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UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 1/25 Ambiente Econômico Global Aula 13 Serviços, “nova fronteira” para a mundialização do capital CHESNAIS, François. A mundialização.

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1 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 1/25 Ambiente Econômico Global Aula 13 Serviços, “nova fronteira” para a mundialização do capital CHESNAIS, François. A mundialização do capital. São Paulo: Xamã, 1996 Cap. 8

2 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 2/25 Ambiente Econômico Global Argélia

3 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 3/25 Ambiente Econômico Global Nos serviços, o investimento tem primazia sobre o comércio exterior. O vetor principal da internacionalização nessa área é o IED, de florescimento recente: data dos anos 70, mas só deslanchou na segunda metade da década de 80, diretamente ligado ao processo de liberalização e desregulamentação. AnoParticipação do setor terciário no IED total nos países capitalistas avançados Taxa anual de crescimento do IED no setor terciário Taxa anual de crescimento do IED no setor manufatureiro 197025,0% 198037,7%81-9014,9%10,3% 199050,1%95...22,1%

4 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 4/25 Ambiente Econômico Global A importância do IED nos serviços Decorre da própria natureza particular dos serviços prestados. O papel desempenhado pelas relações de proximidade e contato direto com os clientes, na comercialização dos serviços, confere ao IED uma posição privilegiada na conquista e ocupação dos mercados. No caso das grandes infraestruturas, que foram organizadas, na maioria dos países, com base no serviço público, bem como no setor financeiro, era necessário que o movimento de liberalização e desregulamentação estourasse o ferrolho das limitações das legislações nacionais. Os grandes grupos americanos empenharam-se ativamente para este fim, especialmente durante as negociações da Rodada Uruguai do GATT – a Coalition of Service Industries.

5 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 5/25 Ambiente Econômico Global Desregulamentação Serviços públicos (transportes aéreos, telecomunicações e os grandes meios de comunicação de massas) Serviços financeiros Teleinformática, as “infovias”

6 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 6/25 Ambiente Econômico Global Nos três pólos da Tríade, as indústrias de serviços suscetíveis de se internacionalizarem são, em geral, muito concentradas em nível nacional, mesmo quando não são setores organizados com base em monopólios públicos. Devido a isso, a internacionalização pelo IED apresentou, desde o início, as modalidades de rivalidade oligopolista e de investimento cruzado. As fusões e aquisições assumiram, no movimento de mundialização dos serviços, a mesma importância que no setor manufatureiro. Analogamente, a concentração acompanhou, no mesmo passo, a internacionalização. Oligopólios e investimentos cruzados

7 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 7/25 Ambiente Econômico Global Os impasses do enfoque residual As atividades de serviços, quaisquer que sejam suas características ou o lugar que ocupam em relação à produção ou ao consumo doméstico, são agrupadas numa categoria “tampão”. Todas elas são classificadas como pertencentes ao setor “terciário”, cujas fronteiras são simplesmente definidas por exclusão. Toda atividade que não puder ser classificada, nem no setor manufatureiro ou de construção civil, nem na agricultura ou na extração mineral, fica pertencendo ao terciário.

8 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 8/25 Ambiente Econômico Global A preocupação de manter o controle da cadeia de valor A preocupação de manter o controle das complementaridades entre o produto e os serviços que o acompanham está na origem de muitas operações de internacionalização de serviços empreendidas por multinacionais industriais. Na informática, por exemplo, os fabricantes de computadores desenvolveram sua atividade de fabricação juntamente com a atividade de prestação de serviços de informática. IBM, Unysis, DEC, NEC, Siemens, Fujitsu figuraram, por muito tempo, em posição de destaque entre os primeiros fornecedores de software a nível mundial, antes de serem alcançados por companhias especializadas. (...) Esta era uma das formas de preservar suas vantagens concorrenciais e suas posições de mercado.

9 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 9/25 Ambiente Econômico Global A preocupação de manter o controle da cadeia de valor (continuação) A importância dos investimentos imateriais e a complexificação da produção não são os únicos fatores que explicam a diversificação dos IEDs dos grupos industriais no sentido dos serviços. O domínio da cadeia de valor tem um papel principal. O porte dos grupos que se constituíram em certos ramos de serviços, o montante dos capitais comprometidos e as formas diversificadas da internacionalização representam uma potencial ameaça aos grupos industriais. A complementaridade entre indústria e serviços não tem nada de coexistência pacífica. Isto vale, em particular, tanto para o comércio das matérias primas de base como para a grande distribuição.

10 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 10/25 Ambiente Econômico Global Parte do comércio de algumas grandes companhias japonesas efetuada por firma de seu próprio grupo Vendas (%)Compras (%) Indústrias pesadas Mitsubishi Heavy Industries5527 Mitsubishi Oil2535 Mitsubishi Metals2238 Mitsubishi Chemicals2641 Mitsubishi Aluminium75100 Mitsui Shipbuilding7518 Mitsui Petrochemicals6550 Hokkaido Colliery6855 Mitsui Metal Mining3331

11 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 11/25 Ambiente Econômico Global Parte do comércio de algumas grandes companhias japonesas efetuada por firma de seu próprio grupo (continuação) Vendas (%)Compras (%) Indústrias de bens finais Mitsubishi Electric2015 Nippon Kogaku (Nikon)711 Kirin Beer0,323 Toshiba155 Sanki Electric94 Nippon Flour Milling281 Toyota Motors11

12 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 12/25 Ambiente Econômico Global Grupos alemães e trading companies japonesas voltadas para a comercialização de produtos finais, partes e peças, componentes, matérias-primas etc. As Konzern e as sogo sosha A motivação principal diz respeito à ameaça aos lucros da companhia industrial. A parcela de lucro que uma companhia industrial pode perder quando grupos muito fortes, em situação de “oligopsônio” [ pequeno número de compradores para grande número de vendedores ], estão preparados para impor condições para se ter acesso à demanda final, é um parâmetro que afeta, de forma significativa, as condições de valorização do capital.

13 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 13/25 Ambiente Econômico Global A multinacionalização de atividades fortemente relacionais O sucesso da multinacionalização das companhias de serviços empresariais baseia-se sobretudo em sua capacidade de acumular informações sobre a clientela (real e potencial), a fim de selecionar melhor a demanda e estar em condições de oferecer serviços aparentemente personalizados. O papel que tem o controle da informação, na vantagem competitiva das companhias de serviços empresariais, explica que elas tenham procurado tirar proveito das novas oportunidades proporcionadas, nos últimos dez anos, pelas redes mundializadas de telecomunicações e pela difusão da telemática, mais depressa e com maior determinação do que muitas das multinacionais do setor manufatureiro.

14 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 14/25 Ambiente Econômico Global Aspectos específicos das relações internas nas multinacionais de serviços Nas multinacionais de serviços, também a atividade de P&D é repartida, de forma específica, entre as matrizes e as filiais, porque 1.Nos serviços, a atividade de produção de conhecimento esta estreitamente ligada à produção do próprio serviço (caso dos serviços empresariais complexos); 2.Parte importante da atividade de pesquisa corresponde a uma adaptação dos serviços às condições sociais, culturais ou regulamentares das economias de implantação e deve, portanto, ser realizada diretamente pelas filiais no exterior; 3.Nessas atividades, a implantação no exterior é, muitas vezes, um meio de completar as próprias competências com as dos parceiros estrangeiros, o que pressupõe que estes mantenham o controle e executem sua atividade de P&D de forma autônoma.

15 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 15/25 Ambiente Econômico Global O caráter oligopolista de muitas atividades Conforme estudo realizado pelo Centro das Nações Unidas sobre Companhias Transnacionais (UNCTNC, 1993), tem-se que: O porte das empresas afeta positivamente sua capacidade de investir no exterior: antes de terem essa pretensão, as companhias precisam ter atingido uma certa dimensão em sua economia de origem. Há uma forte correlação entre o vulto dos investimentos e o grau de concentração de diferentes indústrias relacionadas com o setor de serviços. As estratégias que consistem em acompanhar ou imitar os rivais (que são, ao mesmo tempo, concorrentes domésticos e estrangeiros) seriam mensuráveis econometricamente. Em muitos casos, as decisões de investimentos das multinacionais de serviços seriam ditadas por reação oligopolista internacional.

16 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 16/25 Ambiente Econômico Global Alguns exemplos de concentração mundial nas indústrias de serviços Número de companhias Participação no mercado mundial (%) País de origem (entre parênteses, número de empresas de cada país) Mercado de resseguros (1986) 430,3Alemanha (1), Suíça (1), EUA (2) 840,7Alemanha (1), Suíça (1), EUA (4), Reino Unido (1), Suécia (1) 1653,6Alemanha (5), Suíça (1), EUA (11), Reino Unido (1), Suécia (1), Japão (3) 3270,6Alemanha (5), Suíça (1), EUA (11), Reino Unido (1), Suécia (1), Japão (7), França (3), Itália (1) Serviços de Informática (1988) 433,3EUA (4) 854,4EUA (7), França (1)

17 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 17/25 Ambiente Econômico Global Alguns exemplos de concentração mundial nas indústrias de serviços (continuação) Número de companhias Participação no mercado mundial (%) País de origem (entre parênteses, número de empresas de cada país) Publicidade (1989) 425,7EUA (2), Japão (1), Reino Unido (1) 843,9EUA (4), Japão (2), Reino Unido (3), França (1) 1660,7EUA (10), Japão (2), Reino Unido (3), França (1) Serviços de Consultoria e Gestão Estratégica (1989) 453,7EUA (4) 662,2EUA (6)

18 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 18/25 Ambiente Econômico Global O tamanho do mercado como fator decisivo O estudo da UNCTNC conclui que as opções de investimentos das multinacionais de serviços são influenciadas principalmente pelas dimensões do mercado de implantação. Aparentemente, as multinacionais ainda parecem adotar uma estratégia de tipo “multidoméstico”. Seu objetivo consiste em ganhar, em cada país, uma parcela do mercado, perante os rivais oligopolistas locais ou estrangeiros. A “distância cultural” existente entre o pais investidor e o país de implantação também afetaria, de forma negativa, a decisão de investir, embora a influência desse fator tenha diminuído do primeiro para o segundo período de observação, o que reflete a homogeneização, tanto das normas de consumo como das condições de investimento de que as companhias se beneficiam, bem como um efeito de aprendizagem de sua parte.

19 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 19/25 Ambiente Econômico Global E exploram o franchising...... e também souberam valer-se de uma ampla gama de combinações de investimentos e de acordos de cooperação, de parceria etc. As multinacionais de serviços têm sido particularmente inventivas quanto às modalidades de seus investimentos externos. Elas compreenderam que as “novas formas de investimento” lhes permitiriam ampliar a variedade de modalidades de valorização de seus “ativos empresariais específicos (a reputação, a imagem de marca, a experiência acumulada), que representam elementos de capital intangível, para uma companhia de serviços mais do que para qualquer outra.

20 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 20/25 Ambiente Econômico Global O investimento, por implantação direta ou, hoje na maioria das vezes, por aquisição/fusão, continua sendo a forma predominante, tanto de crescimento interno como de internacionalização nos setores bancário, de seguros, da grande distribuição, de transporte rodoviário e aéreo, bem como em certas atividades de consultoria, como a publicidade e a informática. No transporte aéreo, o movimento de aquisição e/ou de fusão, provocando maior concentração, foi relançado em escala mundial pela desregulamentação e privatização. Muitas companhias nacionais desapareceram em conseqüência de fusões, e o processo ainda está longe de terminar. Mas esse movimento foi acompanhado por formas complementares de alianças (direito de acesso a certos sistemas de reserva eletrônica implantados por algumas companhias aéreas, acordos comerciais para utilização conjunta das redes, acordos de cooperação técnica etc.

21 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 21/25 Ambiente Econômico Global Nos outros setores, o investimento direto retrocedeu para sua forma tradicional (controle de 100% ou por maioria), para dar lugar a fórmulas de cooperação internacional que variam em função das características específicas da atividade de serviços, dos mercados envolvidos etc. É o caso, em particular, do setor de hotéis-restaurantes e viagens ( franquias, contratos de gestão etc.), da locação de automóveis ( acordos de parceira comercial com transportadoras, acordos de franquia ), do trabalho temporário ( acordos de franquia ) ou da consultoria financeira e fiscal ( filiação de escritórios de auditoria franceses às redes internacionais dos grandes escritórios anglo-saxões).

22 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 22/25 Ambiente Econômico Global As redes nos serviços As economias de escala e de variedade são elementos que podem proporcionar às companhias de serviços notáveis vantagens concorrenciais. No caso do turismo, as vantagens de localização são representadas pela dotação em riquezas naturais (sol, mar, montanha etc.), bem como pelo valor do patrimônio cultural e histórico de um país (arquitetura, museus etc.). São esses fatores, e também as multinacionais especializadas, que determinam a capacidade de o país atrair turistas. Boa parte das atividades ligadas à indústria do turismo (hotéis e restaurantes, clubes de férias) são intensivas em mão-de-obra; é por isso que as multinacionais do setor obtêm consideráveis vantagens por sua localização em países que combinem atrações naturais com mão-de-obra barata.

23 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 23/25 Ambiente Econômico Global As redes nos serviços (continuação) A maioria das grandes cadeias de hotéis e de restaurantes funcionam como empresas-rede, utilizando o regime de franquia. A adoção de formas contratuais de relacionamento, mais flexíveis e menos onerosas do que a instalação de filiais controladas majoritariamente, permite às companhias valorizar mundialmente seu know-how específico, concentrado esforços na normalização e padronização dos produtos “personalizados” e no controle da “qualidade” associada à sua imagem de marca. O franqueador entra com suas vantagens específicas (nome e reputação, know-how, volume financeiro e porte do grupo), bem como as vantagens ligadas aos aspectos imprevistos da demanda.

24 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 24/25 Ambiente Econômico Global

25 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 25/25 Ambiente Econômico Global Aula 14 O comércio exterior no quadro da mundialização CHESNAIS, François. A mundialização do capital. São Paulo: Xamã, 1996 Cap. 9


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