LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA (LEM)

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Centro de Estudos de Línguas – CEL
Advertisements

NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE TOLEDO EQUIPE DE EDUCAÇÃO BÁSICA
ANEXO I - PROJETO DE PESQUISA
PARECER CEE Nº 1132 DE 12 DE NOVEMBRO DE 1997
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
Modelo de planejamento bimestral da EJA Tempo formativo: ________________________ Eixo: _________________ Período: ___/___/___ a ____/___/___ Professores.
Resolução n°51 EJA e ECONOMIA SOLIDÁRIA. Formação de Educadores Ministério da Educação Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade.
PLANEJAMENTO E AÇÃO DOCENTE
Revisão Unidade 01 Tecnologias na sociedade, na vida e na escola
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
Plano de Trabalho Docente
A Importância do Plano de Trabalho Docente e o Livro Registro de Classe EQUIPE PEDAGÓGICA AGE (Assessoria de Gestão Escolar) NRE WENCESLAU BRAZ.
Secretaria de Estado da Educação Departamento de Educação Básica
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
ESFERAS E GÊNEROS NO PLANO DE TRABALHO DOCENTE
Apresentação da Disciplina:
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
PROVA BRASIL e SAEB 2011.
QUAL A CONCEPÇÃO DO CURRÍCULO?
PROFESSORA KÁTIA SIMONI MARTINS
Viver, Aprender Materiais Didáticos Educação de Jovens e Adultos.
Orientação DEMP/SEM/SB nº 01/2009 de 11 de dezembro de 2009.
EQUIPE DE BIOLOGIA Danislei Bertoni Maria Cristina Schlichting Otoniel Alvaro da Silva Claudia da Silva Machado SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO.
PLANO DE TRABALHO DOCENTE
PLANO DE TRABALHO DOCENTE
A formação de cidadãos críticos e reflexivos: um paralelo entre os papéis da família e da escola Profa. Kátia Aquino.
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇAO BÁSICA
Anos Iniciais do Ensino Fundamental
RELATÓRIO PEDAGÓGICO SARESP 2012 MATEMÁTICA.
SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Reunião de Professores(as) de LEM 26/03/13
PERGUNTA-SE As escolas dão a devida atenção aos CONSELHOS DE CLASSE?
PTD PLANO DE TRABALHO DOCENTE (SUGESTÃO)
LICENCIATURA EM LETRAS-PORTUGUÊS UAB – UNB
Marco Doutrinal e Marco Operativo
O PLANEJAMENTO ESCOLAR
NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE TOLEDO EQUIPE DE EDUCAÇÃO BÁSICA
Viver, Aprender Materiais Didáticos Educação de Jovens e Adultos.
Orientação Técnico-Pedagógica
PLANO TRABALHO DOCENTE ALGUMAS ORIENTAÇÕES. IMPORTÂNCIA DO PTD Organização Sequência Efetivar o Currículo expresso no PPP Efetivar a Proposta Pedagógica.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS PROFESSORA: LILIAN MICHELLE
APRESENTAÇÃO TELE-SALA: CAMETÁ ANO: 2007 DANIELA SANTOS FURTADO
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS PROFESSORA: LILIAN MICHELLE
Estrutura do documento:
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA Planejamento Docente: Condição para a efetivação do processo de ensino-aprendizagem.
AS AVALIAÇÕES DA EDUCAÇÃO BÁSICA:
ORIENTAÇÕES CURRICULARES PARA O ENSINO FUNDAMENTAL I
Uergs-Licenciatura em Pedagogia, Tecnologia da Educação
SÓCIO POLÍTICO Preocupada com a função social da Educação Física que se pratica na escola. Procura compreender o ser humano em sua totalidade e ainda.
OAPI I - LUCILA PESCE - PLANEJ. EDUC. PETROBRÁS
LEITURA DE CHARGES NA PERSPECTIVA POLIFÔNICA Macapá
Marta Maria Salmazo Eliza Redondo Ferreira
ADELAIDE REZENDE DE SOUZA
NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE PARANAVAÍ Plano de Trabalho Docente DISCIPLINA:ARTE TÉCNICA PEDAGÓGICA:APARECIDA DE FÁTIMA DE OLIVEIRA BERGO JULHO/2014.
NOVO CURRÍCULO DE LICENCIATURA EM LETRAS Informações auxiliares para os alunos ingressantes em 2006 e 2007.
Coordenadoria do Ensino Fundamental
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA
Tema central e eixos temáticos
Guia para Estágio e Seminários Temáticos – módulo linguagem
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica A Identidade do Professor e as Diretrizes para Organização da Matriz.
Língua Estrangeira Moderna
Etapas de uma sequência didática
GOVERNO DO PARANÁ BETO RICHA SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO FLAVIO ARNS SUPERINTENDÊNCIA DE EDUCAÇÃO MEROUJY GIACOMASSI CAVET.
SAÚDE RENOVADA Essa abordagem vai ao encontro do movimento biológico higienista, entretanto o que difere é a participação de todos nas atividades, além.
Programa Nacional do Livro Didático – PNLD 2015/ Ensino Médio
Plano de Trabalho Docente
Seminário Programa Nacional do Livro Didático – PNLD 2015 Sociologia.
Projetos e Sequências Didáticas
Os seis princípios do Currículo Uma escola que também aprende; O currículo como espaço de cultura; As competências como referência; Prioridade para a competência.
Transcrição da apresentação:

LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA (LEM)

LEIS QUE REGULAMENTAM O ENSINO DE LEM NO BRASIL Art. 26, § 5º - Na parte diversificada do currículo será incluído, obrigatoriamente, a partir da quinta série, o ensino de pelo menos uma Língua Estrangeira Moderna, cuja escolha ficará a cargo da comunidade escolar, dentro das possibilidades da instituição.(LDB n. 9394/96).

Art. 36, Inciso III - Será incluída uma língua estrangeira moderna, como disciplina obrigatória (Ensino Médio), escolhida pela comunidade escolar, e uma segunda, em caráter optativo, dentro das disponibilidades da instituição. (LDB n. 9394/96).

Art. 1o O ensino da língua espanhola, de oferta obrigatória pela escola e de matrícula facultativa para o aluno, será implantado, gradativamente, nos currículos plenos do ensino médio.         § 1o O processo de implantação deverá estar concluído no prazo de cinco anos, a partir da implantação desta Lei. (Lei n. 11.161 – 5 de agosto de 2005)

DIRETRIZES CURRICULARES DE LEM Referenciais Teóricos: Pedagogia histórico-crítica Teorias do Círculo de Bakhtin – Língua concebida como discurso.

JUSTIFICATIVA “[…] o que se pretende com o ensino de LEM na Educação Básica: que se compreenda que ensinar e aprender línguas é também ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir sentidos, é formar subjetividade, é permitir que se reconheça no uso da língua os diferentes propósitos comunicativos, independente do grau de proficiência atingido.” DCE, p.55

“Possibilitar aos alunos que usem uma LE em situações de comunicação – produção e compreensão de textos verbais e não verbais – é também inseri-los na sociedade como participantes ativos, não limitados às suas comunidades locais, mas capazes de se relacionar com outras comunidades e outros conhecimentos.” (Princípio Inclusivo)

Ao estudar uma LEM o aluno aprende que há outros procedimentos de construção de significados diferentes daquelas disponíveis em sua Língua Materna.

Busca-se superar a ideia de que o modelo dos Institutos de Idiomas sejam parâmetro para o ensino de LEM na Educação Básica. O ensino de LEM será norteado por um propósito maior de educação do que simplismente a proficiência linguístico-comunicativa.

OBJETO DE ESTUDO A língua concebida como discurso é o objeto de estudo da disciplina. “[…] a língua concebida como discurso, não como estrutura ou código a ser decifrado, constrói significados e não apenas os transmite. O sentido da linguagem está no contexto de interação verbal e não no sistema linguístico.” DCE, p.53

CONTEÚDOS CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social. A língua será tratada de forma dinâmica, por meio da leitura, da oralidade e da escrita, que são as práticas que efetivam o discurso.

CONTEÚDOS BÁSICOS: A partir do Conteúdo Estruturante serão trabalhadas questões linguísticas, sociopragmáticas, culturais e discursivas (Disponíveis nas DCE, p.77 -84). Devem constar na PPC.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: O professor deve considerar a diversidade de gêneros existentes e a especificidade do tratamento de LEM na prática pedagógica, a fim de estabelecer critérios para definir os conteúdos específicos para o ensino. É preciso levar em conta o princípio da continuidade, as condições de trabalho existentes na escola, o PPP, a articulação com as demais disciplinas do currículo e o perfil dos alunos.

É importante ressaltar que os Conteúdos Específicos não devem limitar-se à análise linguística (gramática), mas também precisam contemplar conhecimentos linguísticos, sociopragmáticos, culturais e discursivos. (Devem constar no PTD).

ATENÇÃO: De acordo com as DCE “ A análise linguística deve estar subordinada ao conhecimento discursivo, ou seja, as reflexões linguísticas devem ser decorrentes das necessidades específicas dos alunos, a fim de que se expressem ou contruam sentidos aos textos” (p.65).

