Reunião Ordinária - Conselho Nacional de Saúde Tema: Terceirização Apresentação: Eduardo Lírio Guterra – Secretário Adjunto Saúde do Trabalhador – CUT.

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Transcrição da apresentação:

Reunião Ordinária - Conselho Nacional de Saúde Tema: Terceirização Apresentação: Eduardo Lírio Guterra – Secretário Adjunto Saúde do Trabalhador – CUT NACIONAL Dia 06/05/15 – Brasília DF Conteúdo: Dossiê acerca do impacto da Terceirização sobre o trabalhadores e propostas para garantir a igualdade de direitos – Secretaria de Relações do Trabalho – CUT NACIONAL que-nao-fecha 1

O que é terceirização? Terceirização é o processo pelo qual uma empresa deixa de executar uma ou mais atividades realizadas por trabalhadores diretamente contratados e as transfere para outra empresa. Nesse processo, a empresa que terceiriza é chamada “empresa-mãe ou contratante” e a empresa que executa a atividade terceirizada é chamada de “empresa terceira ou contratada”. 2

Terceirização e Desenvolvimento – Um conta que não fecha A experiência terceirização fere a dignidade humana, pois vai na contra-mão dos princípios elementares, preconizados pela:  Declaração Universal dos Direitos Humanos;  Convenções da Organização Internacional do Trabalho – OIT ;  Agenda Nacional do Trabalho Decente;  Constituição Federal – Direito a Saúde e a Seguridade social  Política Nacional de Saúde e Segurança no Trabalho; 3

Terceirização e Desenvolvimento – Um conta que não fecha Alguns teóricos enfatizam-se os ganhos da especialização e da cooperação advindos da nova relação entre empresas. Consultores apontam o “outsourcing” como o caminho para a modernidade. Com a terceirização: “As empresas procuram otimizar seus lucros pelo crescimento da produtividade, pelo desenvolvimento de produtos com maior valor agregado - com maior tecnologia – ou ainda devido à especialização dos serviços ou produção. Estratégia central, otimizar seus lucros e reduzir preços, em especial, por meio de baixíssimos salários, altas jornadas e pouco ou nenhum investimento em melhoria das condições de trabalho, que passam a ser de responsabilidade da subcontratada.” 4

Terceirização e Desenvolvimento – Um conta que não fecha NÚMEROS DA TERCEIRIZAÇÃO Trabalhadores terceirizados perfazem 26,8% do mercado formal de trabalho, totalizando 12,7 milhões de assalariados (ver tabela abaixo): 5

Terceirização e Desenvolvimento – Um conta que não fecha Tabela 2, observam-se três indicadores relevantes das condições de trabalho, que reforçam que a estratégia de otimização dos lucros mediante terceirização, está fortemente baseada na precarização do trabalho. 6

Terceirização e Desenvolvimento – Um conta que não fecha Os dados acima é reforçado pelos dados da Tabela 3, que demonstra uma concentração nas faixas até três salários mínimos, que perfazem 78,5% do total de trabalhadores em setores tipicamente terceirizados. Por outro lado, apesar dos trabalhadores em setores diretamente contratantes também terem uma alta concentração nessas duas faixas (67,4%) - como dito acima, muito em função do fenômeno do salário mínimo nos últimos anos este grupo está melhor distribuído entre as diversas faixas salariais do que os terceiros. 7

Terceirização e Desenvolvimento – Um conta que não fecha 8

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FACES DA TERCEIRIZAÇÃO  Calote das empresas terceirizadas;  Saúde, segurança, doenças, invalides e mortes no trabalho;  Ataque aos direitos dos trabalhadores;  Discriminação contra os trabalhadores terceirizados;  Riscos à organização sindical e à negociação coletiva; 10

Terceirização e Desenvolvimento – Um conta que não fecha CALOTE DAS EMPRESAS TERCEIRIZADAS “Quando se fala de terceirização no Brasil, o principal problema vivenciado pelos trabalhadores terceirizados é o calote. Basta uma simples pesquisa na internet ou conversas com os trabalhadores para constatar que o não cumprimento das obrigações trabalhistas, principalmente ao final dos contratos de prestação de serviços, é uma realidade nefasta no mundo da terceirização.” Essa realidade está presente em vários setores: (público; asseio e conservação comércio; Correios; Petróleo; Construção civil, etc.). Sem receber salários, vale refeição, FGTS entre outros direitos, os trabalhadores/as são obrigados a irem para a na justiça para tentar recuperar seus direitos. 11

