QUAL A CARA DA NOSSA ESCOLA? 100 questionário-diagnóstico do curso aplicado aos alunos.

Apresentação em tema: "QUAL A CARA DA NOSSA ESCOLA? 100 questionário-diagnóstico do curso aplicado aos alunos."— Transcrição da apresentação:

1 QUAL A CARA DA NOSSA ESCOLA? 100 questionário-diagnóstico do curso aplicado aos alunos

2 Comissão Preparatória da Discussão Curricular 2005: Maria Inês Sugai, Luis Roberto, Américo Ishida, César Floriano, Wilson Jesuz da Silveira, Cecília Lenzi, Lívia Mello, Roberta Ghizoni e Sabine Rosa Campos. Colaboradores da Discussão Curricular 2007: Grupo PET Arquitetura, Sonia Afonso, Gladys Neves e Ana Paula Begrow ELABORAÇÃO DO QUESTIONÁRIO TRATAMENTO DOS DADOS

3 ESCLARECIMENTOS INICIAIS

4 Comissão Preparatória da Discussão Curricular (2005) ELABORAÇÃO O tratamento ocorreuem 2007, em duas etapas: Quantitativa – 15 questões (Grupo PET Arquitetura) Qualitativa – 20 questões (Sonia Afonso, Gladys Neves e Ana Paula Begrow) O questionário foi elaborado pela Comissão Preparatória da Discussão Curricular 2005 visando contribuir para o Novo Projeto Político Pedagógico do Curso. Os questionários foram entregues no ateliês de projeto. TRATAMENTO DOS DADOS

5 Comissão Preparatória da Discussão Curricular (2005) Realização da pesquisa: 2005/2 Total de alunos regularmente matriculados: 423 Total de alunos matriculados nas turmas onde foram entregues os formulários: 213 Total de alunos que receberam o formulário, formulários entregues: 142 Total de formulários devolvidos: 75 Os alunos matriculados nas turmas (213), representam 50,35% do total (423). Estes 75 formulários representam 52,82% do total de formulários entregues. representatividade de 17,73% dos alunos regularmente matriculados no curso em 2005/2

6 RESULTADOS

7 Comissão Preparatória da Discussão Curricular (2005) 1.1. Os fatores ou situações que agravam a sua possível sobrecarga de trabalho no curso: 1. SOBRE A SOBRECARGA DE TRABALHO:

8 Comissão Preparatória da Discussão Curricular (2005) 1.2. Independentemente dos fatores citados, você poderia identificar um momento no curso onde observou solicitação de trabalhos em excesso? Cite: Fases com maior sobrecarga: segunda e quinta fase. No final do semestre há um acúmulo de entregas. Entretanto a partir da sexta fase esta questão não é mais comentada. 1. SOBRE A SOBRECARGA DE TRABALHO: Possíveis Encaminhamentos:  Reduzir a carga em função do cronograma da disciplina.  Reavaliar as cargas de trabalho da segunda e quinta fase junto com os professores, em face do grande número de críticas.  Aproveitar o espaço e tempo disponível na própria sala de aula, evitando com isso, o acúmulo de atividades curriculares extra-classe.

9 Comissão Preparatória da Discussão Curricular (2005) 2. CONTEÚDOS PARA FORMAÇÃO 2.1 Na avaliação que você faz do Curso, você consegue identificar algum conteúdo que considere dispensável ou pouco significativo para a sua formação? ( ) SIM ( ) NÃO

10 Comissão Preparatória da Discussão Curricular (2005) 2. CONTEÚDOS PARA FORMAÇÃO 2.1 Na avaliação que você faz do Curso, você consegue identificar algum conteúdo que considere dispensável ou pouco significativo para a sua formação? ( ) SIM ( ) NÃO

11 2. CONTEÚDOS PARA FORMAÇÃO 2.2. Se positivo, conseguiria nominá-los? Conteúdos e/ou disciplinas citados como dispensáveis: Topografia, Experimentação (I e II), Oficina de Desenho, Tecnologia e principalmente Introdução à Física do Ambiente Construído (50%). Introdução ao CAAD disponibiliza software Vector e não AutoCAD. Forma como os conteúdos são abordados, em especial as disciplinas de cálculo e experimentação II. Possíveis Encaminhamentos: Tecnologia: Integrar aos ateliês de projeto. Introdução à Física do Ambiente Construído: incluir nas disciplinas de conforto, ser ministrada por professores do Dep. de Arquitetura. Experimentação (I e II): oportunizar prática dos conteúdos em campo. Introdução ao Caad: Adquirir urgente a licença do software Auto CAD.

12 3. TRABALHOS SIGNIFICATIVOS 3.1. Você poderia identificar momentos, experiências ou conteúdos ministrados que lhe marcaram de modo especial desde sua entrada no curso? Experiências mais significativas: disciplinas de Projeto, História II, Arquitetura e Sociedade, visitas à obras, palestras da Semana de Arquitetura e viagens de estudo. Encaminhamentos: Manter e reforçar integração entre disciplinas de Projeto e História (como fonte direta de referências projetuais). Continuar com visitas a obras e estender a outras fases do curso. Aumentar o contato dos alunos com as arquiteturas construídas através de viagens de estudo. Aprimorar através de técnicas pedagógicas a forma de ministrar curso de arquitetura e urbanismo forma de ministrar conteúdos.

13 4. MAIOR DIFICULDADE DO ALUNO 4.1. Qual a maior dificuldade que você reconhece em si mesmo e que lhe deixa inseguro para atuar na profissão? Falta de conhecimento dos materiais e das técnicas construtivas, não reconhecimento das disciplinas técnicas para o uso nos ateliês. Problemas relacionados com o desenho, a realidade profissional e o canteiro de obra, gerando bloqueios de criatividade para projetar. Encaminhamentos: Possibilitar conteúdos e/ou atividades para construção do referencial arquitetônico do aluno, especialmente nas fases iniciais. Integrar disciplinas técnicas aos ateliês. (Interdisciplinaridade) Instrumentalizar melhor o aluno através do desenho e suporte teórico/histórico.

14 4. MAIOR DIFICULDADE DO ALUNO 4.2. Você vê essa deficiência associada a algum conteúdo específico do currículo do Curso ou à falta desse? Falta maior direcionamento prático nas disciplinas, principalmente em projeto. Deficiência didática de muitas disciplinas, principalmente das tecnológicas. Carência de disciplinas de desenho, de legislação profissional e vivências em obras. Alunos do final do curso sentem-se inseguros diante do mercado de trabalho. Encaminhamentos: Oferecer no currículo disciplinas interdisciplinares que preencham estas inseguranças e angústias. Inserção curricular de disciplinas mais práticas.

15 5. ESTRESSE E DEPRESSÃO 5.1. Em algum momento você viveu experiência do gênero? ( ) SIM ( ) NÃO

16 5. ESTRESSE E DEPRESSÃO 5.2. Caso tenha passado por tal situação, você atribuiria esse estado às demandas do curso? ( ) SIM ( ) NÃO

17 5. ESTRESSE E DEPRESSÃO 5.3. Em algum momento você já pensou em largar o curso? ( ) SIM ( ) NÃO

18 5. ESTRESSE E DEPRESSÃO 5.4. Você poderia identificar a fase ou ano que se encontrava no curso?

19 5. ESTRESSE E DEPRESSÃO 5.4. Você poderia identificar a fase ou ano que se encontrava no curso? A grande maioria apontou a segunda fase e a quinta fase como período no qual passou pelo problema de depressão/estresse. Possíveis Encaminhamentos: Averiguar os motivos reais junto aos professores das fases assinaladas.

20 6. INJUSTIÇAS NAS AVALIAÇÕES 6.1. Você já se sentiu injustiçado quando avaliado? ( ) SIM ( ) NÃO

21 6. INJUSTIÇAS NAS AVALIAÇÕES 6.2. Caso já tenha se sentido assim, alguma vez você concordou com a avaliação do professor ou a reconsiderou com o passar do tempo? ( ) SIM ( ) NÃO

22 6. INJUSTIÇAS NAS AVALIAÇÕES 6.3. Caso deseje esclarecer a natureza da injustiça, utilize o espaço abaixo: Foram citadas as avaliações em maneira geral, mas principalmente em projeto. Foi citada ainda que a qualidade do conteúdo do trabalho é menos observada que a estética do mesmo. Possíveis Encaminhamentos: Estabelecer critérios de avaliação dos trabalhos principalmente nos projetos, conciliando aspectos teóricos, estruturais, funcionais, estéticos e também pessoais.

