Estudando a Dinâmica dos Grupos...

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Transcrição da apresentação:

Estudando a Dinâmica dos Grupos... Profa. Patrícia Martins Fagundes - UNISINOS Estudando a Dinâmica dos Grupos...

Nas organizações, a interação humana acontece em dois níveis distintos, porém concomitantes e interdependentes: O nível da TAREFA, que corresponde às atividades visíveis, observáveis e formalmente acordadas. O nível SÓCIO-EMOCIONAL, que diz respeito às sensações e sentimentos variados , já existentes ou gerados pela própria convivência e atividades no grupo.

Para Moscovici (1995) no nível sócio-emocional, há três dimensões não-excludentes nas quais os processos de grupo se desenvolvem: a dimensão intrapessoal, que está sempre presente nos processos de grupo e corresponde à relação eu-eu (relação esta decisiva na interação com os outros). a dimensão interpessoal, eu-outro, que é a mais visível e marcante no grupo. e a dimensão em que o grupo está funcionando como um “todo”, quando os movimentos deste conjunto podem ser observados e inferidos nos dois níveis de interação - o da tarefa e o sócio-emocional.

Para BION (1970)... A modalidade emocional do grupo, é constituída pelas respostas inconscientes coletivas, daquilo que ele denominou de “grupo de suposto básico”. Nos “grupos de suposto básico” a modalidade emocional é manifesta por três formas básicas de interação, que conforme o momento e as circunstâncias uma delas prepondera e determina a forma principal das reações do grupo e de como serão direcionados os acontecimentos

Suposto Básico: DEPENDÊNCIA O grupo, nesta modalidade de funcionamento, evidencia pouca iniciativa, e busca um líder poderoso, que possa "nutri-lo" e "protegê-lo". O líder ideal neste contexto é autocrático, por que transmite segurança e poder. O sentimento do grupo em relação ao líder tende a ser cíclico, de idealização e depreciação. Este movimento alavanca o grupo para o próximo suposto básico.

Suposto Básico: LUTA-FUGA Aqui, o grupo tende a agir defensivamente, como se estivesse constantemente ameaçado. Percebe-se entre os membros uma aparente união, mas que na realidade é apenas uma defesa: o grupo se une e projeta todas as suas dificuldades, ao invés de elaborá-las. O líder facilmente torna-se alvo destas projeções. O grupo reage, então, combatendo ou fugindo de situações emergentes - os impulsos agressivos do grupo estão aflorados: há contestações abertas ou veladas, ironias, sabotagens, esquecimentos, distrações. Perde-se tempo em atividades secundárias. O grupo entende como "bom/amigo", tudo o que favorece, e como "mau/inimigo" tudo que não o favorece. Neste suposto básico, o grupo estabelece pouco contato com a realidade externa, pois está voltado para a sua conflitiva.

Suposto Básico: ACASALAMENTO Aparece no grupo, a fantasia de que algo (inclusive uma nova idéia) ou alguém aparecerá para salvá-lo de uma situação emergente: é a esperança do surgimento de um "líder messiânico" em oposição ao líder real. Esta crença tende a aliviar a ansiedade do grupo. As pessoas tendem a se reunirem aos pares, e o grupo estimula este comportamento. Nesta modalidade, o grupo torna-se mais criativo e flexível, mas com uma forte tendência ao idealismo. É neste momento que o líder pode aproveitar para lembrar ao grupo os objetivos e retomar a modalidade tarefa.

A EVOLUÇÃO DO GRUPO... Quando um grupo é capaz de vivenciar seus aspectos emocionais, buscando entender o que está latente em cada suposto básico, sem cristalizar-se ou fixar-se em uma determinada forma de interação, ele tende ao desenvolvimento, sendo capaz de funcionar, predominantemente, na modalidade tarefa.

A MODALIDADE TAREFA: Nesta modalidade, o grupo está motivado e criativo, participa com interesse e responsabilidade, canalizando energias para o atingimento de metas e a a realização de objetivos específicos. A comunicação flui com facilidade, decisões são tomadas, há maturidade nas relações interpessoais, o que permite maior cooperação. O grupo orienta-se para a sua realidade, sem contudo, descuidar-se da realidade externa, ampliando sua capacidade de tolerar frustrações. O relacionamento com o líder também amadurece, pois ele é percebido pelo grupo de forma mais integral e menos dissociada.