Terceirização e Desenvolvimento – Um conta que não fecha SAÚDE, SEGURANÇA E MORTES NO TRABALHO; Os acidentes e as mortes no trabalho são a outra terrível faceta da terceirização no país, talvez a mais nefasta. São inúmeros os acidentes e mortes entre os trabalhadores terceirizados computados todos os anos. A conclusão é óbvia para trabalhadores, especialistas e profissionais do trabalho:  Os trabalhadores terceirizados estão mais sujeitos a acidentes e mortes no local de trabalho do que os trabalhadores contratados diretamente;  As empresas não Investem em medidas preventivas, mesmo que as atividades apresentem situações de maior vulnerabilidade aos trabalhadores;  Basta uma rápida pesquisa na internet para verificar os inúmeros casos de acidentes e mortes de trabalhadores terceirizados noticiados todos os dias. 12

Terceirização e Desenvolvimento – Um conta que não fecha ESTATÍSTICAS DE ACIDENTES – Alguns dados. “Setor Elétrico Brasileiro, - Fundação Comitê de Gestão Empresarial (COGE), os trabalhadores terceirizados morrem 3,4 vezes mais do que os efetivos nas distribuidoras, geradoras e transmissoras da área de energia elétrica. Outro dado da Fundação COGE indica que o índice de acidentes no setor elétrico é 5,5 Vezes maior que o dos demais setores da economia. Apenas em 2011, das 79 mortes ocorridas no setor, 61 foram de trabalhadores de empresas terceirizadas, conforme Gráfico 3.” 13

Terceirização e Desenvolvimento – Um conta que não fecha ATAQUE AOS DIREITOS DOS TRABALHADORES “Cada vez mais a terceirização e a precarização são compreendidas como sinônimos no mundo das relações do trabalho no Brasil. Não é novidade escutar de diversos especialistas e profissionais da área do trabalho, além dos próprios trabalhadores, que a terceirização tem como principal objetivo baratear os custos das empresas, acarretando em piores condições e direitos do trabalho.” 14

Terceirização e Desenvolvimento – Um conta que não fecha DISCRIMINAÇÃO CONTRA OS TRABALHADORES TERCEIRIZADOS; “A discriminação é outra face cruel da terceirização, muitas vezes invisível, por não aparecer em nenhuma estatística. Contudo, não é imperceptível para os trabalhadores terceirizados que, quando consultados sobre esse mal, relatam inúmeros casos. Os setores com maior ocorrência de denúncias de discriminação entre os trabalhadores terceiriza\s dos são o de asseio e conservação e de vigilância.” 15

Terceirização e Desenvolvimento – Um conta que não fecha RISCOS À ORGANIZAÇÃO SINDICAL E À NEGOCIAÇÃO COLETIVA “A ação coletiva dos trabalhadores, seja por meio de organizações de representação por empresa ou sindicatos, seria uma forma eficaz de combater os malefícios da terceirização. Entretanto, a soma do formato da terceirização em prática no Brasil pautada exclusivamente pela redução de custos - com a legislação que regulamenta a organização sindical, acaba por inviabilizar a defesa dos trabalhadores em relação à precarização e às desigualdades no mercado de trabalho.”  Pulverização e Fragmentação dos Trabalhadores;  Diferentes sindicatos numa mesma empresa e local de trabalho;  Acordos Coletivos rebaixados. 16

Terceirização e Desenvolvimento – Um conta que não fecha A TERCEIRIZAÇÃO E OS RAMOS DE ATIVIDADE “Apesar da disseminação em todos os setores da economia, há características e consequências em comum, a forma como ela se desenvolve e, consequentemente, como os seus impactos ocorrem em cada setor, têm suas particularidades.” Ramo Metalúrgico Bancos Setor Portuário Indústria Química Setor de Petróleo Comércio e Serviços Setor Público (Administração direta, autarquias e fundações ) Obs. Salários rebaixados, péssimas condições de trabalho direitos sociais negados são características comuns em todos os setores. 17