23 7. COMPETIÇÃO ENTRE ALUNOS 7.1 Você percebe em si mesmo esse sentimento em relação aos colegas? ( ) SIM ( ) NÃO

24 7. COMPETIÇÃO ENTRE ALUNOS 7.2 Na sua avaliação, reconhece a competição como sendo positiva ou negativa? ( ) POSITIVA ( ) NEGATIVA

25 7. COMPETIÇÃO ENTRE ALUNOS 7.3. Como você constata isso no cotidiano da escola? Há competição, no entanto pode ser positiva quando serve para incentivar os alunos a buscar um aprofundamento nos projetos. Muitas vezes estimulada de forma não construtiva. Possíveis Encaminhamentos: Estimular e exercitar nas disciplinas, quando possível, a troca de informações entre os alunos. Fortalecer a crítica construtiva tanto por parte dos professores quanto dos colegas. O exemplo maior é claro vem do professor!

26 8.1. A sua condição financeira lhe permite seguir o curso sem dificuldades? ( ) SIM ( ) NÃO 8. CONDIÇÃO FINANCEIRA DO ALUNO

27 8.2. Caso encontre dificuldades, você poderia citar o que mais lhe impõe restrições para seguir o curso normalmente? 8. CONDIÇÃO FINANCEIRA DO ALUNO

28 9.1. Quais as atividades que continua fazendo (a), gostaria de fazer (b), ou deixou de fazer (c) em função do curso? 9. ATIVIDADES EXTRA-CLASSE Possuem dificuldades em compatibilizar o curso com atividades extra-classe. Esportes, língua estrangeira, disciplinas de outros cursos, estágio e até dormir são atividades que o aluno gostaria de fazer. Normalmente, os alunos continuam fazendo cursos de língua estrangeira e deixam de realizar esportes. Possíveis Encaminhamentos: Dimensionar o curso para que os alunos tenham tempo para atividades extra-curso. Desafio: Curso em 25 disciplinas – 5 por ano

29 10.1. Cite o principal veículo através do qual você se informa. (TV, revista semanal, Internet, etc.) 10. INFORMAÇÃO POSSÍVEIS ENCAMINHAMENTOS: Oferecer assinaturas acessíveis de Revistas de Arquitetura.

30 11.1 Você consegue identificar a área ou áreas onde isso é mais observado? ( )Teoria e História ( )Projeto ( ) Urbanismo ( )Tecnologia 11. CONTEÚDOS QUE SE REPETEM

31 11.2. Identifique os conteúdos repetitivos e as disciplinas onde isso ocorre: 11. CONTEÚDOS QUE SE REPETEM Tecnologia -pré-dimensionamento e estruturas nas disciplinas de Experimentação I e II, Resistência dos Sólidos, Introd. Análise de Estruturas, Estática, a maior parte das disciplinas de Tecnologia e Concreto. -Introdução à Física do Ambiente Construído. -Instalações Hidráulicas, Instalações Elétricas e Tecnologia IV.

32 11.2. Identifique os conteúdos repetitivos e as disciplinas onde isso ocorre: 11. CONTEÚDOS QUE SE REPETEM Teoria e história -Repetição de períodos históricos em muitas disciplinas de história. - História da Cidade I e II. Urbanismo Urbanismo II e III Levantamentos iguais em urbanismo II, III e IV. Autores que se repetem como Kevin Lynch e Maria Elaine Kohlsdorf. Projeto O nível de detalhamento repete-se ao longo do curso, sem que haja um momento onde o aluno aprenda detalhar o projeto.

33 11. CONTEÚDOS QUE SE REPETEM Possíveis Encaminhamentos: Tecnologia: Trabalhar em conjunto com projeto e experimentação, Experimentação ser voltada para a prática, excluir disciplina de Int. à Física do Ambiente Construído e aumentar carga das disciplinas de Conforto. Dar seqüência nos métodos utilizados para pré-dimensionar estruturas. Maior ênfase à compreensão das estruturas do que aos cálculos. Teoria e História: Reavaliar os conteúdos programáticos das disciplinas de Teoria e História. Ênfase no urbanismo e arquitetura contemporânea. Urbanismo: Atividades e autores nas ementas possuírem continuidade entre si, aumentando a complexidade de acordo com o avanço do aluno. Projeto: Ateliê integrado onde detalhamento seria visto nas disciplinas de tecnologia. Fazer um banco de dados dos levantamentos já efetuados. Disponibilizar diferentes bibliografias.

