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PLs - CASO EX-COLÔNIAS O papel das Políticas Linguísticas na constituição destas 6 Nações: Guiné-Conacri Irã (Pérsia) Egito Nigéria Quênia Tanzânia.

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1 PLs - CASO EX-COLÔNIAS O papel das Políticas Linguísticas na constituição destas 6 Nações: Guiné-Conacri Irã (Pérsia) Egito Nigéria Quênia Tanzânia

2 OBSERVAÇÕES INICIAIS SOBRE O CASO DAS COLÔNIAS AFRICANAS
1ª) A libertação dessas colônias se dá no momento em que começa a ficar dispendioso, quase impossível às metrópoles, manter a administração colonial desses territórios não mais tidos como fontes de lucros, mas sugadores de escassos recursos. (Charles De Gaulle). OBSERVAÇÕES INICIAIS SOBRE O CASO DAS COLÔNIAS AFRICANAS

3 2ª) Observe-se que os programas da Unesco foram-se dando em continuidade...
... e como foram feitos a partir dos programas coloniais da França e Grã-Bretanha (a clientela principal da Unesco foram então ex-colônias). E há uma certa pertinência geral em definir tais programas da Unesco como um empreendimento pós-colonial (Holmes, 2007). Talvez tivesse sido mais apropriado se dito como um empreendimento neocolonial, já que muitos outros países, sem um histórico de relação colônia-metrópole, passaram a participar dele, tanto como formuladores, quanto como beneficiários.

4 3ª) A incumbência de formular e implementar tais programas foi
assumida sobretudo , como dito antes, por especialistas britânicos e franceses, atuando em suas respectivas ex-colônias. Por isso que esses programas eram e tinham que ser concebidos como “POPULARES” – este seria o único enunciado aceitável, que suprimia simbolicamente a realidade de classes sociais. Daí, ele ter podido ganhar esse caráter de generalização, de ter sido, de fato, generalizado, estendido a vários empreendimentos da Unesco (com a generalização da educação)... 4ª) Todos os 6 casos coloniais aqui avaliados servem “de laboratório” para se avaliar a equação (Nação  Estado).

5 Observ. iniciais sobre as 6 ex-colônias (ou casos similares)
5ª) A artificialidade e as tensões decorrentes dessa equação: (Nação  Estado) estão afloradas nestes casos. O status colonial persistiu como organização interna das ex-colônias (se não também como relação externa). A expressão “o país” supõe uma consistência que raramente existe: sempre a tensão entre desejo e realidade. 6ª) O mito da libertação nacional - em geral era de pequenos grupos; o povo, a massa, esteve ausente desse empreendimento político.

6 7ª) Tratava-se mais de criar do que recuperar (ou libertar) algo previamente existente. Não havia um status quo ante, ao qual retornar. 8ª) Nada mudou do ponto de vista econômico e comercial. Auto- gestão significou que essas populações foram deixadas à própria sorte. 9ª) Cada caso é uma versão interna, em cada país, do que foi estabelecido em Bandung (1955).

7 Constatação que se deve deixar marcada:
Na verdade, os povos africanos das ex-colônias foram deixados à sua própria sorte, sem a menor condição de sobrevivência. A seu respeito, diz Dr. Albert Schweitzer (Nobel da Paz,1953), que eles não foram libertados, mas abandonados, de fato, (Um pouco como aconteceu com os escravos no Brasil), justamente no momento em que começavam a emergir como sujeitos.

8 Dr. Albert Schweitzer * Alsácia, Alemanha ( ) : Teologia, Filos. e Musicologia), Prof. em Cambridge. No seu tempo, o melhor intérprete de Bach, ao piano, ou como organista. Notabilizou-se ao deixar sua cátedra e, aos 40 anos, estudar medicina… para, como médico-missionário, embrenhar-se nas florestas equatoriais da África, criar um grande hospital. Objetivava salvar nativos condenados a morrer, pelas contaminações endêmicas. Enquanto na Europa Ocidental, milhares de habitantes morriam nos horrores da 2ª Guerra Mundial.

9 1. GUINÉ-CONACRI A Guiné-Conacri (incorporação do nome de sua capital para se distinguir da vizinha Guiné-Bissau) é um país da África Ocidental, limitado ao Norte por Guiné-Bissau e pelo Senegal. A Norte e Leste pelo Mali. A Sul pela Libéria e pela Serra Leoa. A Oeste pelo Oceano Atlântico.

10 “ Preferimos a pobreza em liberdade à riqueza na escravidão.”
Ahmed Sékou Touré ( ) Líder político africano. Um dos primeiros nacionalistas guineanos, envolvido na libertação de seu país do domínio francês. Chefe da Reunião Democrática Africana (RDA), em 1956 (34a.), 1 ano pós-Bandung, empenhou-se na luta antifrancesa, até sua morte. “ Preferimos a pobreza em liberdade à riqueza na escravidão.”

11 1955 – Conferência de Bandung (cidade da ilha de Java, na Indonésia), foi a origem dos MNA- Movimento dos Não-Alinhados (2004). Líderes de 29 Estados asiáticos: Afeganistão, Arábia Saudita, Birmânia, Camboja, Laos, Líbano, Ceilão (Sri Lanka), China, Filipinas, Japão, Índia, Paquistão, Turquia, Síria, Israel, Vietnã, Irã, Iraque, Vietnã do Sul, Nepal, Iêmen do Norte. 4 Estados africanos: Etiópia, Líbia, Libéria e Egito. Objetivo: promoção da cooperação econômica e cultural afro-asiática- uma forma de oposição ao que era considerado colonialismo ou neocolonialismo dos EUA, da URSS , da Alemanha ou França, ou de outra nação imperialista. A 1ª conferência a afirmar que o imperialismo e o racismo seriam crimes grotescos contra a humanidade. Ideias: Tribunal da Descolonização, para julgar os culpados, ideia abafada pelos países centrais. Responsabilidades dos Países Imperialistas na ajuda para reconstruir os estragos feitos.

