 2.000.000 casos/ano 400.000 hospitalizações 75.000 mortes Maior causa de seqüelas permanentes

Acidente automobilístico 50% Queda 21% Violência 12% Esportes e recreação 10% Outros 7% Causas - EUA Prof. Fernando Ramos Gonçalves

TCE TIPOS DE TRAUMA CRANIANO Lesões de couro cabeludo Lesões cerebrais Fraturas de crânio Lesão cerebral difusa Lesão focal Lesão penetrante

LESÕES DE COURO CABELUDO

Lesões de couro cabeludo - Abrasão Laceração Contusão Hematoma subgaleal Em criança pode ter perda significativa de sangue

Lesões de couro cabeludo

Lesões de couro cabeludo

Lesões de couro cabeludo

Lesões de couro cabeludo - Restauração do escalpe: o primeiro passo é irrigar o escalpe com grande quantidade de solução salina; nunca retirar os fragmentos ósseos, pois podem estar fazendo hemostasia por tamponamento.

FRATURAS DE CRÂNIO

Fraturas de crânio Fechada (simples) Aberta (composta) comunicação direta entre o escalpe e a substância cerebral, diagnosticada pela visualização do tecido cerebral ou perda de LCR – tto cirúrgico Fratura linear sem afundamento Afundamento craniano Fratura de crânio aberta

Prof. Fernando Ramos Gonçalves

Fratura com afundamento

Prof. Fernando Ramos Gonçalves

Fratura de assoalho de órbita Fraturas de crânio Fraturas da base do crânio Otoliquorréia, rinoliquorréia Equimose na região da mastoide (sinal de Battle) Equimose periorbitária (olhos de guaxinin) Sangue na membrana timpanica (hemotimpano) Fratura de assoalho de órbita Esfenóide Porção da mastóide do osso temporal

Fraturas de crânio Fratura da base do crânio

Equimose peri-orbitária

Prof. Fernando Ramos Gonçalves

FRATURA DE CRÂNIO Pode ou não ter lesão cerebral ou da duramater abaixo da fratura Fratura sem afundamento – observar Fratura aberta sem afundamento – sutura e antibioticos Fratura com afundamento - cirurgia

TCE

TCE TIPOS DE LESÃO INTRACRANIANA DIFUSA – CONCUSSÃO LESAO AXONAL DIFUSA FOCAL CONTUSÃO HEMORRAGIAS E HEMATOMAS LESÕES PENETRANTES

LESÃO DIFUSA

Lesão cerebral difusa Geralmente é produzida por rápidos movimentos da cabeça (aceleração e desaceleração) levando à interrupção das funções cerebrais.

Lesão cerebral difusa Concussão Lesão Axonal Difusa

CONCUSSÃO É um distúrbio que não se associa a uma lesão cerebral Breve perda de consciência, com exame e TC normal Pacientes podem ter leve sonolência, confusão mental ou amnésia temporária Tratamento – Observação O pcte pode apresentar cefaléia, náuseas e vômitos

LESÃO AXONAL DIFUSA Lesões de alta velocidade com estiramento ou chacoalhamento do tecido cerebral Mini hemorragias (petequias) Coma profundo imediato Edema cerebral e aumento da PIC Mortalidade em 30 a 40 %

Prof. Fernando Ramos Gonçalves

LESÃO FOCAL

Lesão focal TIPOS DE TRAUMA INTRACRANIANO Contusões, Hemorragias e Hematomas

Lesão focal As lesões focais podem ser divididas em contusões, lacerações e hemorragias e geralmente são quadros graves que necessitam de tratamento cirúrgico de urgência

CONTUSÕES Se refere a uma área do cérebro que se encontra lesada devido à causa traumática Única ou múltiplas Grandes ou pequenas Concussão Área de impacto ou contragolpe.

CONTUSÕES Manifestações dependem da área lesada Lesões golpe-contragolpe principalmente frontal e occipital 20 % evoluem para hematomas cirúrgicos UTI / PIC

CONTUSÕES

HEMORRAGIAS Hemorragia Meningea Hematoma Epidural Hematoma subdural Hemorragia aracnóidea Hemorragias Cerebrais Hematomas Intracerebrais

Lesão focal - Hemorragias Hemorragia meningea Hematomas: Subdural Epidural Intracerebral

Hematoma Epidural ou Extradural Agudo Coleção de sangue entre a dura-máter e o crânio Lesão de uma artéria dural, artéria meníngea media Geralmente o tecido cerebral não é lesado Evolução é rapidamente fatal Associada a fraturas lineares temporais

TCE Hematomas extradural: Forma: lente biconvexa Não ultrapassa suturas Ultrapassa foice cerebral