34 11.3. Você poderia indicar conteúdos pouco aprofundados no curso ou que desejaria ver incorporados ao currículo com maior destaque? 11. CONTEÚDOS QUE SE REPETEM Possíveis Encaminhamentos: Oferecer suporte generalista, porém relacionado à arquitetura e urbanismo. Instrumentalizar o aluno, especialmente no final do curso, para o enfrentamento do mercado de trabalho. Conteúdos mais práticos. Tecnologia com ênfase em sistemas estruturais. Estudos de sociologia, psicologia e antropologia voltados à compreensão do efeito dos espaços sobre as pessoas. Arquitetura de interiores. Disciplinas de história articuladas a Projeto. Legislação urbanística Legislação profissional e administração.

35 12.1. Você está satisfeito com o curso? ( ) SIM ( ) NÃO 12. MOTIVAÇÃO

36 12.2. O que mais o motiva no curso? 12. MOTIVAÇÃO Gostar de arquitetura e urbanismo, da variedade de assuntos abordados, e seu benefício para a sociedade. Na escola, as maiores motivações são a possibilidade de aprendizado e criação nos ateliês de projeto, as disciplinas práticas e bons professores. A motivação dos alunos da sétima fase está direcionada na conclusão do curso que se aproxima.

37 12.3. O Curso de Arquitetura e Urbanismo foi a sua primeira opção?( ) SIM ( )NÃO 12. MOTIVAÇÃO

38 12.4. Uma vez não tendo sido, cite o curso que desejava: 12. MOTIVAÇÃO Poucos alunos apontaram outro curso. Citaram apenas cursos relacionados à Arquitetura e Urbanismo como Engenharia Civil, Engenharia Ambiental e Design Gráfico. Atenção para o fato de grande parte dos alunos (57%) terem pensado em desistir do curso. Vale uma investigação sobre os motivos. Possíveis Encaminhamentos:

39 13.1 O que lhe inspira a seguir a profissão? 13. INSPIRAÇÃO E DESEJO Possíveis Encaminhamentos: Melhorar o mundo em que vivemos, o gosto pela arte, a mistura entre técnica e arte e ver os próprios projetos construídos. A partir da sétima fase, mostraram indecisão diante da profissão. A indecisão de seguir a profissão no final do curso está relacionada com o medo de encarar uma nova realidade, o que é totalmente compreensível. Por isso, o currículo quando interdisciplinar e com alguns conteúdos que embasem a vida profissional futura contempla também as inquietações psicológicas.

40 13.2. Cite um livro de arquitetura e urbanismo que leu e considera importante para a sua formação: 13.3. Cite um livro que lhe marcou. 13.4. Uma obra de referência para você: 13.5. Um arquiteto preferido: 13.6. Um pensador: 13.7. Uma frase ou poema: 13. INSPIRAÇÃO E DESEJO Possíveis Encaminhamentos: A complexidade de informação aumenta com o desenvolvimento do curso, no entanto ainda escassos os referenciais, limitando-se ao material fornecido somente em aula. Equipar a biblioteca setorial de arquitetura (LDA). Evitar que o aluno fique restrito aos textos “xerocados”. Incentivar a leitura através de bibliografias básicas dos núcleos.

41 CONCLUSÕES

42 O Projeto Político Pedagógico se apresenta como um conjunto de ferramentas para qualificar o aluno diante da vida profissional, como cidadão antes de arquiteto. Este PPP deve ser flexível e continuamente atualizado. Já em 1996, os professores Americo Ishida e Lino Peres, apresentaram uma reflexão pós- reestruturação curricular, onde salientaram, se não houver um currículo vinculado a um projeto ou conjunto de princípios pedagógicos que o oriente, se cai em práticas curriculares fragmentárias.

43 OBRIGADO PELA ATENÇÃO ! este material estará disponível no grupo de discussão do PPP.