Teoria do conhecimento

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Transcrição da apresentação:

Teoria do conhecimento Epistemologia & IA Teoria do conhecimento Franck Bellemain, CIn - UFPE fb@cin.ufpe.br

Teoria do conhecimento Definição do Aurélio: Estudo da origem e do valor do conhecimento em que se focaliza, especialmente, a relação entre o sujeito e o objeto e, nessa relação, o modo e os graus de atividade ou passividade de cada um deles. A teoria do conhecimento procura definir de um modo geral as condições que permitem a descoberta ou a aquisição do saber. Franck Bellemain, CIn - UFPE fb@cin.ufpe.br

Teoria do conhecimento Os Gregos: Heraclito e Parménide (-5 séculos): procurar os principios para liberar os homens das aparências. Os Sofistas (Protagoras): “O ser humano é a medida de qualquer coisa.” Platon (Socrate): distingue o mundo material e o mundo das idéias. Os conhecimentos são puramente inteligiveis e independante das suas manifestações materiais. Aristoteles considerava que qualquer conhecimento é construido sobre as experiências e a percepção sensivel. O espirito humano cria as abstrações e acessa a uma inteligibilidade. Franck Bellemain, CIn - UFPE fb@cin.ufpe.br

Teoria do conhecimento Inicio do XVIIe seculo: restruturação em três novas direções: Galileu, Descartes, Newton: as matemáticas não são so um modelo exato de conhecimentos, mas também uma liguagem para descrever a natureza: a física matemática. A filosofia mecanista privilegia as causas mecanistas mais que as causas finais. A ciência pode controlar os processos naturais e servir aos fins humanas. “Penso, logo existo” (Descartes): fundamento subjetivo a qualquer conhecimento humano, origem e criterio de qualquer outra verdade. Franck Bellemain, CIn - UFPE fb@cin.ufpe.br

Teoria do conhecimento Inicio do XVIIe seculo: outra visão: Na Ingleterra existe uma tradição empirica forte: A vontade de reformar as ciências não apoia-se sobre a subjectividade (Descartes), mas sobre uma pesquisa experimental ideal: leitura do livro da natureza. John Locke e David Hume: O conhecimento é empírico no seu conteudo e na sua elaboração. Segundo Hume, o sujeito é o coordenador das sensações cujas atividades segue as leis da associação e do habito. O conhecimento não tem mais objectividade, universalidade e necessidade. Franck Bellemain, CIn - UFPE fb@cin.ufpe.br

Teoria do conhecimento Kant (crítica da razão pura): Para Kant, não é mais o conhecimento que deve conformar-se com o objeto, mas é objeto enquanto fenômeno que se regula de acordo com o conhecimento. O sujeito impõe aos objetos as formas das suas manifestações (espacio-temporalidade) e as regras das suas conexões necessarias (causalidade). Ele acha que essa posição é legitima para os objetos dados em experiências. Franck Bellemain, CIn - UFPE fb@cin.ufpe.br

Teoria do conhecimento Visões contemporeanas (1) Nietzsche, Marx ou Heidegger: denunciam a parte privilegiada dada ao conhecimento e são ideal objetivisto. Husserl: A intencionalidade dos dados da consciência (relação direta com o objeto visado) permite o acesso às relações constitutivas dos objetos mesmos. Pragmatismo (Peirce, James e Dewey): os conhecimentos são instrumentos de ação e devem ser julgados em função das suas capacidades a previr as experiências. Franck Bellemain, CIn - UFPE fb@cin.ufpe.br

Teoria do conhecimento Visões contemporeanas (2) Positivismo: os problemas filosoficos são reduzidos à metodologia das ciências. Positivismo logico, (Carnap e Wittgenstein): enonciar uma linguagem ciêntífica universal fondada sobre criterios logicos e para que qualquer forma de conhecimento deve conformar- se. Analise linguistica: examinar os uso concreto dos termos e definir regras de uso definitivas para evitar as confusões inerentes às linguas naturais. Franck Bellemain, CIn - UFPE fb@cin.ufpe.br

Epistemologia Definição do Aurélio: Do grego epistéme, (ciência, conhecimento), e logia (estudo) Conjunto de conhecimentos que têm por objeto o conhecimento científico, visando a explicar os seus condicionamentos (sejam eles técnicos, históricos, ou sociais, sejam lógicos, matemáticos, ou lingüísticos), sistematizar as suas relações, esclarecer os seus vínculos, e avaliar os seus resultados e aplicações. Franck Bellemain, CIn - UFPE fb@cin.ufpe.br

Epistemologia Porque interessar-se à epistemologia? prazer intelectual: curiosidade, questões filosoficas, … refletir sobre os objetivos e o sentido dos conhecimentos, determinar os elementos que favorecem a evolução das ciências, para ensinar: os conhecimentos não são ensinados da mesma forma se eles são construidos. E necessário repensar a razão de ser dos conhecimentos, as interlações entre eles, as aplicações e conseqüências. Franck Bellemain, CIn - UFPE fb@cin.ufpe.br

Epistemologia Quais são os fatores que favorecem a evolução dos conhecimentos científicos? Bachelard: “E em termo de obstáculo que deve ser considerado o problema do conhecimento cientifico” e da sua evolução. Um dos maiores fatores de evolução dos conhecimentos são os questionamentos: as questões para ser resolvidas, a formulação das questões e as limitas dos sistemas de formulação para formular essas questões. Franck Bellemain, CIn - UFPE fb@cin.ufpe.br