Prof. Fernando Ramos Gonçalves

Prof. Fernando Ramos Gonçalves

Hematoma Epidural ou Extradural Agudo Sinais e sintomas: Perda de consciência seguido de um período de lucidez Perda progressiva da consciência Diminuição da força muscular do lado oposto Anisocoria (mesmo lado da lesão)

Hematoma Epidural ou Extradural Agudo O prognostico é bom se a intervenção for imediata

Hematoma Subdural Agudo Mais comum que os epidurais Rotura de veias entre córtex e dura mater A fratura de crânio pode ou não estar presente Prognóstico melhora quanto mais precoce for a intervenção cirúrgica Sintomas em horas ou dias cefaléia, irritabilidade, vômitos, alteração do nível de consciência, assimetria de pupilas e alterações sensitivas e motoras

Hematoma Subdural Agudo

TCE Hematomas subdural: Forma: crescente Não ultrapassa a foice Ultrapassa suturas

Prof. Fernando Ramos Gonçalves

Hemorragia Subaracnóide Irritação meníngea – sangue no LCR Causada por ruptura de veias ou artérias da base do crânio Cefaléia e/ou fotofobia Náusea e vômitos Tratamento é clinico

Hemorragia subaracnoidea Traumática

Prof. Fernando Ramos Gonçalves TCE Lesão focal - Hemorragias Intracerebrais Hemorragias e Lacerações Cerebrais Prof. Fernando Ramos Gonçalves

Hematomas Intracerebrais Hemorragias intraparenquimatosas Qualquer localização Déficit neurológico depende da área afetada e do tamanho da hemorragia As hemorragias intraventricular e cerebelar estão associadas a alta taxa de mortalidade

Prof. Fernando Ramos Gonçalves

Ferimentos Penetrantes Penetração de corpo estranho intracraniano Não deve ser removido no local Transporte com corpo estranho fixo para que o mesmo não produza lesões secundárias

Prof. Fernando Ramos Gonçalves

TCE

Ferimento por Arma de Fogo Mistura de todos os tipo de lesão, fratura, hemorragia, hematomas etc... Quanto maior o calibre e a velocidade do projétil, maior a probabilidade de lesões graves e a até letais. Cobrir a entrada e saída do projétil com compressa esterilizada até o tratamento neurocirúrgico ser providenciado.

Prof. Fernando Ramos Gonçalves

TCE Avaliação do Trauma Cranioencefálico 1. HISTÓRIA Principalmente tentando identificar informações sobre a cena do acidente e o mecanismo de lesão Estas informações devem ser passadas para os profissionais da sala de emergência

TCE Avaliação do Trauma Cranioencefálico 2. AVALIAÇÃO INICIAL O controle e a manipulação das vias aéreas, respiração e circulação são prioridades Vias aéreas e respiração – aspiração de vômito e lesões pulmonares Hipercapnia produz vasodilatação cerebral e ↑ da PIC Circulação – identificar e tratar o estado de choque A hipovolemia também agrava as lesões neurológicas

TCE Avaliação do Trauma Cranioencefálico 3. AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA 1. Avaliação do nível de Consciência 2. Avaliação das Pupilas 3. Avaliação De Força Muscular

TCE Avaliação do Trauma Cranioencefálico AVDN A (alerta), V (resposta ao estimulo verbal) D (resposta somente a dor)\ N (não responsivo)

Escala de Coma de Glasgow

Escala de Coma de Glasgow

Escala de Coma de Glasgow Em que ano estamos? Solta!Almoço!Não Hugh! Ahrr! 2008 1972

Escala de Coma de Glasgow Prof. Fernando Ramos Gonçalves

TCE Avaliação do Trauma Cranioencefálico Avaliação das Pupilas Simetria Resposta a luz

TCE Avaliação do Trauma Cranioencefálico Avaliação De Força Muscular Paresia Paralisia Sempre comparar um lado com o outro (a resposta motora não simétrica indica lesão intracraniana)

TCE Avaliação do Trauma Cranioencefálico 4. AVALIAÇÃO DOS SINAIS VITAIS FENÔMENO DE CUSHING - hipertensão, bradicardia e diminuição da freqüência respiratória e diminuição do nível de consciência RESPOSTA AO AUMENTO AGUDO DA PIC - EMERGÊNCIA

TCE Avaliação do Trauma Cranioencefálico Sinais de gravidade Assimetria de pupilas Assimetria motora Fratura de crânio com perda de liquor ou exposição do tecido cerebral Deterioração neurológica ( queda de 2 ou mais pontos na escala de Glasgow ou cefaléia intensa ou aumento do diâmetro de 1 pupila ou diminuição de força muscular em um lado do corpo) Fratura com afundamento craniano Prof. Fernando Ramos Gonçalves

OBRIGADA!