FTS na Seguridade Social Maria Helena Machado São Paulo, maio de 2013 6 CONGRESSO CNTSS.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Instituto de Física: Uma agenda para o Futuro. Curso de Física- Bacharelado & Licenciatura Questões: Sugestões: Baixa demanda pelas vagas no curso de.
Advertisements

Política Nacional de Meio Ambiente
A voz e a vez das usuárias: Avaliação da satisfação de mulheres sobre atividade educativa desenvolvida na Semana Mundial do Aleitamento Materno Durante.
PLANO ESTADUAL DE PREVENÇÃO E CONTROLE DAS HEPATITES VIRAIS B E C
CAMPANHA HANSENÍASE, TRACOMA E GEO-HELMINTÍASE
O USO DE ATIVIDADES PRODUTIVAS COMO AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO EM TERAPIA OCUPACIONAL Bolsista: Ana Paula Scheffer Voluntária Orientador: Prof. Dr. Milton.
Bom (boa) dia tarde noite !!.
Tema: Implementação do Cartão Cultural. Jefferson da Silva Carolina São Paulo Rodrigo Quintanilha.
Qualidade da Educação, Gestão Democrática e Avaliação
Democratização do Acesso, Permanência e Sucesso Escolar
Governo do Estado do Tocantins Secretaria da Educação e Cultura
Papel do Estado na garantia do direito à educação de qualidade: organização e regulação da Educação Nacional O Estado e a educação de qualidade: histórico;
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO E CULTURA x Fechar SEDUCSEDUC Avançar Secretaria da Educação e Cultura Maria Auxiliadora Seabra Rezende Governo do Estado do Tocantins.
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO E CULTURA x Fechar Avançar Secretaria da Educação e Cultura Maria Auxiliadora Seabra Rezende Governo do Estado do Tocantins Marcelo.
Projeto ODM Brasil 2015 Objetivos de Desenvolvimento do Milênio Com base em resultados de conferências internacionais, a ONU lançou, no ano 2000, os Objetivos.
PROGRAMA MINHA CASA, MINHA
PROGRAMA MINHA CASA, MINHA VIDA
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação – SLTI Uso do Portal de Compras Governamentais pelos Municípios Alexandre.
I Seminário Educação e Tecnologia A Informática e a Educação Escolar A GESTÃO DE LABORATÓRIOS PÚBLICOS DE INFORMÁTICA FÁBIO FERRENTINI SAMPAIO NÚCLEO DE.
Conferência Regional dos Direitos da Criança e do Adolescente Região do Seridó 15 e 16 de Junho / Caicó-RN EIXO 2: Proteção e Defesa no enfrentamento das.
Formação de Docentes de Educação Profissional na área de Saúde na modalidade a distância Resultado do esforço conjunto do Ministério da Saúde, Escola.
Ministério da Saúde Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde Seminário Formação de Trabalhadores Técnicos em Saúde no Brasil e no Mercosul.
UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO
Governança e Transversalidade nas Políticas Sociais de Minas Gerais A experiência do Programa Travessia.
Resolução SES 3.560/2012 Institui incentivo financeiro complementar para os municípios beneficiados pelo Programa Estruturador Travessia Duplicação do.
SISTEMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO E O REGIME DE COLABORAÇÃO
Seminário 3 Direito e Gestão urbana: novas possibilidades e impasses; crise dos paradigmas de público e privado; gestão democrática; financiamento do desenvolvimento.
A produção do conhecimento em Educação Profissional Ensino Médio integrado aos cursos técnicos de nível médio A produção do conhecimento em Educação Profissional.
ATUAÇÃO DOS AGENTES DO CONTROLE SOCIAL
Atuação dos agentes de Controle Social Contribuindo para a participação responsável e efetiva de agentes municipais, conselheiros e cidadãos.
Ministério da Educação Secretaria de Educação Infantil e Fundamental/ Secretaria de Educação Básica Uma Escola do Tamanho do Brasil.
Grupo de Educação Fiscal de PE -GEFE Março,2005 Programa de Educação Fiscal.
A EDUCAÇÃO FISCAL COMO EXERCÍCIO DE CIDADANIA
Controle Social Palestrante: Dra. Zilda Arns Neumann
