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ELABORAÇÃO E GESTÃO DE PROJETOS SOCIAIS

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Apresentação em tema: "ELABORAÇÃO E GESTÃO DE PROJETOS SOCIAIS"— Transcrição da apresentação:

1 ELABORAÇÃO E GESTÃO DE PROJETOS SOCIAIS
MÓDULO 3 PLANEJAMENTO, ADMINISTRAÇÃO, ACOMPANHAMENTO, SUSTENTABILIDADE E MODELOS DE AVALIAÇÃO DO PROJETO

2 PROJETO DE AVALIAÇÃO Estudo de Caso
CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO Trata-se de uma instituição filantrópica, responsável pelas ações sociais da Paróquia Só Jesus Salva. A instituição realiza diversos programas e projetos sociais, sendo que o escopo do trabalho a ser avaliado se limita ao programa de apoio a gestantes. Este programa foi selecionado por estar diretamente vinculado à missão da entidade, representando a sua atividade-chave. A elaboração do projeto de avaliação se baseia em conhecimentos específicos deste campo de pesquisa, podendo-se destacar como princípios orientadores o caráter participativo e inclusivo do processo avaliativo, servindo a avaliação como ferramenta de amadurecimento e aprendizado para as partes interessadas no programa.

3 CARACTERÍSTICAS DO PROGRAMA
Perfil da gestante assistida: baixa renda ou desempregada; solteira ou abandonada; e baixa possibilidade de inserção social; Enfoque dos cursos: saúde da mulher e da criança; orientação moral e assistência espiritual; treinamento para obtenção de renda complementar (cursos de corte e costura, manicure, cabeleireira e culinária); Duração: 30 aulas de 90 minutos cada, oferecidas duas vezes por semana às mulheres que encontram-se com gestação entre três e cinco meses; 10 aulas de 90 minutos cada, oferecidas uma vez por semana às mulheres que encontram- se com gestação entre seis e sete meses.

4 O tempo médio de permanência das gestantes nas atividades do programa é de seis meses, com um índice de conclusão de 75%; Após a finalização das aulas, a mulher pode freqüentar por mais quinze semanas os cursos de complementação de renda; A evasão verificada é atribuída, conforme os responsáveis pelos cursos, à dificuldade financeira para o transporte até a instituição.

5 Os benefícios materiais recebidos durante o período do programa, como lanche, enxoval para o bebê e mantimentos, sugerem ser o maior atrativo para a freqüência, não ignorando os benefícios intangíveis percebidos pelas gestantes e relatados como fundamentais em depoimentos e manifestações escritas ao término do curso; Para manter esta estrutura o programa conta com 75 voluntárias que atuam como instrutoras ou coordenadoras das turmas. Historicamente são matriculadas semestralmente cerca de 600 gestantes, distribuídas em 20 novas turmas. Em 2003, o número de mulheres matriculadas foi de

6 1. PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DA AVALIAÇÃO DO PROGRAMA
Ações: Estudo da viabilidade: quem, como, porquê e quando avaliar; Esclarecimento dos objetivos da avaliação e análise do contexto político envolvido; Definição de perguntas avaliativas a partir dos objetivos do programa/projeto;

7 Foram levantadas, inicialmente, quatro questões:
Em que medida o programa contribuiu para a melhoria da vida em família? Em que medida o programa contribuiu para a melhoria da vida da própria gestante/ mãe? Em que medida o programa contribuiu para a melhoria de vida deste filho em relação aos outros já existentes? Em quais aspectos ocorreram melhorias concretas? De renda, saúde, educação, higiene ou psicológicos?

8 A partir destas quatro questões iniciais, o grupo de trabalho e os responsáveis pelo programa optaram por reduzi-las para apenas duas, visando maior foco e precisão do objetivo: As duas perguntas avaliativas consensuais foram: Em que medida o programa contribuiu para a melhoria da vida em família? Em quais aspectos ocorreram melhorias visíveis? De saúde, higiene, relações familiares e cuidados com o bebê?

9 Identificação de indicadores:
Iniciou-se um processo conjunto de definição de alguns indicadores com os responsáveis pelo programa e com o próprio público beneficiário, ou seja, as gestantes participantes dos cursos, em entrevistas semi – estruturadas separadas, a fim de evitar possíveis vieses; Através das entrevistas, identificou-se a existência de um marco zero para o processo avaliativo, como o prontuário preenchido pela interessada em participar do programa e o relatório de visita domiciliar realizada a fim de constatar as reais condições de vida da gestante candidata a uma vaga do curso.

