Avaliação Laboratorial da Coagulação

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Hemostasia e coagulação do sangue
Advertisements

FUNDAMENTOS DE BIOLOGIA E FISIOLOGIA DO SANGUE
Hemostasia e disfunção plaquetária nos recém-nascidos
CIRCULAÇÃO SISTEMA CIRCULATÓRIO.
Vasos sanguíneos e Sangue
SERVIÇO DE ODONTOLOGIA DO HOSPITAL BRIGADEIRO – UGA V SÃO PAULO
Sistema Cardiovascular
MANUAL TEÓRICO DE PATOLOGIA BÁSICA
Trombose Venosa Profunda
Escola de Medicina Da Santa Casa de Misericórdia de Vitória
Sistema Circulatório Prof. JM.
FÁRMACOS QUE ATUAM NA COAGULAÇÃO SANGÜÍNEA OBJETIVOS:
Coagulação Intravascular Disseminada
Hemostasia e trombose Lucas Pena Daraio Maíra Freire Cardoso
David Roberto Claro e Bruna Nalin 4º Ano Medicina FAMEMA
Terapia Anticoagulante (Sonis, Secrets of Oral Medicine)
Testes de Função Hemostática
VAMOS ESTUDAR O SISTEMA CIRCULATÓRIO? Só se for agora!
HEMOSTASIA - Manutenção do estado líquido do sangue livre de coágulos.
COAGULOpatia, plaquetopenia e anticoagulação em uti
Sangue É um tecido conjuntivo líquido. É constituído por diversos tipos de células (elementos figurados),que constituem a parte "sólida" do sangue e cerca.
TECIDO SANGUÍNEO.
Prof. Nelson Ricardo Ciências da Natureza- Biologia Aula 1
Coagulação em recém- nascidos e crianças Karina Moreira da Silva Hematologia Pediátrica Abril/2009.
FARMACOLOGIA DO SANGUE
Importância da dieta na anticoagulação
Síndrome do Anticorpo Antifosfolipídio ou Síndrome de Hughes
Investigação Diagnóstica dos Distúrbios Hemorrágicos
Farmacologia do Sangue
Alterações circulatórias
HEMOSTASIA RENATTA PONTES.
Sangue - Leucócitos São células incolores, de forma esférica quando em suspensão no sangue, e participam das defesas celulares e imunocelulares do organismo.
Manejo da Coagulação no Paciente Cirúrgico
SISTEMA CIRCULATORIO.
Doenças Hemorrágicas do Recém-Nascido
TROMBOSE.
Sistema cardiocirculatório
HEMOSTASIA Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária
Processo inflamatório e Reparo tecidual
SISTEMA HEMATOLÓGICO, SISTEMA LINFÁTICO E HEMATOPOIESE
HEMOSTASIA.
TROMBOSE.
Coagulação coagulação do sangue é um processo complexo no qual o sangue forma coágulos sólidos. É uma parte importante da hemostasia (o cessamento da perda.
INTRODUÇÃO À HEMOSTASIA
Quando Pesquisar Trombofilias 2º Curso de Circulação Pulmonar SBPT São Paulo 2009 Alex Gonçalves Macedo Mestre em Pneumologia UNIFESP-EPM.
Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Hemostasia e Coagulação sanguínea
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO HEMOFILIA
Resposta Inflamatória
Distúrbios da hemostasia
Mecanismos da hemostasia sanguinea
Biologia volume único 3.ª edição Armênio Uzunian Ernesto Birner.
C1 – Mariana Boratto Peixoto Oncologia Pediátrica
HEMOSTASIA E COAGULAÇÃO SANGUÍNEA
Sistema Circulatório.
Sistema Circulatório (cardiovascular)
Alunos: Cristiane Matos, Darlene, José JR, Letícia, Paula,
Coleta de sangue Faculdades Unidas de pesquisa ciências e saúde
Luiz Antonio Aparecido
Curso Básico de Hematologia para Iniciantes.
Wesley M L Santana.  Em diversas situações clínicas, o TAP e/ou KPTT tornam-se prolongados:  Uso de heparina, fibrinolíticos, deficiência de vitamina.
HEMOSTASIA E COAGULAÇÃO
SEMINÁRIO ORIENTADO Nº 8 – TURMA 2 – GRUPO 5
Coagulação coagulação do sangue é um processo complexo no qual o sangue forma coágulos sólidos. É uma parte importante da hemostasia (o cessamento da perda.
Sistema Cardiovascular Professora Lívia. Funções Transporte de gases dos pulmões aos tecidos e dos tecidos aos pulmões Transporte dos nutrientes das vias.
Coagulação sangüínea.
Hemostasia Secundária
Importância da dieta na anticoagulação
Transcrição da apresentação:

Avaliação Laboratorial da Coagulação Prof. MSc. Rodrigo Alves do Carmo

HEMOSTASIA A resposta hemostática normal ao dano vascular depende da interação íntima entre a parede vascular, as plaquetas circulantes e os fatores de coagulação do sangue. Um mecanismo eficiente e rápido para estancar o sangramento em locais de lesão vascular é essencial à sobrevivência.

HEMOSTASIA A reposta deve ser controlada para evitar a formação de coágulos extensos e desfazê-los após a reparação do dano. Equilíbrio entre mecanismos pró-coagulantes e anticoagulantes, aliados à fibrinólise.

HEMOSTASIA Cinco principais componentes envolvidos: Plaquetas; Fatores de coagulação; Inibidores da coagulação; Mecanismo fibrinolítico; Vasos sanguíneos.

Plaquetas Produzidas na M.O. por fragmentação do citoplasma dos megacariócitos.

Plaquetas

Plaquetas Trombopoetina: principal regulador da produção de plaquetas. Trombopoetina: produção no fígado e rins. Sobrevida plaquetária média: 7 a 10 dias. Valor de referência: 150.000 a 400.000/mL. Volume médio de 7 a 11 fL.

Ultraestrutura das Plaquetas

RECEPTORES PLAQUETÁRIOS: GP Ib-IIa; IIb/IIIa - IIIb V - IX

Síntese de Prostaciclina e Tromboxano

Interação da membrana plaquetária com o subendotélio - vWF

Defeitos Plaquetários Síndrome de Bernard-Soulier GP Ib – IX – V Tromboastenia de Glanzmann GP IIb–IIIa “Doença de von Willebrand”

Sangue em contato com a superfície lesada Via intrínseca Sangue em contato com a superfície lesada Via extrínseca XII XIIa Trauma XI XIa VIIa IX IXa X Xa X Va VIII II IIa Fibrinogênio Fibrina

AVALIAÇÃO LABORATORIAL DA HEMOSTASIA COAGULOGRAMA Tempo de Sangramento - TS Tempo de Coagulação - TC Prova do Laço - PL Retração do Coágulo - RC Contagem de Plaquetas - CP Tempo de Protrombina - TP Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada - TTPA

COAGULOGRAMA FASE VASCULAR - PLAQUETÁRIA Tempo de Sangramento - TS Prova do Laço - PL Retração do Coágulo - RC Contagem de Plaquetas - CP

TEMPO DE SANGRAMENTO Método: Duke / Ivy Valor de referência: 1’ - 3’ / 1,5’ - 8’ Interpretação: Defeitos vasculares Defeito quantitativo das plaquetas Defeito funcional das plaquetas Trombocitopatias Doença de von Willebrand Tromboastenia de Glanzmann

PROVA DO LAÇO Princípio: estabelece as condições de permeabilidade ou fragilidade capilar, pelo aumento da pressão interna dos capilares feita por garroteamento do retorno venoso. Interpretação: Defeito vascular Defeito quantitativo das plaquetas Defeito qualitativo das plaquetas

RETRAÇÃO DO COÁGULO COÁGULO IRRETRÁTIL RETRAÇÃO PARCIAL RETRAÇÃO COMPLETA

Retração do coágulo alterada Princípio: reflete a função plaquetária ao fazer retrair o coágulo após a coagulação do sangue total. Interpretação: Retração completa Retração parcial Coágulo irretrátil Retração do coágulo alterada Trombocitopenia Trombastenia de Glanzmann (Retração Parcial ou Irretrátil)