1 CONHECENDO O TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. 2 TCU Executivo Controle Interno Judiciário Controle Interno Legislativo Controle Interno O Modelo de Controle.
Ambiente Sustentável A partir da década de 1970, motivados pelos riscos ecológicos globais e pelas crises energéticas do petróleo, diferentes movimentos.
O CHAMADO “TERCEIRO SETOR” E O CONTROLE SOCIAL
“Missão Institucional”
Programa Reconhe-Ser Portaria-TCU nº 140/2009
Controle de Gastos Públicos
LIDERANÇA COMO INVESTIMENTO PROPULSOR DE MOTIVAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES
ENCONTRO NACIONAL DE TECONOLOGIA DA INFORMAÇÃO PARA OS MUNICÍPIOS e do SOFTWARE PÚBLICO BRASILEIRO 1º Encontro Banco de Talentos.
Secretaria de Comunicação
Segurança Alimentar e Justiça Social Walter Belik.
Tendência do Food Service: Oferecer alimentação Saudável
ARQUITETURA ESTRATÉGICA CEFETES VALORES COMPARTILHADOS MISSÃO Promover educação profissional e tecnológica de excelência, por meio do ensino, pesquisa.
UT Informação em Saúde, Gestão do Conhecimento e Comunicação da OPAS/OMS Brasil Relato sobre o Seminário de Gestão da Informação e do Conhecimento em Saúde.
GOVERNO DO ESTADO DO MARANHÃO SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO – SEPLAN SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE E RECURSOS NATURAIS UNIVERSIDADE.
Projetos Apoiados Entre 1990 e 2003 foram apoiados 225 projetos em Educação Ambiental nas cinco regiões do Brasil.
TRIPOLIFOSFATO DE SÓDIO NOS DETERGENTES EM PÓ
SECRETARIA DE CIDADANIA CULTURAL. ATUALIZAÇÃO DO PROGRAMA CULTURA VIVA JANEIRO/2012.
OFICINA DE PROGRAMAÇÃO PACTUADA E INTEGRADA
Programa de Saúde Mental Comunitária Secretaria Municipal da Saúde
GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL SECRETARIA DA SAÚDE POLÍTICA DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE MENTAL EXPERIÊNCIA INOVADORA SEGUIMENTO E AVALIAÇÃO DA.
Mãe Curitibana Vasectomia Ambulatorial Mãe Curitibana Vasectomia Ambulatorial.
. MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Atenção à Saúde Departamento de Regulação, Avaliação e Controle Coordenação Geral de Sistema de Informações.
L Programa de Regularização Fundiária - SEHAB l Projeto São Pedro Cidadão - HPSP / SES l Programa Coletivos de Trabalho - STCAS l Programa de Regularização.
SECRETARIA DA ECONOMIA CRIATIVA
SECRETARIA DE CIDADANIA CULTURAL. A TEIA É O ENCONTRO DA DIVERSIDADE CULTURAL BRASILEIRA, QUE REVELA AO BRASIL A RICA PRODUÇÃO CULTURAL DOS PONTOS.
M e d A d m i n. Quem é o público alvo da ideia? Profissionais vinculados à área da saúde, em particular, àqueles responsáveis pela administração de medicamentos,
App mobile de voluntariado com Geolocalização
Região Sul Coordenador: José Cezar Pereira - EPAGRI.
- Princípios, referencial teórico da integração pesquisa- ATER e Agricultores familiares. Princípios Garantir a todos os agentes a participação igualitária.
Como deve ser desenvolvido um plano de trabalho futuro considerando
SUA CARREIRA, SEU FUTURO O PLANO DE CARREIRA, CARGOS E SALÁRIOS TEM COMO OBJETIVOS, ENTRE OUTROS DE: REESTRUTURAR AS FUNÇÕES DENTRO DE UMA FILOSOFIA DE.
METODOLOGIA DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO INTRODUÇÃO A PESQUISA ACADÊMICA Roberval Francisco de Lima SÃO ROQUE 2006.
SECRECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E CORRDENAÇÃO GERAL CAPACITAÇÃO PARA ELABORAÇÃO PTA/LOA Cuiabá, 21 de junho de 2004.
Lema: Cidade para Todos e Todas com Gestão Democrática, Participativa e Controle Social Tema: Avanços, Dificuldades e Desafios na Implementação da Política.
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO Coordenadoria de Gestão da Educação Básica Diretoria de Ensino JAÚ 1 1.
Fundação Oswaldo Cruz Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca Maria Helena Machado 2013.
Transcrição da apresentação:

FTS na Seguridade Social Maria Helena Machado São Paulo, maio de CONGRESSO CNTSS

Ao longo das duas décadas do SUS ocorreu forte inversão do parque sanitário brasileiro, especialmente aquele sob o comando público: houve uma descentralização dos órgãos, hospitais, ambulatórios, leitos e empregos em saúde, que passaram a ter centralidade nos municipios. Três movimentos estruturais são identificados neste período: 1)Expansão do setor; 2)Encolhimento da rede hospitalar relativamente ao crescimento populacional; 3)Expansão dos empregos de saúde.

1.Expansão do setor saúde, tanto no privado como no público. Na década de 1970 existian estabelecimentos de saúde; em 1980, ; e 2002 passa para , gerando mais de dois milhões de empregos diretos. Dados atualizados do IBGE (2009) mostram que setor saúde continua crescendo. Contabilizam-se mais de 94 mil estabelecimentos de saúde; leitos hospitalares e mais 3 milhões de empregos de saúde. O setor publico municipal continua em expansão, sendo, registrando estabelecimentos de saúde e empregos de saúde.

2- Encolhimento da rede hospitalar, configurando-se assim, na desospitalização do sistema, que começa a adotar a nova orientação que prioriza a assistência ambulatorial. Contudo, isso não resultou na diminuição da demanda hospitalar, ao contrário, hoje se tem um déficit de leitos na rede. (1976= leitos); (2002= leitos). 3- Expansão dos empregos de saúde na esfera municipal que, na década de 1970 contava com pouco mais de 25 mil empregos, chegando a mais de 1 milhão e 200 nesta década 2010, tornando-se o maior empregador do SUS.

Paralelamente ao processo de municipalização do Sistema de saúde, o Brasil experimentou um crescimento de municípios sem precedentes. Em 50 anos ( ), o país dobra o numero de municípios, passando de para mais Observa-se outra onda paralela a da municipalização, a onda da urbanização. O país se tornou, irremediavelmente, urbano. Destacam-se 3 fenômenos relacionados a esse processo: Concentração de mais de 90% de municípios com população com menos de 50 mil habitantes. 48% municípios têm menos de 10 mil habitantes;

Concentração populacional: apenas 4% dos municípios (com mais de 100 mil habitantes) concentram-se mais de 50% da população do país; por outro lado, 50% dos municípios respondem por apenas 8% da população; Correlação assimétrica da população X empregos de saúde: apenas 4% de municípios detém 65% dos empregos de saúde. Por outro lado, 73% de municípios detém apenas 13%. ESSE É O CENÁRIO QUE SE ESTRUTURA O SUS: SAÚDE, DIREITO DE TODOS E DEVER DO ESTADO.

A COMPLEXIDADE DO SUS NO ÂMBITO DA GESTÃO DO TRABALHO NO SUS 48% dos municípios têm menos de 10 mil habitantes 90% dos municípios têm menos de 50 mil habitantes 0,6% dos municípios têm mais de 500 mil habitantes 61% do Território Nacional constitui a Amazônia Legal; 12% da população brasileira vivem na Amazônia Legal 12% dos empregos de saúde estão na Amazônia Legal Menos de 10% dos médicos, dos enfermeiros e dos odontólogos estão na Amazônia Legal Dos mais 2 milhões e meio empregos de saúde, mais de 50% estão nas Regiões Sul e Sudeste ( 7 estados).