12 Na Conferência de Bandung (em 1955): lançamento dos princípios políticos do “Não-Alinhamento“ e de uma postura diplomática e geopolítica de equidistância das superpotências. Em 2004: Movimento dos Países Não-Alinhados (MNA) —115 países, não em desenvolvimento. Objetivo: criar um caminho independente no campo das relações internacionais, que permitisse aos membros não se envolverem no confronto entre as grandes potências. Apesar do não-alinhamento, todos os países declararam-se socialistas, embora não fossem alinhar-se aos soviéticos ou sofrer influência soviética. O “Não-Alinhamento" não foi possível no contexto da Guerra Fria, quando URSS e EUA buscavam áreas de influências. No lugar do conflito L-O, Bandung acabou criando o conceito de Conflito N-S, expressão de um mundo dividido entre países ricos e industrializados e p. pobres exportadores de produtos primários.

13 Dez Princípios da Conferência de Bandung
1. Respeito aos direitos fundamentais, segundo a Carta da ONU. 2. Respeito à soberania e integridade territorial de todas as nações. 3. Reconhecimento da igualdade de todas as raças e nações, grandes e pequenas. 4. Não-intervenção e não-ingerência nos assuntos internos de outro país (autodeterminação dos povos). 5. Respeito pelo direito de cada nação defender-se, individual e coletivamente, de acordo com a Carta da ONU. 6. Recusa na participação dos preparativos da defesa coletiva destinada a servir aos interesses particulares das superpotências. 7. Abstenção de todo o ato ou ameaça de agressão, ou do emprego da força, contra a integridade territorial ou a independência política de outro país. 8. Solução de todos os conflitos internacionais por meios pacíficos (negociações e conciliações, arbitragens por tribunais internacionais), de acordo com a Carta da ONU. 9. Estímulo aos interesses mútuos de cooperação. 10. Respeito pela justiça e obrigações internacionais.

14 Ahmed Sékou Touré/Conferência de Bandung
1958 – Ahmed Sékou Touré (36a.) diz “não” ao plebiscito de De Gaulle sobre a associação à Comunidade Francofone, tornando Guiné-Codacri independente. Touré , então, ao incorporar a Guiné-Conacri (a única, das ex-colônias francesas) no bloco dos Não-Alinhados à Francophonie (Comunidade Francofone), proposta por De Gaulle, viu consequências : - Represália/retaliação do governo francês: retirada de todos os profissionais de nacionalidade francesa e de todo o material público de transporte. Ameaçado pelo desastre da economia, busca de apoio, por Touré, no bloco comunista e nas nações ocidentais.

15 Ahmed Sékou Touré (cont.)
Em 1961, a Ahmed Sékou Touré (38 a.) foi atribuído o chamado Prêmio soviético Lênin da Paz, rebatizado de Prêmio Lênin da Paz ou Prêmio Internacional Lênin para o fortalecimento da Paz entre os povos Equivalente ao Prêmio Nobel da Paz. 1984: após morte de Touré, o regime político de Guiné-Conacri foi liquidado por um golpe militar. Mandela foi outro designado com esse Prêmio, em 1990.

16 Multietnicidade em Guiné-Conacri
Para uma pop.: 8,4 m (2/3 islâmicos), os grupos étnicos seguintes: fulanis - 35% mandingas - 30% sussus - 20% Diversos outros - 15%.

17 Guiné-Conacri SITUAÇÃO LINGUÍSTICA
A língua mais falada, o pular, correspondia a apenas 15% da população. A segunda língua mais falada, o malinké, compreendia 9% da população. A estas seguem-se outras línguas de números ainda menores. Não havia uma língua que fosse vocacionada a assumir o papel de língua nacional.

18 Caracterizar o Estado como sendo um só.
A peculiaridade da Guiné-Conacri é que, desde logo, ela quis assumir o critério da nacionalidade pelo reconhecimento de muitas de suas línguas faladas por uma população de 8,4 milhões de hab. O governo selecionou 11 línguas mais faladas para que fossem gramatizadas e para fazê-las vigorar como línguas oficiais locais, formando, em conjunto, as línguas nacionais de Guiné-Conacri. Verifica-se que o problema linguístico se colocou só depois da constituição do Estado, não antes. Objetivos do Estado: Distinguir o novo país inequivocamente da metrópole colonial. Caracterizar o Estado como sendo um só. Legitimar o Estado perante o povo. Criar um ambiente único, um EP nacional. Viabilizar o trabalho de gerenciamento do e pelo Estado. Criação de uma sociedade civil local. Necessidade de conferir cidadania aos povos que deixam, assim, de ser colonizados.

19 República Islâmica do IRÃ, terra dos arianos (termo mais nativo), ou PÉRSIA (desde historiadores gregos) Cidade mais populosa Teerão (Teerã) Língua oficial Persa (parse ou parsi (p.moderno) Governo República Islâmica Líder supremo Aiatolá Ali Khomeine  Presidente Mahmoud Ahmadineiad  - Vice-presidente Parviz Davoodi Revolução iraniana/Fim Monarquia  11/02/1979 População 2005   hab.

