TM175 Tópicos Especiais em Engenharia Mecânica IV: Ética Parte II – O Indivíduo nas Instituições
QUALIDADE DE DECISÃO
O Alcance da Decisão As organizações são formadas por pessoas Os resultados são atingidos graças ao agir das pessoas Uma decisão bem tomada afeta a pessoa e o seu entorno Pessoa Família Empresa Sociedade Amizades
Fundamentos da Decisão Ética como a arte de viver bem Escolher, decidir e realizar o melhor Para os bens próprio e comum Virtude da Prudência
Âmbito da Decisão A decisão recai sobre a escolha dos fins e dos meios A decisão prudente é a que reúne bons fins e bons meios
Requisitos para a boa tomada de decisão Informação Ouvir Ver Ler Formação Capacidade para interpretar os fatos Estudar Aconselhar-se Circunspecção Circunstâncias de pessoa Circunstâncias de lugar Circunstâncias de cultura Circunstâncias sociais Memória Experiências Leituras Filmes Ponderação Atribuir importância às coisas Ordenar as coisas pela importância Vontade firme Disposição para enfrentar as opções apresentadas Disposição para enfrentar circunstâncias adversas Agilidade Não esperar nem mais nem menos
Qualidade nas Organizações O aperfeiçoamento pessoal e organizacional ocorre quando há qualidade na escolha dos fins e dos meios
Qualidade nas Organizações As decisões recaem sobre o fazer e o agir Elas incidem sobre a eficácia técnica e ética A qualidade arraiga na pessoa ou organização quando incide no fazer e no agir Agir Fazer
A Virtude da Prudência “Auriga virtutum” Condutora das ações rumo à plena realização humana, à excelência, à vida feliz
A Virtude da Prudência A prudência aponta sempre no sentido da virtude, da excelência A virtude é o máximo entre dois extremos: o do excesso e o da falta Não se deve confundir virtude com mediocridade VIRTUDE
A Virtude da Prudência A prudência é um hábito da inteligência: Identificação e juízo de fins e meios Discernir o bem e o mal agir Discernir o bem e o mal fazer Conhecimento técnico, científico, ético, cultural, etc. MAU BOM
A Virtude da Prudência … e também da vontade: Não se deixar levar pelas circunstâncias ao avaliar e decidir Às vezes exige pensar em fins e meios pouco fáceis ou pouco deleitáveis A própria tomada de decisão supõe uma boa dose de vontade
Possibilidades da ação Fazer e agir bem Agir bem e fazer mal Fazer bem e agir mal Agir e fazer mal
Características do agir bem Ação boa em si mesma Trabalhar Intenção reta Crescimento pessoal e organizacional Circunstâncias envolventes da ação Pouco estímulo da organização
Característica do fazer bem Competência Saber como se faz O engenheiro recém-formado tem competência para projetar Habilidade Saber realizar a ação O Engenheiro recém-formado não tem habilidade para projetar
Processos internos reflexivo e volitivo de tomada de decisão Definição de objetivos: intenção Definição da execução Inteligência Vontade Referência à finalidade da ação Idéia básica sobre a finalidade da ação Volição básica da finalidade Juízo de valor sobre a bondade, a conveniência e a possibilidade Intenção do fim do propósito Referência aos meios Deliberação sobre os meios a empregar Satisfação ou consentimento sobre os meios a empregar Juízo de valor sobre os meios mais aptos para atingir o fim Escolha ou decisão Inteligência Vontade Ordem ou mandato de execução Comando da vontade às faculdades que executam o decidido Ordens operacionais Satisfação
Condições para proceder com prudência Deliberar bem Decidir bem Executar com firmeza
Deliberar bem A deliberação é a discussão interna sobre possíveis fins a atingir e meios a executar Quem deve nortear esse processo é a ética Reflexão sobre o passado, o presente e o futuro
Refletir o passado, o presente e o futuro Refletir sobre o passado Aproveitar a experiência pessoal e alheia apropriadas “Otimizar” o passado Refletir sobre o presente Captar os dados que atualmente têm especial relevo Penetrar a fundo no assunto Adequar as experiências do passado à situação atual Refletir sobre o futuro Prever as conseqüências éticas e técnicas da ação Antecipação da consistência das ações futuras Avaliação dos esforços e dos meios a empregar
Decidir bem Julgar o que é bom ou o que é mau, o que é conveniente ou não Julgar sobre os fins e os meios Ter critérios técnico e ético adequados para orientar a decisão Apoiar o julgamento nos critérios adequados A decisão requer a certeza moral, excluindo assim a dúvida
Sobre as dúvidas… Negativas Apóiam-se em motivos insignificantes e pouco sérios de dúvida Possibilidade de falta de matéria-prima (economia sadia) Positivas Apóiam-se em razões sérias de dúvida Possibilidade de falta de matéria-prima (informações sobre uma próxima escassez de matéria-prima) Para sair da dúvida é preciso estudar e se aconselhar (humildade) Nunca se deve decidir se há dúvida positiva Na decisão, deve-se ignorar as dúvidas negativas
Constância na aplicação dos meios Executar com firmeza Uma vez previstas e ponderadas as dificuldades e os esforços necessários na ação, deve-se estar disposto a enfrentar os imprevisíveis Constância na aplicação dos meios
Defeitos contrários à prudência Precipitação Agir sob o ímpeto emocional Inconsideração Descuido em considerar os elementos necessários para o juízo adequado Negligência Desprezo daquilo que foi decidido Inconstância Abandono dos objetivos e dos meios Preguiça Adiamento da execução Indolência Realização frouxa do ato, sem cuidado e sem esmero
Um exemplo: decisão sobre gasto ou investimento BOM Conveniente Ajuda a praticar a virtude Essencial Necessário MAU Supérfluo Nocivo Favorece um vício Prejudicial