A 1ª Conferência Nacional das Cidades 23 a 26 de outubro de 2003 SIMONE GUERESI fevereiro de 2008.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
O PNE na Articulação do Sistema Nacional de Educação: Participação Popular, Cooperação Federativa e Regime de Colaboração. Temário CONAE 2014.
Advertisements

POMMAR/USAID-Partners
PARTICIPAÇÃO POPULAR E PODER PÚBLICO.
CONFERÊNCIA NACIONAL DE EDUCAÇÃO fevereiro/2009 COMISSÃO DE ORGANIZAÇÃO DA CONFERÊNCIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO.
Histórico ª CNDPI - "Construindo a Rede Nacional de Proteção e Defesa da Pessoa Idosa - Renadi" DELIBERAÇÃO 8: Garantir, a cada ano, a realização.
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO A era da transparência: revolucionando as transferências voluntárias do Governo Federal MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO X Encontro.
ATUAÇÃO DOS AGENTES DO CONTROLE SOCIAL
Conferência Uma conferência é um espaço público de debates, um mecanismo institucional de democracia participativa. Uma conferência nacional é resultante.
PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL NO SUAS
Caderno de Textos: Subsídios para debates
CONTAG Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura
5ª Conferência Nacional das Cidades:
Pauta da 1ª Reunião Preparatória
1ª Conferência Estadual de Saúde Ambiental (1ª CESA BAHIA) 175ª Reunião Ordinária da CIB 23 de Julho de 2009 Bahia.
Participação Social e Controle Público
Elisabete Ferrarezi e Mariana Oliveira
A CONFERÊNCIA DA REFORMA URBANA
Orientações sobre as Conferências Municipais de Assistência Social
REUNIÃO PLENÁRIA LOCAL
TEMA – “Participação e Controle Social no SUAS”
Quem muda a Cidade somos nós: REFORMA URBANA JÁ!
OFICINA PREPARATÓRIA PARA 5ª CONFERÊNCIA MUNICIPAL DAS CIDADES    Quem muda a cidade somos nós: Reforma Urbana já!
Orientações para as prefeituras realizarem suas conferências.
I OFICINA DE CAPACITAÇÃO DOS CONSELHEIROS DAS CIDADES DO MARANHÃO
Síntese das Conferências Estaduais: Processo de Mobilização e Conferências Eixo 1 – Processo histórico da participação popular no país, trajetória e.
Consocial METODOLOGIA.
Janeiro a Maio de OBJETIVO   Indicar diretrizes para a construção do Sistema Nacional de Esporte e Lazer, em consonância com a Política Nacional.
MOVIMENTO MINEIRO DE FÉ E POLÍTICA “Paixão, Luta e Resistência”
Contexto de atuação do CME
Gestão Municipal da Habitação
Controle Social.
Processos legislativos e hierarquias de lei CarlosNeder Carlos Neder ENCONTRO DE IMERSÃO NA LEGISLAÇÃO BÁSICA PARA OS CONSELHEIROS ESTADUAIS DE SAÚDE MODALIDADES.
PACTO PELA JUVENTUDE:. O QUE É O PACTO PELA JUVENTUDE?  O Pacto pela Juventude é uma proposição do Conselho Nacional de Juventude aos governos (federal,
Elza Marina da Silva Moretto Coordenadora FEE/SC
Fórum Nacional de Educação
Psicologia e Segurança Pública
MANUAL ORIENTADOR DA VIII CONFERÊNCIA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL Consolidar o SUAS e Valorizar seus Trabalhadores Valdete de Barros Martins Coordenadora.
OBJETIVOS Mostrar como organizar o conselho;
REGIMENTO DA 15ª CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE
Formas de controle Publico Tribunal de contas Ministerio Publico CONFERENCIA Audiência Publica Ação Popular.
SENAES Secretaria Nacional de Economia Solidária.
CONSELHOS - MECANISMO DE CONTROLE SOCIAL
G P I Gerência-Geral de Projetos Institucionais. ALMG / GPI EVENTOS INSTITUCIONAIS - Busca pelo aperfeiçoamento da interlocução da ALMG com a sociedade.
Fórum Brasileiro de Economia Solidária= FBES
COORDENADORIA DE GESTÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA
Seminário de Sensibilização Para Realização das Conferências Municipais. 5ª Conferência das Cidades. Quem muda a cidade somos nós: Reforma Urbana Já!
1 Oficina Técnica AS POLÍTICAS PÚBLICAS E OS PRINCÍPIOS DEMOCRÁTICOS
CONFERÊNCIA DA CIDADE Desenvolvimento Urbano com participação popular Avançando na gestão democrática das cidades.
4ª CONFERENCIA MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA
SEMINÁRIOS ESTADUAIS COMISSÃO NACIONAL RECURSAL E DE VALIDAÇÃO.
CONCIDADES Conselho Municipal das Cidades
Composição dos Conselhos de Assistência Social
Conselho Municipal de Assistência Social – CMAS/Santos
‘ ’QUEM MUDA A CIDADE SOMOS NÓS: REFORMA URBANA JÁ!’’
Sergio Luis Allebrandt
CONTROLE SOCIAL FINANCIAMENTO DO SUS LEI Nº 8.142, DE 28 DE DEZEMBRO DE Vide Lei nº 8.689, de 1993 Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão.
Fórum de Transparência, Participação e Controle Social São Paulo - Setembro 2013 Tudo começou com a motivação da sociedade civil pressionando o ex-presidente.
Eixo 1 Sub-tema 1: Processo Histórico da Participação Popular no País Sub-tema 2: Trajetória e Significado no Controle Social na Política de Assistência.
I ENCONTRO DAS COMISSÕES PREPARATÓRIAS ESTADUAIS DA 6ª CONFERÊNCIA NACIONAL DAS CIDADES.
IV CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE MENTAL – INTERSETORIAL
I ENCONTRO DAS COMISSÕES PREPARATÓRIAS ESTADUAIS DA 6ª CONFERÊNCIA NACIONAL DAS CIDADES.
Instituto Estadual de Educação: espaços de participação democrática? Orientanda: Maria Cristina Martins Kamers Orientador: Prof. Dr. Celso João Carminati.
1. Marco Inicial – Discussão da Política Publica Ambiental “Plano Nacional de Saúde Ambiente no Desenvolvimento Sustentável” Contribuição do Brasil.
ASSESSORIA TÉCNICA. - Consiste em um conjunto de estratégias técnico-metodológicas (de articulação e mobilização social e de instrumentalização das equipes.
Processos de incidência política em moradia e habitat.
1ª CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE AMBIENTAL - 1ª CNSA Conselhos das Cidades, do Meio Ambiente e da Saúde Ministérios das Cidades, do Meio Ambiente.
SETAS Controle Social da Política de Assistência Social.
CÂMARA DOS DEPUTADOS Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) Reunião do Grupo de Trabalho Organizador da I Conferência Nacional de Comunicação A.
II CONFERÊNCIA NACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS DE JUVENTUDE.
Delegados “Art. 24 Os municípios que realizarem Conferências Municipais terão direito a eleger delegados para participar da Conferência Estadual até o.
Transcrição da apresentação:

A 1ª Conferência Nacional das Cidades 23 a 26 de outubro de 2003 SIMONE GUERESI fevereiro de 2008

Participação nas políticas públicas Crescimento a partir do anos de 1980: –Redemocratização; –Mudança das reivindicações do período de ditadura militar (luta por direitos políticos); –Desgaste das estruturas de representação; –Crise econômica do Estado; –Descontentamento com o resultado das políticas públicas (distância da realidade); –Exclusão crescente dos direitos de cidadania (mobilizações sociais).

Participação nas políticas públicas Experiências municipais; Experiências nacionais: Saúde e Assistência Social consolidam o modelo conferência / plano / conselho / fundo.

1ª Conferência das Cidades - antecedentes Movimento da Reforma Urbana (anos 1980); Constituição de 1988; Programa de Governo Lula (1994); Mobilização para a conferência Habitat II (1996); Programa de Governo Lula (1998); Conferências das Cidades na Câmara dos Deputados (a partir de 1999); Projeto Moradia - Instituto Cidadania (2000); Estatuto da Cidade (2001); Programa de Governo Lula (2002).

1ª Conferência das Cidades – a experiência Lema: “Cidade para Todos” Tema: “Construindo uma política democrática e integrada para as cidades” Objetivos: –Criar os conselhos das cidades; –Definir princípios e diretrizes da política; –Definir prioridades para o MCidades. Abrangência: 350 mil pessoas, em 27 estados e municípios.

1ª Conferência das Cidades Participação de todos os segmentos desde a composição da Comissão Preparatória; –Delegados: 60% sociedade civil (25 % movimentos sociais; 10% trabalhadores e entidades sindicais; 7,5 % ONGs, entidades profissionais, acadêmicas e de pesquisa; 7,5% empresários; 10% operadoras e concessionárias de serviços públicos); 40% Poder Público (20% municipal; 10% estadual; 10 % federal. 1/3 legislativo; 2/3 executivo) –Importância da mobilização das entidades.

1ª Conferência das Cidades Produção de um Texto-Base para proposição de emendas –Comissão de Sistematização produziu o documento das emendas para apreciação na etapa nacional; –Novas emendas – assinatura de 75 delegados; –Discussão e votação em grupos temáticos; –Deliberação em plenária. Estrutura: conferências municipais, estaduais/regionais (eleição de delegados e emendas) e nacional (eleição conselho nacional e deliberação sobre emendas).

Desafios Desmitificar conflito saber técnico x participação - diferentes saberes e caráter pedagógico da participação; Reduzir a expectativa de que as decisões serão sempre melhores / “milagrosas”; Necessidade de persistência no processo (qualificação e efeito demonstração); Inclusão de novos grupos.

Requisitos para efetiva participação 1.Reconhecimento da existência de diferentes atores, que detêm recursos de poder e interesses diversos; 2.Possibilidade de que os atores apresentem e defendam suas propostas e projetos, no debate e na negociação com os outros; 3.Abertura à participação em todas as diferentes etapas; 4.Democratização do acesso às informações e atuação governamental de fomento ao debate (capacitação); 5.Reais condições de deliberação (poder de “alterar rumos”).