20 Constituição da nação Iraniana
1941: durante a 2ª Guerra Mundial, o Reino Unido e a União Soviética invadiram o Irã, de modo a assegurar para si próprios os recursos petrolíferos iranianos. Os Aliados forçaram o xá iraniano (Reza Pahlavi, de considerado o responsável por um grande impulso modernizante de seu país), a abdicar em favor de seu filho, Mohammed Reza Pahlavi, (de ) em quem enxergavam um governante que lhes seria mais favorável. 1953: após nacionalização da Anglo-Iranian Oil Company (AIOC, a partir de 54, BP-British Petroleum Company), um conflito entre o xá e o primeiro-ministro Mohammed Mossadegh ( ) levou à deposição e prisão deste último. Mossadegh tinha grande popularidade e era visto com o símbolo na luta antiimperialista, em favor, portanto, dos não-alinhados. Nesse ano de 1951, a revista Time nomeou o Xá como "Homem do ano“.

21 Irã - Retaliação a Mohammed Mossadegh
Os britânicos orquestraram, nos mercados internacionais, um embargo ao petróleo iraniano, visando a sufocar economicamente o país. Os EUA opuseram-se ao boicote por entenderem que tal poderia favorecer uma aproximação à União Soviética. Mossadegh não era comunista, nem pretendia aproximar-se da URSS, sendo um nacionalista que defendia o controle, por parte de seu Irã, das próprias riquezas petrolíferas. Neste sentido, opôs-se, com sucesso, à atribuição à União Soviética de uma concessão de petróleo na região norte do país. Foi favorável à nacionalização pelo Estado (ou estatização) da empresa privada Anglo-Iranian Oil Company, que se tornou pública. Era esse o objetivo de Mossadegh: a estatização como uma política de Estado, voltada ao aumento da participação do setor público na economia.

22 Irã - Retaliação a Mohammed Mossadegh
Esta situação, aliada ao desejo de Mossadegh em ter mais poderes como primeiro-ministro, instalou uma crise entre Mosaddeq e o Xá. Foi então que os britânicos aliaram-se aos EUA, criando, junto à nação iraniana, o fantasma de um suposto desejo por parte da União Soviética em controlá-la. 1953: Instigado pela CIA, o Xá demitiu Mohammed Mossadegh (Primeiro Ministro, desde 1951) , o que provocou tumultos populares a favor do primeiro-ministro; o Xá foi obrigado a abandonar o Irã, refugiando-se em Roma. Mossadegh permaneceu no seu cargo até ao dia 19 de agosto, quando um golpe de estado instalou o general Fazlollah Zahedi como novo primeiro-ministro. Mossadegh foi detido e condenado a três anos de prisão. Após a sua libertação, viveu o resto dos seus dias sob prisão domiciliar.

23 O reinado do Xá tornou-se progressivamente ditatorial, especialmente no final dos anos setenta .
Com apoio americano e britânico, Reza Pahlavi continuou a modernizar o país, mas insistia em esmagar a oposição do clero xiita, e dos defensores da democracia. Islâmicos, comunistas e liberais promoveram a Revolução Iraniana, de 1979, que provocou a fuga do Xá e a instalação do Aiatolá Ruhollah Khomeini, como chefe máximo do país. Mohammad Reza Pahlavi morreu no exílio, no Egito, a 27/07/1980, com 60 a. APOC-Anglo-Persian Oil Company (1909), após a descoberta de grande campo petrolífero em Masjed Soleiman, Irã, foi a 1ª companhia a explorar as reservas do Oriente Médio. Rebatizada (1935): AIOC-Anglo-Iranian Oil Company ; 1954, de BP-British Petroleum Company. É multinacional sediada no Reino Unido operando no setor de energia, sobretudo gás e petróleo (no cartel: Exxon/Chevron/Shell).

24 O Irã é um mosaico de grupos étnicos, caracterizando-se as relações entre esses grupos pela harmonia. O maior grupo étnico-linguístico é composto pelos persas: 51% da pop. A seguir, os azéri (24%), povo túrquico residindo perto do Azerbaijão, mas que, do início do século XX para cá, tem migrado para Teerã. Os gilaki e mazandarani – 8%, habitando a costa do Mar Cáspio. Curdos – 7% pop. , habitando a Cordilheira de Zagros. A minoria árabe – 3% - vive a sudoeste do país, na província de Khuzistão. 2% da população cada um: baluches (perto do Afeganistão e Paquistão), lur (região central da cordilheira de Zagros); turcomanos (perto do Turcomenistão). A maior parte da população do Irã fala uma das línguas iranianas, embora o persa seja o idioma oficial.

25 República Árabe do Egito

26 República Árabe do Egito
Pop.: 70 mi , no Norte da África, incluindo península do Sinai, na Ásia, o que o torn estado transcontinental. um reino, de fato um protetorado britânico, que o ocupou sem status formal até a Constituição. deposição de Farouk; Gen.Naguib Gamal Abdel Nasser - presidente do país de 1954 até sua morte, em 1970. Constituição nacional do Egito, seguiu o programa romântico. Nasser era um coronel, o que o vocacionava para isso: procedente de um militar das forças coloniais, para assumir a liderança nacional.

27 República Árabe do Egito
Implantação concomitante de nacionalidade; institucionalidade; modernidade; uma sociedade de classes(?) pelo menos, mobilidade social no âmbito de uma (unificada) sociedade egípcia, não mais em cada microcosmo). Num certo sentido, o raciocínio aqui é negativo: uma sociedade que se pretendia una, não podia manter nenhuma cisão evidente (como as castas, na Índia). Assim, se não chegavam a ser marxistas, a ideia de suprimir delimitação de classes será comum. Daí, também os militares serem considerados os que estavam em melhor condição de fazer essa “síntese”.

