FONOLOGIA E FONÉTICA Maria Bernadete Marques Abaurre

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
O CONHECIMENTO SOBRE A LINGUAGEM Eduardo Guimarães Eni P. Orlandi
Advertisements

TENDÊNCIAS ATUAIS NA INVESTIGAÇÃO EM LINGUÍSTICA APLICADA Luís Guerra
Profa. Dra Maria Luiza de Almeida Campos
ANEXO I - PROJETO DE PESQUISA
Pensamento e linguagem
A CAPACIDADE DE AQUISIÇÃO DE LINGUAGEM
Linguística Histórica – Maria Clara Paixão de Sousa
A LINGUÍSTICA DO SÉCULO XIX Barbara Weedwood
2. O objecto de estudo da Linguística
PROGRAMA DE FORMAÇÃO PROFESSORES COORDENADORES
CIÊNCIA E TECNOLOGIA O Engenheiro deve desenvolver suas atividades com o auxílio da pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico. A pesquisa e o.
AQUISIÇÃO DE LINGUAGEM
MOMENTOS PEDAGOGICOS E AS SITUAÇÕES DIDÁTICAS
Piaget e a Linguagem e o Pensamento das Crianças
A linguística saussuriana
Habilidad lingüística comunicativa
SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Piaget: linguagem e as operações intelectuais
Faculdade de Ciência da Informação Universidade de Brasília
Sociologia das Organizações Prof. Robson Silva Macedo
Sociologia das Organizações Prof. Robson Silva Macedo
A PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES
OS OBJETIVOS E CONTEÚDOS DE ENSINO
I Encontro de Orientandos Curso Ciências Sociais – Universidade Federal de Rondônia.
SISTEMA TEORIA DE SISTEMAS ABORDAGEM SISTÊMICA.

Prof. Ms. Patricia Tatiana Soler
Bruno Latour Jamais Fomos Modernos Ensaio de Antropologia Simétrica
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS PROFESSORA: LILIAN MICHELLE
Antropologia Conceitos básicos
A PESQUISA E SUAS CLASSIFICAÇÕES
METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS PROFESSORA: LILIAN MICHELLE
Universidade Federal de Goiás Faculdade de Ciências Sociais Políticas Públicas Antropologia II Prof° Dra. Janine Helfst Liccht Collaço Arthur Alves Santiago.
DISCUTINDO A INTERDISCIPLINARIDADE
Estrutura do documento:
A Educação Matemática como Campo Profissional e Científico
O que é sílaba? De um ponto de vista fonético e fonológico
Linguagem “A linguagem está em todo o lado, como o ar que respiramos, ao serviço de um milhão de objectivos humanos” (Miller, 1981)
INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA- IFSC METODOLOGIA CIENTÍFICA Profa
Métodos e Técnicas de Pesquisa
LEITURA DE CHARGES NA PERSPECTIVA POLIFÔNICA Macapá
Componentes de Interface
Agora... Sobre a aula de hoje!!!
Estruturas Organizacionais
Professor: Karina Oliveira Bezerra
3.1. A distinção entre Fonética e Fonologia
Breve resenha sobre os estudos em Fonologia
FONÉTICA E FONOLOGIA campos de atuação
ANÁLISE TEXTUAL ANÁLISE TEXTUAL PROF. ROBERTO PAES AULA 1.
Natureza, objetivos e funções da Ciência.
Uma proposta para organizar Avaliação:
Linguagem Natureza e Aquisição.
Plano de Aula Definição Atitude Científica Fatos e Teorias
BASES TEÓRICAS E METODOLÓGICAS DA FONOLOGIA
ABORDAGENS EDUCACIONAIS
Prof. Gabriela LottaPMCS Apresentação da disciplina e introdução Problemas Metodológicos em Ciências Sociais.
Prof. Carlos Magno Fonética e Fonologia Prof. Carlos Magno Aula 03.
Conhecimento Científico
Aprendizado por Indução
PRÁTICA DE LEITURA PRÁTICA DE PRODUÇÃO DE TEXTOS
O Modelo GOMS Fornece um modelo de Engenharia para a performance humana, capaz de produzir predições a priori ou em um estágio anterior ao desenvolvimento.
1. Martín – Baró cita Merton, autor que contribui para esclarecer e diferenciar o que se entende sobre os conceitos de grupo, coletividade e categorias.
A formação social da mente: Interação entre aprendizado e desenvolvimento. Lev S. Vigotski.
Tendências atuais do ECLE
Curso de Ciências Biológicas FILOSOFIA DA CIÊNCIA Faculdade Católica Salesiana Faculdade Católica Salesiana Prof. Canício Scherer.
A pré história da linguagem escrita
1 HISTÓRICO DO ECLE CAP.2 Baseado na obra de Jack C. Richards O ENSINO COMUNICATIVO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS Elaborado por Cecília Hartt.
Evolução fonética e semântica
FONOLOGIA E FONÉTICA Maria Bernadete Marques Abaurre Discente: Maira Camillo Disciplina: Teoria da Linguagem Docente:Roberto Camacho.
Transcrição da apresentação:

FONOLOGIA E FONÉTICA Maria Bernadete Marques Abaurre Discente: Maira Camillo Disciplina: Teoria da Linguagem Docente:Roberto Camacho

Foco do texto: Fonologia Fonologia = disciplina que tem como objeto o estudo do valor lingüístico atribuído pelas línguas naturais aos sons que selecionam a partir de um inventário universal de possibilidades articulatórias. Fonologia = Estudo dos padrões que são lingüisticamente significativos, ou seja, da organização mental dos sons da fala. (LAMPRECHT, 2004)

História e desenvolvimento dos estudos fonológicos Século V a.C. – Filósofos gregos já se preocupavam com a caracterização dos sons da linguagem humana em discussões acerca do caráter “natural”/ “convencional” da linguagem; Idéia: a linguagem humana se teria desenvolvido a partir de um conjunto de nomes (onomatopéia) cuja forma sonora seria naturalmente motivada. Exemplo: [ l, r] – Classificados como “líquidos” ( segmentos produzidos a partir da oclusão pela língua da corrente aérea na cavidade oral) por estabelecerem uma relação expressiva entre várias palavras em que ocorriam; associado também com a idéia de “fluir”. Importância: Simbolismo sonoro

Programa Estruturalista e constituição da fonologia COURTENAY, 1895 e JESPERSEN, 1904: preocupavam-se com a função distintiva dos elementos fônicos que contribuem nas diferenças de significação entre as palavras da língua natural; Fonema (COURTENAY,1895) = “ o equivalente psicológico de um som da fala” Saussure, 1916 no Curso de Lingüística Geral – constituição da fonologia como disciplina autônoma, diferente da fonética quanto a objeto e método de estudo; Propôs: uma teoria do valor lingüístico e a precedência das estruturas sobre os elementos, destacou a importância dos sistemas em que se organizavam as línguas naturais e as relações estabelecidas entre seus elementos constitutivos. Fonologia pensada como uma ciência sincrônica, que tem como objeto a fisiologia dos sons, “ se coloca fora do tempo, já que o mecanismo da articulação permanece sempre igual a si mesmo”; “ não passa de disciplina auxiliar, e só se refere a fala”. Metodologia: procedimentos indutivos

1928 – Momento em que a fonologia se constituiu no meio acadêmico como disciplina dotada de um objeto próprio de investigação, diferenciando-se metodologicamente da fonética; Estudiosos: Troubetzkoy, Jakobson e Karcevsky. Idéia: propor um método rigoroso e cientificamente fundamentado para a redução de um número infinito de sons a um número de unidades lingüísticamente pertinentes organizadas no interior de um sistema. Realizar uma abordagem sistemática das unidades “abstratas” (os fonemas) constitutivas do sistema fonológico , tipos de oposições e semelhanças entre essas unidades no interior de um sistema. Embate de idéias – Estruturalistas x Neogramáticos Século XIX- Neogramáticos: Metodologia comparatista de reconstrução e filiação genética das línguas , através das semelhanças fônicas. Todos os fatos da evolução lingüística que não eram explicados por determinação de natureza fonética, deveriam ser justificados por analogia. Papel preponderante aos aspectos físicos (fonéticos) dos sons da fala . JAKOBSON, 1932 – Propõe para um deslocamento de foco do estudo. Ao invés de considerar as relações de causa e efeito (filosofia neogramática), passa-se a considerar as relações de meio e de fim ( filosofia funcionalista da Escola de Praga). Considerações a respeito de caráter contextual, o que ao seu ver desvelava a diversidade das funções da língua e a influência das várias funções sobre a sua forma.

Conceitos básicos da fonologia estruturalista ( Escola de Praga) Fonema/oposição: fonema como entidade fonológica abstrata cuja ocorrência, nas diversas posições silábicas, estabelece diferenças de significado entre as palavras.Ex:/kata/ e /gata/ - oposição no ataque inicial da sílaba. Alofone/distribuição complementar: realizações fonéticas de um determinado fonema em determinado(s) contexto(s) de ocorrência. Ex: /t/ e /d/ apresentam os alofones /Ts/ e /dz/ quando ocorrem antes da vogal /i/. Dessa forma, estão em distribuição complementar: fonemas /t/ e /d/ nunca ocorrem em contexto de seus alofones antes de /i/ e esses alofones nunca ocorrem nos contextos de /t/ e /d/ antes das demais vogais. Arquifonema/ neutralização de oposições: resultado da neutralização da posição entre dois fonemas. Ex: o arquifonema /S/, no português, resulta da neutralização [+/- sonoro] na coda; nessa posição o contraste entre os fonemas /s/ e /z/ é perdido e o /S/ adquire o valor do traço seguinte.(sonoro antes de consoante sonora e surdo antes de consoante surda) traço sonoro: som produzido com fechamento e vibração das P.P.V.V.Ex:/b/,d/,/g/. traço menos sonoro: som produzido com a glote aberta, como durante a respiração, sem qualquer vibração das P.P.V.V.. Ex:/p/,/t/,/k/. Propriedades distintivas: são traços ou parâmetros como "consonantalidade", "sonoridade", "continuidade" determinados por dois valores possíveis (+ ou -) e permite classificar os sons de qualquer inventário a partir de uma matriz de especificações (acústicas e articulatórias) que os identificam no sistema.

