Estágios da Recuperação da Anestesia Aspectos Clínicos e Critérios de Alta
Introdução: Três destinos após término dos procedimentos: Alta hospitalar no mesmo dia (cirurgia ambulatorial) Permanência na enfermaria → unidades de internação Encaminhamento para UTI → pacientes graves SRPA → sala de recuperação pós-anestésica Critérios rigorosos para alta Monitorização rigorosa
Conceito: Recuperação pós-anestésica → tempo que o paciente leva para atingir as mesmas condições que ele apresentava antes da anestesia Processo dinâmico → rápido ou demorar até vários dias Quatro estágios → fundamental conhecimento para condução nas fases com segurança, conforto, agilidade Cirurgias ambulatoriais → ocorra rápida e eficientemente
ESTÁGIO I – SALA DE OPERAÇÃO ESTÁGIO II SRPA 1 PACIENTES INTERNADOS PROCEDIMENTOS AMBULATORIAIS ESTÁGIO III SRPA 2 ESTÁGIO III ENFERMARIA ESTÁGIO IV RESIDÊNCIA ESTÁGIO IV ENFERMARIA
Estágio I – Despertar da Anestesia Início da recuperação coincide com o término da cirurgia Alcançado quando: Capaz de responder a estímulos verbais simples Abrir olhos Levantar a cabeça Colocar a língua para fora Falar o próprio nome Transferido para SRPA -1 Continuará a recuperação Passar o caso para o anestesiologista da SRPA
Transporte para SRPA acompanhado pelo anestesiologista Estável Função respiratória Hemodinamicamente SRPA deverá ter: Dois leitos para cada sala de cirurgia Vinculado a sala de cirurgia Possiur pessoal técnico treinado Equipamentos de monitorização
Estágio II – Recuperação Precoce ou Imediata Atinge o II estágio quando: Acordado Alerta Funções vitais próximas às do período pré-operatório Vias aéreas pérvias, reflexo da tosse SpO2 > 92% em ar ambiente Mínimos efeitos colaterais Transportado para SRPA 2 (cirurgia ambulatorial) Enfermaria (pacientes internados) Escala modificada de Aldrete-Kroulik
Estágio II – Recuperação Precoce ou Imediata Tempo mínimo de 1h? Congestionamento Insatifação para os pacientes com rápida recuperação Tempo ideal → aquele que o paciente leva para satisfazer os critétrios de alta Consenso: pequenos procedimentos Anestesia local com ou sem sedação Alguns tipos de bloqueios periféricos associados à sedação leve Atingidos critérios de alta da SRPA ao final da cirurgia→ tranferido diretamente para SRPA2 (ambulatorial) “Fast tracking”
Escala modificada de Aldrete-Kroulik Item Nota Atividade Move quatro membros 02 Move dois membros 01 Move nenhum membro 00 Respiração Profunda Limitada, dispnéia Apnéia Consciência Acordado Despertado ao chamado Nao responde ao chamado Circulação (PA) 20% nível pré-anestésico 20 a 49% nível pré-anestésico 50 % nível pré-anestésico SpO2 SpO2 > 92 em ar ambiente SpO2 > 90% em ar ambente SpO2 < 90% em ar ambiente
Estágio III – Recuperação Intermediária (alta anestésica) Apto a andar sozinho Sem efeitos colaterais como: náuseas, vômitos, hipotensão ortostática ausentes ou bem toleráveis Diurese espontânea Realimentação instituída com sucesso Alta hospitalar (acompanhado por adulto ou responsável) Anestesia ambulatorial → 60 a 180 minutos Obs: alta precoce → efeitos colaterais fora dor ambiente hospitalar ou reinternação
Estágio IV – Recuperação Completa Pacientes ambulatoriais → recuperação completa ocorre gradativamente em casa Pacientes internados → enfermaria Resíduos anestésicos são metabolizados e a atividade do SNC e SNA se recuperam Funções psicomotoras e cognitivas se normalizam Pacientes podem voltar as atividades normais Tempo total de recuperação → difícil estimar Recomenda-se não beber, dirigir, operar máquinas, cozinhar, tomar decisões importantes →24 a 48h
Sedação e Recuperação Sedação Superficial até sono profundo ↓ ansiedade Amnésia Sono Alívio da dor imobilidade Superficial até sono profundo Principais drogas: benzodiazepínicos, hipnóticos, opióides, anestésicos inalatórios Pacientes ambulatoriais → sala de cirurgia para SRPA 2 Pacientes internados → SRPA
Escala de sedação de Ramsay NÍVEL CLÍNICO GRAU DE SEDAÇÃO ATINGIDO 1 Ansioso, agitado ou irriquieto 2 Cooperativo, aceitando ventilação, orientado e tranqüílo 3 Dormindo, resposta discreta ao estímulo tátil ou auditivo 4 Dormindo, resposta mínima ao estímulo tátil ou auditivo 5 Sem resposta ao estímulo auditivo, tátil, com resposta à dor 6 Sem resposta ao estímulo doloroso
Reversão dos Bloqueios Espinhais Técnica muito utilizada em anestesiologia Segurança Qualidade de anestesia Controle da dor Baixo custo Raquianestesia Atualmente de escolha (agulhas de 25 e 27 G) Rapida instalação Reversão previsível
Reversão dos Bloqueios Espinhais Peridural Menor alteração hemodinâmica Flexibilidade maior no uso de diferentes concentrações de AL Menor incidência de cefaléia Tempo maior de instalação Reversão menos previsível Independentemente da técnica ou droga: recuperação deve ser feita de forma semelhante Especial atenção: Movimentação dos membros inferiores Diurese
SRPA Fim!!!!!!