28 República Árabe do Egito
Apesar de se declarar uma república árabe socialista, era uma sociedade de classes apoiada na classe média urbana. Paradoxalmente, era o islâmico oficialmente, mas evitava o poder do clero (daí, o povão hoje se revoltar em nome do Islamismo; são os pobres rurais, urbanizados ou não, querendo reconhecimento e participação) . Classe média egípcia substituindo a internacional (que não era estrangeira, estritamente, já que muitos estavam lá há séculos) .

29 República Árabe do Egito
A cena da expulsão dos “estrangeiros” (que passam a sê-lo do dia para a noite) se repetirá na Argélia e é um equívoco no que concerne à África do Sul - os brancos são nacionalistas. O árabe como única língua oficial do Egito.

30 nacionalização do canal de Suez por Gamal Abdel Nasser, com renda para a Represa de Asswan ( ); retirada de apoio malograda, por G.Bretanha e França, que retiraram seu apoio. RUnido+Fr+Israel atacaram o Egito, ocupando Suez (Guerra de Suez). Nações Unidas +EUA+URSS forçaram a devolução do Canal a Nasser. 1958: URSS ajuda na construção da represa com um terço dos recursos financeiros necessários, maquinários e técnicos especializados.

31 República Árabe do Egito
Nasser promoveu, durante quase vinte anos no poder, forte política nacionalista, fomentando o movimento pan-arabista, e acabou por levar o Egito a uma efêmera associação do Egito com a Síria (a República Árabe Unida). República Árabe unida com a Síria (notem bem, nacionalismo árabe, não-egípcio: una certa confuzione na aplicação do esquema (Nação  Estado)) . Nasser, o militar egípcio, Presidente de seu país de 1954 até sua morte, em 1970. No caso do Egito, existiria uma homogeneidade étnico-lgtco-religiosa, que raramente se repetiria? - FALSO! - E por quê? Havia n comunidades de não-árabes, que não eram estrangeiros, mas passaram a sê-lo a partir do momento em que a ideologia nacional se instaurou...

32 Comentários sintetizando as ex-colônias da África
Quase todos os países adotam como primeira língua oficial a língua da metrópole, das 2 grandes potências coloniais do século XIX. (Mas que viriam a descobrir que o mundo do pós-Segunda Guerra Mundial já não mais lhes pertencia. Sem o apoio norte-americano ou soviético, os exércitos francês e britânico foram obrigados a retirar-se do Egito e de outras colônias). Depois de ter uma primeira língua oficial, a língua da metrópole, em seguida acontece um processo gradual de incorporação das línguas locais à vida nacional e a elevação de seu status... As línguas metropolitanas estão no lugar do latim; as locais no dos vernáculos. O vernáculo do grupo dominante se torna a língua oficial, com vocação a se tornar nacional e reduz o papel das demais (como o castelhano, na Espanha).

33 Comentários sintetizando as ex-colônias da África
Vemos os países africanos nas Fases (estágios, condições, situações, estados, estádios) 1 e 2 da história linguística da Europa, sem que isso aponte necessariamente para a 3, a de um Estado monolíngue. Apontará (?) para o Caso da Suíça, Bélgica e Canadá ou para a consolidação do trilinguismo efetivo?, como veremos ... Não há superposição entre língua, raça, religião e cultura, o que dificulta o trabalho de engenharia de quem queira implantar o programa romântico, o critério da nacionalidade.

34 Nigéria

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36 República Federal da Nigéria
Localizado na África Ocidental. Fronteiras terrestres com a República do Benin, a Oeste. Chade e Camarões, a Leste. Níger, ao Norte. Costa no Golfo da Guiné e uma parte do Oceano Atlântico, ao Sul. A Nigéria é o país mais populoso da África e oitavo país mais populoso do mundo, com uma população de mais de 148 milhões de habitantes; é o país que contém a maior população negra no mundo. É uma potência regional, listado entre as economias dos “Próximos Onze”. A economia da Nigéria é uma das com o crescimento mais rápido do mundo; o Fundo Monetário Internacional projetou um crescimento de 9% no país em 2008 e 8.3% em 2009. A maior parte da população do país vive em uma pobreza absoluta. Capital: de Lagos para Abuja.

37 República Federal da Nigéria
Nigéria (< portmanteau: Niger + Área (local da corrida pelo Rio Niger, em volta da Nigéria, por sua administradora Flora Shaw, uma administradora colonial britânica, fins do séc. XIX) Inglês (oficial) e o Igbo (maior e mais influente grupo étnico, 30 milhões de falantes), existindo outras línguas, dentre elas as dos outros mais influentes grupos étnicos (cada um com vários dialetos mutuamente inteligíveis): iorubás (16%), fulanis, haucás. Os igbos têm dialetos tonais, em um continuum dialetal: bende, owerri, ngawa, umuahia, nnewi, onitsha, awka, abriba, arochukwu, nsukka, mbaise, abba, ohafia, agbor, wawa okigwe e ukwa/ndoki. Religião: cristianismo 45%; islamismo 44%. colônia britânica (meio século de submissão) Já desde 1901, era um protetorado britânico. Em resposta ao crescimento do nacionalismo nigeriano, no final da Segunda Guerra Mundial, o Reino Unido iniciou processo de transição da colônia para um governo próprio com base federal, concedendo independência total em 1960, tornando-se a Nigéria uma federação de três regiões, cada uma com uma parcela de autonomia.

38 República Federal da Nigéria
pós-independência, a configuração da região nigeriana: Região Norte – desértica, com estados muçulmanos feudais semi-autônomos. Região Sul - predominantemente cristã e animista, dispondo de seu seu precioso petróleo, como principal fonte de receitas. Nigéria dividida por linhas étnicas, com os haucas e os fulanis no Norte, os iorubás no Sudoeste; e os Ibos no Sudeste, além de estarem tb. ao Leste e Sul da Nigéria, além de Camarões e da Guiné Equatorial. JANEIRO de 1966: em resposta a motins ocorridos no ano anterior, de onde tinham resultado Ibos mortos e aproximadamente um milhão de Ibos refugiados, um grupo maioritariamente constituído por Ibos lutando contra os haucas, levou a uma revolta militar com o objetivo de separação da Nigéria.

39 República Federal da Nigéria
Julho de 1966: um segundo golpe sucessivo por diferentes grupos militares deixaram o país sob ditadura militar. Oficiais do Norte e unidades do exército preparam um Golpe de Estado. Oficiais muçulmanos nomeiam um cristão proveniente de um pequeno grupo étnico (os angas), do centro da Nigéria, o tenente-coronel Yakubu "Jack" Gowon, como cabeça do Governo Militar Federal (FMG). A violência contínua impediu o regresso do poder aos cidadãos; entre 8 a 10 mil Ibos foram mortos agora no Norte e nas cidades do Leste. Os líderes do segundo golpe tentaram aumentar o poder do governo federal, e substituíram os governos regionais por 12 governos estaduais.

40 República Federal da Nigéria
Os Igbos, esse grupo africano dominante etnicamente no L. (30 mi.), apoiados pela multinacional francesa Elf-Aquitaine (uma empresa petrolífera francesa), declararam independência dessa Região Leste da Nigéria, formando a República secessionista de Biafra (30/05/1967 – 15/01/1970). Decorrências: fome generalizada na região, guerra civil, grande número de mortos, o que acabou levando à derrota do Igbos. O que fez desencadear tal conflito: a enorme quantidade de petróleo na região, dado o petróleo ser elemento importante na economia nigeriana.

41 República Presidencialista do Quênia África Oriental/Central

42 Kenya / Leste da África, ou África Oriental
Falar do Kenya (ou Quênia) tem sido sempre falar de um país africano com afirmações plenas de clichês como “safári”, “grandes migrações”, “país negro”, “sombras”, “exotismo”… Mas também é verdade que lugares como o Quênia, crivado de parques nacionais, reservas naturais, santuários de vida selvagem, paisagens incríveis, galvanizam o imaginário do mundo. Seus cenários evocam os filmes de safári da infância… Com quase todos os principais ecossistemas conhecidos no mundo: de glaciares a desertos áridos, passando por cadeias montanhosas, ricas savanas, grandes lagos e densas florestas… Monte Quênia (5.199 m) tem picos nevados durante quase todo o ano... as savanas de Masai… o santuário de aves do Lago Nakuru, a reserva Masai Mara, as praias de Mombaça…

43 IMAGENS DO KENYA PELO MUNDO: CLICHÊS…
As praias de Mombaça…

44 Reserva Masai Mara, a mais importante do país… uma imagem tipicamente queniana, capturada do alto de um balão da migração de gnus (um herbívoro parecido com o búfalo) (by Fernando Quevedo)

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46 Nairóbi – capital queniana

47 Kenya (em Suaíli/Swahili/kisuaíli, e inglês)
Capital/cidade+populosa: Nairóbi. Língua oficial: inglês e suaíli/Swahili, com outros dialetos: quicuio, luo... Presidente: Mwai Kibaki. Primeiro Ministro: Raila Odinga. 12/12/1963: Estado independente do Reino Unido, República em 1964, sob a presidência do carismático Jommo Kenyatta (KANU), que foi reeleito em 1969 e População estimada de 32 mil. Esperança de vida: 54,1 anos (167°). Cristianismo - 80% da população.

48 Um pouco da história do Kenya...
No século VIII, os árabes instalaram colônias no litoral do Quênia, trocando mercadorias com as tribos africanas do interior. Desse contato, resulta o idioma quissuaíle, que mistura palavras em árabe e banto. Os portugueses chegam à região no final do século XVI e controlaram a costa até 1729, quando esta é integrada aos domínios dos sultões de Omã. Exploradores britânicos conquistam o país no final do século XIX. Justamente em 1885, com a divisão do continente entre potências coloniais, na Conferência de Berlim foi quando o atual Quênia passa a ser administrado pelo Reino Unido (por 7 décadas).

49 Um pouco da história do Kenya: 1885-1963 - colônia britânica
1885: Conferência de Berlim, proposta p/Portugal, organiz. p/ Chanceler Otto von Bismarck da anfitriã Ale. Com uma dúzia de países: Grã-B., França, Espanha, Itália, Bélgica, Holanda, Dinamarca, EUA, Suécia, Áustria-Hungria, Império Otomano (Turquia). Delimitaram-se áreas de influência das potências europeias; organizou-se, com regras, a ocupação da Á. p/potências coloniais; divisão que não respeitou história, relações étnicas, nem familiares dos povos do continente africano. Em 1885, QUÊNIA, p.ex., entregue ao R.U., que o confiou em regime de monopólio à Cia. Imperial da África Oriental Britânica. Em 1887: arrendada faixa costeira, cedida pelo sultão de Zanzibar. Em 12/1963, Quênia tornou-se Estado independente, tornou-se República (1964), c/ Jomo Kenyatta (pai-fundador do Estado Queniano, reeleito em 1969 e , Daniel Arap Moi. Desde 2002, Mwai Kibaki, primeiro presidente da oposição…Raila Odinga, em 12/2007, só consegue assumir como primeiro-ministro.

