LINGUAGENS DOCUMENTÁRIAS

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Transcrição da apresentação:

LINGUAGENS DOCUMENTÁRIAS SABBAG, 2016.2 Prof.ª Dr.ª Deise Sabbag

Linguagens Documentárias SABBAG, 2016.2 Crescimento do conhecimento científico e tecnológico (décadas de 1950 e 1960): dificuldades para armazenar e recuperar informações. SOLUÇÃO MUDANÇA DO ENFOQUE E DA CONCEITUAÇÃO DA RECUPERAÇÃO DA INFORMAÇÃO

Linguagens Documentárias SABBAG, 2016.2 Mudança A perspectiva preferencial de recuperação bibliográfica e normalização classificatória e descritiva é abandonada. Busca-se a construção de Linguagens Próprias. Essa mudança de conceituação da área proporcionou grande concentração em estudos de Linguística e de Estatística para viabilizar a automação do tratamento da informação.

Linguagens Documentárias SABBAG, 2016.2 As Linguagens Documentárias (LDs) são utilizadas para a Recuperação da Informação. O que são LDs? São linguagens construídas para a indexação, armazenamento e recuperação da informação e correspondem a sistemas de símbolos destinados a “traduzir” os conteúdos dos documentos. São sistemas simbólicos instituídos que visam facilitar a comunicação. Comunicação restrita a contextos documentários, ou seja, tornam possível a comunicação entre usuário-sistema. Por meio delas pode-se representar, de maneira sintética, as informações materializadas nos textos.

Linguagens Documentárias SABBAG, 2016.2 No contexto da Análise Documental, as LDS são instrumentos intermediários, ou instrumentos de comutação, pelos quais se realiza a “tradução” da síntese dos textos e das perguntas dos usuários. AD: atividade metodológica específica no interior da documentação, que trata da análise, síntese e representação da informação, com o objetivo de recuperá-la e disseminá-la.

Linguagens Documentárias SABBAG, 2016.2 São linguagens construídas. Os elementos da linguagem documentária são selecionados de universos determinados e seu sistema de relações é construído, sendo indispensável para sua utilização a existência de regras explícitas. Representa um ponto de vista particular da realidade. O significado de cada um de seus elementos vai estar diretamente subordinado às definições correspondentes aos elementos colocados nas posições superiores do sistema. LD é um conjunto de termos, providos ou não de regras sintáticas, utilizadas para representar conteúdos técnico-científicos com fins de classificação ou busca retrospectiva de informação (GARDIN, 1968)

Linguagens Documentárias SABBAG, 2016.2 Para Gardin, a LD deve integrar três elementos básicos: um léxico: identificado como uma lista de elementos descritores, devidamente filtrados e depurados; Uma rede paradigmática (eixo associativo): para traduzir certas relações essenciais e, geralmente estáveis, entre descritores. Essa rede lógica- semântica, corresponde à organização dos descritores numa forma que, lato sensu, poder-se-ia chamar classificação. Exemplo: a palavra ENSINO fará surgir mentalmente outras palavras que se relacionam como ensinamento, ensino; e Uma rede sintagmática (eixo de encadeamento): destinada a expressar as relações contingentes entre os descritores, relações que são válidas no contexto particular onde aparecem. A construção de “sintagmas” é feita por meio de regras sintáticas destinadas a coordenar os termos que dão conta do tema

SABBAG, 2016.2

Rede Semântica SABBAG, 2016.2

Linguagens Documentárias SABBAG, 2016.2 Linguagem Documentária Representação da Informação Documentária REPRESENTAÇÃO DOCUMENTÁRIA: obtida por meio de um processo que se inicia pela análise do texto, com o objetivo de identificar conteúdos pertinentes em função das finalidades do sistema – e da representação desses conteúdos – numa forma sintética, padronizada e unívoca; A síntese e a representação documentária advindas do processo de análise podem apresentar-se, geralmente, sob duas formas: resumo, que é feito sem a intermediação de uma LD e o índice, que para maior qualidade, deve ser elaborado a partir de uma LD; A operação de tradução de textos em LN para um LD denomina-se indexação. Inerente ao processo de indexação estão operações de classificação.

