QUÍMICA FINA: Indústria Cosmética.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
PROCESSOS INDUSTRIAIS ORGÂNICOS
Advertisements

BIOQUÍMICA Gabriel Gouveia.
REAÇÕES ORGÂNICAS.
C A + B X C B + A X REAÇÕES ORGÂNICAS - CLASSIFICAÇÃO:
TENSOATIVO.
BIOQUÍMICA QUÍMICA DA VIDA.
Ácidos Carboxílicos Na química orgânica, ácidos carboxílicos são ácidos orgânicos caracterizados pela presença do grupo carboxila. Em fórmulas químicas,
Compostos Bioquímicos.
QUÍMICA ORGÂNICA Química orgânica é a química dos compostos do carbono
ÁLCOOIS São compostos orgânicos que possuem uma ou mais hidroxilas (OH) ligadas diretamente a carbono(s) saturado(s).
Álcool gel Turmas Prof. Luiz Antônio Tomaz.
(Pozolana + cal + água = C-S-H)
QUÍMICA GERAL Aula 09 – SOLUÇÕES E REAÇÕES EM SOLUÇÃO AQUOSA
CAPITULO 4- INIBIDORES DE CORROSÃO
Capítulo 19 Química Orgânica II: Os Grupos Funcionais QGE 001 Prof
O que você deve saber sobre
A INDUSTRIA DO SABÃO.
Aldeídos.
Composição molecular da célula
BIOQUÍMICA.
Fundamentos de Química Orgânica
Aula de Química Intensivo 31/10/2012.
Equilíbrio em Soluções Aquosas
COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS SERES VIVOS.
Química Orgânica.
Professora: Ana Carolina Braz
Ácidos carboxílicos e derivados
BIOQUÍMICA PROF. RENÊ MACHADO.
Métodos gerais de análise
Moléculas Orgânicas, Pequenas e Grandes.
1. REAÇÕES DE SUBSTITUIÇÃO.
POLÍMEROS CONCEITO Macromoléculas constituídas de unidades repetitivas, ligadas através de ligações covalentes. Moléculas são eletricamente neutras com.
ÉSTERES, LÍPIDES e SABÕES
Mariana Fontana Westphalen
Reações Químicas Orgânicas I
A Base Molecular da Vida Prof(a): Alexsandra Ribeiro
QUÍMICA ORGÂNICA Definição atual: é o ramo da química que estuda os compostos do carbono. Reação de Friedrich Wöhler (1828): NH2 NH4CNO  O.
Prof. Duda.
Funções Químicas Ácidos – Bases – Sais - Óxidos
SUSPENSÕES E SOLUÇÕES.
BIOQUÍMICA Professor : CHARLTON JEAN.
LIPÍDIOS.
Biologia volume único 3.ª edição Armênio Uzunian Ernesto Birner.
Profa: Nádia Fátima Gibrim
BASES Função Inorgânica.
Lipídios Profa. Halene Maturana.
Formulações e Formas Farmacêuticas
Equilíbrio ácido-base
João Victor Oliveira Bertolo Nº USP
“Funções Inorgânicas”
Adjuvantes São substâncias adicionadas à formulação herbicida ou à calda herbicida para aumentar a eficiência do produto ou modificar determinadas propriedades.
REAÇÕES EM SOLUÇÕES AQUOSAS E ESTEQUIOMETRIA DE SOLUÇÕES
Carboidratos.
Bases Dermatológicas.
BASES Substâncias de sabor adstringente (“amarra, “prende” a língua), como a banana verde ou de sabor caústico (corrosivas). São substâncias formadas pela.
MATERIAIS POLIMÉRICOS
Classificação dos Produtos Cosméticos.
Nádia Fátima Gibrim Lipídios Nádia Fátima Gibrim
Preparações Cosméticas para Banho
Reações de Eliminação Prof: Renê Machado. Reações de eliminação      C  C    C = C  + XY   X Y.
Professor: Rodrigo Souza
Sistemas transdérmicos:Pomadas, Pastas, Cremes e Loções
Funções Química HNO 3 HCN HNO 3 KOH Mg(OH) 2 NaCl Al(OH) 3 SO 2 CaO CO MgSO 4 CaCO 3 Quais substâncias apresentam propriedades semelhantes ? FUNÇÕES INORGÂNICAS.
Docente: Josiane Dantas Costa
Profa. Mayumi Eliza O. Sato
BIOQUÍMICA LIPÍDEOS → produtos naturais de origem animal ou vegetal onde predominam ésteres de ácidos graxos superiores. Os lipídeos mais comuns são conhecidos.
Óxidos Àcidos Bases Sais Cláudia Bacchi.
Álcool gel Turmas 300 Prof. Luiz Antônio Tomaz. Com o surto de casos de gripe A no Brasil, provocada pelo vírus H1N1, a demanda pelo uso de álcool em.
Professora Cláudia Bacchi REAÇÕES ORGÂNICAS. Professora Cláudia Bacchi Reação de Substituição: É aquela em que um átomo ou grupo de átomos é substituído.
Transcrição da apresentação:

QUÍMICA FINA: Indústria Cosmética

Produtos Cosméticos “Substâncias ou preparações que são aplicadas externamente sobre o corpo humano e na cavidade oral, inclusive para dentaduras, para limpeza, cuidado, para influenciar a aparência ou o odor do corpo, para conferir odor ao corpo, exceto se eles são interpretados para tratar ou remover doenças, indisposições, ferimentos corpóreos ou aflições de saúde. Exceção: produtos para influenciar a forma do corpo”.

Classificação dos produtos cosméticos Funções técnicas: Higienizar; Conservar/ proteger; Reparar/ corrigir/tratar/ tonificar; Maquilar/ enfeitar.

Classificação dos produtos cosméticos Formas de apresentação: Soluções transparentes alcoólicas e de tensoativos; Óleo Leite Loção Creme Gel Pasta Espuma (mousse) Suspensão Pó

Classificação dos produtos cosméticos Direcionamento do produto Pele (corpo e rosto): produtos para banho, sabonetes líquidos, demaquilantes, cremes e loções hidratantes, nutritivos, etc Cabelo: xampus, condicionadores, fixadores, formadores de cachos, tinturas, etc. Cavidade Oral: creme dental, produtos para higiene em geral, etc.

Composição dos produtos cosméticos Tensoativos, Agentes com propriedades específicas, Estabilizantes, Agentes de atributos estéticos Veículo. Independente do direcionamento da formulação ser para pele ou cabelo, das suas formas de apresentação (líquido, creme, gel) e de suas funções técnicas.

Sistemas emulsionados Veículo: água Componentes oleosos: emolientes Emulsionantes Componentes com propriedades específicas: Espessantes/ agentes de consistência Umectantes Princípios ativos e promocionais Agentes de neutralização Estabilizantes da formulação: Seqüestrantes Antioxidantes e fotoantioxidantes Conservantes Modificadores dos caracteres organolépticos: Fragrâncias Corantes Agentes de brilho pérola e Opacificantes

Xampus e condicionadores Tensoativos primários: Bases detergentes para shampoos Bases quaternizadas para condicionadores. Tensoativos secundários para shampoos e sabonetes: Estabilizantes de espuma Promotores de viscosidade Agentes doadores de propriedades específicas Agentes de consistência e espessantes Agentes de condicionamento e penteabilidade Redutores de irritação e de pH Princípios Ativos/ filtros solares Estabilizantes da formulação Seqüestrantes Conservantes Antioxidantes Solubilizantes e emulsionantes Modificadores das caracteres organolépticos e atributos de marketing Corantes Perolizantes Fragrâncias Veículo (água).

Utilização das matérias primas em produtos cosméticos Propriedades funcionais e físico químicas: são derivadas das estruturas químicas. Podem estar: solubilizadas, emulsionadas ou suspensas em um veículo, geralmente aquoso ou então estar na forma de pó.