Fonologia estruturalista X Fonologia Gerativista Estruturalismo Gerativismo Metodologia:procedimentos indutivos Metodologia: hipotético- dedutivo Língua: “fora” do usuário; sistema lingüístico Objeto de estudo: competência lingüística ( interno ao usuário) Programa Gerativista: redefinição do objeto de estudo Chomsky e Halle( 1968) - objeto de estudo da fonologia passa a ser o estudo da competência fonológica internalizada pelos falantes; Teoria - visa as representações fonológicas como seqüência lineares de segmentos e de junturas; um inventário dos níveis de representação e uma caracterização de cada um dos níveis; reconhece-se um nível abstrato ( forma pura) contendo uma informação fonológica e morfológica e um nível sintático; Gramática: conjunto de regras internalizadas que estabelecem relação entre as representações fonológicas abstratas e os aspectos fônicos enunciados; Componente fonológico: tarefa de atribuir uma interpretação fonética às descrições dos enunciados produzidas pelo componente sintático; Raízes estruturalistas: noções de sistema, estrutura e relações entre os elementos que se combinam nos diferentes níveis.

Qual o papel do fonólogo dentro dessa visão gerativista? Goldsmith (1990): Consiste em buscar indícios relevantes para a elaboração de gramáticas fonológicas explícitas que representem a competência fonológica dos falantes-ouvintes e construir uma argumentação sólida e coerente capaz de persuadir o maior número de interlocutores interessados. Identificação de dados cruciais que podem indiciar generalidades lingüísticas significativas, reveladoras da competência fonológica que se busca modelar; Propor uma representação fonológica abstrata para os morfemas (associação entre um significado e um significante), palavras e enunciados; Essas representações são constituídas de traços fonológicos( de valores posititvos ou negativos) e de junturas morfossintáticas. Conceito de classe natural: Existe uma classe natural de segmentos sempre que a classe puder ser especificada por um número de traços menor do que é necessário para especificar cada um dos membros da classe. Ex: /p,t, k/ formam uma classe natural que pode ser especificada como [+ consonantal, - silábico, - contínuo e - vozeado]

Fonologias não-lineares Após 15 anos do aparecimento do SPE ( fundadora da fonologia gerativa); Série de diferentes subteorias conhecidas como fonologias "não-lineares"; Fonologia autossegmental: propõe representações não-lineares em camadas e introduz estrutura interna e hierarquia para os segmentos e para as sílabas. Fonologia métrica: modelar os padrões de acento e ritmo; Fonologia lexical; Fonologia prosódica: definir hierarquia de domínios prosódicos; Essas representações permitem uma modelagem mais adequada da competência fonológica, bem como a caracterização de segmentos simples e complexos. Usa-se de representações arbóreas . Clements e Hume (1995) propõem um modelo de geometria baseado na ocorrência de constrições no trato vocal: as especificações dos traços estão dispostas em "camadas" separadas ( a camada da raíz, a camada da laringe e a camada da cavidade oral), em que elas podem estar em relações não-lineares com os demais traços.

Diferenças entre Teorias Gerativistas e Teorias Autossegmentais Teoria Gerativista natureza linear; relação de um-para-um entre o segmento e a matriz de traços que o identificava; não prevê uma hierarquia entre os traços atribuídos aos segmentos; Teoria Autossegmental natureza não linear existência de uma hierarquia entre os traços que integram a estrutura interna dos segmentos (estrutura arbórea)

Fonologias Derivacionais Pensando que para a Teoria Gerativista as representações fonológicas subjacentes das palavras são estocadas na memória permanente do falante, as representações superficiais são geradas apenas quando uma palavra ocorre em enunciado real. Dessa forma, a teoria assume que as representações subjacentes (fonológicas) precedem as representações superficiais (fonéticas). Portanto: Forma superficial Forma subjacente As fonologias gerativistas por modelarem a competência fonológica do falante- ouvinte de uma língua natural, ela considera as derivações das formas superficiais através de regras ordenadas, bem como as estruturas intermediárias geradas por elas. PRESSUPOSTOS DERIVACIONAIS: 1- Cada morfema da língua tem exatamente uma representação subjacente; 2- Qualquer variação nas formas superficiais de um morfema deve ser atribuídas à ação das regras fonológicas; DERIVA

Limitações das abordagens derivacionais Alguns problemas que teoricamente ainda não foram encontraram soluções adequadas.São eles: 1- as regras não-naturais ( dissimilação de vozeamento de obstruíntes) são tão fáceis de formular como as regras naturais ( assimilação de vozeamento); 2- há palavras em várias línguas que apresentam dificuldades para a segmentação em morfemas; 3- a aplicação sequêncial das regras não parece funcionar em um grande número de casos.

Frente a esses problemas, principalmente quanto a generalização das semelhanças entre os segmentos de forma reduplicada e os de base no paamês, levou ao desenvolvimento , no início da década de 90 a produção de modelos fonológicos orientados para as restrições que regulariam a boa formação das representações. Prince e Smolensk ,1991, 1993; McCarthy e Prince,1995 Rompe com os pressupostos das abordagens clássicas, abolição das regras e das derivações das formas superficiais; Modelo representacional que se orienta a partir dos outputs ( representação de superfície, fonética); As restrições fonológicas devem ser motivadas por propriedades do nosso mecanismo articulatório ou perceptual; As evidências fonéticas articulatórias ou perceptuais dão força a uma preferência universal por algum segmento ( ou valor de algum traço) com relação a algum outro, em algum contexto. Tarefa da T.O.: Deve ser capaz de regular os conflitos existentes entre as restrições universais e selecionarem o output ótimo, ou mais harmônico, através da avaliação dos candidatos propostos. TEORIA DA OTIMALIDADE

ESQUEMATIZAÇÃO DA T.O. Função Gen = seleciona os candidatos a output para a análise gramatical; Função Eval = seleciona o elemento do conjunto de candidatos que menos viola o ranking de restrições dadas pelo sistema de restrições. O léxico contém todas as propriedades contrastivas dos morfemas(raízes, radicais e afixos) de uma língua. É o léxico que fornece todas as informações com base nas quais GEN irá produzir os candidatos a serem submetidos a avaliação EVAL. 4 PROPRIEDADES DA T.O. ( McCarthy e Prince,1995) 1- Violabilidade: restrições são violáveis, contudo o menor número possível; 2- Hierarquia: as restrições são hierarquizadas com base em línguas particulares; 3- Inclusividade: não há regras específicas ou estratégias de reparação com descrições estruturais específicas e, nem mudanças estruturais conectadas a restrições específicas; 4- Paralelismo: o melhor resultado da hierarquia de restrições é fundado com base em toda a hierarquia e no conjunto de todos os candidatos.

Falhas na T.O. A função Gen tem a possibilidade de produzir infinitos candidatos a output; É preciso criar uma estratégia de restrição dos candiatos apresentados nos tableaux (quadros), fazendo-se necessário a participação de elementos que de fato sejam considerados críticos para o fenômeno sob análise. Entende- se assim, que um conjunto infinito de candidatos não poderia logicamente ser considerado tanto em termos do processamento da linguagem pela mente como por um computador. A natureza do imput, o que exatamente vem a ser; A escolha adequada dos inputs a serem manipulados por GEN , visto que a teoria não considera os limites das estruturas ocorrentes no nível subjacente (fonológico), deixando a cargo dos outputs a exlusão das estruturas inadequadas;

Contribuições da T.O. Com seus estudos, permite analisar: 1- a constituição dos inventários de segmentos; 2- a produção das alofonias e neutralizações; 3- a organização dos segmentos em sílabas e em unidades prosódicas maiores. A idéia de que os outputs não precisam satisfazer completamente as restrições tem permitido avanços significativos na compreensão de fenômenos aos quais as abordagens clássicas deixavam bastante a desejar.

Contribuição da fonologia em outras áreas Fonoaudiologia (área da saúde): deve se valer dos conhecimentos da organização interna dos sons para a identificação e acompanhamento clínico dos VERDADEIROS casos patológicos da fala; Neurolingüística (ciências humanas): identificar nas situações naturais de interlocução, quais os contextos precisos, segmentais e prosódicos na produção lingüística dos pacientes afásicos. Dessa forma, dotando desses conhecimentos, esses profissionais poderão criar eventos de interação com esses pacientes que propiciarão na reconstrução da linguagem; Psicopedagogia (área da educação): os estudos fonológicos permitem a compreensão do processo de aquisição da escrita, identificando os processos inconscientes que registram: os aspectos fonéticos segmentais da modalidade sociolinguistica regional e os aspectos da organização silábica e prosódica de sua língua materna.