Projeto de EAD: Infra-estrutura, Tecnologia e Pessoas Adriano Sóstenis S. Bernardo Érico Galdino Almeida Senac São Paulo Recife – abril/2007
Qual a sensação de construir um avião durante o vôo?
Armazenamento Homologação Equipamentos Softwares Conexões Rede Segurança
Objetivos
Expectativas Baseado nas experiências do Senac São Paulo, oferecer subsídios para a tomada de decisão para a aquisição de infra-estrutura tecnológica e de formação de equipe na implantação de projetos de educação a distância Não há soluções prontas Apresentar tecnologias e conceitos, discutindo possíveis usos e limitações Não entrar em aspectos pedagógicos, na medida do possível
Estrutura Expectativas e Objetivos Apresentação do Senac São Paulo Gestão da Infra-estrutura Pessoas Gestão de Cursos e Alunos Desenvolvimento Tecnologias Web 2.0
Estrutura Dispositivos Móveis Objetos de Aprendizagem SCORM Caminhos Tecnológicos Discussão Aberta
Senac São Paulo
Senac São Paulo O Senac — Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial é uma instituição educacional privada sem fins lucrativos. Criada em 1946 e desde então inicia, atualiza e requalifica profissionais e organizações para ingressarem no mercado de trabalho no setor de comércio e serviços.
Núcleo de Educação a Distância Papel Institucional Definir políticas e estratégias de EaD Desenvolver projetos para a Instituição e para o mercado Desenvolver competências na Instituição Buscar parcerias Atuar na Educação Superior
Núcleo de Educação a Distância Missão Aprimorar continuamente as competências das pessoas e organizações para a sociedade do conhecimento, através do uso de modernas tecnologias educacionais e da facilidade do acesso das pessoas, propiciando aprendizagem com autonomia, exercício responsável da cidadania e apropriação das novas tecnologias da informação e comunicação
Núcleo de Educação a Distância Visão Estar entre as 3 Instituições-referência em e-learning até 2010
Núcleo de Educação a Distância Valores Flexibilidade Aprendizagem com autonomia Respeito à individualidade e à experiência dos alunos Desenvolvimento do saber aprender, saber fazer, saber ser e saber conviver Foco em grupos de aprendizagem com interações múltiplas em diversos meios de acesso à informação e ao conhecimento Práticas da educação de adultos, tais como atender às necessidades imediatas, permitir a auto-educação e estimular o pensamento crítico
Gestão da Infra-estrutura
Infra-estrutura Base Softwares Física Servidores Exclusivos Conexão por Link Dedicado de Alta Velocidade Softwares Gerenciamento de EAD Software para Produção Multimídia Física DataCenter Laboratórios de Produção de Materiais Mediáticos (impressos, analógicos e digitais)
Segurança e disponibilidade Planos de Contingência Simultaneidade de conexões Limitações de Link Upgrades e Atualizações Homologação Armazenamento Backups Tempo de Restauração Suporte
Exemplo Senac Blackboard - A cada 01 hora é feito backup automático da base de dados do sistema Restauramos dados de até 03 meses atrás Estamos migrando a base para Storage Servidores redundantes, é possível fazer algumas manutenções sem necessidade de desligá-lo Disponibilidade de 98,5% Equipamentos Dell com configuração básica Xeon 3.06 GHz - 4 processadores 2 GB RAM Uso de RAID 5 BD SQL Server BD MySQL Breeze
Exemplo Senac - Desktop Parque tecnológico para a produção e gestão dos projetos de EaD: 4 Servidores Locais para testes 15 Celeron 1.7GHz, 256MB RAM, HD 40GB 7 Celeron 2.5GHz, 512MB RAM, HD 40G 1 Macintosh G4 800MHz, 256MB RAM, HD 40G 6 Pentium III 1GHz, 256MB RAM, HD 40G 4 Pentium IV 1.7GHz, 512MB RAM, HD 60G 2 Pentium IV 1.8GHz, 512MB RAM, HD 40G 9 Pentium IV 2.8GHz, 512 MB RAM, HD 40G 3 Notebook Pentium IV 2GHz, 256MB RAM, HD 20GB
Exemplo Senac - Periféricos Tablets Wacon StillBlue 3x4 Tablets Wacon Intus 3 9x6 WebCam Philips Mesa de som com 24 canais direto Estúdio de Gravação com 2 filmadoras digitais Sony PD170 Equipamento de iluminação, refletores Hazh, fundos para gravação de vídeo e fotografia microfones de lapela Câmera fotográfica digital EOS 300D Rebel Digital Gravador de DVD externo e interno Gravadores de CD-ROM Unidades de DVD-ROM Canhões de projeção multimídia
