Capítulo 03 Aula dia 09/09/13 Profª Karina Oliveira Bezerra

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Capítulo 03 Aula dia 09/09/13 Profª Karina Oliveira Bezerra A FORMAÇÃO DO EDUCADOR Capítulo 03 Aula dia 09/09/13 Profª Karina Oliveira Bezerra

1. A prática docente A revalorização da profissão docente deve começar pelos cuidados com a formação do professor. Afinal, não basta ser químico para ser um bom professor de química nem “ter jeito para lidar com crianças” para dar aulas nos cursos de educação infantil.

1. A PRÁTICA DOCENTE: TRÊS ASPECTOS IMPORTANTES NA FORMAÇÃO DOS PROFESSORES QUALIFICAÇÃO: O professor precisa adquirir os conhecimentos científicos indispensáveis para o ensino de um conteúdo específico. FORMAÇÃO PEDAGÓGICA: A atividade educativa supera os níveis do senso comum, para se tornar uma atividade sistematizada que visa transformar a realidade. FORMAÇÃO ÉTICA E POLÍTICA: O professor educa a partir de valores, tendo em vista a construção de um mundo melhor.

2. A PROFISSIONALIZAÇÃO DO EDUCADOR: UM POUCO DE HISTÓRIA “Tia” & “o magistério é um sacerdócio”: depreciação do trabalho do mestre. “Obras de pensamento” X Técnica Consciência política do professor O tom falsamente afetivo dessas expressões descaracteriza o cunho profissional da atividade docente, que merece ser respeitada principalmente sob o aspecto do trabalho realizado, e não como ocupação desinteressada, amorosa ou mística. Tia: Ar doméstico e “feminização do magistério. Sacerdócio: Abnegação, total dedicação a uma atividade vilmente remunerada. As pessoas tendem a considerar que, para os intelectuais, dar uma aula, ou escrever um livro, dispondo para isso de suas ideias, não lhe custa nada e que eles poderiam oferecer seus préstimos como dádiva. Entretanto, essa situação é impensável para um técnico.

Desde os séculos XVII e XVIII, quando começaram a se conformar as escolas à semelhança das atuais, a preparação dos mestres era incumbência principalmente das ordens religiosas. À partir do século XIX o Estado passa a se interessar pela organização da escola pública e formação dos professores. . Escola Normal de Niterói (1835) 1860: A formação de professores adquiriu maior relevo. 1940 nova reorganização dos cursos de magistério: predominou o interesse pela cultura em geral, em detrimento da formação profissional. Ditadura Militar: reformas universitário, fundamental e médio Tendência tecnicista na educação “Habilitação específica para o magistério” substituiu as escolas normais. 1934 com a instalação da USP, foi criado o Instituto de Educação, que oferecia complementação pedagógica para os alunos formados em outras disciplinas. 1888, a LDB, manteve os cursos universitários de pedagogia e criou os Institutos Superiores de Educação, voltados para a formação de professores de educação básica, a formação pedagógica e a educação continuada para profissionais da educação.

3. Professores como intelectuais transformadores Espera-se que o profissional da educação seja um sujeito crítico, reflexivo, um intelectual transformador, capaz de compreender o contexto social-econômico- político em que vive. Que seja um sujeito capaz de ter uma visão todo, além de estar comprometido com a ética e a política. Currículo Oculto: a falsa neutralidade Ser um educador intelectual transformador é compreender que as escolas não são espaços neutros de mera instrução, mas carregados de pressupostos que representam as relações vigentes e convicções pessoais nem sempre explicitadas.

IDEOLOGIA Em outras palavras, a formação do professor como intelectual transformador supõe o reconhecimento de que as crenças, as condutas e os valores incorporados pelo senso comum muitas vezes estão a serviço da manutenção de uma ordem social hierarquizada, isto é, são ideológicos. Ao reconhecer o que é ideológico, o professor terá condições de propiciar aos alunos a oportunidade de desenvolver, por sua vez, a capacidade de questionamento e de promover a desmistificação da cultura. Não resta dúvida de que a escola desempenha, entre outras instituições, importante papel no processo de conscientização das novas gerações diante dos problemas a serem enfrentados.

Tendência tecnicista implantada na década de 1970 A pedagogia foi se instrumentalizando, para organizar procedimentos de sala de aula, dentro dos pressupostos de uma racionalidade técnica, ela foi perdendo sua dimensão fundamentadora de ser a parceira crítica da prática educativa, para ser apenas a formadora de técnicos de produção de aulas.

4. Professores reflexivos e escola reflexiva Para Isabel Alarcão, “a noção de professore reflexivo baseia-se na consciência da capacidade de pensamento e reflexão que caracteriza o ser humano como criativo e não como mero reprodutor de ideias e práticas que lhes são exteriores. É central, nessa conceptualização, a noção do profissional como uma pessoa que, nas situações profissionais, tantas vezes incertas e imprevistas, atua de forma inteligente e flexível, situada e reativa”.