10 Assim, a situação inicial das gestantes participantes do programa poderia ser facilmente obtida, já que se constituía em procedimentos já realizados pelos colaboradores do programa; Além disso, com base no referencial teórico e nas entrevistas, três dimensões de indicadores puderam ser elaborados:  Dimensão da Gestão; Dimensão do Processo e Dimensão do Impacto Social. 

11 No que se refere à Dimensão da Gestão, alguns indicadores simples, porém importantes, foram criados rapidamente a fim de que ocorresse um melhor monitoramento das atividades. Os indicadores desta dimensão seriam: Custo do Programa em R$ / Número Total de Beneficiários; Número Total de Colaboradores / Número Total de Beneficiários e Taxa de Evasão.

12 Estes indicadores, estritamente quantitativos e de relativa facilidade de mensuração, foram considerados muito importantes, na medida em que permitiriam um melhor controle da eficiência do programa e serviriam até mesmo como fonte de informações para problemas ainda maiores do programa, como é o caso da Taxa de Evasão.

13 Ressalta-se que, neste caso, a importância deste indicador (taxa de evasão) foi muito enfatizada pelos responsáveis pelo programa, já que, a taxa alcançaria níveis de aproximadamente 25%, o que prejudicaria muito o andamento do programa e a consecução dos objetivos.; Este indicador, inicialmente apenas quantitativo, estimularia a busca pelas razões e motivos da evasão, como, por exemplo, o custo do transporte para se chegar à Instituição, enriquecendo o processo avaliativo; Neste caso, o responsável pelos indicadores desta dimensão (da gestão) foi a gestora do programa, já que ela estaria em contato direto com estas questões, utilizando-se de documentos internos para a coleta de dados e em uma periodicidade trimestral.

14 Dimensão do Processo Constituída por indicadores obtidos através das próprias gestantes, ao final de cada curso, em um processo participativo composto por duas fases; primeira fase: alguns questionários previamente elaborados foram preenchidos pelas gestantes participantes do curso; segunda fase: foi realizado um grupo focal semi - estruturado com a participação das gestantes e de um facilitador;

15 Os indicadores desta dimensão:
Principal necessidade atendida; Assuntos de maior interesse dos cursos; Grau de entendimento do conteúdo; Percepção quanto ao instrutor; Percepção quanto às instalações e Sugestões. O responsável direto por esta dimensão foi o instrutor de cada turma, porém, no caso da condução do grupo focal, este foi substituído pela figura de um técnico da equipe (facilitador) com domínio na aplicação desta técnica;

16 Fontes e métodos de informação:
Os instrumentos de coleta de informações selecionados foram, portanto, o questionário e o grupo focal, ambos sendo aplicados ao término de cada turma; O grupo focal serviria como uma espécie de maior estimulação de participação das gestantes, ao invés da aplicação exclusiva e pouco interativa do questionário;

17 Dimensão do impacto social
Foram definidos indicadores qualitativos, um pouco mais custosos, entretanto, essenciais para a constatação de resultados reais nas vidas das gestantes beneficiárias; Além disso, a existência de prontuários preenchidos pelas gestantes e os relatórios de visitas realizadas ao seu domicílio se constituíram importante fonte de informações do marco zero da situação social das gestantes, o que serviria de base de comparação em relação à situação social posterior à participação no curso;

18 A partir das diretrizes obtidas nas entrevistas com as gestantes e com os responsáveis pelo programa, do conteúdo programático dos cursos e dos aspectos levantados nos prontuários e nos relatórios de visita como habitação, higiene e saúde, relacionamento familiar, processos jurídicos, aspectos espirituais e necessidades materiais, foram elaborados os seguintes indicadores de impacto social:

19 Indicadores de impacto social:
Aspectos gerais de higiene; Condições de saúde; Cuidados com o bebê; Relações familiares. Esta dimensão teve importância fundamental, na medida em que permitiu observar os resultados reais e concretos que o programa alcançou na vida das beneficiárias.

20 Os responsáveis pela coleta de informações foram os mesmos que realizaram a triagem inicial e os mesmos colaboradores que realizam as visitas às casas das gestantes no início do curso; Dessa forma, através do relatório de visita ao final do curso, foi possível comparar as situações inicial e final social da gestante, ou seja, observar o impacto social alcançado pelo programa; A periodicidade da coleta destas informações qualitativas ocorreram três meses após a conclusão do curso pelas gestantes.