Fonte: IBGE, Estimativas Populacionais para 2009 AMS/IBGE, 2009 NORTE Total: Superior Téc/auxiliar Elementar Administrativos SUDESTE Total: Superior Téc/auxiliar Elementar Administrativos SUL Total: Superior Téc/auxiliar Elementar Administrativos Distribuição de empregos em saúde por escolaridade segundo Regiões - Brasil, 2010 BRASIL Total de empregos em saúde Superior Tec/aux Elementar Administrativos NORDESTE Total: Superior Téc/auxiliar Elementar Administrativos CENTRO-OESTE Total: Superior Téc/auxiliar Elementar Administrativos

(*)- Não estão inclu í dos os empregos administrativos Fonte: IBGE, Pesquisa Assistência M é dico Sanit á ria ( v á rios anos) Evolução dos Empregos de saúde -Brasil,

Evolução dos Empregos de saúde por setor- Brasil, Fonte:IBGE, Pesquisa Assistência M é dico Sanit á ria ( v á rios anos)

A FTS no contexto sanitário brasileiro Contingente com predomínio de pessoal qualificado (técnico e superior (+70%); Hegemonia feminina (+ 70% FTS); Multiemprego crescente em diversas categorias profissionais; Prolongamento das jornadas de trabalho; FTS concentrada nos grandes centros;

Grande defasagem salarial gerando insegurança entre os trabalhadores (presente e futuro), atingindo a FTS atual, a reposição e a aposentadoria; Precárias condições de trabalho especialmente na rede pública; Adoção no processo de trabalho (regular) do sistema de Plantões pelos profissionais; Sinais de adoecimento da FTS; Trabalhadores com forte sentimento de vida contrariada;

Explosão de escolas de formação de profissionais de saúde, gerando desequilíbrio entre oferta e demanda; Pulverização da formação dos profissionais de nível técnico; Surgimento de novas demandas no Congresso Nacional por criação de novas profissões (superior e técnico); Surgimento de novas demandas no Congresso Nacional por piso salarial e jornadas de trabalho por profissões (superior e técnico); Fragmentação do movimento sindical;

I Conferência de RHS I Conferência de RHS – 1993 III Conferência de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde CRONOLOGIA DAS CNRHS

Período caracterizado por incentivo à formação profissional, especialmente nível superior; estratégias de expansão de empregos privados com financiamento público; incentivo de contratação de médicos e atendentes de enfermagem; incentivo à hospitalização e especialização. Período caracterizado ( ) pelo surgimento de dispositivos institucionais para reverter o quadro existente; e de , pela sua implementação: aumento da participação do setor público (ambulatorial e hospitalar); aumento da formação do pessoal técnico e sua incorporação nas equipes de saúde. CRONOLOGIA DAS POLITICAS DE RH

Período 1987 em diante- caracterizado pelas mudanças estruturais rumo à Reforma Sanitária, marcadas especialmente pelo processo de descentralização da assistência e, consequentemente, dos trabalhadores que integram o sistema. A década de 1990 foi marcada pela adoção de políticas neoliberais, constituindo-se em anti-políticas para os trabalhadores de saúde. Década de 1990: década perdida para os trabalhadores da saúde.

A NOB-RH, construída na década de 1990 – pouco influenciou positivamente na formulação de politicas de RH nessa década. Ela só vai ser adotada, na década seguinte, no governo Lula com a criação da SGTES- SECRETARIA DE GESTÃO DO TRABALHO E DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE, em Inicia-se ai, um novo tempo para a Gestão do Trabalho buscando reverter os efeitos deletérios das politicas neoliberais que tanto afetaram negativamente os trabalhadores da saúde.