MATÉRIAS PRIMAS Classificação Origem: inorgânicas ou orgânicas naturais ou sintéticas. Constituição química Propriedades ou benefícios conferidos à formulação e ao ser humano.

MATÉRIAS PRIMAS Constituição química Hidrocarbonetos Álcoois Éteres Aldeídos Cetonas Ácidos carboxílicos Ésteres Aminas Polímeros sintéticos Hidratos de carbono

Benefícios ao ser humano e à formulação MATÉRIAS PRIMAS Benefícios ao ser humano e à formulação Tensoativos (emulsionante, limpeza) Agentes com propriedades específicas (emolientes, umectantes, espessante) Estabilizantes da formulação (conservantes, antioxidantes) Agentes de atributos estéticos ou de marketing ou modificadores dos caracteres organolepticos (corantes, fragrâncias, brilho pérola) Veículo ou excipiente (água, sólidos).

MATÉRIAS PRIMAS Tensoativo: substância que possui um grupo polar ligado a uma cadeia carbônica (heteropolar). óleo água apolar polar Orientação

Tensoativos em solução aquosa: Formam micelas

Tensoativos: composição apolar polar Parte apolar: matérias primas graxas Cáprico/Caprílico (C10/C8) Laurílico (C12/ 14 70/30) Mirístico (C14) Cetílico (C16) Estearílico (C18) Cetoestearílico (C16/18 30/70) Behenico (C20) Parte Polar ou hidrofílica: Ânions: sulfonato (SO3), Sulfato (SO4), Carboxilato (COO) Cátions: quaternário de amônio (N+) Não iônico: grupos CH2CH2O, CON(CH2CH2O) Anfóteros: RN+(CH3)2CH2COO-

Tensoativos aniônicos MATÉRIAS PRIMAS Tensoativos aniônicos Em solução sofrem dissociação, onde a parte hidrofílica da molécula é aniônica. Carboxil: R-COO-Na+ Sulfato orgânico: R-OSO3-Na+ Éter sulfato: R-(CH2-CH2O)SO3-Na+ Sulfonato orgânico: R-SO3-Na+ Éster de ácido fosfórico: R-OPO3=Na+2

Álcool graxo etoxilado sulfatado  Obtenção: O RCH2OH + CH2  CH2 RO(CH2CH2O)nH Álcool graxo Óxido de eteno Álcool graxo etoxilado RO(CH2CH2O)nH + SO3 RO(CH2CH2O)nSO3H  Álcool Graxo Etoxilado Intermediário instável + NaOH RO(CH2CH2O)nSO3Na + H2O Alquil Éter Sulfato de Sódio

Álcool graxo etoxilado sulfatado Tipos de neutralizantes: hidróxidos de sódio, amônio, trietanolamina. Formas: líquida a 26-28% ou a 70% de ativo. Propriedades: detergência, espuma, alta solubilidade em água, excelente tolerância à dureza de água, excelente resposta ao espessamento com sal, suavidade a pele. Aplicação: bases detergentes para xampus, sabonetes líquidos, banhos de espuma.

Aplicação: Xampus, sabonetes líquidos. Alquil e alquil éter sulfossuccinatos Anidrido maleico Álcool laurílico Ácido monolauril éter maleico O O Monolauril éter sulfossuccinato de sódio Aplicação: Xampus, sabonetes líquidos.

