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Secreções Salivar e Gástrica
Centro Biomédico Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes (IBRAG) Departamento de Ciências Fisiológicas (DCF) Secreções Salivar e Gástrica Profª. Elaine de Oliveira
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PRINCÍPIOS GERAIS DA SECREÇÃO DO TRATO GASTROINTESTINAL
ESTÍMULO ZIMOGÊNIO - Secreção de substâncias orgânicas - Secreção de H2O e eltrólitos Muco: Propriedade lubrificante e protetora
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Sistema Nervoso e Hormonal
Regulação das Secreções Digestivas O sistema digestivo é constituído pelo tubo digestivo e por diferentes glândulas anexas (enzimas e muco). 5 sucos digestivos: Pancreático, Biliar e Entérico. Salivar, Gástrico, Função digestiva Barreira seletiva de proteção entre o meio externo e o meio interno. Funções: Sistema Nervoso e Hormonal
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Controle Neural da Função Gastrointestinal
O TGI possui um sistema nervoso próprio (Sistema nervoso entérico), que se localiza integralmente na parede do intestino, começando no esôfago e se estendendo até o ânus. Controla especialmente a secreção e os movimentos gastrointestinais. O sistema entérico é composto de 2 plexos: (Mucosa) Submucosa Plexo Mioentérico Plexo Submucoso
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A estimulação dos SN Simpático e Parassimpático pode causar ativação ou inibição adicional das funções gastrointestinais. ADR NOR _ Ach +
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A secreção digestiva varia especificamente em sua composição e tem seu mecanismo de ação peculiar, de acordo com cada região do TGI.
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REGULAÇÃO ENDÓCRINA DO SGI
Peptídeos do TGI Parácrinos (neurócrinos) Endócrinos
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Hormônios do TGI: Gastrina Colecistocinina (CCK) Secretina
GIP (peptídeo inibitório gástrico) Motilina Parácrinos: Histamina Somatostatina Neurócrinos: ACh VIP (peptídeo intestinal vasoativo) GRP (peptídeo liberador de gastrina) substância P encefalinas
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Secreção Salivar
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Glândulas Salivares Parótidas Submandibulares Sublinguais
Na submucosa da cavidade oral encontramos pequenas e difusas glândulas salivares. As mais importantes são as glândulas maiores: Parótidas Submandibulares Sublinguais SECREÇÃO SEROSA 25% SECREÇÃO MUCOSA 70% 5%
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SECREÇÃO DA SALIVA GLANDULAS SALIVARES: Parótidas *
Submandibulares (responsáveis pela maior parte do fluxo salivar basal) Sublinguais* * Maior parte do fluxo salivar estimulado pelo alimento Secreção serosa: -amilase – digestão de amidos Secreção mucosa: mucina – lubrificação e proteção
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MUCO – Propriedade lubrificante e protetora
COMPOSIÇÃO: - Água; - eletrólitos; - glicoproteínas Propriedade adesiva e deslizante - impede contato das partículas alimentares com a mucosa - resistente a digestão enzimática - as glicoproteínas do muco tem propriedades anfóteras - Quantidades moderadas de bicarbonato