Infra-estrutura Grande parte das informações é encontrada com os fornecedores ou fabricantes O crescimento tem que ser planejado Número de alunos Tipos de atividades (síncronas, assíncronas) Tipos de conteúdos (vídeo, áudio) Planejamento é fundamental Entender as necessidades
Pessoas
Pessoas Designer instrucional Especialista em texto impresso e eletrônico Especialista em áudio e vídeo Especialista em multimídia Webdesigner WebMaster Programador Tutor de Aprendizagem e de Conteúdo
Pessoas Formação Cultura de EAD Para os desenvolvedores, JAVA está cada vez mais em alta Cultura de EAD É necessário o claro entendimento das diferenças e similaridades com a modalidade presencial Posicionamento/Relacionamento com outras áreas A sintonia é muito importante
O Homem das Grandes Idéias Equipe de TI O Arquiteto Pensa sempre em opções diferentes para fazer o trabalho. Ele nunca pára na primeira solução. Sem ele, o grupo pode considerar definitiva a primeira grande idéia e nunca procurar por uma melhor O Facilitador Ajuda o time a caminhar para uma conclusão. Ele reúne os prós e contras das várias idéias do arquiteto e adiciona idéias que estreitam as escolhas. Sem ele o time pode se separar em campos opostos O Advogado do Diabo É o iconoclasta, o questionador. Ele força o grupo a defender sua direção. Sem ele, a equipe pode facilmente se autoconvencer do sucesso de uma idéia que pode não ser a melhor O Homem das Grandes Idéias Chega com as soluções de fora da empresa. Enche as reuniões com novidades e ajuda a equipe a não perder oportunidades importantes de inovação O Âncora É o amante dos processos, procedimentos e da realidade crua. Ele sabe o que vai funcionar e o que não vai e o que pode e o que não pode dar errado em função de burocracias ou legislação. Sem ele, o time pode ficar perdido entre grandes idéias não realizáveis O Popular Entende como cada um dos usuários se comporta. Ele provê a equipe de informações sobre como as pessoas vão reagir ao que for criado. Sem ele, o time pode criar um ótimo produto que vai ser odiado pelos usuários Fonte: Computerworld - Edição 408 - 05/05/2004
Gestão de Cursos e Alunos
LMS - Learning Management System Sistema de Gerenciamento de Aprendizagem Uma das diversas formas de entrega de materiais e compartilhamento de informações em cursos a distância
LMS Aspectos benéficos Disponibilizar conteúdos e atividades Acompanhar a trajetória do aluno Ferramentas de comunicação e interação integradas Docentes possuem um maior controle sobre as ações dos alunos Alunos encontram todas as informações em um mesmo ambiente
LMS Aspectos limitadores Bom uso do LMS Resistência dos docentes para o uso de ambientes como esse Receio do “novo”, do uso de tecnologia Estrutura pode dificultar ou impossibilitar o uso de algumas estratégias Bom uso do LMS Conhecer estas limitações e saber como contorná-las é ponto essencial para o bom uso dos sistemas de gerenciamento de aprendizagem.
Gestão de Cursos e Alunos Gratuitos Moodle, Teleduc etc Proprietários Blackboard, WebCT, Saba, Webaula etc
Gestão de Cursos e Alunos Sem LMS Intranet Portais Corporativos CBT – Computer Based Training Ferramentas alternativas de Comunicação
Desenvolvimento
Necessidades O que era esperado do LMS Vantagens Disponibilizar ao docente recursos que permitissem concretizar suas idéias e práticas, sem que fosse preciso modificar sua metodologia de ensino para se adequar ao ambiente Vantagens Respeito ao raciocínio e linguagem do docente, de acordo com sua realidade prática
Integração de novas ferramentas Alguns LMSs permitem a integração de novas ferramentas, tornando-se personalizado para o uso de um determinado docente ou instituição LMS Blackboard Desenvolvimento de novas ferramentas – Building Blocks
Building Blocks Características Possibilidades Arquitetura aberta Compostos por uma coleção de APIS, Kit para desenvolvedor (SDK) e especificações para integração Possibilidades Estender as funcionalidades do Blackboard Integrar sistemas externos ou outras aplicações “Personalizar” para atender necessidades específicas Auxiliar na administração do sistema