Éster metílico sulfonado - MES 1ª Fase: Esterificação do óleo: produção do éster metílico 2 CH 3 O C (CH ) n + CH3OH 3 Éster Metilico + glicerina + metanol Óleo de Coco Metanol 2ª Fase: Sulfonação do éster metílico H 3 S O R CH C _ + NaOH Na H2O C2H + SO3 Intermediário ácido MES

Éster metílico sulfonado - MES Propriedades: Derivado de fonte renovável vegetal (óleo de coco/ palmiste/ palma) Baixa toxicidade aquática e alta biodegradação Boa detergência, alta espuma e sensorial de maciez a pele Excelente performance em água dura Efeito sinérgico com outros surfactantes Fácil manuseio. Custo próximo ao LESS Aplicações: tensoativo para shampoos e sabonetes

Obtenção: reação de saponificação Sabão Obtenção: reação de saponificação Triestearina Estearato de Sódio Glicerina (Gordura) (Sabão) Propriedades: detergência, baixa solubilidade em água, baixa tolerância à dureza de água, baixa resposta ao espessamento com sal, suavidade a pele. Aplicações: emulsionantes aniônicos para cremes, loções cremosas, bases para sabonetes e cremes de barbear

Sarcosinatos (sabões interrompidos)   O CH3 O  RCOH + NHCH2COH  + NaOH Ácido graxo N-metilglicina -H2O O CH3 O RCNCH2CO-Na+ Sarcosinato Aplicação: Agente espumante e de suavidade para xampus, sabonetes em barra e líquidos.

Alquil isetionato O RCCl + HOCH2 CH2SO3Na  Cloreto de ácido graxo Isetionato de sódio RCOCH2CH2 SO3Na + HCl   Alquilisetionato de sódio Propriedades: hidrolisa em pH muito alto ou baixo, bom dispersante de sabão de cálcio, suavidade a pele. Aplicação: Xampus opacos, sabonetes em barra e líquidos opacos.

Tensoativos catiônicos MATÉRIAS PRIMAS Tensoativos catiônicos Em solução sofrem dissociação e a parte hidrofílica da molécula é catiônica. CH3  CH3-(CH2)n-CH2N+  CH3 X-

Quaternários de amônio: obtenção através de ácidos graxos Propriedades: São incompatíveis com tensoativos aniônicos. Precipitam com íons de dureza de água, ferro e metais pesados. EDTA potencializa o seu efeito. Aplicação: Condicionadores de cabelo, cremes para pentear.

Quaternários de amônio: Aplicação Cadeia graxa Função Láurica-mirística Bactericida Cetílica Emoliência e Condicionamento Estearílica Amaciamento e lubrificação Radical Metila Menor oleosidade Etila Aumenta o efeito bactericida Benzila Maior oleosidade e efeito bactericida

Polímeros quaternários Poliquaternium 10: obtido da reação do sal polimérico de amônio quaternário da hidroxietil celulose com epóxido substituído do trimetilamônio Propriedades: São tolerantes a tensoativos aniônicos. Aplicação: xampus e sabonetes líquidos.

Tensoativos anfóteros MATÉRIAS PRIMAS Tensoativos anfóteros Contem dois diferentes grupos funcionais com caráter aniônico e catiônico (um átomo de N na forma quaternária ou protonizada e um ânion carboxílico). Em meio básico comportam-se como aniônicos, em meio ácido, como catiônicos e na forma de zwitterions em pH neutro. R3N+CH2COO-

Cocoamidopropil betaína Betaínas Cocobetaína Cocoamidopropil betaína Aplicação: co-tensoativo para aumento da espuma, viscosidade e redução da irritação para xampus, sabonetes líquidos, loções higienizantes.

Tensoativos não iônicos MATÉRIAS PRIMAS Tensoativos não iônicos Em solução aquosa não sofrem ionização, não possuem carga. CH3-(CH2)m-CH2-O-( CH2CH2O )n H H H O

Tensoativos não iônicos: principais grupos hidrófilos Éter poliglicólico: -O -  álcoois etoxilados Hidróxi: -OH  ésteres de glicerol e ésteres de sorbitan Éster de ácido carboxílico: -COO(CH2CH2O)n H ésteres de polietilenoglicol Alcanolamidas: RCONH–CH2-CH2OH  alcanolamidas de ácido graxo Óxidos de amina: NO

Óxidos de amina graxa R¾ OH + HN(CH3)2 ® R¾ N(CH3)2 Álcool graxo amina secundária amina graxa RN(CH3)2 + H2O2  RN(CH3)2 O + H2O Amina Peróxido Óxido de amina graxa Aplicação: co-tensoativo para aumento da espuma e viscosidade em xampus e sabonetes líquidos.