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ENZIMAS SALIVARES Digestiva
-amilase salivar (ptialina): endoamilase – hidrolisa ligações [1-4]-glicosídicas no interior da cadeia de polissacarídeos. O pH ótimo de ação é 7. Resultado da hidrolise dos polissacarídeos: - Ligações - [1-4]: maltose (dissacarídeo) e maltotriose (trissacarídeos) 2) Lipase lingual (lipases ácidas ou pré-duodenais): secretadas pelas glândulas de Von Ebner da língua. Hidrolisa triglicerídeos em ácidos graxos livres e monoacilgliceróis (ativa em neonatos)
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FUNÇÕES DA SALIVA LUBRIFICAÇÃO: mucina (N-acetil-glicosamina) – lubrifica o bolo alimentar, protege a cavidade oral contra ação mecânica dos alimentos e facilita o processo de deglutição; - GUSTAÇÃO: a solubilização dos alimentos estimula as papilas gustativas; - REGULAÇÃO DA TEMPERATURA DOS ALIMENTOS:a diluição dos alimentos resfria ou aquece de acordo com a temperatura corporal; - LIMPEZA: o fluxo da saliva ajuda a remover as bactérias e alimentos que sobram entre os dentes; - FONAÇÃO: umidecimento da cavidade oral, facilita a fonação; - AÇÃO TAMPONANTE: neutraliza o ácido dos alimentos e os resultante da fermentação bacteriana dos resíduos alimentares; - AÇÃO BACTERICIDA: pela presença de lisozima, proteína ligadora de IgA - AÇÃO BACTERIOSTÁTICA: presença de lactoferrina - FATOR DE CRESCIMENTO EPIDERMAL: cicatrização de feridas - AÇÃO ANTIMICROBIANA: proteínas ricas em prolina que interagem com o Ca2+ e com a hidroxiapatita – manutenção e integridade dos dentes - INCORPORAÇÃO DE FLUOR E FOSFATO AOS DENTES: concentração de íons captados do sangue.
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FORMAÇÃO E SECREÇÃO DA SALIVA POR UMA GLÂNDULA SALIVAR
Secreção primária ou acinar (isotônica) Ptialina Muco Líquido extracelular Absorção ativa de Na+ Absorção passiva de Cl- Secreção ativa de K+ Secreção de HCO3- Glândulas túbulos acinares Secreção salivar
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Em condições normais a produção de saliva é de 1500 a 1800 ml/dia.
REGULAÇAO NERVOSA DA SECREÇÃO SALIVAR Sinais nervosos parassimpáticos provenientes de núcleos salivares - Excitados pelo paladar e estimulação tátil da língua Ácidos + Objetos lisos + Objetos ásperos – Cheiro de alimentos favoritos+ Cheiro de alimentos desagradáveis – Em condições normais a produção de saliva é de 1500 a 1800 ml/dia.
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INERVAÇÃO DAS GLÂNDULAS SALIVARES
Eferente: – Sistema nervoso parassimpático (acetilcolina) – Sistema nervoso simpático (noradrenalina) Aferente sensorial: Percorre os nervos autonômicos (ativados por inflamação ou trauma da glândula (parotidite aguda – vírus da caxumba) Estimulação simpática: provoca um leve aumento da secreção salivar, mas em contra partida causa a vasoconstrição dos vasos que irrigam a glândula o que conseqüentemente diminui o fluxo de sangue pela glândula e conseqüente filtração de sangue, com isso tem-se menos liquido extracelular com conseguinte diminuição da secreção salivar. Estimulação parassimpática: libera acetilcolina sobre a glândula onde existem receptores muscarínicos, o que ativa a glândula causando aumento da secreção salivar através da vasodilatação.
