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TRANSGRESSÃO E MUDANÇA NA EDUCAÇÃO: OS PROJETOS DE TRABALHO

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Apresentação em tema: "TRANSGRESSÃO E MUDANÇA NA EDUCAÇÃO: OS PROJETOS DE TRABALHO"— Transcrição da apresentação:

1 TRANSGRESSÃO E MUDANÇA NA EDUCAÇÃO: OS PROJETOS DE TRABALHO
HERNANDEZ, Fernando. Transgressão e Mudança na Educação: Os Projetos de Trabalho. Porto Alegre. Artmed, 1998.

2 Este livro é um convite à transgressão das barreiras que impedem o indivíduo de pensar por si mesmo, de construir uma nova relação educativa baseada na colaboração em sala de aula, na escola e com a comunidade. Convida a explorar novos caminhos que permitam que as escolas deixem de ser formadas por compartimentos fechados, horários fragmentados, um amontoado de docentes e passem a converter-se uma comunidade de aprendizagem.

3 Fernando Hernández é doutor em Psicologia e Professor de História da Educação Artística e Psicologia da Arte na Universidade de Barcelona. Tem 54 anos e há 24 se dedica a lutar pela inserção dos projetos de trabalho na escola. Ele se baseia nas idéias de John Dewey ( ), filósofo e pedagogo norte-americano que defendia a relação da vida com a sociedade, dos meios com os fins e da teoria com a prática. Hernández põe em xeque a forma atual de ensinar.

4 Hernandez começou a questionar em 1982, quando uma colega me apresentou a um grupo de docentes. "Eles não sabiam se os alunos estavam de fato aprendendo. Trabalhei durante cinco anos com os colegas e, para responder a essa inquietação, descobrimos que o melhor jeito é organizar o currículo por projetos didáticos.” (HERNÁNDES, 1998) Este livro foi escrito à partir de sua estada no Brasil em 1997 (convidado pelo programa de pós-graduação da Universidade de Minas Gerais) visando atender “nossas” carência de informações de seu tema.

5 Um pouco da história: do que falamos?
Nos últimos anos, sob a influência dos avanços da ciência, da biologia e da psicologia no início do século, e das mudanças sociais causadas pela industrialização, urbanização acelerada e pelas duas grandes guerras, a organização do ensino passou por um movimento educacional renovador conhecido como Escola Nova. (Aranha, 1989) Este movimento (final do século XIX na Europa e mais fortemente na década de 30 no Brasil) foi uma reação à educação tradicional alicerçada no silêncio e no imobilismo, no estudo de conteúdos descontextualizados e no descompasso entre a escola e a vida, serviu como base para propostas de ensino integrado, entre elas a Pedagogia de Projetos. (Santomé, 1998)

6 A proposta de Hernandez é a de reorganizar o currículo por projetos, realizados por alunos e professores. O que ele diz: a organização do currículo deve ser feita por projetos de trabalho, com atuação conjunta de alunos e professores. As diferentes fases e atividades que compõem um projeto ajudam os estudantes a desenvolver a consciência sobre o próprio processo de aprendizagem. Um alerta: todo projeto precisa estar relacionado com os conteúdos, para não perder o foco. Além disso, é fundamental estabelecer limites e metas para a conclusão do trabalho.

7 CAPÍTULO II: A TRANSDICIPLINARIDADE COMO MARCO PARA A ORGANIZAÇÃO DE UM CURRÍCULO INTEGRADO
A transdisciplinaridade é uma abordagem científica que visa a unidade do conhecimento. Desta forma, procura estimular uma nova compreensão da realidade articulando elementos que passam entre, além e através das disciplinas, numa busca de compreensão da complexidade. A transdisciplinaridade não significa apenas que as disciplinas colaboram entre si, mas significa também que existe um pensamento organizador que ultrapassa as próprias disciplinas.

8 CAPÍTULO II: A TRANSDICIPLINARIEDADE COMO MARCO PARA A ORGANIZAÇÃO DE UM CURRÍCULO INTEGRADO
A organização do trabalho escolar por projetos sugere o reconhecimento da flexibilização organizativa, não mais linear e por disciplinas, mas em espiral, pela possibilidade de promover as inter-relações entre as diferentes fontes e os desafios impostos pelo cotidiano.

9 Hernández (1998) chama Projeto de trabalho o enfoque integrador da construção de conhecimento que transgride o formato da educação tradicional de transmissão de saberes compartimentados e selecionados pelo professor e reforça que o projeto não é uma metodologia, mas uma forma de refletir sobre a escola e sua função. Como tal, sempre será diferente em cada contexto. Os Projetos de Trabalho contribuem para uma ressignificação dos espaços de aprendizagem de tal forma que eles se voltem para a formação de sujeitos ativos, reflexivos, atuantes e participantes.