Uma vez que a língua não é algo pronto, à disposição dos falantes, mas sim espaço de contruções discursivas, sugere-se que os conteúdos não sejam elencados por bimestres no PTD, pois serão trabalhados de forma não-linear, podendo ser retomados sempre que se fizer necessário para a construção de sentido.

“A linguagem, em Bakhtin, não é um sistema acabado, mas um contínuo processo de vir a ser”. DCE, p.61

METODOLOGIA Gêneros: Propõem-se que o professor aborde os vários gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando a função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau de informação presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e, somente depois de tudo isso, a gramática em si.

“Trabalhar com textos de diferentes gêneros é ensinar operações de linguagem que capacitarão o aluno a agir no mundo em diferentes situações de comunicação”. Vera Cristóvão.

“Ao interagir com textos diversos, o educando perceberá que as formas linguísticas não são idênticas, não assumem sempre o mesmo significado, mas são flexíveis e variam conforme o contexto e a situação em que a prática social de uso da língua ocorre”. DCE, p.66

Texto: “O ponto de partida da aula de LEM será o texto, verbal e não verbal, como unidade de linguagem em uso.” DCE, p.63

Ao selecionar os textos é importante que o professor atente para seu conteúdo ao que se refere às informações e verifique se estes instigam o aluno à pesquisa e discussão. Sugere-se, que também sejam abordadas temáticas referentes aos Desafios Educacionais Contemporâneos e as Leis -10.639/03, 13.381/01, 9.795/99 e 11.645/08.

Leitura: As atividades de leitura não devem estar condicionadas à extração de informações latentes na estrutura do texto, mas instigar o aluno a comunicar-se com ele para lhe conferir sentidos e travar batalhas pela significação, questionando e desafiando as atitudes, os valores e as crenças a ele subjascentes.

Ao construir sentidos para o texto o aluno “[…]não está sozinho, com ele estão sua cultura, sua língua, seus procedimentos interpretativos, os discursos construídos coletivamente em sua comunidade e as ideologias nas quais está inserido.A leitura é considerada a interação entre todos esses elementos.” DCE, p.60

Para cada texto escolhido, o professor poderá trabalhar levando em conta: Gênero – explorar o gênero escolhido; Aspecto Cultural/ Interdiscurso - quem disse o quê, para quem, onde, quando e por que (contexto de produção e circulação);

Variedade Linguística – formal ou informal Análise Linguística – subordinada ao texto; Atividades: pesquisa, discussão e produção de textos.

Oralidade: Tem como objetivo expor os alunos a textos orais, pertencentes aos diferentes discursos, lembrando que na abordagem discursiva a oralidade é muito mais do que o uso funcional da língua, é aprender a expressar idéias em LEM mesmo que com limitações. DCE, p.66

Escrita: O professor deve direcionar as atividades de produção de texto definindo em seu encaminhamento qual o objetivo da produção e para quem se escreve, em situações reais de uso. O aluno vai produzir um diálogo imaginário com este alguém. A escrita deve ser uma atividade sociointeracional.

Práticas discursivas: A todo momento o professor pode trabalhar as três práticas discursivas, pois numa concepção discursiva de língua as práticas de oralidade, leitura e escrita não se separam em situações concretas de comunicação.

Análise linguística: É considerada parte constitutiva do texto, logo deve ser abordada em todas as práticas, sempre que se fizer necessária para a construção de sentidos.

Língua Materna: “As discussões poderão acontecer em Língua Materna, pois nem todos os alunos dispõem de um léxico suficiente para que o diálogo se realize em Língua Estrangeira. Elas servirão como subsídio para a produção textual em Língua Estrangeira.” DCE,p.64

Interdiscilinaridade: “O ensino será articulado com as demais disciplinas do currículo para relacionar os vários conhecimentos. O aluno precisa perceber que alguns conteúdos de disciplinas distintas podem estar relacionados com a Língua Estrangeira.” DCE, p.67

AVALIAÇÃO A avaliação da aprendizagem em LEM está articulada aos fundamentos teóricos explicitados nas DCE e na LDB n. 9394/96. Deve ser formativa, processual e diagnóstica. É importante avaliar para intervir.

A avaliação deve subsidiar discussões acerca das dificuldades e avanços dos alunos , a partir de suas produções.

“Na Educação Básica, a avaliação de determinada produção em Língua Estrangeira considera o erro como efeito da própria prática, ou seja, como resultado do processo de aquisição de uma nova língua.” DCE, p. 70-71

A avaliação deve ter critérios bem definidos, para tal o professor deve estar ciente da linha de trabalho que está seguindo e o que espera do aluno em relação a esta aprendizagem. É importante definir instrumentos de avaliação diversificados.

A LDB n.9394/96 determina, no artigo 24, alínea e, a obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar.