Hipersensibilidade Dentinária

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Transcrição da apresentação:

Hipersensibilidade Dentinária Alyne Kezia Luciana Marcela Rosa Mariana Valquiria Vanessa

Hipersensibilidade dentinária Conceito É a sensibilidade exacerbada da dentina quando exposta a estímulos químicos, táteis, térmicos ou osmóticos provenientes do meio bucal, os quais, normalmente não causariam resposta em um dente sem perda tecidual. Essa resposta dolorosa é gerada pela perda de estrutura mineral na região cervical dental e pela migração gengival marginal apicalmente, causando desnudação da superfície radicular.

Canais abertos levam à polpa e causam dor. Gengivas recessivas expõem a superfície da raiz ao calor, frio e pressão. Canais abertos levam à polpa e causam dor.

Hipersensibilidade dentinária Etiologia Fatores que podem gerar a exposição da superfície dentinária: Tratamento periodontal Trauma de escovação Atrição, Abrasão e Erosão Hábitos parafuncionais Recessão gengival Preparos protéticos

Hipersensibilidade dentinária Lesões cervicais não cariosas Lesão Erosão Abrasão Abfração Etiologia Agentes químicos Agentes mecânicos Trauma oclusal Aspectos Clínicos Rasa Profunda Ampla Superfície liso-polida Forma de cunha Aspecto arrendodado Contorno regular Margens bem-definidas Sem borda definida Margens agudas Ocasionalmente subgengival

Hipersensibilidade dentinária Incidência e Prevalência Sexo: incidência maior em mulheres do que em homens – diferença não estatisticamente representativa. Dentes: caninos e pré-molares. Face do dente: vestibular. Idade: prevalência entre 20 a 40 anos – pico maior no final da terceira década.

Hipersensibilidade dentinária Mecanismo A teoria mais aceita para explicar o mecanismo de transmissão da dor através da dentina é a “Teoria Hidrodinâmica de Brannström”. Os estímulos produtores de dor aumentam o movimento dos líquidos dentro dos túbulos dentinários, o que leva à ativação das fibras delta-A receptoras da dor. Em estudos microscópicos foi observada a presença de um número superior de túbulos dentinários e sua maior espessura na dentina hipersensível em comparação com a não sensível.

Hipersensibilidade dentinária A movimentação do líquido existente no túbulo dentinário pode se dar por: Aplicação de um jato de ar, ou mesmo pela respiração bucal. Presença de substâncias doces. Passando a ponta do explorador na lesão cervical. Variação de temperatura.

Hipersensibilidade dentinária Diagnóstico Anamnese Exame clínico Teste e exames complementares Características: Na hipersensibilidade dentinária a dor é provocada, aguda, de intensidade variável, de curta duração e desaparece com a remoção do estímulo gerador.

Hipersensibilidade dentinária Diagnóstico diferencial É muito importante a realização de um diagnóstico diferencial entre: Lesões por cárie; Restaurações defeituosas; Elementos dentais fraturados; Alterações endodônticas; Doenças periodontais; Traumatismos Oclusais.

Hipersensibilidade dentinária Tratamento Visa obliterar a luz dos túbulos dentinários para diminuir a movimentação fluídica, ou diminuir o limiar de excitação das fibras nervosas. Protolocolo clínico: Remoção do fator etiológico, Dessensibilização, Restauração (se necessário), Proservação.

Hipersensibilidade dentinária Agentes Dessensibilizantes Oxalato de potássio, Oxalato de ferro, Nitrato de potássio Hidróxido de cálcio Compostos Fluoretados, Vernizes Dentifrícios Sistemas adesivos, Resinas compostas e CIV Corticosteroides Laser Iontoforese Hipnose

Hipersensibilidade dentinária Agentes Dessensibilizantes Oxalato de potássio, Oxalato de ferro, Nitrato de potássio Oxalato de potássio, Oxalato de ferro - deposição de partículas no interior dos túbulos dentinários. Nitrato de potássio - oxidação natural, obliteração do túbulo dentinário. Ex: Desensibilize FGM

Hipersensibilidade dentinária Agentes Dessensibilizantes Hidróxido de Cálcio Bloqueio dos túbulos com formação de dentina esclerótica; Não irritante à polpa; pH alcalino (V); Baixa solubilidade e combinação com o dióxido de carbono do ar para formar carbonato de cálcio, composto inativo (D).

Hipersensibilidade dentinária Agentes Dessensibilizantes Compostos Fluoretados Ação - dada pela sua união com íons cálcio, resultando em fluoretos de cálcio e reduzindo o diâmetro dos túbulo; Este é aplicado por 1 a 5 minutos na área sensível.

Hipersensibilidade dentinária Agentes Dessensibilizantes Vernizes Ação seladora nos túbulos dentinários; Tempo de efeito curto, pois são rapidamente removidos pela saliva (D); Ultimamente, tem-se utilizado o verniz com flúor (Duraflur, Fluorniz) – efeito mais duradouro.

Hipersensibilidade dentinária Agentes Dessensibilizantes Dentifrícios À base de cloreto de estrôncio (Sensodyne) - atuam obstruindo os túbulos dentinários e criando uma barreira impermeável; À base de nitrato de potássio (Hyperdent) - estabelece o fluxo de potássio no interior do odontoblasto perdido por estímulos externos, estabilizando a polaridade das terminações nervosas.

Hipersensibilidade dentinária Agentes Dessensibilizantes Sistemas adesivos, Resinas compostas e CIV Obliteração dos túbulos, evitando movimento de fluidos dentro destes; É o procedimento mais conveniente, eficiente e duradouro quando a integridade da polpa e a condição estética estiverem comprometidas, e também em casos de abfração, após realizados os ajustes oclusais.

Hipersensibilidade dentinária Agentes Dessensibilizantes Corticosteróides Prednisolona a 1%, em diferentes soluções; Sua ação é antiinflamatória; No entanto, sua efetividade não está firmemente comprovada.

Hipersensibilidade dentinária Agentes Dessensibilizantes Laserterapia Baixa intensidade: Hélio-Neônio (He- Ne) e Arseneto de Gálio e Alumínio (AsGaAl); Alta intensidade: laser de Neodímio Ytrio Alumínio Granado (Nd:YAG) e o de dióxido de carbono (CO2) ; Efeito analgésico, formação de dentina esclerótica, com uma conseqüente obliteração interna dos túbulos.

Hipersensibilidade dentinária Agentes Dessensibilizantes Iontoforese, Hipnose Iontoforese - possibilita a transferência de íons sob pressão elétrica para a superfície do corpo, proporcionando a penetração de íons F- mais profundamente nos túbulos dentinários e reduzindo a hipersensibilidade. Hipnose - foi aceita pela Associação Médica Americana para uso em Odontologia e Medicina no ano de 1958. A sua eficácia no tratamento da hipersensibilidade dentinária é comprovada em diversos trabalhos.

Recomendações para pacientes em tratamento de dentes sensíveis Hipersensibilidade dentinária Para que tenhamos sucesso no tratamento desta hipersensibilidade é necessário que você siga algumas orientações: Evitar alimentos ácidos: frutas cítricas (limão, laranja, abacaxi, uva, etc.); refrigerantes; bebidas energéticas; vinagre; café. Escovar os dentes de forma suave, com escova de cerdas retas e macias; evitar escovação horizontal Após a aplicação do agente dessensibilizante, não escovar os dentes por 12 horas. Não faltar as sessões de aplicação do agente dessensibilizante (o número de sessões e o intervalo entre as mesmas é essencial para o sucesso do tratamento)

EVITAR! EVITAR! EVITAR!

Hipersensibilidade dentinária Tratamento – Relato de Caso Clínico Foto 1. Paciente do sexo masculino, 26 anos com queixa de dor localizada na região de pré- molares inferiores. Foto 1 No exame clínico e radiográfico foi verificada a ausência de lesões cariosas, fraturas e a presença de recessão gengival, recebendo o diagnóstico de hipersensibilidade dentinária, o tratamento foi realizado com Desensibilize devido à sua dupla ação: neural do nitrato de potássio e oclusiva do cloreto de estrôncio.

Foto 2. Iniciou-se com uma profilaxia com pedra pomes e água para remover a placa bacteriana e pigmentos.

Foto 3. Em seguida com isolamento relativo, aplicou-se dessensibilize com o auxílio de um Cavibrush FGM, permitindo a sua ação por 10 minutos.

Foto 4. Finalmente, com uma taça de borracha, foi realizada fricção para auxiliar no mecanismo de oclusão dos canalículos dentinários pelo cloreto de estrôncio, seguida da remoção do produto. No retorno, após 5 dias, verificou-se a melhora dos sintomas. Nos casos severos, pode ser necessária mais de uma aplicação. ODEBRECHT, C.

Hipersensibilidade dentinária Referências Bibliográficas CONCEIÇÃO, E. N. Dentística Saúde e Estética. Porto Alegre: Artemed,2007. p 412-424. PEREIRA, J.C. Hiperestesia dentinária: aspectos clínicos e formas de tratamento. Maxi-odonto: Dentística., Bauru, v.1, n.2, p.1-24. mar/abr.1995. SALLUM, A. W. ET AL. Guia prático etiologia, diagnóstico e manejo clínico da hipersensibilidade dentinária cervical. Odontologia Baseada em Evidências, n. 1, p.1-26. 2008. SOBRAL, M. A. P.; GARONE NETTO,N. Aspectos clínicos da etiologia da hipersensibilidade dentinária cervical. Rev Odontol Univ São Paulo, v.13, n.2, p.189-195, abr/jun. 1999. SOBRAL, M. A. P.; CARVALHO, R. C. R.; GARONE NETTO, N. Prevalência de hipersensibilidade dentinária cervical. Rev Odontol Univ São Paulo, v.9, n.3, p.177-181, jul./set. 1995 VALE, I. S.; BRAMANTE, A. S. Hipersensibilidade dentinária: diagnóstico e tratamento. Rev Odontol Univ São Paulo, v.11, n.3, p.207-213, jul./set. 1997 FARIA, G. J. M.; VILLELA, L. C. Etiologia e Tratamento da hipersensibilidade dentinária em dentes com lesões cervicais não cariosas. Rev biociênc.,Taubaté, v.6, n.1, p.21-27, jan./jul. 2000. SHINTOME, L. K.; UMETSUBO, L. S.; NAGAYASSU, M. P.; et al. Avaliação clínica da laserterapia no tratamento da hipersensibilidade dentinária. Rev Cienc Odontol Bras, v.10, n.1, p.26-33, jan./mar. 2007.