PÉ TORTO CONGÊNITO LEOPOLDINA MILANEZ DA SILVA LEITE

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
TERMOS DE POSIÇÃO E DIREÇÃO
Advertisements

GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Samuel Magalhães R3 Dr Paulo Colares
FRATURAS POR ESTRESSE (“stress”)
Fraturas do Pé Fraturas de calcaneo= são mais graves quando atingem as superficies articulares sub-astragalinas e as que produzem alterações no ângulo.
FRATURAS DO JOELHO PLANALTO TIBIAL
ARCOS PLANTARES CAVOS, PLANOS E NORMAIS.
Disciplina de Traumato-Ortopedia e Reumatologia
Anatomia Planos e eixos de movimento Principais ossos é músculos
QUAIS AS LESÕES FREQUENTES DO TORNOZELO DO ATLETA ?
Roberto da Cunha Luciano
Introdução a Podologia II
TRATAMENTO CIRÚRGICO NA DISPLASIA DO DESENVOLVIMENTO DO QUADRIL
Imobilismo.
Alongamento Prof. Kemil Rocha Sousa.
LESÕES MUSCULARES E ARTICULARES
PRINCIPIOS E TRATAMENTO DAS FRATURAS
Anatomia tornozelo e pé
VARIAÇÃO ROTACIONAL E TORCIONAL DOS MEMBROS INFERIORES EM CRIANÇAS
DEFEITOS DE FECHAMENTO DO TUBO NEURAL
ANATOMIA HUMANA SECÇÕES ANATÔMICAS PLANOS E EIXOS ANATÔMICOS
ENTORSE, LUXAÇÃO, FRATURAS
Incidência AP Factores Técnicos Protecção Respiração
ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA
RUPTURA TENDÃO DE AQUILES
Fraturas do Membro Superior Andrey Wanderley.
CURSO DE PÓS-LICENCIATURA EM ENFERMAGEM DE REABILITAÇÃO
ESTUDO CINESIOLÓGICO DAS ARTICULAÇÕES
FRATURAS e LUXAÇÕES.
Síndrome do Túnel do Tarso
Fraturas e Luxações do Tornozelo
Esqueleto da Porção Livre do Membro Inferior
Afecções Punho, Mão e Dedos
TRAUMATOLOGIA DOS MEMBROS INFERIORES NA CRIANÇA
ARTICULAÇÕES DO MEMBRO INFERIOR
TENOSSINOVITE D´QUERVAIN
Aconselhamento em Cardiopatias Congênitas
Ortopedia e Traumatologia UERJ Fernando Cerqueira
Fraturas da Perna Karen Levy Korkes.
FRATURAS DOS MEMBROS SUPERIORES EM CRIANÇAS
APARELHO LOCOMOTOR Sistema Articular Prof. Aloísio Cardoso Jr.
Doença de Legg-Calvé-Perthes
ESPINHA BÍFIDA OU MIELODISPLASIA
ESCOLIOSE ESCOLIOSE ESCOLIOSE.
Alterações Posturais.
COTOVELO DOS ATLETAS. TESTE DE MILL TESTE DE COZEN.
TORCICOLO CONGÊNITO.
REFLEXOLOGIA ZONAL.
FERNANDO BARBOSA BENVENUTO RADIOLOGIA
LESÕES TRAUMÁTICAS DO SISTEMA MUSCULO ESQULÉTICO
Pontos chaves – como utilizar?
Ana Silvia Diniz Makluf
Lesões mais frequentes no futebol
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM NEUROLOGIA INFANTIL
Músculos do Quadril.
Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional
Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional
Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional
Avaliação dos métodos do Kite e do Ponseti no Tratamento Conservador do Pé Torto Congênito Idiopático no Hospital Martagão Gesteira. Autores:Fernando Cal.
Autores: Fernando Cal Garcia Filho; Natália de Azevedo Modesto; Rui Godoy Maciel; Lucas Cortizo Garcia; Fabio Matos; Fernanda Cortizo Garcia.. TRATAMENTO.
XII Congresso Brasileiro de Ortopedia Pediátrica AVALIAÇÃO RADIOGRÁFICA DE PACIENTES SUBMETIDOS A TRATAMENTO DE PÉ TORTO CONGÊNITO IDIOPÁTICO PELO MÉTODO.
Músculos que atuam no pé e nos dedos do pé.
Hemimelia Tibial Reconstrução Cirurgica com Preservação Autores: Wagner Nogueira da Silva Gustavo Alves de Mendonça Fábio Ribeiro Baião.
Exame Físico do Tornozelo
Transcrição da apresentação:

PÉ TORTO CONGÊNITO LEOPOLDINA MILANEZ DA SILVA LEITE Serviço de Ortopedia Infantil – HUMI -UFMA

É uma deformidade complexa que compromete estruturas ósseas e partes moles, caracterizada por eqüino do retropé, varo do calcâneo, adução e supinação do médio e antepé e cavo

Incidência: 1:1000 nascidos vivos É bilateral em 50% dos casos M:F – 2:1 Etiologia não esclarecida ocorrência familiar sugere influência genética; multifatorial; teoria histológica (defeito do plasma germinativo do osso); bloqueio do desenvolvimento fetal, oligodrâmnios, aminiocentese precoce.

PTC e genética

navicular – cubóide – calcâneo desviados no sentido plantar e medial em relação ao tálus deformidade óssea mais importante: tálus (extremidade anterior desviada medial e plantar, colo encurtado e corpo pequeno; ângulo de 90°) Desvio medial do navicular em relação ao corpo do tálus Ligamentos espessos, músculos hipoplásicos.

O diagnóstico é evidente Exame físico completo (outras deformidades congênitas, disrafismo medular, alterações neuromusculares e sindrômicas) Classificação: postural verdadeiro ou idiopático teratológico

Esclarecimento da família – IMPORTANTE! Informações sem alarde mas COM REALIDADE Não é uma alteração na posição do pé, mas uma DEFORMIDADE Tratamento adequado: função normal para o desempenho das atividades físicas Acompanhamento até a maturidade

Objetivos do tratamento: obter um pé plantígrado, indolor, flexível, com boa força muscular e que permita o uso do calçado comum.

Tratamento Conservador Métodos de manipulação e imobilização Método de KITE: Correção seqüencial da adução, supinação,e eqüino. Trocas até o 6º mês. Apoio do polegar na parte anterior do calcâneo e antepé forçado em abdução. Resultados variáveis.

Tratamento Conservador Método de Ponseti: Princípio: “O tálus encontra-se fixo na mortalha tibiofibular e os demais ossos devem mover-se em relação a ele”

As deformidades em cavo, adução e varo devem ser corrigidas simultaneamente O cavo é corrigido por supinação O pé não deve ser pronado em nenhuma fase do tratamento O eqüino é corrigido por último Tenotomia do calcâneo

Descrição do Método de Ponseti Correção do CAVO: O cavo deve ser corrigido no primeiro gesso, pelo alongamento das estruturas plantares e sua manutenção em supinação em relação ao retropé

Correção do varo e adução Pé em supinação, polegar apoiado lateralmente na cabeça do tálus, realiza-se a abdução do pé O varo de retropé é corrigido com abdução Gesso inguinopodálico com joelho em 90° de flexão, pé em rotação externa de 50º no quinto gesso e 70º no sexto e último gesso.

Correção do eqüino Após correção da adução e varo. Obtém-se com dois ou três gessos bem moldados no calcanhar após manipulação para alongar partes moles. Qdo não se consegue a dorsiflexão, indica-se a tenotomia percutânea do tendão calcâneo Gesso inguinopodálico com tornozelo em dorsiflexão de 15° e rotação externa acentuada (70 a 90°)

A manutenção da correção com aparelho de Denis-Brown com rotação externa de 70º em uso contínuo por três meses, seguida por uso noturno por 2 a 4 anos

Método de Ponseti

Tratamento cirúrgico Realizar os procedimentos entre 9 meses e 1 ano O pé deve ter pelo menos 8 cm na época da cirurgia Recomenda-se o procedimento “a la carte” Mediopé e antepé alinhados, mas com eqüino persistente – liberação posterior ou póstero-lateral Deformidade em cavo – liberação plantar Incisão mais recomendada: Cincinnati

Obrigada!