50 Partilha da África a partir da Conferência de Berlim...
Como resultado do Congresso de 1885, a Alemanha passou a administrar o “Sudoeste Africano”, atual Namíbia e o Tanganhica. Os Estados Unidos tinham passado a ter uma colônia na África: a Libéria (=“Terra livre”; Lema: “O amor pela liberdade trouxe-nos até aqui”); cap.: Monróvia), fundada no XIX (1824), por escravos libertos dos EUA, mas que se autonomizou em 1847. A Turquia (que era o centro do Império Otomano) também não tinha colônias na África, assim como os demais países europeus, mas todos tinham interesses indiretos no norte de África… Mas no Quênia, o descontentamento dos quicuios – a tribo mais numerosa – com a perda de suas terras, dá origem, em 1952, à Rebelião dos Mau-Mau, sociedade secreta que vinha lutando contra o domínio colonial, movimento que foi reprimido pelos britânicos.

51 Kenya – Ecos do Fórum Social Mundial, em Nairóbi, 2007...
O que se viu foi uma presença marcadamente africana, que teve no FSM uma importante vitrine para mostrar a real essência africana: uma terra de resistência e luta. Um povo que, além de usufruir de um outro mundo possível, quer participar ativamente dessa construção. Marcelo Barros: “A recriação que passa pela África”: “… observa-se que, em toda a África, existe um movimento de recuperação das tradições ancestrais para um trabalho de educação de paz, de ecologia e de vida. Chamam-se "museus vivos de paz" e várias aldeias se consagram a esta revalorização das histórias antigas, de seus objetos rituais e das suas crenças espirituais…” O paradoxo que se evidencia pelo depoimento de Barros: “Quênia é um dos países de maiores desigualdades sociais na região… em vésperas de eleições presidenciais, com lutas internas, com o governo local temeroso de que tantos milhares de pessoas, vindas de todo o mundo [para o FSM], pudesse complicar mais ainda o quadro…”.

52 “En Kenia, como en muchos otros países africanos, está comenzando la transición de los sistemas del partido único a los sistemas multipartidarios y al juego de alternancia en el poder...” Entrevista de Roberto Bissio: “El contrapoder se organiza en redes” (Fórum Social Mundial, no Quênia). “Esta es una de las pocas reuniones internacionales a las que uno va en las que el inglés no es el idioma mayoritario'. Se hablaba portugués, español, francés y hasta italiano; después venía el inglés…” “En Davos, en el FEM, se reúnen los hombres - casi todos hombres y pocas mujeres - más poderosos del mundo, los millonarios, ministros, presidentes, directivos de grandes empresas multinacionales. Todos participan en un Foro con una estructura parecida a la del FSM, donde hay paneles, talleres, donde no se sacan conclusiones ni se emiten declaraciones. Pero la gente hace negocios, hace política, conversa en los corredores y se entera de cuáles son las tendencias en el mundo. Poca gente, con mucho poder, muy privilegiada. La idea era hacer el FSM en oposición a eso. Mostremos que hay otra realidad, que están los pobres, que están los movimientos sociales, que están los perseguidos, los que tienen los derechos humanos violados etc., mostrando una realidad o una oposición. Cuando el FSM comenzó a tener el éxito que tuvo, enorme e inesperado para los organizadores, de inmediato surgieron las iniciativas de que el foro de Davos tenía que dialogar con el foro social.”

53 Kenya e os desafios de todas as ex-colônias africanas...
Um dos desafios, nas ex-colônias, é o de enfrentar o preconceito que insiste em rotular a África como um continente perdido – onde a pobreza seria “resultado natural de uma região atrasada”. De acordo com essa visão estereotipada e simplista, doenças como a Aids e conflitos armados encaixariam-se como consequências previsíveis; no fundo, servem muito mais de cortina de fumaça para um modelo econômico e de poder que só faz aumentar a desigualdade entre os povos. Sem ignorar a complexidade e diversidade dos 54 países que compõem o continente, os problemas hoje enfrentados pela África precisam ser vistos como resultado de um modelo secular de expropriação de bens e de desiguais relações de poder – inclusive de relações entre homens e mulheres…

54 Kenya e os desafios das demais ex-colônias africanas...
Se antes os países africanos foram dilapidados por colonizadores, a questão agora é impedir que os países desenvolvidos continuem a transferir para os países pobres as práticas sociais e ambientais que não podem mais implementar em suas nações de origem. Um exemplo disso são as transnacionais, muitas delas chinesas, que “investem” no continente africano, porque ali enxergam lucros ainda maiores que em qualquer outra região. A questão a ser enfrentada em casos como esse – e que cabe ao FSM impulsionar e dar visibilidade – é não permitir que a luta por conquistas e direitos seja exclusividade de determinadas regiões do planeta.

55 Kenya – alguns indicadores sociais
1) Desde 2003, o custo da alimentação, combustível e transporte, cresceu mais de 100%. A farinha, que é o principal alimento para a maioria dos pobres, aumentou de 27 para 60 shilings. O açúcar, mais de 140%, enquanto os salários, em 12%, que foram consumidos pelos aumentos dos impostos. 2) - 80% das riquezas do Quênia são de propriedades de 10% da população; - 60% da sua população vive abaixo da linha de pobreza com menos de um shilling por dia (aproximadamente R$ 0,03); - 80% das terras cultiváveis pertencem a 5% da população; - 100% dos parlamentares são milionários e nunca conheceram a pobreza... A principal causa da pobreza do Quênia é a corrupção, do que resulta a concentração de renda nas mãos dos tais 10% da população. A maior parte das doações ao povo do Quênia é desviada pela corrupção.

