Gisele Alt de Oliveira Liseane Silveira Camargo

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Transcrição da apresentação:

Gisele Alt de Oliveira Liseane Silveira Camargo Capítulo 5: Problemas de Inclusões PIAGET, Jean et al. Abstração Reflexionante: relações lógico-aritméticas e ordem das relações espaciais. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. Gisele Alt de Oliveira Liseane Silveira Camargo

Objetivos da pesquisa Primeiro: Variar provas de inclusões e implicações e analisar o que conduz de uma a outra. Hipótese: a implicação se constrói por abstrações e generalizações a partir da inclusão. Segundo: Analisar a ARF - como os sujeitos reconstroem seus raciocínios. Prova anterior: Verificava somente a quantificação da inclusão = agrupamentos (p. 75).

Técnica Utilizada 1ª Questão – de inclusão: Apresenta-se um buquê de 7 margaridas e 2 rosas: “Há mais flores ou mais margaridas?”. Apresenta-se um conjunto de cartões verdes, com círculos e quadrados: “Há mais formas verdes ou pequenas?”. 2ª Questão – problemas de inferência (p.76 - 77). 3ª Questão – de implicação: perguntas verbais e uso dos cartões. 4ª Questão – Comparações entre os jogos. 5ª Questão – Elaboração de um jogo análogo.

Estádios Estádio I da inclusão e da implicação: Em IA ocorre fracasso sistemático na prova das flores e oscilações na prova dos cartões. Ver JOS e CAT (p.78). Estádios II e III: Em IIA a inclusão das classes das flores é bem sucedida mas com hesitações e, a dos cartões, de maneira imediata e bem motivada. Ver PIT (p.80); ALA (p.83) e SAM (p.84).

A Utilização dos Indícios Indícios: Todos verdes; quadrados grandes e pequenos; círculos pequenos. Implicações: grandes → quadrados pequenos → quadrados ou redondos Implicação significante (base nos fatos, agrupamentos). Ver SIR e PER (p.87) – IIA.

A Utilização dos Indícios Implicação proposicional: parte da implicação significante; estrutura de “conjunto de partes” (p.89-90). Ver CAT (p.90). Implicações significantes → inclusões → implicações proposicionais

As abstrações refletidas (ARF) IA: ausência de estrutura, somente busca por semelhanças e diferenças através dos materiais e dispositivos. (JOS e BAR, p.91) IB: Correspondência termo-a-termo assegurariam a passagem das correspondência qualitativas aos começos de extensão (p.93). (COS, p.92) Conservação das qualidades é necessária à aquisição da inclusão.

As abstrações refletidas (ARF) IIA: Quantificação de inclusão. (ROG, p.94) IIB: Tomada de consciência entre as relações global e particular. (ALA, p.94-95) III: meta-reflexão. (SAM, p.95)

Conclusões Três grandes tipos de conexões são: Relação intensiva = implicação significante (compreensão). Dominado pela AE. Relação extensiva = implicação proposicional * Implicação significante: propriedades qualitativas e ausência de negações interiorizadas. * Ver p.97. * Produtos AR

A implicação significante consiste em reconhecer nos objetos a existência de propriedades qualitativas, significativas para o sujeito. Ele está ativo, entrega-se incessantemente a assimilações, fontes dos estabelecimentos de relações. É papel preponderante da abstração empírica nas implicações significantes que explica suas limitações, visto que as atividades do sujeito, neste caso, ficam mais reduzidas do que no caso das ligações anteriores.

A 1ª limitação é devido à natureza qualitativa das significações iniciais. A 2ª limitação dos sistemas primitivos é a ausência de negações. A abstração reflexionante que conduz da implicação significante à inclusão é, sem dúvida, fonte de construções essencialmente novas no sentido de não pré-formadas, mas estas novidades resultam da “reflexão” reorganizadora, necessária pelo “reflexionamento” dos dados já adquiridos, no patamar inferior e que se trata de reconstruir em novos termos, próprios do patamar superior. p.100

Reflexionamento: da implicação à inclusão Implicações significantes → Função semiótica → Evocações extensivas Novidades: 1ª : Partir de extensões é considerar os objetos estáveis. A inclusão procede das extensões. A inclusão compara. 2ª : Tematizar as extensões considerando as quantidades. 3ª : A correspondência entre as classes não basta. Necessita compreender a relação de uma subclasse A não com uma outra, mas com a classe total B. Para isso precisa de ARF. 4ª : As “diferenças” precisam ser promovidas à ordem das negações.

Reflexionamento: da inclusão à implicação proposicional Novidades: 1ª: A inclusão se constrói no patamar dos “agrupamentos” de classe e relações, no das operações concretas, apoiado diretamente sobre os objetos. A implicação proposicional apóia-se em enunciados quaisquer (verbais ou concretos). 2ª: Os quantificadores proposicionais supõem correspondência e não-correspondência. 3ª: Reflexão às ARF e “meta-reflexivas” para se apoiar em todos os encaixes possíveis. Resulta no “conjunto das partes”. 4ª: Generalização da negação.

A reflexão reorganizadora deve prolongar o reflexionamento, assim como englobar o conteúdo e a forma do nível anterior no novo conteúdo ampliado, no plano superior e na nova forma a que se trata de adaptá-la; Para reconstituir as antigas formas no novo patamar é preciso construir uma forma das formas, o que constitui o princípio dos enriquecimentos. (pág.103)

Conclusões Gerais O primeiro resultado das abstrações reflexionantes, seja de diferenciação, seja de objetivação, é o de conceituação. A tomada de consciência está sujeita a múltiplas deformações e seu ajustamento pode ser trabalhoso. A noção de ordem e a função como dependência orientada.