Bibliotecários na Sociedade da Informação: mudança de rótulos, funções ou habilidades?

Bibliotecário ... Até quando? Profissionais com o mesma formação acadêmica, em espaços diferenciados recebem designação diferente para suas funções; Profissional com escassez de recursos é o bibliotecário; Profissional com envolvimento tecnológico é analistas de sistema, gestor da informação entre outros.

Saber-fazer na Era do Conhecimento Como é o bibliotecário da organização de hoje? Quais os fatores que contribuíram para provocar as mudanças? Questiona-se sobre a forma de resolver os problemas existentes, se surgirão novos problemas que a profissão ainda busca solucionar e se haverá a demanda de novos cursos e outras mudanças nos rótulos ora existentes.

Da transição à transformação Como se processa a transformação (mudança) do ser humano? Que por conseqüência transforma a sociedade. As escolas e os profissionais estão na fase de conhecer e atuar de forma a se transformarem, porém alguns valores estão sendo rompidos e o bibliotecário não é o “almoxarife” de livros e, sim o gerente da informação.

Organizaçães e a ruptura de valores O meio organizacional necessita pensar em novas estruturas e processos de gestão baseados na nova ordem, nas normas e nos valores a eles agregados, assimilando as adaptações e produzindo inovações com impactos sobre a estrutura organizacional, nos processos e nas técnicas. Pode-se dizer que os modelos convencionais não respondem adequadamente ao ambiente instalado nas organizações contemporâneas. O bibliotecário necessita estar atento aos paradigmas associados ao seu “saber-fazer”.

Ambiente Organizacional A tecnologia é fundamental para as mudanças em três formas distintas: As pessoas são forçadas a aprender novas e completas formas de fazer as coisas ou de se comunicar; Essas mudanças possibilitam rápidas modificações em produtos e serviços e até obrigam outras organizações a acompanhar o Progresso; A comunicação aperfeiçoada significa mudanças antes visíveis apenas localmente agora experimentadas simultaneamente em toda parte. Nas bibliotecas e centros de informação, os ganhos para o usuário associados às novas tecnologias da informação, bem como a mudança das atividades dos bibliotecários são visíveis.

A pessoalidade – a diferença que buscamos Os bibliotecários necessitam trabalhar dentro das equipes interdisciplinares evitando isolar os que pensam daqueles que executam O “saber-fazer” não pode ser substituído em função de um mero “saber-obedecer” ou “saber-operar”, que se constitui em ações, “não –reflexivas”, mas apenas “repetitivas”.

Atividades nas organizações As atividades nas organizações estão centradas na satisfação do usuário. Tecnofobia Tecnoidolatria

As novas tecnologias e o contínuo aprender Na corporação do futuro, a propriedade maior estará centrada no conhecimento acumulado e no potencial de inovação de seus trabalhadores. As organizações são as pessoas que nelas atuam, portanto só aprendem se as pessoas aprendem. As pessoas são consideradas o capital intelectual nas organizações.

Recomendações Não serão mudanças de rótulos que farão o profissional bibliotecário competitivo, mas sim, as habilidades a as competências por ele desenvolvidas na constante busca do desempenho de suas funções.

Uma sugestão para os bibliotecários Aos bibliotecários, independente da denominação do seu cargo, cabe estabelecer mudanças de seu perfil “passivo” para um perfil “pró-ativo” apresentando-se como pessoa atuante, preocupada com a democratização da informação e com a recepção de seu leitor, construindo, assim, conceitos (imagens) positivos para o profissional e seu relevância para o sociedade.

BLATTMANN, Ursula; RADOS, Gregório Jean Varvakis; FRAGOSO, Graça Maria BLATTMANN, Ursula; RADOS, Gregório Jean Varvakis; FRAGOSO, Graça Maria. Bibliotecários na sociedade da informação: mudança de rótulos, funções ou habilidades? In: BLATTMANN, Ursula; FRAGOSO, Graça Maria (Orgs.). O zapear a informação em bibliotecas e na Internet. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. cap. 5, p. 67-81.