Alcanolamidas de ácido graxo Obtenção: condensação de ácidos graxos ou óleos vegetais com alcanolaminas primária ou secundária. Fórmula geral: RCONR’R” MEA gera monoetanolamida DEA gera dietanolamida. Amidação direta do óleo menor pureza Amidação direta do ácido ou éster maior pureza Aplicação: co-tensoativo para xampus e sabonetes líquidos para aumento da espuma, viscosidade e sobreengorduramento à pele e ao cabelo.

Alcanolamidas de ácido graxo Monoetanolamidas de coco  a partir do óleo vegetal O CH (CH ) C O CH 3 2 n 2 O HO CH O 2  3H2N(CH2CH2OH) 3R—CH2CNH(CH2CH2OH) CH (CH ) C O CH + + HO CH 3 2 n O HO CH 2 CH (CH ) C O CH 3 2 n 2 Composição: 80 a 84% de amida, 8 a 10% de glicerina livre, 1 a 2% de amina livre Éster de amina graxa (RCOOCH2CH2NH2)

Tensoativos não iônicos derivados de poliois Obtenção: esterificação de polióis hidrofílicos como glicol, glicerina, poliglicerina, pentaeritritol, ou glucosídeos com ácidos graxos. A parte hidrofílica é representada por grupos OH, que podem ser etoxilados para dar maior solubilidade ao éster. Exemplos: Ésteres de sorbitan e derivados etoxilados Ésteres de polietilenoglicol Alquilpoliglicosídeos Aplicação: emulsionantes, solubilizantes de essências, redutores de irritação, espessantes e perolizantes em xampus, sabonetes líquidos, cremes e loções.

Ésteres de sorbitan Obtenção: esterificação do ácido graxo (láurico, esteárico, oleico) com sorbitol. Pode posteriormente ser etoxilado. Aplicação: emulsionantes, solubilizantes de essências, redutores de irritação em xampus, sabonetes líquidos, cremes e loções.

Ésteres de glicerila Obtenção: esterificação do ácido graxo (láurico, esteárico) com glicerol. Aplicação: co-emulsionantes e espessantes em cremes e loções.

Alquilpoliglicosídeos Obtenção: reação da glicose do milho com álcoois graxos. Aplicação: co-tensoativos para aumento da espuma, viscosidade e redução da irritação em xampus e sabonetes líquidos.

Agentes com propriedades específicas: MATÉRIAS PRIMAS Agentes com propriedades específicas: EMOLIENTES

MATÉRIAS PRIMAS Emolientes São insolúveis em água. Conferem espalhamento e lubrificação à pele e ao cabelo e aparência e espessamento às formulações. Exemplos: Hidrocarbonetos triglicerídeos, álcoois graxos, ésteres de álcoois graxos, álcoois graxos propoxilados e silicones.

Emolientes: Hidrocarbonetos Hidrocarbonetos saturados Alcanos Alcanos normais: parafinas, óleo mineral Alcanos ramificados: isoparafinas Cicloalcanos Hidrocarbonetos insaturados Alcenos Alcinos Hidrocarbonetos aromáticos

Emolientes: Álcoois graxos MATÉRIAS PRIMAS Emolientes: Álcoois graxos CH3(CH2)nCH2OH Exemplos: Álcool laurílico (C12/ 14 70/ 30) Álcool cetílico (C16) Álcool cetoestearílico (C16/ C18 30/ 70 ou 50/ 50) Álcool estearílico (C16/ C18) Álcool berrênico (C20/ 22) Álcool de Guebert (octildodecanol, 2-hexildodecanol)

Emolientes: Álcoois graxos MATÉRIAS PRIMAS Emolientes: Álcoois graxos Lineares: são sólidos, PF= 30 a 60C, insolúveis em água e conferem consistência às formulações de cremes. Ramificados: são líquidos, insolúveis em água, conferem excelente espalhamento sobre a pele com toque não oleoso e fornecem emulsões de baixa viscosidade. Usos: cremes, loções, xampus, desodorantes, condicionadores, etc.