56 Kenya e a questão da Educação ...
A maior parte das crianças quenianas não frequenta a escola... Mesmo a escola pública é paga e de qualidade péssima, não recebendo saneamento básico, assim como todo o entorno da escola. Grande parte de seus prédios não têm sequer janelas. Tangendo o rebanho de cabras, o pastor - criança ou adulto - neste caso usa uma túnica vermelha, a cor “oficial” que distingue seu grupo, o da tribo samburu.

57 Primeiro selo postal do Quênia
Pastor nômade da tribo masai

58 Kenya e a questão da Saúde...
Não existe uma política de Saúde Pública e gratuita no Quênia. Existe um conjunto hospitalar com 12 prédios que atende a 3 países: Quênia, Unganda e Tanzânia, mas onde todo o atendimento é pago. As enfermarias, todas elas têm 12 leitos e 2 colchões no chão, sendo que nos andares de Doenças Infecto-Contagiosas (em 2007, a África vivia uma epidemia), desde a Malária à AIDS, cada leito tem 2 pacientes deitados em posições opostas. Perguntados sobre o é gratuito na África, responderam alguns quenianos: De graça, só se morrer em casa! (Free, only die in house!).

59 Kenya e a situação de suas mulheres...
Submetidas a uma situação de bastante atraso humanístico: Hs. com prioridade em locais públicos, lojas e restaurantes. Submetidas à violência explícita, sem qualquer política p/ enfrentar a questão. Na família, são os homens que estudam, as mulheres só depois dos homens e com restrições: se houver condição financeira. A mulher também é a principal vítima do domínio religioso, pois em nome de Deus não se pode usar preservativo, nem anticoncepcional, nem direito ao aborto mesmo em caso de risco à saúde ou no caso de abuso sexual. Em nome de Deus a mulher engravida, adoece e morre! Homossexualidade não admitida pela sociedade, vista com tanta imoralidade, que a torna ilegal.

60 Kenya: a questão da Religião...
O cristianismo desde o século XV, com os portugueses e se espalhou rapidamente durante o século XIX quando ganhou mais força. Atualmente, o cristianismo (80%) se subdivide em: Protestantes (38%, dentre esses, os Anglicanos, Presbiterianos, Renovadores, Batistas, Pentecostais) e Católicos (28%). O Hinduísmo, com hindus, especialmente em Nairóbi, Mombaça, Eldoret, Kisumu... O Islamismo: 10% de adeptos, situados no NE (com os somalis e muçulmanos). Na costa, mais muçulmanos. Em Nairóbi, muitas mesquitas e uma notável população muçulmana. Aos tribunais religiosos da Charia (lei islâmica) foi dada maior jurisdição sobre questões no que diz respeito a divórcio, herança e casamentos, na Constituição do Quênia. Muçulmanos queixam-se de serem visados e discriminados pelo governo, principalmente depois das bombas na Embaixada dos EUA, em Nairóbi e em outros lugares do Quênia. As religiões existentes não demonstram nenhuma discriminação entre as 42 culturas do Quênia. Pelo contrário, elas manifestam as tradições deste leque de culturas.

61 Kenya e o Prêmio da Paz a Wangari Maathai (2004)...
Concedido à ativista ambiental queniana, por sua contribuição em prol do desenvolvimento sustentável, da democracia e da paz. A paz na Terra depende, como se sabe, da habilidade de cada um de nós em preservar o nosso ambiente. Segundo o Comitê Norueguês de Nobel, Maathai (64) está na vanguarda da luta pela promoção de um desenvolvimento social, econômico e cultural ecologicamente viável no Quênia, e em toda a África. Ela tem uma visão holística do desenvolvimento sustentável, que abrange a democracia, os direitos humanos, especialmente, os direitos da mulher. Pensa em termos globais e age em termos locais. Maathai tomou posição corajosa na luta contra o antigo regime opressor no Quênia. Seu modo único de ação contribuiu para chamar a atenção para a política de opressão, tanto em nível nacional como internacional. Ela tem sido fonte de inspiração para muitos na luta pelos direitos democráticos, encorajando as mulheres, especialmente, a melhorar sua situação.

62 Kenya e sua etnia Quicuios: 21% Luias : 14% Luos: 13% Cambas: 11%
Calenjins: 11% Quisis: 6% Merus: 5% Outros grupos tribais: 19% Todos compondo a população de 28,4 milhões (estimativa de 1997) de nacionalidade queniana.

63 Kenya e a questão da Língua...
Línguas oficiais, nacionais: o inglês-britânico, que os kenyanos falam com fluência, e o suaíle/Swahile. “A população do Kenya fala inglês fluentemente, embora se orgulhe de manter diferentes dialetos como segunda língua (o quicuio, o luo e outras línguas tribais) – seria algo como se no Brasil falássemos português e tupi-guarani… É mais uma evidência de que a África é mesmo um continente de resistência… Aliás, o dialeto mais falado em Nairóbi, o Swahili, é bastante difícil, mas uma expressão que logo se aprende é “Asante sana!", ou seja: Muito obrigado!”.