A gestão do trabalho tem merecido, na atualidade, atenção por parte de todas as instituições que buscam a correta adequação entre as necessidades da população usuária e seus objetivos institucionais. Pensar em gestão do trabalho como eixo da estrutura organizacional dos serviços de saúde significa pensar estrategicamente, uma vez que a produtividade e a qualidade dos serviços oferecidos à sociedade serão, em boa parte, reflexos da forma e das condições com que são tratados os que atuam profissionalmente na organização. Daí, a importância de se estruturar uma efetiva política para a área nas três esferas de governo, envolvendo os setores públicos e privados que compõem o sistema de saúde e contribuindo, dessa forma, para a promoção da melhoria e humanização do atendimento ao usuário do SUS.

O que precisamos avançar?

Antes de mais nada, assegurar a manutenção e o aperfeiçoamento das políticas de gestão do trabalho elaboradas e aprovadas em todas as instâncias do SUS nos últimos anos: Desprecarização do Trabalho; consolidação do Sistema Nacional de Negociação no âmbito do SUS; institucionalização da Mesa Nacional de Negociação com dotação de estruturas formais e permanentes no âmbito do MS; implantação das Diretrizes do PCSS-SUS; consolidação da Política Nacional de Promoção e Saúde do Trabalhador da Saúde; aperfeiçoamento do sistema regulatório; ampliação das atividades do CNS/CIRH na elaboração dos pareceres para os cursos de saúde, entre outras.

Além disso, devemos urgentemente promover: Por iniciativa do executivo em comum acordo com gestores das três esferas de governo e com os trabalhadores a aprovação no Congresso Nacional de uma carreira nacional no âmbito do SUS com foco municipal tomando como base as Diretrizes do PCSS-SUS. Discussão com os trabalhadores e gestores das três esferas de gestão do SUS para instituição do piso salarial regional/ nacional dos trabalhadores, reduzindo com a deletéria disputa por quem paga mais, bem como as iniciativas coorporativas presentes hoje no Congresso Nacional.

Necessidade de estudar o custo financeiro e político da recuperação salarial dos trabalhadores da saúde, com a pactuação de um Programa Nacional de Recuperação Salarial dos Trabalhadores da Saúde em todo âmbito do SUS; Necessidade de discutir e aprovar no Congresso Nacional a proposta de Serviço Civil Optativo ou Obrigatório para as profissões da saúde em consonância com as necessidades sociais do SUS;

Necessidade de enfrentar o grande desafio de resolver a desassistência que hoje ainda persiste nos lugares de difícil acesso e provimento (especialmente na Amazônia Legal e áreas indígenas), criando, para esta situação, uma carreira especial que atenda especifica e definitivamente essa necessidade e demanda social e estrutural; É preciso formular políticas específicas e consistentes para a qualificação e reprofissionalização de um expressivo contingente de trabalhadores de nível auxiliar e técnico que se encontram à margem desse processo, que conta aproximadamente 25% da FTS que dedicam a gestão e gerência do SUS.

No inicio da década de 2000 se iniciou um processo de reprofissionalização da enfermagem com a elevação da escolaridade e mudança de suas funções técnicas através do PROFAE. Contudo, é preciso ir além, dando condições também à este enorme contingente de trabalhadores para a possibilidade de, também, fazer a mudança funcional através de medidas legais de ascensão profissional. É imperioso ter um diagnóstico da real situação do contingente de nível médio no que tange a formação e qualificação e a partir deste diagnóstico, elaborar políticas específicas estruturantes que objetivem a adequação da FT à missão do SUS e em comum acordo com gestores e trabalhadores construir políticas de inclusão social destes trabalhadores, dando-lhes possibilidade real e legal de ascensão funcional/profissional no âmbito de sua carreira.

Promover a expansão da Negociação do Trabalho no SUS, constituindo um arcabouço jurídico-legal no âmbito do SUS; Adotar medidas legais para eliminar o trabalho precário; Adotar medidas legais para implantação das Diretrizes do PCCS-SUS; Adotar medidas legais para implantação das Diretrizes da Saúde e Promoção dos trabalhadores do SUS.