MATÉRIAS PRIMAS Emolientes: Éteres Fórmula geral R-O-R’. Exemplos: PPG-15 estearil éter Éter dicaprílico Monococoato de glicerila com 7 moles de óxido de eteno Perfluoropolimetil isopropil éter

Emolientes: Ácidos carboxílicos MATÉRIAS PRIMAS Emolientes: Ácidos carboxílicos Grupo funcional -COOH Exemplos: Ácido láurico (C12). Ácido mirístico (C14) Ácido esteárico (C18), Ácido palmítico (C16), Intermediários para reação com álcoois formando ésteres que são emolientes e reações de saponificação para produzir emulsionantes para cremes e loções.

Obtenção: esterificação do ácido carboxílico com álcoois. MATÉRIAS PRIMAS Emolientes: Ésteres Fórmula geral RCOOR´ Obtenção: esterificação do ácido carboxílico com álcoois. CH3(CH2)14CO OH + HO CH2(CH2)14CH3  Ácido palmítico Álcool cetílico H+  CH3(CH2)14COO CH2(CH2)14CH3 + H2O Palmitato de cetila

MATÉRIAS PRIMAS Emolientes: Ésteres Exemplos: Palmitato de cetila Oleato de decila Isonanoato de cetoestearila Miristato ou palmitato de isopropila Adipato de butila Monoestearato de glicerila Monoestearato de etilenoglicol.

Ésteres de cadeia carbônica longa MATÉRIAS PRIMAS Emolientes: Ésteres de cadeia carbônica longa Propriedades: Insolúveis em água. Excelente capacidade lubrificante e de espalhamento sobre a pele. Conferem consistência às emulsões. O álcool de menor cadeia é o isopropílico que fornece ésteres que conferem um toque mais seco na pele, porém são comedogênicos. Álcoois de cadeia longa são Hidrorepelentes.

Ésteres encontrados na natureza MATÉRIAS PRIMAS Emolientes: Ésteres encontrados na natureza Triglicerídeos Óleos: jojoba, amêndoa, abacate, palma (estearina e oleína), babaçú, maracujá Gorduras: manteigas de cupuaçú, cacau. Cera de abelha(C16 a C36). Cera de carnaúba (C16 a C36). Cera de Candelila(C22 a C34).

Triglicerídeos vegetais Emolientes: Triglicerídeos vegetais

MATÉRIAS PRIMAS Emolientes: Silicones Moléculas complexas contendo siloxano e que se orientam em substratos polares. Si O H 3 C CH POLAR SUBSTRATE São emolientes com sensorial desde untuosidade até espalhabilidade e toque sedoso e aveludado sobre a pele

Substâncias higroscópicas MATÉRIAS PRIMAS Umectantes Substâncias higroscópicas Grupos orgânicos funcionais: Poliois ou glicois ou poliglicois hidratos de carbono (sacarídeos e polissacarídeos) derivados de ácidos carboxílicos (ésteres) Ácidos aminocarboxílicos (uréia) Aminoácidos e complexos de aminoácidos Proteínas hidrolisadas Fosfolipídeos

São álcoois contendo mais de um grupo -OH (glicóis) Umectantes: Glicóis São álcoois contendo mais de um grupo -OH (glicóis) Propriedades: Líquidos de média a baixa volatilidade Solúveis em água Estáveis em ampla faixa de pH e na presença de meio ácido ou alcalino Higroscópicos Apresentam toque untuoso sobre apele

Umectantes: Glicóis Exemplos Propilenoglicol: CH3CHCH2OH  OH   Dipropilenoglicol: : CH3CHCH2OCH2CHCH3   OH OH CH3 Hexilenoglicol: : CH3CCH2CHCH3   OH OH Polietilenoglicol OHCH2CH2O(CH2CH2O)nCH2CH2OH