Linguagens Documentárias SABBAG, 2016.2 Condições para obter resultados positivos na busca de informação: Que a pergunta e a resposta sejam formuladas no mesmo sistema: é necessário converter uma pergunta feita em LN para o sistema em que foi traduzido o conteúdo do documento, isto é, para um LD; PERGUNTA LINGUAGEM NATURAL SISTEMA LINGUAGUEM DOCUMENTÁRIA Entrada do sistema: uma LD é utilizada na entrada do sistema quando o documento é analisado para registro. Seu conteúdo é identificado e “traduzido”, de acordo com os termos da LD utilizada e segundo a política de indexação estabelecida; Saída do Sistema: É da mesma forma utilizado à saída do sistema, quando, a partir da solicitação da informação pelo usuário, é feita a representação para busca. Assim, seu pedido é analisado, seu conteúdo identificado e devidamente "traduzido" nos termos da LD utilizada.

Linguagens Documentárias SABBAG, 2016.2 Controle do Vocabulário Para realizar a função de intermediação, as LDs devem ser construídas de tal forma que seja possível o controle sobre o vocabulário. O Controle do vocabulário é necessário para que, a cada unidade preferencial integrada numa LD, corresponda um conceito ou noção. Essa correspondência só é assegurada por intermédio das terminologias de especialidade Por meio das terminologias de especialidade, as palavras passar a ser termos, assumindo significados vinculados a sistemas de conceitos determinados. Confere-se, desse modo, referência às palavras, que passam a significar segundo determinados sistemas nocionais, assegurando interpretações pertinentes

Linguagens Documentárias SABBAG, 2016.2 As Linguagens Documentárias mais conhecidas são: Linguagens Alfabéticas: Tesauros; e Linguaguens Hierárquicas: Sistemas de Classificação Bibliográficas. Diferenças entre esses dois tipos de LDs residem no maior ou menor grau de reprodução das relações presentes na LN e no universo de conhecimento que pretendem cobrir.

Linguagens Documentárias SABBAG, 2016.2 Classificações Bibliográficas: CDD, CDU e LC são os primeiros sistemas de classificação bibliográfica conhecidos. São de natureza enciclopédica, e visam cobrir todo o espectro do conhecimento. Classificações Facetadas: desenvolvidas a partir do CRG (Classification Research Group), com base na Colon Classification, de Ranganathan, visam domínios particulares. Tesauros: originam-se de classificações facetadas com uma preocupação adicional: a do controle de vocabulário.

Linguagens Documentárias SABBAG, 2016.2 Progressão das LDs contínua progressão das LDs a caminho da especialização; abandona-se a pretensão de cobrir todo universo do conhecimento para voltar-se a domínios cada vez mais específicos; as LDs são utilizadas para REPRESENTAR o conteúdo dos textos, mas não os textos eles mesmos; a função de REPRESENTAÇÃO deve ser entendida como sendo de natureza eminentemente referencial: as unidades de um LD deve ser utilizadas como índices relativos a assuntos tratados nos textos, não tendo, portanto, a função de substituí-los. Não se representa o texto individual, mas a classe de assunto à qual ele se refere; A maior ou menor especificidade do assunto a ser representado depende da maior ou menor correspondência da LD com o sistema nocional dos domínios de especialidade;

Linguagens Documentárias SABBAG, 2016.2 Configuração das Linguagens Documentárias LDs Vocabulário (que integram elementos) Linguagem de Especialidade Linguagem dos Usuários e Terminologias Essas unidades constituem o "léxico" das LDs, denominadas, diferentemente, conforme o sistema e a época, como: palavras-chave, descritores, cabeçalhos de assunto etc. Toda LD também tem uma sintaxe. CDD: add notes; CDU: Uso de + /; Tesauros: utilização de operadores boleanos

Linguagens Documentárias SABBAG, 2016.2 O esquema sintático de uma LD permite a delimitação mais precisa de um assunto, por meio da combinação de seus elementos. Nos tesauros a função de controle do vocabulário está mais presente. As LDs incorporam procedimentos de normalização gramatical e semântica. Normalização gramatical refere-se à forma de apresentação dos seus elementos quanto: gênero (geralmente masculino); número (uso do singular ou plural); e grau. O conjunto nocional básico é apresentado em hierarquias (na vertical), em torno das quais se agregam as unidades informacionais que se relacionam horizontalmente. A estrutura básica de uma LD é dada por relações hierárquicas, que podem ser genéricas, específicas ou partitivas.

SABBAG, 2016.2 REFERÊNCIA CINTRA, Anna Maria Marques et. al. Para entender as linguagens documentárias. 2.ed. ver. ampl. São Paulo: Polis, 2002. Cap. 2.