Criação de ferramentas Retrabalho e duplicação de ferramentas Corre-se o risco de acumular uma série de objetos diferentes que atendem a um mesmo fim, ou, ainda, criar objetos tão específicos que não terão utilidade em nenhum outro contexto RLO – Reusable Learning Objects Deve-se ter como modelo as vantagens e os ganhos de objetos de aprendizagem reutilizáveis
Building Blocks Personalizáveis Objetos personalizáveis Abrir a possibilidade de o docente escolher alguns aspectos e funcionalidades das ferramentas Evitar o retrabalho no desenvolvimento dos objetos e otimizar a produção dos cursos Diferentes níveis de personalização Possibilidade de o docente alterar desde somente o nome das áreas até modificar suas configurações de funcionamento
Building Blocks Personalizáveis Cuidado com o gerenciamento da ferramenta Quando se desenvolve uma “ferramenta-matriz” adaptável a muitos contextos, corre-se o risco de dificultar o gerenciamento dessa ferramenta pelos docentes Além disso, muitos têm dificuldade em visualizar o resultado que será obtido quando não há um objetivo bem definido para o objeto
O processo de desenvolvimento de Building Blocks O processo de idealizar, desenvolver e implementar um Building Block envolve o trabalho conjunto de profissionais de diferentes áreas A demanda parte de dois atores principais: docentes e especialistas da área de conhecimento (mentores), mediados pelo Designer Instrucional (DI)
O processo de desenvolvimento de Building Blocks DI atua como parceiro de docentes e tutores: orientação e análise da real necessidade de uma nova ferramenta DI elabora uma documentação com as funcionalidades e especificações técnicas desejadas e a encaminha para a equipe de desenvolvimento Ouvir a opinião e análise feitas pelos tutores, docentes e alunos deve ser uma prática intrínseca ao processo
Building Blocks Personalizáveis Confiança do docente Quando utiliza uma ferramenta personalizada por ele, que vai ao encontro de suas necessidades, o docente adquire maior confiança no seu trabalho, na sua postura e nas suas ações no ambiente virtual Aumenta sua motivação para continuar utilizando o ambiente e também explorar ao máximo suas potencialidades
Exemplo Ferramenta Diário de Rotina – personalização de textos e legendas
Tecnologias
Web 2.0
Web 2.0 Ênfase na colaboração on-line e troca entre pessoas
Blog, Podcast, vídeo, RSS, Fórum
Aplicativos de Comunicação Fórum Vídeo Blog Vídeo Conferência Chat Vídeo Blog Teleconferência Podcast Webconferência E-mail RSS Streaming VoIP Gadgets
Dispositivos Móveis
Mobilidade SMS - Short Messaging System WAP - Wireless Application Protocol Bluetooth WiFi Palm Top Pocket PC
Mobilidade Aplicações em Smartphopne Ambiente Corporativo Praticidade e Conectividade
Flexibilidade e Mobilidade Pendrive iPod Baixo custo Capacidade 128MB a 2GB Com player Mp3 Rádio FM Fácil Conexão
Flexibilidade e Mobilidade Disponibilidade de vídeo Áudio de alta qualidade Animações Complexas EaD em qualquer lugar e sem Internet
Objetos de Aprendizagem
Objetos de Aprendizagem Definição vaga Não existe um conceito que seja universalmente aceito Possuem características que procuram resolver problemas de armazenamento e distribuição de informação por meios digitais
Objetos de Aprendizagem Recurso digital que possa ser re-utilizado para o suporte ao ensino Não são os cursos: é raro encontrar dois cursos de duas instituições com exatamente o mesmo conjunto de elementos Principal idéia é dividir o conteúdo educacional em pequenos pedaços para serem reutilizados em diferentes ambientes de aprendizagem Contém texto, gráficos, vídeos, esquema de navegação, tarefas, etc.
Objetos de Aprendizagem Principais premissas: Interoperabilidade: pode ser utilizado em diferentes plataforma de e-Learning. Re-usabilidade: possuem início, meio e fim; podem ser reutilizadas sem a necessidade de manutenção. Gerenciabilidade: objetos são independentes; cada instituição pode utilizar da maneira mais adequada para cada uma.
Como conseguir isso com tantos padrões? Ariadne IMS IEE AICC ALIC IBM CISCO Microsoft Macromedia Oracle NETg Click2Learn Saba...