Umectantes: Poliois Exemplos Sorbitol Glicerina Glicose CH2OH ½ HO¾CH H¾C¾OH Glicose

Umectantes: Derivados de ácidos carboxílicos Uréia: CO2 + NH3  NH4CO2NH2  NH2CONH2+H2O Carbamato de amônio Uréia Água Subprodutos da síntese: NH4CO2NH2 + H2O (NH4)2CO3 Carbamato de amônio Carbonato de amônio

Umectantes: Derivados de ácidos carboxílicos Exemplos de aminoácidos: Proteínas e aminoácidos: Proteínas são compostos de alto peso molecular, constituídos por muitos aminoácidos ligados entre si. Aminoácido é uma molécula bifuncional que possui os grupos amino e ácido carboxílico. Exemplos de aminoácidos:

Umectantes: Derivados de ácidos carboxílicos Proteínas : Ligações peptídicas entre o grupo amino de um aminoácido e o grupo carboxílico de outro. Proteínas hidrolisadas penetram  umectantes. As proteínas quaternizadas formam filmesagentes de condicionamento ao cabelo e pele.

Espessantes MATÉRIAS PRIMAS Classificados em orgânicos e inorgânicos.   Os espessantes orgânicos Espessantes de fase oleosa. Espessantes de fase aquosa. Os espessantes inorgânicos: eletrólitos.

Espessantes MATÉRIAS PRIMAS Os espessantes orgânicos Álcoois graxos, Ésteres de álcoois graxos e polióis. Triglicerídeos, Ceras naturais e sintéticas  

Espessantes Orgânicos solúveis em água. MATÉRIAS PRIMAS Espessantes Orgânicos solúveis em água. Hidratos de carbono Aniônica: Carboximetilcelulose Não Iônicas: Hidroxietilcelulose, hidroxipropilcelulose Utilizadas em géis, cremes, xampus e condicionadores de cabelo.

Espessantes Orgânicos solúveis em água. MATÉRIAS PRIMAS Espessantes Orgânicos solúveis em água. Polímeros orgânicos sintéticos Polímeros são constituídos de muitas moléculas pequenas e idênticas (monômeros), ligadas entre si por meio de ligações covalentes. Polímeros carboxivinílicos (carbômero).

Espessantes Orgânicos solúveis em água. MATÉRIAS PRIMAS Espessantes Orgânicos solúveis em água. Polímeros orgânicos naturais Goma guar Goma xantana (aniônica e estável em ampla faixa de pH) Amido

Espessantes Inorgânicos. MATÉRIAS PRIMAS Espessantes Inorgânicos. Montmorilonitas modificadas (Veegan) que são argilas naturais de silicatos de alumínio e magnésio, fornecendo soluções opacas e por isso são utilizadas em cremes e loções cremosas e xampus opacos ou perolados . Eletrólitos: cloreto de sódio, cloreto de amônio, fosfato de sódio. São usados para espessamento de soluções aquosas de tensoativos aniônicos.

Alcalinizantes/ Neutralizantes MATÉRIAS PRIMAS Alcalinizantes/ Neutralizantes Bases orgânicas: Aminas e alcanolaminas, Amino metil propanol Bases inorgânicas: Hidróxido de sódio, Hidróxido de potássio, Hidróxido de amônio. Usados para neutralização de ácidos graxos para obter os sabões, neutralização dos carbômeros para obter géis e para corrigir pH.

Acidulantes/ Neutralizantes MATÉRIAS PRIMAS Acidulantes/ Neutralizantes Ácidos orgânicos: Carboxílicos (esteárico, mirístico) para obtenção de sabões e ésteres (umectantes). Ácidos hidroxicarboxílicos para uso tal qual (glicólico, lático) e para correção de pH (cítrico, acético). Ácidos inorgânicos: fosfórico e clorídrico diluídos.

