Convulsões Acadêmicos: Isabella Oliveira Luís Salles
Convulsões O que é? Quais são os tipos? O que antecede e o que acontece após uma crise? A crise; Conduta pré-hospitalar; Conduta Intra-hospitalar.
Convulsões O que é? Crise: evento clínico (alteração neurológica paroxística) desencadeado por despolarização síncrona, rítmica de neurônios corticais; Geralmente autolimitada. Epilepsia: desordem cerebral crônica caracterizado por crises epilépticas decorrentes de descargas neuronais excessivas e síncronas.
Convulsões O que é? Epidemiologia 18 a 61 casos/100.000 hab/ano; 30% são recorrentes (maioria em pacientes não epilépticos); 50% dos casos agudos é devido a abstinência alcoólica ou redução/suspensão do uso de drogas antiepiléticas.
Convulsões Quais são os tipos? Crise Parcial: Crise generalizada: Com ou sem prejuízo da consciência; Origem localizada (Aura); Crise generalizada: Com prejuízo de consciência; Afeta todo o córtex desde o início da crise.
Convulsões
Convulsões
Convulsões O que antecede e o que acontece após uma crise? Causas: distúrbios hidroeletrolíticos (hipocalcemia, hiponatremia..), lesões neurológicas (avc, traumas..), medicamentos, abstinência alcoólica, causas desconhecidas*. Aura; Paroxístico.
Convulsões
Convulsões O que antecede e o que acontece após uma crise? Pós-crise (estado pós-ictal ou pós-comicial): Analisar a recuperação do paciente; Estado de mal convulsico (EMC). Colher o histórico do paciente: 1ª crise? Acima de 35 anos? Alteração neurológica? Verificar temperatura*, principalmente em crianças(antipirético);
Convulsões Crise: Ênfase nas contrações tônico-clônicas; Autolimitada (>5min, mau prognóstico e intervenção medicamentosa); Perda do tônus motor (queda) e incontinência esfincteriana; Disfunção autonômica: diaforese, hipertensão, taquipnéia ou apnéia, taquicardia e salivação.
Conduta pré-hospitalar: Convulsões Crise: Conduta pré-hospitalar: Não introduzir objetos na boca durante as convulsões; Proteger a vítima de traumatismo (aparar a cabeça com um objeto macio); Evitar contenção das vítimas; Afrouxar as roupas; Acabando a crise, colocar o paciente em decúbito lateral;
Convusões
Atendimento intra-hospitalar
Atendimento intra-hospitalar Objetivos Iniciar a terapêutica o mais rápido possível para prevenir danos irreversíveis Descobrir a causa
Atendimento de emergência 1. M O V (Monitorização, Oxigênio, Veia) 2. Vias aéreas Ventilação com máscara, cânula nasotraqueal, ou intubação Manter a saturação > 92%
Atendimento de emergência 3. Dextro 4. Exame neurológico sucinto - nível de consciência, rigidez de nuca, sinais focais Glicemia capilar Se < 60 mg%, administrar 50 mL Glicose 50% IV Em alcoolistas ou desnutridos, antes de injetar Glicose, administrar 100 mg de Tiamina IV ou um ampola de complexo B
Atendimento de emergência 5. Drogas
Exames laboratoriais Hemograma Glicemia Na+ K+ Ca++ Ureia Creatinina
Conduta - Medicamentos MOV + AD 0 minuto: Diazepam (ou Dormonid) IV 0,2mg/Kg - Velocidade infusão 2mg/min (máximo 5mg/min) Adultos : 10-20 mg IV Crianças: 0,2-0,3 mg/kg (retal 0,5-0,7) Se não tiver acesso venoso, pode-se fazer Dormonid IM 0,1mg/Kg ou Diazepam via retal Repete Diazepam na mesma dose se não sair com a 1ª dose Ação em 6 min!
Droga de ação rápida Manutenção - Fenitoína - Fenobarbital - Outros
Conduta - Medicamentos HIDANTALIZAR - Hidantal 20mg/Kg (ampola 250mg/5ml) - Diluído em 250-500ml de SF - Velocidade infusão 50mg/min - Problemas: hipotensão, arritmias - Recorrência da crise durante infusão do Hidantal pode fazer Diazepam Ainda em crise após hidantalização, pode-se fazer novas doses de Hidantal de 5mg/Kg, respeitando máximo de 30mg/Kg (20 + 5 + 5) Monitorar PA e ECG*
Conduta - Medicamentos Crise após Hidantal: Intubar obrigatoriamente! Ainda em crise ou 45min de crise: iniciar Gardenal 20mg/Kg IV - Ampolas 200mg/ml (apresentação para uso IV não é a mesma que para uso IM) - Velocidade infusão 50-75mg/min - Problemas: depressão respiratória, hipotensão - Opção ao Gardenal: Midazolam ataque 0,2mg/kg IV, manutenção 0,05-0,4mg/kg/h
Conduta - Medicamentos Ainda em crise ou 60min de crise: iniciar droga anestésica ajustando dose até cessação crises e EEG com surto-supressão (1a opção) Tiopental: ataque 100-250mg em 30seg, seguido 50mg cada 3min até controle crise; após iniciar manutenção 3-5mg/kg/h. Problema: hipotensão Midazolam: ataque 0,2mg/kg IV, manutenção 0,05-0,4mg/kg/h Problema: taquifilaxia Propofol: ataque 1,5mg/kg, manutenção 2-10mg/kg/h
Tempo de Crise Fármacos Medidas Gerais 1-2 min - ABC, Dextro, exames 3-5 min Diazepam 10-20 mg Glicose + Tiamina 10-30 min Hidantalização (Fenitoína 20 mg/Kg) Checar exames; corrigir distúrbios 30-45 min Aumentar fenitoína (+10 mg/kg) TC de crânio, LCR 45-60 min Fenobarbital 10-15 mg/kg Vaga UTI, EEG > 60 min Tiopental, Midazolam, Propofol
Após a convulsão, pense em sua causa... Febre? Hipoglicemia? Hipoxemia? Hiponatremia/Hipernatremia? Toxinas (drogas, envenenamento, álcool)? TCE? AVE/ isquemia transitória? Síndromes de abstinência? - História clínica - Exame físico - Exames laboratoriais - Exames de imagem
Outros exames RX de tórax → detectar broncoaspiração Gasometria arterial TC de crânio → TCE Coleta de LCR (infecções cerebromeningeas)
Alta após crise única Após crise única (descartado crise aguda sintomática) deve-se estratificar o risco de recorrência da crise para se definir introdução ou não de droga anti-epiléptica. Pedir RM crânio (se não disponível, TC é aceitável) e EEG.
Resumindo...
Resumindo... Fonte: Protocolos de Clínica Médica
Referências Bibliográficas 1. Protocolos de Clínica Médica. Disponível em: <http://www.2gse.cbmerj.rj.gov.br/documentos/Protocolo%20UPAs%2024h/Cap_3.pdf> 2. Manual de Urgências em Pronto-Socorro. 8ª Edição.