AVALIAÇÃO E RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS PARA IDOSOS

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
A alimentação saudável
Advertisements

Contagem Carboidratos
A PIRÂMIDE ALIMENTAR Desenvolvida pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, 1992): Trata-se de um guia para uma dieta equilibrada e alimentação.
Alimentação e Saúde Profa. Flávia Della Lucia Nutricionista
CRIANÇA Recomendações Nutricionais
Alimentação Saudável Enoque Marta Joana.
Trabalho de ciências Sais minerais.
Energia disponível a partir dos principais componentes da dieta
Alimentação e Saúde.
COMBATE A FOME 6°B.
NUTRIÇÃO.
Alimentação saudável.
10 dicas para uma vida mais saudável
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL: SAÚDE E BELEZA DA MULHER
Alimentação Alimentação saudável.
Vitaminas Fonte de energia.
Alimentação saudável- Corpo saudável
Introdução Os hábitos alimentares, o exercício físico e o ambiente que nos rodeia são decisivos para a nossa saúde. Escolher os melhores alimentos para.
Alimentação Equilibrada
DICAS PARA UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
Alimentação saudável Matheus 5AF.
Professora Mestre Elis Fatel Material elaborado por Natália Brandão
Formandos: Diogo Silva e Silvana Pereira
QUALIDADE NA ALIMENTAÇÃO
EXERCÍCIO FÍSICO E SAÚDE
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL DEVE SER...
SAÚDE NUTRICIONAL DA MULHER
Comer bem, para viver melhor!
O homem e os alimentos Os alimentos ingeridos fornecem nutrientes com duas funções básicas: Fabricar matéria prima Liberar energia.
O VEGETARIANISMO NA TERCEIRA IDADE
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
NUTRIÇÃO NO DIABETES MELLITUS Ana Cristina Dias de Vasconcelos
Qualidade de vida X Alimentação Carolina Cazelli Alencar Nutricionista
Orientação Nutricional
VALORES NUTRICIONAIS. Confira aqui:
Alimentação Milagrosa
Você vive para comer, ou come para viver?
ALIMENTOS FUNCIONAIS Dra.Henriqueta Tereza do Sacramento
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
Alimentação saudável – completa, equilibrada e variada.
SAIS MINERAIS  Cinzas Bromatologia Profª. Mariana Schmidt.
Alimentação Saudável e Combate ao Tabagismo
Caso clínico Acadêmicas: Bruna Severo –
ALIMENTAÇÃO NA GESTAÇÃO
Drª Luciana Resque Bioquímica
Dia 11 de outubro: Dia Nacional de combate à obesidade
Agência Nacional de Vigilância Sanitária
PLANEJAMENTO DE CARDÁPIOS PARA IDOSOS
Alimentação Saudável Projeto Saúde 2009.
NUTRIÇÃO PARA O EXERCÍCIO
Fibras alimentares.
ABORDAGEM NUTRICIONAL NA LITÍASE RENAL
Comer bem, para viver melhor!
Alimentação Saudável Kharla J. Medeiros Nutricionista
Dia Internacional da Alimentação
NUTRIÇÃO E DIETOTERAPIA
NUTRIÇÃO E DIETOTERAPIA
NUTRIÇÃO E DIETOTERAPIA
NUTRIÇÃO E DIETOTERAPIA
Recomendações Dietéticas no Envelhecimento
CONTINUAÇÃO Guias alimentares
FUNDAMENTOS DA NUTRIÇÃO AULA 3
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL Ajuda no tratamento e na prevenção de doenças.
MATERIAIS PROVA DE G2.
Ciências Naturais – 9.o ano
Seminário “A Importância do Kiwi na Alimentação e na Saúde”
A Saúde do corpo Saúde e alimentação.
SAÚDE E ALIMENTAÇÃO Prof. Me. Jaqueline Della Torre Martins.
Alimentação Saudável Região de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo Elsa Feliciano.
EDUCAÇÃO FÍSICA... PROFESSOR: WELLINGTON. DEZ PASSOS PARA UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL.
Transcrição da apresentação:

AVALIAÇÃO E RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS PARA IDOSOS

ENERGIA - Idosos:  TMB,  Atividade física Mulheres após 50 anos  massa magra Homens após 40 anos  gasto energético - Exceção: situações de estresse como febre e infecções   da necessidade energética

Recomendação energética da FAO/OMS (1985) GET = TMB x fator de atividade física Idade > 60 anos homens: TMB = (13,5 x peso[kg]) + 487 mulheres: TMB = (10,5 x peso[kg]) + 596 Fatores de atividade física referiam-se a adultos de 19 a 50 anos, não incluiam idosos.  Pressupunha-se baixa atividade: fator de 1,3 (atividade muito leve) OBS: Não considerava a  das necessidades com o da idade

Equação de Harris-Benedict (1919) – Idosos enfermos GET = TMB x fator de atividade física x fator de lesão x fator térmico Homens TMB = 66 + (13,7x peso[kg]) + (5 x estatura[cm]) – (6,8 x idade [anos]) Mulheres TMB = 665 + (9,6 x peso[kg]) + (1,8 x estatura[cm]) – (4,7x idade [anos]) - Especialmente para enfermos e hospitalizados - Se for o caso acrescentar no cálculo do GET, o fator lesão e o fator térmico (Quadro 1)