Conteúdos Padronizados Para que exista interoperabilidade eficiente, é necessário a utilização de padrões Padrões abertos: como um idioma entendido e usado por todos Tem os mesmos objetivos de padronização da indústria em geral Provê uniformidade, estabilidade no mercado de e-Learning Permite a existência de provedores de conteúdo
Surge então o SCORM Em novembro 1997, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos e o Escritório de Ciências e Política de Tecnologia da Casa Branca lançaram a Advanced Distributed Learning - ADL. O consórcio é formado pelo IMS, IEEE, AICC, mais de 1,600 faculdades e universidades e 150 corporações. O seu propósito era desenvolver uma arquitetura aberta para o e-Learning. O resultado deste consórcio foi o SCORM
Surge então o SCORM O SCORM (Sharable Content Object Reference Model - Modelo de Referência para Objetos Compartilháveis de Conteúdo) incorporou muitos dos padrões existentes, juntando tudo em um único padrão. Seu objetivo é prover meios técnicos para que os objetos de conteúdo possam ser facilmente compartilhados entre os diversos ambientes de e-Learning (LMS) Utilização de metadados
SCORM SCORM é um conjunto de especificações que descrevem: Como criar um conteúdo de aprendizagem baseado em Web que pode ser disponibilizado e utilizado em diferentes Sistemas LMS compatíveis com SCORM O que um LMS precisa fazer para disponibilizar e utilizar conteúdos no padrão SCORM
Mas como é um SCORM? Deve ser disponibilizado através de um Browser. É descrito por Metadados. Organizado como um coleção estruturada de um ou mais objetos chamados Shareable Content Objects ("SCO", e podem ser pronunciados como "sko"). Empacotados de uma maneira que possam ser importados por um LMS. Devem ser realmente portáveis, o que significa que devem ser construídos de forma que possam ser disponibilizados por qualquer browser e sem que haja a necessidadade de instalação de componentes no lado do cliente/aluno.
O que é um SCO? Objeto Compartilhável de Conteúdo Um SCO é a menor unidade de um curso que: Apresenta conteúdo que encerra um significado. Pode ser extraído e reutilizado em outro curso.
Empacotamento Empacotamento IMS manifest Execução Informações aluno->LMS Metadados sobre o aluno “Etiquetas” para identificar e localizar curso, lição, objeto etc. Metadados
Empacotamento Lição 1 Módulo 1 LMS Lição n Módulo n IMS manifest
IMS Manifest O IMS manifest é um arquivo XML que contém diversas partes: Metadado que descreve o pacote. Organizações: um ou mais mapas hierárquicos que descrevem como o conteúdo está organizado. Recursos, são os SCOS.
<course> <block id=“B1”> <identification> <title>Maritime Navigation</title> <labels> <curricular>UNIT</curricular> </labels> </identification> <block id=“B2”> <title>Inland Rules of the Road</title> <curricular>MODULE</curricular> <au id=“A1”> <title>References</title> <launch> <location>/Courses/Course01/Lesson01/au01.html</location> </launch>
Metadados Conjunto de elementos ou campos que descrevem o recurso
Tipos de Metadados 1. Geral: informações gerais que descrevem o recurso como um todo. 2. Ciclo de vida: fatores relacionados ao histórico e ao estado atual do recurso e o que afetou o recurso durante sua evolução. 3. Meta-metadados: informações sobre o registro dos próprios metadados. 4. Técnico: requisitos e características técnicas do recurso. 5. Educacional: características educacionais e pedagógicas do recurso. 6. Direitos: propriedade intelectual e condições para o uso. 7. Relação: fatores que definem a relação entre este e outros recursos. 8. Anotações: fornece comentários sobre o uso educacional do recurso e informações sobre quando e por quem os comentários foram criados. 9. Classificação: descreve onde este recurso cabe dentro de um determinado sistema de classificação.
Caminhos Tecnológicos
Caminhos tecnológicos Pontos-chave A tecnologia apresenta-se como meio e instrumento para colaborar no desenvolvimento do processo de aprendizagem. O suporte técnico tem papel importante neste processo
Caminhos tecnológicos Implantação Faça todo o levantamento das necessidades Entenda o novo ambiente Prepare toda infra-estrutura É um dos pontos críticos Envolva uma equipe multidisciplinar Realize a capacitação de toda equipe Se possível, antes da implantação
Caminhos tecnológicos Futuro Uso de padrões Necessidade de mensurar os resultados obtidos Diminuição do custo de investimento Aculturamento para o uso de tecnologia na educação M-learning: cada vez mais usado Learning 2.0: ênfase em um ambiente de aprendizagem mais flexível, aplicável e em muitos casos informal
Adriano Sóstenis S. Bernardo Contato Adriano Sóstenis S. Bernardo adriano.ssbernardo@sp.senac.br sostenis@yahoo.com.br Érico Galdino Almeida erico.galmeida@sp.senac.br erico_galmeida@yahoo.com.br http://www.ead.sp.senac.br/ tel. (11) 6888-5558