Metodologia da ciência: Filosofia e prática da pesquisa

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Transcrição da apresentação:

Metodologia da ciência: Filosofia e prática da pesquisa

Capítulo 2 Dos gregos ao positivismo

Proposta: Um passeio pelas ideias de alguns dos filósofos mais importantes para o estabelecimento das ideias científicas...

Pitágoras (570-500 a.C.) Considerado o “pai da Matemática, Pitágoras considerava o pensamento como uma fonte mais poderosa de conhecimento do que os sentidos. Seu famoso teorema ofereceu um exemplo prático do poder da matemática e, portanto, da razão nos domínios da vida cotidiana.

Platão (427-347 a.C.) Propositor do idealismo: o mundo das ideias é a única realidade. Metáfora do cocheiro: o condutor é o nosso intelecto (razão), cuja tarefa é coordenar a vontade, a emoção e os desejos. Para Platão, o controle do corpo por meio do intelecto é essencial à vida civilizada.

Aristóteles (384-322 a.C.) Discípulo de Platão, torna-se o fundador do campo da lógica, através da sua obra Órganum. Desenvolve o processo dedutivo e todas as regras para a correção do pensamento. Defendeu o intelecto e a reflexão como as fontes principais do conhecimento.

René Descartes (1596-1650) Considerado o "pai da filosofia moderna", foi um filósofo e matemático francês que se dedicou, sobretudo, a assentar as bases de uma ciência universal. A aritmética e a geometria seriam os fundamentos dessa nova ciência, entendida como "matemática universal". Estabeleceu a necessidade de duvidar (dúvida metódica) de qualquer fato, inclusive quando parece evidente, até ser comprovado. Seu método filosófico foi edificado a partir de importante conclusão: "Penso, logo existo".

Pitágoras (570-500 a.C.) Platão ( 427-347 a.C.) Aristóteles (384-322 a.C.) René Descartes (1596-1650) Racionalismo: Doutrina segundo a qual a razão constitui-se na principal maneira de se produzir conhecimento...

Demócrito (460-370 a.C.) e Epicuro (427-347 a.C.) Idealizadores do atomismo: “A formação de novos corpos provém da combinação de elementos já existentes: os átomos”. Átomos  Indivisíveis e eternos, compõem todos os corpos, vivos ou não. Advogavam a favor da validade dos sentidos (percepção).

Francis Bacon (1561-1626) Considerava que o antigo instrumento dedutivo da lógica aristotélica não era mais suficiente para explicar a realidade. Defende o princípio da indução e publica sua obra Novum Órganum (1620), no qual explica os princípios de seu método.

Bacon critica os filósofos de sua época (e antecessores) por valorizarem excessivamente a especulação e a dogmática teológica em detrimento da observação criteriosa dos fatos. Nessa teoria, Bacon enumera quatro erros ou atitudes a evitar na busca pela verdade, os quais ele denominou de “idolos”: Ídolos da tribo (idola tribus): excesso de confiança nos sentidos humanos. Ídolos do fórum (idola fori): erros causados pela linguagem, que é imperfeita e distorce a realidade (crítica à retórica). Ídolos da caverna (idola specus): excessiva influência da subjetividade sobre o intelecto (uma alusão ao mito da caverna, de Platão). Ídolos do teatro (idola theatri): erros provenientes das escolas filosóficas e da autoridade, que promovem um “jogo de cena”, substituindo o mundo real por um mundo fantástico.

Demócrito (460-370 a.C.) Epicuro (427-347 a.C.) Francis Bacon (1561-1626) Empirismo: Doutrina segundo a qual a experiência constitui-se na principal maneira de se produzir conhecimento...

Galileu Galilei (1564-1642) Considerado o primeiro cientista moderno, ensina que a razão (matemática) e o experimento são a chave para a compreensão da realidade. Proclama o princípio da independência do pensamento científico, sem interferências filosóficas ou religiosas. Estabelece as bases do método científico: observação, hipótese, experimentação, mensuração, análise e conclusão.

Galileu e a Inquisição Depois de construir a primeira luneta, em 1610, conclui que Copérnico tinha razão: não a Terra, e sim o Sol era o centro do sistema planetário (heliocentrismo). Foi condenado pela Santa Inquisição e teve que abrir mão publicamente de suas idéias. Ao sair do tribunal resmunga: “Epur si muove”. Morreu cego e condenado pela Igreja. Foi absolvido pelo Papa João Paulo II em 1983.

Auguste Comte (1798-1857) Criador do positivismo, postura filosófica segundo a qual somente o conhecimento científico é válido e genuíno. Comte assinalou quatro acepções para a palavra “positivo”: real (em oposição a fantasioso), útil (em oposição a ocioso), certo (em oposição a indeciso), preciso (em oposição a vago). O positivismo não aceita outra realidade que não advenha dos fatos.

A lei dos Três Estágios Ideia desenvolvida pelo filósofo francês Auguste Comte que em sua obra Cours de Philosophie Positive defende a tese de que todas as sociedades humanas e disciplinas intelectuais evoluiriam passando por três estágios fundamentais: o estágio teológico, caracterizado pela predominância da crença no sobrenatural e no absolutismo monárquico; o estágio metafísico, marcado por um raciocínio especulativo e abstrato; e, finalmente, o estágio positivo, auge do desenvolvimento de um povo, e que se caracteriza basicamente pela crença na superioridade e hegemonia do pensamento científico.