PLAQUETAS

CONTAGEM DE PLAQUETAS Contagem em Câmara de Neubauer Contagem automatizada Plaquetas: 2 – 20 fL Hemácias: 35 – 450 fL Leucócitos: 34 – 450 Fl Valor de Referência: 140.000 – 450.000/μL

PLAQUETAS COM EDTA

PLAQUETAS SEM EDTA

Macroplaquetas VERUS: Fernando Alfredo Pretti

COAGULOGRAMA FASE DA COAGULAÇÃO Tempo de Coagulação – TC Tempo de Protrombina – TP Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada - TTPA

TEMPO DE COAGULAÇÃO Método: Lee White Princípio: reflete o tempo de coagulação do sangue total quando em contato com a superfície do vidro. Interpretação: Avalia os fatores dos mecanismos intrínseco e comum da coagulação. É um teste muito pouco sensível. Resultados poderão ser normais em pacientes com deficiência leve a moderada dos fatores de coagulação. Deve ser substituído pelo PTTA.

TAP TTPA VII - X - V - II - I -Anticoagulante oral -Heparina dose alta XII - XI - IX - VIII X - V - II - I -Heparina -Anticoagulante oral - dose alta -Inibidores VERUS: Fernando Alfredo Pretti

FATOR ½ Vida Plasmática [plasmática] mg/dL Comentários II 65 100 Grupo protrombínico: necessitam de vit.K para síntese e Ca+2 para ativação. VII 5 0,5 IX 25 X 40 10 Trombina interage com eles. Aumentam em inflamação, gravidez, anovulatórios orais. I 90 3.000 V 15 VIII 0,1 XI 45 XII 50 30

PTTA (TTPA) - TEMPO DE TROMBOPLASTINA PARCIAL ATIVADO Princípio: o teste consiste na recalcificação do plasma, em presença de grande quantidade do fosfolipídio cefalina e um ativador de contato. Interpretação: Avalia os fatores do mecanismo intrínseco e comum da coagulação. É um teste de boa sensibilidade. É o princípio do teste usado na dosagem dos fatores da via intrínseca da coagulação ( VIII – IX – XI – XII ). Tem boa sensibilidade para a detecção de heparina de outros inibidores da coagulação.

PTTA (TTPA) - TEMPO DE TROMBOPLASTINA PARCIAL ATIVADO Expressão do Resultado Tempo Relação Paciente / Controle: até 1,25 Exemplo Controle: 30” Paciente: 60” Relação P/C: 2 Valor de Referência: 25” – 35”

TEMPO DE PROTROMBINA - TAP Princípio: avalia o tempo de recalcificação do plasma na presença de um excesso de fosfolipídio (tromboplastina). Interpretação: Avalia os fatores dos mecanismos extrínseco e comum da coagulação ( VII – X – V – II). É o teste de escolha para monitorar os pacientes em uso de anticoagulante oral.

TEMPO DE PROTROMBINA - TAP Expressão do Resultado Tempo Atividade Relação Paciente / Controle INR Exemplo: Controle: 11” - 100 % (70 – 100 %) Paciente: 25” - 30 % Relação P/C: 2,27 INR: 2,5

INR (RNI): Relação Normatizada Internacional INR = (RAZÃO) ISI TAP do paciente TAP do controle Log do INR ISI = Log da Razão RAZÃO =

Paciente feminina, 59 anos

ANTICOAGULAÇÃO ORAL: FAIXAS TERAPÊUTICAS DOENÇA INR TROMBOSE VENOSA 2,0 - 3,0 TROMBOSE VENOSA RECORRENTE 2,5 - 4,0 EMBOLIA PULMONAR 2,5 - 4,0 TRMBOEMBOLISMO ARTERIAL 3,0 - 4,5 PRÓTESE VALVULAR MITRAL 3,0 - 4,5