Armando Castelar Pinheiro IBRE/FGV -- IE/UFRJ

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Transcrição da apresentação:

Alternativas e propostas para um novo modelo de reajuste dos planos de saúde individuais Armando Castelar Pinheiro IBRE/FGV -- IE/UFRJ Apresentação no 2º Workshop de Análise de Impacto Regulatório

Quais seriam os prós e contras da utilização dos diferentes modelos de reajustes? Como o modelo de price cap se aplicaria na saúde suplementar? Como medir produtividade ou eficiência neste setor?

Quais seriam os prós e contras da utilização dos diferentes modelos de reajustes? Taxa de retorno Vantagens: Previsibilidade para operador: mais investimento Em tese consumidor paga apenas pelos custos e taxa de retorno estabelecida no início do contrato Desvantagens: Não há incentivos para controlar custos Estímulo a investimentos desnecessários Problemas mais graves de assimetria de informações entre operador e regulador Histórico de judicializações

Quais seriam os prós e contras da utilização dos diferentes modelos de reajustes? Price cap Vantagens: Risco de custos não fica com consumidor Operador tem incentivo para controlar custos Há espaço para transferir ganhos de produtividade Relação entre regulador e operador é mais simples e menos sujeita a judicializações Desvantagens: Calibração do fator X precisa ser bem feita, para não dar retorno excessivo nem inviabilizar a operação (revisões) É necessário maior controle sobre a qualidade dos serviços Operador pode usar arranjos financeiros para alavancar retorno colocando a operação em risco

Como o modelo de price cap se aplicaria na saúde suplementar? A essência do price cap é o incentive à redução dos custos gerenciáveis pela operadora Proposta EDAP   price cap IG é o índice de preços para os custos gerenciáveis, ING o índice para os custos não gerenciáveis (preços e quantidades), PG a parcela dos custos gerenciáveis pela operadora, X o aumento de produtividade esperado na parcela gerenciável e Y um “fator de competitividade”

Como medir produtividade ou eficiência neste setor? A produtividade é a razão entre a produção (valor adicionado) e uma combinação dos insumos e fatores de produção utilizados pela operadora. Há duas formas de fazer neste caso: Mais simples: Produção: indicador do número de planos gerenciados, considerando a composição em termos do tipo de plano Insumos: mão de obra, instalações e equipamentos e materiais e serviços consumidos Mais complexo: incorporar também a gestão dos recursos financeiros

Agenda competição Setor de saúde suplementar não é monopólio natural (economias de escala / capital intensiva) e barreiras à entrada não parecem significativas Necessidade de identificar e eliminar barreiras à entrada que possam existir Agenda de promoção da portabilidade: Carência Padronização de planos em categorias

Observações finais Reajustes dos planos de saúde têm ficado acima da inflação e do aumento no valor dos rendimentos Causas estão nos custos não gerenciáveis: Mudança da estrutura demográfica mais subsídios cruzados que favorecem os mais velhos Avanços tecnológicos são caros e nem sempre eficazes Judicialização Baixa eficiência: Incentivos ruins ou mesmo perversos no recurso a médicos, laboratórios, clínicas etc. É preciso agenda para os custos não gerenciáveis

Obrigado!