Objetivos da IA “Artificial Intelligence, a modern approch” Sistemas que pensam como ser humanos Sistemas que pensam racionalmente Sistemas que ajam como ser humanos Sistemas que ajam racionalmente Franck Bellemain, CIn - UFPE fb@cin.ufpe.br

Questionamentos da IA Socrates, Platon, Aristoteles: O problema da racionalidade: poder separar a verdade das opinões e senso comun. Aristoteles é o iniciador da logica. Sem realmente definir um linguagem formal, ele introduz as bases de um raciocinio deductivo: silogismo (premisses e conclusão). Franck Bellemain, CIn - UFPE fb@cin.ufpe.br

Questionamentos da IA O problema da formalização da racionalidade: matemática (cálculo, lógica, probabilidades): Boole, Frege, Tarski introduz os elementos de um formalismo para esse racionalismo: calcular a partir de premisses (axiomas) e de regras logicas se propriedades são certas ou erradas. Franck Bellemain, CIn - UFPE fb@cin.ufpe.br

Questionamentos da IA Limitação da logica formal: David Hilbert: axiomatização da geometria e tentativas de axiomatizar a matematica. Se fala de consistância e completude Entscheidungsproblem: Existem questões que não podem ser resolvidas com um algoritmo? Franck Bellemain, CIn - UFPE fb@cin.ufpe.br

Questionamentos da IA Kurt Gödel: incompletude da aritmética Gödel mostra que uma teoria consistante sobre os números naturais pode ser incompleta. Ele construa um teorema com a propriedade seguinte: ele é ou correto e não pode ser provado ou é incorreto e pode ser provado. A segunda opção não é compativel com a consistância da teoria, então o teorema é correto mas não é provavel. Franck Bellemain, CIn - UFPE fb@cin.ufpe.br

Questionamentos da IA Kurt Gödel:repercussão epistemológica Soluções? Ele mostra que uma teoria não pode explicar todos os fenomenas observados e duas teorias opostas podem coexistir. Exemplo: física relativista e física quantica. Soluções? Probabilidades, redução, teoria da decisão Franck Bellemain, CIn - UFPE fb@cin.ufpe.br

Questionamentos da IA Reconhecimento de padrão, construção de conhecimentos Representação dos significados e contextos (interpretação dos significados) Explicação e interpretação dos erros (produção de significados) Franck Bellemain, CIn - UFPE fb@cin.ufpe.br

Natureza dos conhecimentos Ponto de visto do behaviorismo O behaviorismo interesse-se em comportamentos e não em conhecimentos e vise à evolução dos comportamentos Ponto de visto do cognitivismo Os cognitivistos considerem três noções importantes: operação mental, conceito e sistema simbólico. Segundo Piaget, as operações mentais são centrais. A teoria da informação considere central a memorização das informações. Franck Bellemain, CIn - UFPE fb@cin.ufpe.br

Natureza dos conhecimentos Conhecimentos contextualizados: Os conhecimentos são ligados com situações de uso. Conhecimentos generalizados A generalização é quando os conhecimentos não serão mais ligados a situações particulares. Eles são integrados em uma rede de conceitos (campos conceituais). Franck Bellemain, CIn - UFPE fb@cin.ufpe.br

Natureza dos conhecimentos Metaconhecimentos: Capacidades desenvolvidas sobre o funcionamento dos conhecimentos. A transformação de um procedimento de resolução de um problema em metaconhecimento é fundamental. Franck Bellemain, CIn - UFPE fb@cin.ufpe.br

Natureza dos conhecimentos Sistema de expressão e conteúdos Apesar de ser ligados, distingue-se conhecimentos sobre sistema de representação e conhecimentos sobre conteúdos. Representação mais poderosa não significa mais fácil de usar. Franck Bellemain, CIn - UFPE fb@cin.ufpe.br

Natureza dos conhecimentos Conhecimentos em ato Caracterização de invariantes cognitivos utilizados pelo indivíduo para resolver problemas não explicitados. Domínio de conhecimentos caracterização dos conhecimentos em relação com um domínio Domínio semanticamente rico ou pobre Domínio mais estruturado ou menos estruturado Franck Bellemain, CIn - UFPE fb@cin.ufpe.br

Natureza dos conhecimentos Conhecimentos episódicos, relacional, conceptual episódico: informe sobre sujeito relacional: sobre relação, permite entender como o indivíduo integra as regularidade cooccurrence covariance contra-variance conceptual: natural e científico, categorial e relacional Franck Bellemain, CIn - UFPE fb@cin.ufpe.br

Natureza dos conhecimentos Declarativos e procedimentais distinção saber e saber-fazer saber-fazer deduz se dos saber, mas não é tão simples para o indivíduo. Franck Bellemain, CIn - UFPE fb@cin.ufpe.br

Natureza dos conhecimentos Conhecimentos conceptuais empirismo: associação elementos invariantes com símbolo racional: reflexão sobre os conceitos. Piaget fala de abstração empírica e reflexiva. Conceito: situações de referência invariantes operatórios significados (símbolos) e propriedades Franck Bellemain, CIn - UFPE fb@cin.ufpe.br

Natureza dos conhecimentos Conhecimento, conceito, concepção Chamamos concepção o quadruple (P, R, L, S) (Balacheff): P é um conjunto de problemas; R é um conjunto de operadores; L é um sistema de representação; S é uma estrutura de controle. Franck Bellemain, CIn - UFPE fb@cin.ufpe.br