10 O primeiro protesto está no currículo da Escola Média em se basear nas disciplinas e na transmissão de conteúdos sem se preocupar com a construção da subjetividade dos estudantes e a interpretação das estratégias de informações e no desenvolver das pesquisas. Um problema, uma situação conflitante ou algo que está intrigando alunos pode ser um bom início de projeto, uma vez que favorece o interesse e a busca das informações, esta entendida como construção de saberes interligados. Indica também a importância de envolver no projeto, várias áreas de conhecimento, presentes tanto na escola, como fora dela.

11 O currículo integrado organiza os conhecimentos escolares e a partir de temas-problemas que permitem explorar o campo do saber fora da escola, mas também ensinar aos alunos estratégias de investigações e interpretações da informação, permitindo explorar temas de forma autônoma.

12 A transdisciplinariedade vinculada à proposta de currículo por projetos de trabalho implica sobretudo, numa mudança nos limites de tempo, na gestão dos espaços e na disponibilidade de continuar aprendendo por parte dos docentes. É claro que o autor não defende que os projetos de trabalho solucionam todas as tensões apontadas no sistema de ensino, mas Fernando Hernández registra que os “projetos” podem desenvolver capacitações que respondem às necessidades do mundo do trabalho e da vida nas sociedades modernas. Assim constata que “os projetos” podem: a) favorecer a construção da subjetividade negando assim que a função da escola seja apenas ensinar conteúdos; b) aproximar os conteúdos à vida prática dos alunos; c) aprender a dialogar com vários fatores de um fenômeno.

13 Estas condições de aprendizado desenvolvem capacidades que , estas sim, são demandas atuais das relações na sociedade e no trabalho, tais como: 1) autonomia: iniciativa de pesquisa; 2) criatividade: utilização original de recursos para a compreensão e construção; 3) capacidade analítica: diagnóstico de situações; 4) capacidade de síntese: experiência em lidar com a integração de diferentes disciplinas; 5) poder de decisão: pela possibilidade de exercício de escolhas.

14 DIFERENÇA ENTRE O CURRÍCULO DISCIPLINAR E TRANSDISCIPLINAR
Conceitos disciplinares Objetivo e metas curriculares Conhecimento canônico ou estandardizado Unidades centradas em conceitos disciplinares Lição - textos Estudo individual Centrado na Escola Conhecimento tem sentido por si mesmo Avaliação mediante provas O professor como especialista TRANSDISCIPLINAR Problemas transdisciplinares Temas ou problemas Perguntas, pesquisa Conhecimento construído Unidades centradas em temas ou problemas Projetos Grupos pequenos que trabalham por projetos Fontes diversas Centrado no mundo real e na comunidade O conhecimento em função de pesquisa A avaliação mediante portfólios e transparências O professor como facilitador

15 ARGUMENTOS CONTRA E A FAVOR DO CURRÍCULO INTEGRADO DE CARÁTER TRANSDISCIPLINAR
Integração de várias matérias escolares; Limitação dos professores no memento de ensinar; Questão da utilização do tempo de ensino; Currículo integrado exige uma maior dedicação dos professores; A demanda de preparação torna menos eficaz a dedicação dos professores; As disciplinas oferecem “ordem” para nossa compreensão. Eficácia na utilização do tempo; Favorece a organização do tempo escolar; Evita a repetições de temas e conceitos; Favorece a comunicação e o intercambio entre os docentes;

16 As experiências transdisciplinares permitem aos alunos construir as seguintes estratégias de interpretação: Questionar toda forma de pensamento único; Reconhecer, diante de qualquer fenômeno que se estude, as concepções que o regem; Incorporar uma visão crítica dos fatos; Introduzir, diante do estudo de qualquer fenômeno, opiniões diferenciadas, de maneira que o aluno comprove que a realidade se constrói a partir de pontos de vista diferentes; Toda realidade responde a uma interpretação.

17 A transdiciplinaridade vinculada ao currículo integrado implica criar novos objetos de conhecimento para fazer do conhecimento algo “efetivo” que permita continuar aprendendo e converta, de novo, a atividade do ensino numa aventura social e intelectual. Os projetos de trabalho podem servir como facilitadores desta travessia. (HERNÁNDES, P. 59)

18 HERNÁNDEZ, Fernando. Transgressão e mudança na educação: os projetos de trabalho. Porto Alegre: Artmed,1998.

19 MARIA APARECIDA NERY TAMPELLINI VIVIAN ROSA SILVA
TRANSGRESSÃO E MIDANÇA NA EDUCAÇÃO Trabalho para a disciplina de Coordenação Pedagógica, ministrada pelo professor Dr. Ricardo Ribeiro. UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA CAMPUS ARARAQUARA FACULDADE DE CIÊNCIAS E LETRAS CURSO DE PEDAGOGIA OUTUBRO/ 2011


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