Quadro 1: Fatores atividade, lesão e térmico utilizados para estimar NE de enfermos Fator de atividade (hospitalizado) Fator lesão (lesão, estresse) Fator térmico Acamado = 1,2 Acamado+móvel = 1,25 Deambulando = 1,3 Paciente não-complicado= 1 Pós-operatório câncer=1,1 Fratura= 1,2 Sepse= 1,3 Peritonite= 1,4 Multitrauma reabilitação=1,5 Mutitrauma+ sepse= 1,6 Queimadura 30 a 50%= 1,7 Queimadura 50 a 70% = 1,8 Queimadura 70 a 90% = 2 38oc = 1,1 39oc = 1,2 40oc = 1,3 41oc = 1,4

Recomendação energética da DRI (2002/2005) Necessidade Energética Estimada (NEE) Idade > 19anos Homens NEE = 662 – (9,53 × idade[anos] + NAF × (15,91 x peso [kg] + 539,6 x altura[m]) Mulheres NEE = 354 – (6,91 × idade[anos] + NAF × (9,36 x peso [kg] + 726 x altura[m]) Categoria Valores do NAF Homens Mulheres Sedentário Pouco ativo Ativo Muito ativo 1,00 1,11 1,25 1,48 1,12 1,27 1,45

Fator de Atividade Física (PAL - Physical Activity Level ) FAO/OMS (Fonte: Human energy requirements - Report of a Joint FAO/WHO/UNU Expert Consultation. Outubro 2001) HOMENS Idade Fórmula > 60 11,711 x [peso(kg)] + 587,7 x PAL MULHERES Idade Fórmula > 60 9,082 x [peso(kg)] + 658,5 x PAL Fator de Atividade Física (PAL - Physical Activity Level ) Sedentário:1,40-1,69 Ativo: 1,70-1,99 Atividade Intensa: 2,00-2,40

PROTEÍNAS - Processos inflamatórios e infecciosos, doenças crônicas e agudas e ↑ catabolismo devido ao envelhecimento   eficiência de utilização da proteína dietética e ↑ excreção de N  Oferta de ptn de alto valor biológico + adequação na dieta - OMS (2003): 10 a 15% do VET - Evitar excesso de proteínas (sobrecarga renal,  excreção urinária de Ca)  Recomendações protéicas das DRI (2002/2005) RDA= 0,8g/kg/dia EAR = 0,66 g/kg/dia UL= não disponível AMDR= 10 a 35% do VET Desta forma, vários autores sugerem que o excesso de ingestão protéica pode causar hipercalciúria, devido ao aumento na taxa de filtração glomerular e a redução na reabsorção tubular renal do cálcio, alterações estas, provavelmente originadas nas células do túbulo renal12,16,17,18.

CARBOIDRATOS - Função: poupar as proteínas - Idosos: Intolerância aos CHO simples Possíveis causas: dieta habitual,  atividade física, resistência a insulina (envelhecimento) - Preferir CHO complexos ( para aumentar a oferta de fibras e vitaminas complexo B) ao invés dos CHO simples. - OMS(2003): 55 a 75% do valor energético total (VET) da dieta - DRI (2002/2005) AMDR = 45 a 65% do VET

FIBRAS - Função: minimizar efeitos da constipação (freqüente nos idosos), normalizar níveis de glicose, reduzir níveis de colesterol. - Grandes quantidades causam prejuízo na absorção de alguns minerais, como ferro, zinco, cobre e magnésio - American Dietetic Association recomenda 20 a 35g/dia adultos e idosos - DRI (2002/2005) – 14g / 1.000kcal Idade > 51anos Homens = AI= 30g/dia Mulheres= AI= 21g/dia ) Atuam no metabolismo dos carboidratos no controle da glicemia formando um gel (pectina e goma) no intestino tornando mais lento a velocidade na qual a glicose entra na corrente sanguínea; Fibras solúveis como as gomas ou pectinas, quando hidratadas no lúmen, formam um gel no qual alguns nutrientes se difundem. Isto resulta na redução dos níveis pós-prandiais de glicose e insulina, pois estas fibras modulam a absorção de glicose. Hannan e col. verificou que a administração de fibra dietética solúvel para ratos com diabetes tipo I e II melhorou significantemente a tolerância à glicose. Este estudo conclui que o efeito “anti-diabético” se deve à inibição da digestão e absorção da glicose e ao aumento da ação periférica da insulina. Portanto, o indivíduo diabético se beneficia da menor absorção da glicose resultante da ingestão aumentada de fibras. 7) Na absorção e na regulação de lípideos sanguíneos as fibras insolúveis se ligam aos sais biliares e reduzem a absorção das gorduras e colesterol; as fibras solúveis diminuem especificamente o colesterol LDL; 8) São substratos para formação de ácidos graxos de cadeia curta.