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Secreção Salivar 1 NA + 1 Proteínas + ACh M Substância P P Fluido ~
ATP 1 AMPc NA + 1 Proteínas + ACh M Ca ++ Substância P P (+) Fluido K+ (+) Na+ 2Na+ ~ 2K+
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Controle da Secreção Salivar
A secreção salivar é contínua, sendo regulada exclusivamente por mecanismos reflexos (regulação nervosa). As glândulas salivares são controladas principalmente por sinais nervosos parassimpáticos, proveniente dos núcleos salivares do córtex cerebral: Excita receptores na mucosa oral e faringeana Olfato, estímulos gástricos e intestinais, fatores psicológicos Impulsos nervosos pelas fibras aferentes SALIVAÇÃO Outros centros do SNC Centro salivatório
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MECANISMOS REGULADORES DA SECREÇÃO SALIVAR
Núcleos salivatórios SNA parassimpático Acetilcolina Substância P Peptídeo vasoativo Intestinal (VIP) IP DAG Ca2+ AMPc sono desidratação medo Visão Estímulos psiquicos Olfato (PavLov) Estimulação de presso e quimio receptores orais Gustação simpático Gânglio cervical superior Noradrenalina
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A regulação da secreção salivar é exclusivamente nervosa
A estimulação dos SN Simpático e Parassimpático pode causar ativação ou inibição adicional das funções gastrointestinais. ADR NOR _ Ach + Medo/Stress Xerostomia A regulação da secreção salivar é exclusivamente nervosa (SNA)
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Parotidite (paramyxovirus)
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Aumento indolor das glândulas salivares no HIV
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Síndrome de Sjögren Xerostomia (boca seca) Diminuição do paladar
Doença autoimune: destruição glândulas salivares (e lacrimais) Xerostomia (boca seca) Diminuição do paladar Dificuldade na mastigação, deglutição e fala Ulcerações na boca Cáries
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SALIVA E HIGIÊNE ORAL Secreção salivar: Imunoglobulinas Lizosima
Lactoferrina Na ausência de Salivação os tecidos orais ficam ulcerados e infectados, ocorrendo cáries dentárias com grande facilidade. Xerostomia: neuropatia congênita ou por lesão de nervos cranianos – ausência crônica de secreção salivar – lesões nas mucosas oral e esofágica e cáries dentárias
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Secreção Gástrica
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Estômago Estímulo SNC:
Estimulação simpática: os movimentos e secreções gástricas. Estimulação vagal: os movimentos e secreções gástricas. Fisiologia: Local de formação do quimo caracterizado pela mistura semilíquida dos alimentos com as secreções das glândulas gástricas – suco digestivo. O quimo é direcionado para o duodeno levando ao esvaziamento gástrico (abertura do piloro). A velocidade do esvaziamento gástrico depende das propriedades físicas e químicas do quimo (divisão das partículas, volume, pressão osmótica, temperatura, consistência e composição)
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FUNÇÕES DO ESTÔMAGO Reservatório de transferência controlada de quimo para o intestino delgado. Trituração do bolo alimentar, com redução do tamanho das partículas. Função digestiva pela hidrólise de proteínas (pepsina) A secreção de HCl acidifica o quimo, ajustando o pH ótimo para a ação da protease. Produção do fator intrínseco (uma glico-proteína de 55kDa) indispensável para a absorção da vitamina B12.
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Secreção Gástrica Secreções:
Glândulas oxínticas: HCl, pepsinogênio e Fator intrínseco. Glândulas mucosas pilóricas: muco, pepsinogênio e gastrina.
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Secreção Gástrica Secreções:
Glândulas oxínticas: HCl, pepsinogênio e Fator intrínseco. Glândulas mucosas pilóricas: muco, pepsinogênio e gastrina. a secreção das glândulas gástricas: Acetilcolina: Estimula todos os tipos de células gástricas secretoras (pepsinogênio, HCl, muco e gastrina). Gastrina: HCl. Histamina: age como um co-fator necessário para estimular a secreção de ácido (HCl) pelas células parietais.
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Composição do suco gástrico
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GLÂNDULA OXÍNTICA
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Ação dos hormônios na digestão
LOCAL PRODUÇÃO ORGÃO-ALVO FUNÇÃO Gastrina Estômago Estimula produção de suco gástrico Secretina Mucosa duodenal Pâncreas Fígado Estimula liberação de bicarbonato CCK Intestino delgado e V biliar Liberação da bile e enzimas pancreáticas GIP peristaltismo estomacal e secreção gastrina
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GIP
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CONTROLE DA SECREÇÃO GÁSTRICA
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As três fases da digestão:
Cefálica Gástrica Intestinal
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Fase Cefálica 20%
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Fase Gástrica 75%
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Fase Intestinal 5%
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RESUMO DAS ENZIMAS DIGESTIVAS
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