Alianças Estratégicas Intersetoriais para Atuação Social

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Transcrição da apresentação:

Alianças Estratégicas Intersetoriais para Atuação Social Luciana Rocha de Mendonça 22/09/2005

Alianças Estratégicas Intersetoriais para Atuação Social Objetivo: verificar como as alianças intersetoriais são concebidas, implementadas e administradas para o desenvolvimento de projetos sociais Survey: Universo: empresas que desenvolvem ações sociais Amostra Intencional: 2085 Respostas: 423 Questionários Válidos: 385 Fase Qualitativa: Universo: 60 empresas e 41 parceiros (73% ONGs, 20% OGs, 7% empresas)

Alianças Estratégicas Intersetoriais para Atuação Social Responsabilidade Social Corporativa Atuação Social através de Alianças Estratégicas Intersetoriais Estado Mercado Terceiro Setor

Modelo Tri-Setorial 85% de todas as empresas participa de alguma parceria: Estado (55,5%) 5,7% 17,4% 4,2% 28,2% 25% 9,6% 5,3% Terceiro Setor (80,2%) Empresas (47,3%)

Benefícios das Alianças Para as empresas: Melhoria ou Construção de Imagem Envolvimento de funcionários Criação de uma “cultura social” Expansão da Atuação social Para as Parceiras: Captação de Recursos Capacitação e Gestão Eficiência Imagem

Facilitadores das Alianças Para as empresas: Decisões e Ações Conjuntas Compromisso Comunicação, Transparência e Confiabilidade Escolha do Parceiro Para as Parceiras: Compromisso e Profissionalismo Decisões e Ações em Conjunto Transparência

Dificultadores das Alianças Para as empresas: Falta de Competência Gerencial Dificuldade de Comunicação Diferenças Culturais Para as Parceiras: Dificuldades Operacionais Diferenças de Cultura e Lógica de Trabalho Baixo envolvimento com o projeto Dificuldade de Relacionamento

Erros e Acertos das Parcerias Não ter planejado e controlado corretamente Não exigir o comprometimento do parceiro Ter criado dependência em relação ao parceiro Ter uma visão assistencialista nos projetos ACERTOS Tomar decisões conjuntamente Estruturar de forma detalhada o projeto Ter estimulado uma mudança cultural Ter aceitado contribuições na execução dos projetos Manter a filosofia de atuação Escolher parceiros afins

Conclusões Benefícios das alianças: otimização de competências potencialização dos resultados sociais Necessidade de um processo de planejamento: Definição conjunta de objetivos, papéis e expectativas Não existem modelos para o estabelecimentos de alianças intersetoriais de sucesso Demanda por métodos e instrumentos de monitoramento e avaliação

As bases do Instrumento Alianças intersetoriais – veículo para a realização da missão das organizações aliadas Delinear: por que; com quem; quando; como desenvolver e administrar o relacionamento Importante para identificar: Função e valor da cooperação para estratégia Orientar as organizações na busca de um parceiro compatível com seus objetivos. Propiciar análise temporal do início e dos passos que a aliança pode seguir. Austin (2001)

Continuum da Colaboração Importante Modesto Valor estratégico Complexa Simples Complexidade administrativa Intenso Esporádico Grau de interação Amplo Estreito Âmbito das atividades Grande Pequena Magnitude dos recursos Estratégica Periférica Importância para a missão Fraco Nível de envolvimento Três Integrativo Dois Transacional Um Filantrópico Estágio do relacionamento Austin, 2001

O Instrumento de Monitoramento de Alianças Intersetoriais O objetivo é que cada organização reflita sobre sua participação na parceria e a contraponha à análise feita pelo parceiro, verificando aspectos em que as percepções de ambos são semelhantes ou diferentes. A partir daí, as organizações podem fazer um esforço em busca do alinhamento, melhoria do relacionamento e resultados para a sociedade.

Quadro-síntese de Categorias e Indicadores Alinhamento de Expectativas Papéis Expectativas iniciais Definição de papéis Resultados esperados Detalhamento dos papéis Definição de objetivos Distribuição das responsabilidades Estratégias Recursos Estratégias claras Atendimento aos objetivos Definição em conjunto Recursos financeiros Relações pessoais Compartilhamento de know-how Comprometimento Captação de recursos Comprometimento com a aliança Agregação de Valor Comprometimento com a causa social Desenvolvimento institucional Participação na aliança Marca/imagem Sustentação da aliança Novas competências Comunicação Ambiente interno Compreensão mútua Sistemas de Avaliação Canais de comunicação entre as organizações Indicadores sistematizados Freqüência da comunicação Monitoramento das ações Interação com o público externo Escolha dos indicadores de resultados

Alinhamento de Expectativas

Utilidade do Instrumento O pré-teste mostrou que o Instrumento de Monitoramento de Alianças Intersetoriais é útil para: propiciar uma reflexão sobre as iniciativas necessárias de melhoria; propiciar o desenvolvimento de planos de ação; auxiliar na criação de indicadores de resultados; propiciar planejamento, implementação e avaliação de resultados da aliança. criar consciência conjunta dos objetivos da aliança, cumplicidade entre os aliados e transparência na relação. Para que o Instrumento possa efetivamente contribuir para o aprimoramento da aliança é essencial que pelo menos duas organizações aliadas apliquem-no e comparem as suas percepções.

Passos para aplicação do Instrumento Respondente deve utilizar o instrumento para analisar uma aliança específica. Parceiro deve ser motivado a aplicar o Instrumento para que seja possível a comparação entre as percepções (foco da análise é a Aliança). Em cada página há o nome da Categoria, a sua definição operacional para fins deste Instrumento e os Indicadores. Cada Indicador é composto por uma afirmação e uma escala de 4 pontos, que deve ser assinalada de acordo com a percepção do respondente. É importante que o respondente procure avaliar, do ponto de vista da sua organização, todos os Indicadores. Após cada organização aliada ter feito sua análise da aliança, elas precisam fazer a comparação entre as suas percepções, identificando, convergências e divergências de pontuação e motivos para isso. A seguir, é necessária a definição, em conjunto, das ações a serem tomadas para superar os pontos divergentes e reforçar os convergentes.