LIPÍDEOS -Evitar excesso devido ao comprometimento da digestão e absorção de lipídeos -OMS (2003): 15 a 30% do VET -Ácidos graxos saturados  10%, ác. graxos polinsaturados de 6 a 10%, ác. graxos monoinsaturados 7% -Colesterol< 300 mg/dia, e no caso de hipercolesterolemia <200mg/dia -DRI (2002/2005): AMDR= 20 a 35% do VET Idade > 51 anos: ácido graxo linoléico (ω6) = 14g/dia homens e 11g/dia mulheres ácido graxo  linolênico (ω3) = 1,6g/dia homens e 1,1g/dia mulheres

VITAMINAS - Maior importância: vitaminas B6, B12, betacaroteno, vitamina C, D, e E, ácido fólico VITAMINA D -  absorção de cálcio - Idosos institucionalizados = < exposição luz solar = < níveis de vitamina D - Envelhecimento - reduz capacidade de produzir vitamina D - Excesso de suplementos de vitamina D = calcificação de tecidos moles

VITAMINA E -Prevenção de danos nas membranas, inibe peroxidação de LDL. -Dados inconclusivos: redução da progressão da doença de Alzheimer X suplementação de vitamina E VITAMINA C - Efeito antioxidante - Idosos: níveis  de ác. ascórbico devido a < ingestão de alimentos fontes - Recomendação de vitamina C (DRI, 2000) = adicional de 35mg/dia para fumantes

- Vegetarianos restritos = suplementação de vitamina B12 - Acloridria gástrica do idoso   absorção de ác. fólico e Vitamina B12 - Deficiência de vitamina B6, B12 e ác. fólico   homocisteína   risco de doenças crônico- degenerativas - Vegetarianos restritos = suplementação de vitamina B12 - Alcoolistas= suplementação de vitamina B1 - Não é recomendada a ingestão de suplementos vitamínicos p/ idosos com dieta adequada.

MINERAIS CÁLCIO: - Importância:  densidade mineral óssea, controle da hipertensão arterial, dentre outras. FÓSFORO - Absorção é  com uso excessivo de álcool, antiácidos (como alumínio e fosfato) e carbonato de cálcio. Fontes: nozes e sementes, leguminosas e hortaliças de folhas verdes.

FERRO - Deficiência pode ser causada pela redução da ingestão de alimentos fontes ou pela perda de sangue gastrointestinal (úlcera, câncer), uso de antiinflamatórios esteróides e uso de antiácidos ou redução da acidez gástrica ZINCO -Antioxidante, fortalecimento do sistema imunológico, cicatrização tecidual. -Deficiência: baixa imunidade, perda de paladar, olfato e apetite, dermatite Fontes: Cereais integrais, carnes, nozes, leguminosas, mariscos e levedos

MAGNÉSIO -Função como ativador de diversas enzimas - Idosos =  ingestão,  absorção intestinal e > excreção urinária de Mg - Deficiência de Mg = fator de risco para osteoporose Fontes: Nozes e sementes, leguminosas e hortaliças de folhas verdes. OBSERVAÇÃO: - Usuários de diuréticos: > ingestão de K, Mg, e vitamina hidrossolúveis - Risco do uso abusivo de suplementos:  função hepática e  função renal  > risco de toxidade

ÁGUA - Importância: redução da percepção do mecanismo de sede (hipodispsia),  capacidade renal de retenção hídrica - Desidratação  hipernatremia, hiperosmolaridade   sensação de sede  insuficiência renal aguda - 30 a 35ml/kg/dia – mínimo de 1 a 1,5ml/kcal

DEZ PASSOS PARA UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL PARA AS PESSOAS IDOSAS (Ministério da Saúde) 1º passo: faça pelo menos 3 refeições (café da manhã, almoço e jantar) e 2 lanches saudáveis por dia. não pule as refeições! 2º passo: inclua diariamente 6 porções do grupo dos cereais, tubérculos, nas refeições. Dê preferência aos grãos integrais e aos alimentos na sua forma mais natural. 3º passo: coma diariamente pelo menos 3 porções de legumes e verduras como parte das refeições e 3 porções ou mais de frutas nas sobremesas e lanches

4º passo: coma feijão com arroz todos os dias ou, pelo menos, 5 vezes/semana. 5º passo: consuma diariamente 3 porções de leite e derivados e 1 porção de carnes, aves, peixes ou ovos. Retire a gordura aparente das carnes e a pele das aves antes da preparação. 6º passo: consuma, no máximo, 1 porção por dia de óleos vegetais, azeite, manteiga ou margarina.

7º passo: evite refrigerantes e sucos industrializados, bolos, biscoitos doces e recheados, sobremesas doces e outras guloseimas como regra da alimentação. Coma-os, no máximo, 2 vezes/ semana. 8º passo: diminua a quantidade de sal na comida e retire o saleiro da mesa 9º passo: beba pelo menos 2 litros (6 a 8 copos) de água/dia. Dê preferência ao consumo de água nos intervalos das refeições. 10º passo: pratique pelo menos 30 min de atividade física todos os dias e evite as bebidas alcoólicas e o fumo.

Avaliação Nutricional do Idoso: Planejamento Nutricional Próxima Aula... Avaliação Nutricional do Idoso: Planejamento Nutricional