21 Através da definição deste projeto de avaliação, foi possível para os responsáveis pelo programa iniciarem um processo avaliativo e de aprendizagem contínuos, permitindo a definição mais clara dos objetivos do programa, um melhor controle e monitoramento das atividades, e uma constatação mais adequada e precisa dos efeitos concretos na vida das gestantes atendidas; É importante observar que todo este processo de construção / execução do projeto de avaliação foi realizado com a participação dos responsáveis pelo programa e do público beneficiário, já que de outra forma não seria possível identificar as necessidades e expectativas dos envolvidos no programa;

22 Construção do Modelo Lógico (Marco Lógico)
Um modelo lógico é uma maneira visual e sistemática de apresentar as relações entre intervenção e efeito; Deve incluir as relações entre os recursos necessários para operacionalizar o programa, as atividades planejadas e as mudanças ou resultados que o programa pretende alcançar; Ele é uma representação da racionalidade do programa e é freqüentemente apresentado como um fluxograma, um mapa ou uma tabela, que explicita a seqüência de passos que conduzem aos resultados do programa.

23 Terminologias Insumos: são os recursos necessários e disponíveis para uso no programa. Incluem recursos financeiros, humanos, materiais e informações; Atividades: procedimentos pelos quais os insumos são mobilizados visando à obtenção dos efeitos esperados; Produtos: São as conseqüências imediatas da mobilização dos insumos por meio das atividades do programa;

24 Resultados: São os efeitos da intervenção na população-alvo
Resultados: São os efeitos da intervenção na população-alvo. Os resultados incluem vários tipos de efeitos, podendo considerar quantidades e qualidades (conhecimentos, atitudes, comportamentos); Impactos: referem-se aos efeitos das intervenções que são mensurados na população geral; raramente são atribuídos a uma única intervenção, a um único programa ou projeto;

25 Componentes do Modelo Lógico de um Programa
Identificação do problema Recursos (insumos) – trabalho previsto Atividades – trabalho previsto Produtos – trabalho previsto Resultados – efeitos esperados Impactos – efeitos esperados

26 Modelo Lógico do Planejamento (exemplo)
INSUMOS ATIVIDADES PRODUTOS RESULTADOS IMPACTOS Recursos humanos Triagem “x” gestantes selecionadas Atendimento de ‘x %” da demanda Melhor qualidade de vida das gestantes Recursos materiais Capacitação de profissionais ‘x” profissionais da equipe capacitados Equipe capacitada para melhor intervir Recursos Financeiros Cursos para gestantes; Oficinas p/ confecção do enxoval do bebê “x” cursos para gestantes realizados “x” oficinas realizadas Provimento de enxoval para os bebês Melhor qualidade de vida aos recém nascidos Sistemas de Informações Visitas domiciliares “x” visitas efetivadas Monitoramento das ações Elaboração de material didático Elaboradas “x” cartilhas sobre higiene com o bebê Gestantes orientadas quanto aos cuidados com o bebê

27 Modelo Lógico do Planejamento (exemplo)
INSUMOS ATIVIDADES PRODUTOS RESULTADOS IMPACTOS

28 Referências ARMANI, D. Como elaborar projetos? – Guia Prático para Elaboração e Gestão de Projetos Sociais . Porto Alegre: Tomo, 2001. ÁVILA, C.M. de Gestão de Projetos Sociais. São Paulo: AAPCS, 3ª ed. rev., 2001. CHIANCA, T.; MARINO, E.; SCHIESARI, L. Desenvolvendo a cultura de avaliação em organizações da sociedade civil. Coleção Gestão e Sustentabilidade. São Paulo: I. Fonte/Editora Global; 2001.

29 FALCONER, Andres Pablo. A Promessa do Terceiro Setor – um estudo sobre a construção do papel das organizações sem fins lucrativos e do seu campo de gestão. Dissertação (Mestrado), FEA/USP, São Paulo, 1999. FERNANDES, Washington L. N. A Feesp promove a assistência social: a Casa Transitória Fabiano de Cristo. São Paulo: Feesp, 2000. FISCHER, Rosa Maria. O desafio da colaboração – práticas de responsabilidade social entre empresas e terceiro setor. São Paulo, Gente, 2002.

30 HUDSON, Mike. Administrando Organizações do Terceiro Setor: o desafio de administrar sem receita. São Paulo: Makron Books, 1999. LEX, Ary. 60 Anos de Espiritismo no Estado de São Paulo. São Paulo: Feesp, 1996. MARINO, E. Manual de Avaliação de Projetos Sociais São Paulo: IAS – Pedagogia Social, 1a edição, 1998. MENDES, Luiz Carlos Abreu. Visitando o Terceiro Setor (ou parte dele). IPEA, Texto para Discussão n.647, Brasília, Maio 1999.


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