Terceirização e Desenvolvimento – Um conta que não fecha Projeto de lei 1621/2007, elaborado pela CUT e encampado pelo deputado Vicentinho (PT-SP), propõe: regulamentação da terceirização estabelecendo a igualdade de direitos; obrigatoriedade de informação prévia; proibição da terceirização na atividade-fim; responsabilidade solidária e penalização de empresas infratoras, fatores decisivos no combate à precarização. Além desse projeto, que tramita no Congresso Nacional, existe outro, com premissas idênticas, parado na Casa Civil. X Três projetos sobre a terceirização: PL 4302/1998 (ainda do período FHC), que propõe a regulamentação da terceirização usando como artifício a ampliação do tempo contratual do trabalho temporário, transformando-o em padrão rebaixado de contratação, com direitos reduzidos; PL 4330/2004, de Sandro Mabel (PL-GO) que, descaracteriza a relação de emprego e normatiza a terceirização em “atividades-fim” ou “atividades inerentes, acessórias ou complementares à atividade econômica da contratante” (artigo 4° PL4430); e o PLS 87/2010, de autoria do Senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG). 18

PROPOSTAS DA CUT DE DIRETRIZES PARA A REGULAMENTAÇÃO DA TERCEIRIZAÇÃO 1. A terceirização na atividade-fim (permanente) da empresa é proibida. 2. Nas relações de trabalho relativas à atividade-fim da empresa (atividades permanentes) não pode haver pessoa jurídica contratada. Nestas atividades, haverá apenas trabalhadores diretamente contratados com vínculo de emprego. 3. A empresa tomadora deve garantir aos empregados de prestadoras de serviços - quer atuem em suas instalações físicas ou em outro local por ela determinado - as mesmas condições de: a) Salário; b) Jornada; c) Benefícios; d) Condições de saúde e segurança no ambiente de trabalho; e) Ritmo de trabalho. 4. A empresa deve fornecer informação prévia aos sindicatos em seus projetos de terceirização. Estas informações devem ser fornecidas com pelo menos seis meses de antecedência. 5. A empresa tomadora é proibida de manter empregado em atividade diversa daquela para a qual ele foi contratado pela prestadora de serviços a terceiros. 6. Os empregados da prestadora de serviços a terceiros não poderão ser subordinados ao comando disciplinar e diretivo da empresa tomadora. A tomadora não poderá exigir a pessoalidade na prestação de serviços 19

PROPOSTAS DA CUT DE DIRETRIZES PARA A REGULAMENTAÇÃO DA TERCEIRIZAÇÃO 7. A contratação de prestadoras de serviços constituídas com a finalidade exclusiva de fornecer serviços de mão de obra é proibida, ainda que não haja subordinação ou pessoalidade destes empregados com a empresa tomadora, ressalvados os casos específicos já permitidos na Lei n /74 (serviços temporários) e os previstos na Súmula 331 do TST (serviços de vigilância, asseio e conservação e especializados) 8. A empresa tomadora será solidariamente responsável pelas obrigações trabalhistas e previdenciárias garantidas pela Lei, no tocante ao período em que ocorrer a prestação dos serviços pelos empregados da prestadora de serviços. 9. A empresa prestadora de serviços a terceiros é obrigada a fornecer à empresa tomadora, mensalmente, a comprovação do pagamento dos salários, do recolhimento das contribuições previdenciárias e do FGTS. Estas informações serão fornecidas também às representações sindicais sempre que solicitadas. 10. A empresa tomadora assegurará o pagamento de salários, 13º salário, férias e recolhimento de FGTS, se a empresa prestadora deixar de cumprir estes compromissos com seus trabalhadores. 11. Haverá vínculo empregatício entre a empresa tomadora e os empregados da prestadora de serviços sempre que presentes os elementos que caracterizam uma relação do emprego prevista na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). 12. O sindicato representativo dos trabalhadores poderá representar os empregados judicialmente, na qualidade de substituto processual, com o objetivo de assegurar o cumprimento no disposto da lei. 20

Terceirização e Desenvolvimento – Um conta que não fecha Não existe futuro na terceirização a não ser a retirada de direitos, mortes, mutilações e humilhação dos trabalhadores e trabalhadoras. Recentemente o presidente da câmara dos deputados, Eduardo Cunha – (PMDB RJ) e o relator Artur Maia (SD BA), no intuito de atender os interesses empresariais colocou em pauta, discussão e votação do PL 4330, o projeto que regulamenta a terceirização no Brasil foi aprovado com a diferença de 17 votos. 230 parlamentares votaram a favor 203 deputados foram contrários. Atualmente, o PL 4330, agora segue tramitando no senado. Obs. Nesse momento a única salva guarda dos trabalhadores/as é a SÚMULA 331 do TST que proíbe a terceirização na atividade-fim. Caso o PL4330 seja aprovada será a institucionalização da precarização do trabalho no Brasil. 21

Terceirização e Desenvolvimento – Um conta que não fecha Eduardo Lirio Guterra – Secretário Adjunto de Saúde do Trabalhador