64 Tanzânia, "o berço da Humanidade“ (África Oriental)

65 Tanzânia, "o berço da Humanidade"
Garganta de Olduvai, em fevereiro de 2006: Lugar, no N da Tanzânia, dos mais antigos assentamentos humanos, com fósseis dos primeiros seres humanos com mais de 2 milhões de anos, e as pegadas mais antigas que são conhecidas.

66 República Unida Presidencialista da Tanzânia
Nação do Leste Africano criada em 26/04/1964, após a independência da região, e resultante da unificação de: uma parte continental: Tanganica + uma parte insular: Zanzibar (duas ilhas: Zanzibar e Pemba) Ambas separadas pelo Canal de Zanzibar. Percurso histórico dessa região: Entre 1885 e Colônia alemã (dentre outras colônias alemãs: Ruanda, Burundi, Namíbia, Africa Ocidental Alemã, Nova Guiné Alemã, Ilhas Salomão Alemã, Ilhas Marshall Alemã, Ilhas Carolinas, Ilhas Marianas, Samoa Alemã…). Eentre 1919 e Colônia britânica independência, c/Julius Nyerere. Capital política: Dodoma (constitucional) Dar es Salaam: cidade mais populosa, sede do governo.

67 Tanganica (parte continental da Tanzânia)

68 República Unida Presidencialista da Tanzânia
Monte Kilimanjaro, o pico mais alto da África Oldoinyo Oibor = "montanha branca" no idioma Maa (dos nômades Masai), ou Kilima Njaro= "montanha brilhante" em kiSwahili, localizado no Norte, na fronteira com o Quênia, com uma altitude de 5.891,8 m, no Pico Uhuru.

69 Lago Tanganica (segundo maior lago da África)

70 Zanzibar (parte insular da Tanzânia)
O nome Zanzibar é um bom exemplo da “arabização” da costa da África Oriental (Leste-Africana): esse nome em kiSwahili é Unguja, mas os árabes chamavam-lhe “Zanj-Bar”, que significa “costa dos Zanj” ou negros. Como este era um porto muito procurado, o lugar passou a ser conhecido na região por este nome arabizado, que se mantém até hoje. Em 1499, o primeiro europeu a visitar a ilha foi Vasco da Gama, acabando os portugueses por estabelecer aí um entreposto comercial e uma missão católica, dominando o território durante dois séculos (até 1698). Em 1698…

71 Zanzibar (parte insular da Tanzânia)
Em 1698, o sultanato de Omã tomou Zanzibar dos portugueses, tornando-se o entreposto comercial do Índico Ocidental, vendendo escravos e marfim no mundo árabe, na Índia e através do Atlântico. Em 1841, o sultão Said Ibn mudou sua corte de Omã para Zanzibar. Em 1873, John Kirk, cônsul britânico (entre 1866 e 1887), persuadiu o sultão a pôr fim ao tráfico de escravos. Entre 1890 e 1963, Zanzibar foi um protetorado britânico (exceto no período entre novembro de 1914 a setembro de 1918, qando foi ocupado pelos otomanos). Curiosidade: Zanzibar foi o berço do famoso cantor e compositor Freddie Mercury (banda de rock britânica Queen).

72 República Unida Presidencialista da Tanzânia
De 1964 até 1995: um regime de partido único. 1995: ano em que se realizaram as primeiras eleições democráticas no país desde a unificação. Pop.: 40 mi, em 2008. Swahili, inglês (2 oficiais), sucuma, haie, bena etc. Religião: cristianismo 50%, islamismo 32%.

73 República Unida Presidencialista da Tanzânia
Reverso de uma cédula emitida pela Tanzânia, em 1966, com valor facial de 100 Xelins, que retrata um pastor de cabras dos nômades Masai.

74 PROBLEMAS CASO DAS EX-COLÔNIAS AFRICANAS...
(a) Eleger uma língua oficial, com estatuto nacional entre a diversidade linguística existente. (b) Resolver disputas de hierarquia entre as línguas (a variante-prestígio, entre outras). (c) Disputar com a língua da metrópole, que continua a ter um papel preponderante. (d) Política interna complexa: - Fracionamento do país - Predominância de grupos étnicos - A modernização gerou uma elite que: - quer se identificar com o estrangeiro; - quer se afirmar como nação. - O povo tem um sentido de pertencimento a seu grupo que faz qualquer tentativa de nacionalidade parecer remota.

75 PROBLEMAS... A delimitação de fronteiras desde logo não seguiu, nem pretendeu seguir, as comunidades nacionais. Além da condição de ex-colônias, duas outras circunstâncias engendram um quadro semelhante: i. presença de comunidades tidas como “ex-superiores” ii. fragmentação do país por uma grande diversidade de povos, como se vê em: - comunidades de comerciantes, no Egito e na Ásia - chineses, na Ásia Oriental – p.ex.: Malásia - alemães, na Europa Oriental - ingleses, na África do Sul - franceses, na Argélia - russos da ex-URSS no Cazaquistão, Turquestão, Lituânia, Quirquistão, Filipinas, Malásia, Suriname, Belize...

76 Considerações ao Caso das ex-colônias
(a) Às vezes, tem-se um trilinguismo ou na maior parte das vezes um multilinguismo (tal como acontece na Índia). (b) Um problema identitário insolúvel, nos termos do programa romântico do séc.XIX. Exercício: Não irá um dia essa situação política das ex-colônias africanas amadurecer e consolidar-se? Isso tornaria estes 7 países, ex-colônias e parecidos institucionalmente, tal qual o caso da Suíça, Bélgica e Canadá (i.é, estáveis em termos de políticas linguísticas)?


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