Estabilizantes de formulações Antioxidantes Quelantes Conservantes Auxiliam a manter a integridade da formulação.

ANTIOXIDANTES Oxidação Qualquer hidrocarboneto pode sofrer auto-oxidação (rancificação), porém, a presença de insaturação amplia seriamente essa possibilidade. Os produtos da rancificação são aldeídos, cetonas e ácidos e podem causar: Odor e aspecto desagradáveis, destruindo a imagem do produto. Modificações no sensorial de alguns óleos. Podem produzir subprodutos oxidados tóxicos.

ANTIOXIDANTES Barram ou retardam a oxidação dos componentes das formulações tais como fragrâncias, corantes, ativos, ceras e óleos vegetais entre outros. São divididos em Clássicos: sofrem redução para evitar a oxidação do componente orgânico (exemplo: metabissulfito de sódio) Não clássicos: captam os radicais livres proveniente da oxidação (BHT e vitamina E).

ANTIOXIDANTES Auto-oxidação  Mecanismo simplificado Indução R-H  R. + H. Propagação R. + O2  RO2. (hidroperóxidos) RO2. + RH  R O2H + R.

ANTIOXIDANTES Auto-oxidação  Mecanismo simplificado Terminação R. + R.  R-R (pouco provável) RO2. + H.  RO2H RO2. + R.  RO2R RO2. + RO2.  ROH + RCOR + RCHO + O2

ANTIOXIDANTES Auto-oxidação  Mecanismo simplificado Terminação Hidroperóxidos  decompõem em ácidos, álcoois, aldeídos e cetonas. Oxidações paralelas  destroem vitaminas, corantes, pigmentos e fragrâncias. manifestação dos efeitos da oxidação: odor e sabor desagradáveis formação de resíduos poliméricos modificação de propriedades físicas

Exemplo: BHT (butilhidroxitolueno) ANTIOXIDANTES Mecanismo de ação dos antioxidantes Exemplo: BHT (butilhidroxitolueno)

ANTIOXIDANTES BHT (butilhidroxitolueno)

ANTIOXIDANTES Foto-antioxidantes Protegem o produto contra os efeitos da radiação UV Principais produtos suscetíveis a foto-oxidação: polímeros carboxivinílicos, corantes, fragrâncias, óleos. Preferência por filtros com grande coeficiente de absortividade (para serem usados em baixas concentrações). Podem ser hidrossolúveis (Benzofenona 4) ou lipossolúveis (benzofenona 3). Dosagens pequenas: 0,05 a 0,1%.

QUELANTES OU SEQUESTRANTES Substâncias que complexam íons metálicos (Ca, Mg, Fe, Cu) inativando-os e impedindo sua ação danosa sobre os componentes da formulação. ácido etilenodiaminotetracético (EDTA)

QUELANTES OU SEQUESTRANTES EDTA e seus sais Reação de complexação do íon cálcio (dureza de água):

QUELANTES Quelantes ou seqüestrantes: fatores A ação do seqüestrante é pH-dependente: Valores baixos de pH o íon hidrogênio atua como receptor de elétrons competindo com o íon metálico Valores de pH elevados o íon hidróxido atua como elétron-doador competindo pelo metal e pode causar precipitação. Estabilidade do complexo. Estequiometria da reação: 1 : 1. Qualidade da água.

QUELANTES Principais quelantes Ácido cítrico e citratos ácido cítrico e seus sais são utilizados como acidulantes ou agentes formadores de sistema tampão como quelante perde para substâncias mais modernas como o EDTA apresenta sinergia de ação com o BHT

QUELANTES Outros Quelantes Turpinal (ácido fosfônico orgânico) Ácido glicurônico ou glucônico e seus sais HEDTA (ácido hidroxietilenodiaminotriacético) DTPA (ácido dietilenotriaminopentaacético) Ciclodextrinas (oligossacarídeos cíclicos obtidos da degradação enzimática do amido) Metafosfato de sódio Heptanoato de sódio Metassilicato de sódio